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  • O Liveblog de hoje fica por aqui. Obrigada por nos ter acompanhado.

  • "Isto é tudo muito bonito, mas"... Ricardo Araújo Pereira apoia o Livre

    Ricardo Araújo Pereira, autor do programa da TVI “Isto é tudo muito bonito, mas” em que entrevistou os principais líderes políticos, apoia a candidatura de Livre/Tempo de Avançar. O partido divulgou hoje um manifesto de apoio assinado por “artistas, intelectuais e investigadores”, entre os quais, o historiador José Mattoso, o sexólogo Júlio Machado Vaz ou o ator André Gago.

    No texto, os subscritores defendem que “a austeridade tem que terminar”, que “é tempo de agitar as águas estagnadas da política portuguesa” e de “vencer a resignação e mudar o país e a esquerda”.

  • Jerónimo critica Cavaco e os "pobres de espírito"

    O líder comunista, Jerónimo de Sousa, ordenou hoje “venham!” a cerca de 300 pessoas num comício noturno, em Braga, importunado por adeptos de futebol holandeses, contra o medo da instabilidade instigado por Cavaco, PS, PSD e CDS-PP. “Andam para aí a meter medo com a falta de estabilidade. Pobres de espírito os que julgam que, por estratégia de medo, amedrontam o povo, que o podem fazer desistir de querer um futuro melhor para a sua vida. Os trabalhadores e o povo confiam na sua própria força, sabem que é chegada a hora de derrotar este Governo, mas também, a hora de derrotar todas as manobras para que a política de direita prossiga por outras mãos”, disse.

    “Querem maiorias absolutas, uns e outros atrás das manobras e chantagens de Cavaco Silva. Louve-se a coerência. Seja de um, seja de outros, para perpetuar a mesma política de sempre. Para Cavaco Silva, o importante é salvaguardar a mesma política de direita, independentemente do ator que esteja no Governo”, insistiu.

    Lusa

  • PNR contra "invasão islâmica"

    O Partido Nacional Renovador (PNR) alertou esta quarta-feira, durante uma arruada ao final da tarde, em Lisboa, para a “invasão islâmica” que ameaça o país e a Europa, distribuindo panfletos atrás de cinco militantes vestidos com burca.

    Segundo o líder do PNR, José Pinto-Coelho, a ação pretendeu sensibilizar as pessoas para o que acontecerá em Portugal “dentro de muito poucos anos, com esta ideia de recebermos refugiados, entre aspas, que na verdade é uma autêntica invasão imigrante, invasão económica e de conquista islâmica à Europa”.

    Lusa

  • BE: Défice de 2014 é “a despesa posta às costas dos contribuintes”

    A porta-voz do BE afirmou hoje que o relatório técnico da Comissão Europeia sobre o Novo Banco refere que “o défice é mesmo a sério” e não apenas contabilístico, sendo “a despesa posta às costas dos contribuintes”. “A Comissão Europeia achou por bem vir falar na campanha eleitoral em Portugal para dizer que o défice de 2014 era só contabilístico. Azar dos Távoras´, hoje é conhecido um relatório técnico – não uma declaração de um responsável político – da Comissão Europeia e o que os técnicos dizem é que o défice é mesmo a sério, é que o Novo Banco é mesmo um buraco”, disse Catarina Martins durante um comício na Sociedade Filarmónica Incrível Almadense.

    Um documento técnico divulgado pela Direção-Geral de Economia e Finanças da Comissão Europeia adverte para a possibilidade de os contribuintes portugueses virem a suportar eventuais perdas do Novo Banco, cenário que o Governo tem rejeitado.

    A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE) enfatizou que este relatório comprova que este défice “é mesmo dívida pública, é que o défice de 7,2% é mesmo o que lá está escrito” e “não é contabilístico”. “Ou melhor, sendo contabilístico é também o défice real do país, é também a despesa posta às costas dos contribuintes que em seis anos foram chamados a pagar seis bancos e por muito que nos digam que é contabilístico sabemos nas nossas vidas como saiu sempre das carteiras de quem trabalha”, afirmou.

    Lusa

  • Pedro Nuno diz que ministra das finanças é como os "banqueiros trapaceiros"

    O cabeça-de-lista por Aveiro comparou esta noite a atuação da ministra das Finanças “aos banqueiros trapaceiros”. O deputado falava da notícia de que a ministra das Finanças, enquanto secretária de Estado do Tesouro, teria pedido uma alteração das contas da gestora pública dos ativos tóxicos do BPN.

    Disse Pedro Nuno Santos que “aquilo que a senhora minsitra fez foi o que fizeram alguns banqueiros” e depois repetiu: “Alguns banqueiros trapaceiros fizeram o mesmo que a ministra que pediu à Parvalorem [gestora pública dos ativos tóxicos do ex-BPN] para fazer”, disse. O deputado foi o coordenador do PS da comissão de inquérito do BES , onde acusou o banqueiro Ricardo Salgado, por exemplo. O banqueiro é neste momento arguido no caso-BES.

    Ora se o primeiro-ministro disse que este assunto tinha sido trazido por causa da campanha, o deputado diz que não, que o “assunto é demasiado grave” e não se pode “deixar passar ao de leve esta matéria”. “É a campanha que abafa estas coisas” e por isso pediu aos jornalistas “que fazem esses fact checks a verificar o procedimento de défices excessivos”.

    Perante estes números, Pedro Nuno Santos que o que está em causa “é a credibilidade de um Estado, de um Governo, de uma ministra das Finanças e de um primeiro-ministro. Foram atingidos num importante ativo: a credibilidade”.

    Mas esses não eram os únicos números que tinha na mão. Para ler às cerca de duas mil pessoas que estavam no recinto – de acordo com a organização – tinha também os dados do desemprego: “Passos Coelho é mesmo o Michael Phelps do desemprego em Portugal, esse recorde já ninguém lhe tira”.

    As eleições estão em contagem decrescente e Pedro Nuno admite que o PS já teve dias melhores: “A nossa tarefa é difícil” e repete que “esta é a batalha das nossas vidas”. No final, terminou com um pedido de mobilização: “Apresentem as sonsagens que quiserem, o PS está na rua como esteve no dia 15 de setembro aquele quase meio mmilhar de portugueses que saiu à rua. Sairão à rua também no dia quatro para mudar Portugal”.

  • Sérgio Sousa Pinto: "Este não é um combate fácil"

    Em entrevista no programa de Ricardo Araújo Pereira, na TVI, Sérgio Sousa Pinto afirma que as legislativas “não são um combate fácil”, que “a narrativa da coligação é eficaz” e faz duras críticas à candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa.

  • Rui Rio: "Não está aqui em causa António Costa ou Passos Coelho, é uma questão de políticas"

    Rui Rio não falou em cima do palco, hoje em Viseu, como ontem Marques Mendes fez, em Coimbra. Essa honra só cabe aos ex-líderes do partido. Mas falou aos jornalistas, no final das intervenções da noite. Só de legislativas – nada de presidenciais. Mas mostrou-se ao lado de Pedro Passos Coelho na sua disputa contra António Costa.

    “O que para mim é importante nestas eleições não são os protagonistas – é a política, o caminho a seguir, independentemente dos protagonistas. A seguir ao 25 de abril eu tinha um enorme respeito pelo Álvaro Cunhal e no entanto a política dele não era a que eu defendia”, disse, quando questionado sobre a sua conhecida relação próxima com o líder do PS. “Não está aqui em causa António Costa ou Passos Coelho”, disse.

    Sobre presidenciais, nem uma palavra. Diz que é tempo de legislativas. Mas admite que o day after é importante, ainda por cima com presidenciais no horizonte, em janeiro. “É importante o que vai acontecer ao país na sequência do resultado eleitoral”, isso sim.

  • António Costa: "Não deixaremos o país no caos"

    O líder do PS, António Costa, garantiu esta noite em Aveiro que não deixará o país no caos se não tiver maioria absoluta. A frase foi deixada no final do discurso em Santa Maria da Feira, em Aveiro.

    “Se por alguma razão não tivermos um maioria absoluta, não deixaremos o país no caos, porque somos, seremos sempre o grande referencial de estabilidade do país”, disse. A frase é deixada num dia em que o Presidente da República falou sobre o pós-eleições.

    No discurso onde repetiu algumas das ideias deixadas nos últimos comícios, António Costa começou por dizer que se o cenário for de maioria absoluta, será o PS a garantir a estabilidade do país. “Se ganharmos como é necessário que ganhemos com maioria absoluta, não sacrificaremos nem o diálogo social nem o político por causa da maioria absoluta”.

    Antes, já o candidato tinha dito que tendo em conta o “caminho de progresso” que o país quer levar, “é altura de acabar com a crispação, com a conflitualidade permanente”.

    O PS acabou o dia de campanha desta quarta-feira em Santa Maria da Feira, mas já antes tinha estado em Abrantes, no distrito de Santarém onde à hora de almoço, Costa tinha falado do “medo” que se instala nestas eleições: “Sinto que não há medo em Portugal, os portugueses nao têm medo, as portuguesas não têm medo. Só tem medo a coligação de direita porque tem medo da derrota que vai ter no próximo domingo”.

  • Passos elogia papel de Cavaco e garante que não vai fazer "birras ou amuos"

    Com Rui Rio na plateia, numa presença que não estava confirmada mas que acabou por acontecer, Passos Coelho realçou esta quarta-feira em Viseu o papel que o Presidente da República, assim como os tribunais, o Parlamento, a população e a comunicação social, tiveram durante os anos de ajuda externa e austeridade, no reforço das “instituições democráticas”. A dois dias do fim da campanha, Passos entra na reta final dos apelos voltando a alertar para o facto de o PS se preparar para, em caso de vitória sem maioria da coligação, formar um governo contra a vontade popular.

    “Todas as instituições democráticas funcionaram na separação de poderes, com os tribunais sem interferências do plano político, com o governo a prestar contas ao Parlamento, com o Presidente da República a exercer as suas competências de forma a dirigir ao país, tanto uma mensagem de confiança, como também chamando a atenção do Governo, e fê-lo várias vezes, sobre a sua perspetiva de como as coisas podiam ser feitas”, disse, sublinhando que os três anos de assistência financeira exigiram uma forte “mobilização”, mesmo daqueles que “livremente” saíram à rua para se manifestar, e provas da “solidez” da democracia em Portugal.

    Mas isso só foi possível, disse Passos, porque Portugal teve uma “maioria no Parlamento” que o apoiou e porque a concertação social soube “pôr a partidarite de lado” em nome do interesse do país. O pedido é, então, para que isso se repita, sob pena de “o país ficar pior”. “Se não tivéssemos tido uma maioria no Parlamento a suportar o Governo, o problema não era termos tido, como na Grécia, cinco governos em 4 anos. Era termos tido dois ou três resgates como teve a Grécia”, disse esta noite em Viseu.

    Passos quer maioria, e o apelo ao voto é claro:

    “Queremos enquanto é tempo chamar a atenção dos portugueses para aquilo que pode acontecer se a nossa maioria não estiver no parlamento. O que se prepara no dia seguinte é um Governo que não respeitará a vontade maioritária dos portugueses nas eleições”, reforçou o presidente do PSD, pedindo em seguida aos eleitores para “dizerem com todas as letras qual é o Governo que querem, e que deem a maioria ao Governo que querem escolher, e que o façam decididamente”.

    Porque, disse Passos, “segunda-feira é tarde demais”.

    Mas se a escolha dos portugueses não for a favor da coligação, Passos garante que não fará “birras nem amuos”. “Não chantageamos os portugueses, não lhes diremos ‘ou é ou não é’, e aceitaremos sempre o resultado consciente”, garantiu, voltando a referir-se ao facto de Costa ter dito que não viabilizaria o orçamento de um governo minoritário de direita, ou um programa de governo.

  • Para Rio, "um abraço amigo"

    Rui Rio está na sala, em Viseu, mas para ele só “um abraço amigo”. O ex-autarca do Porto não vai fazer nenhuma intervenção de apoio à coligação ou apelo ao voto, apenas chegou e sentou-se na mesma mesa de Passos e Portas.

    Subindo ao palco, Portas apenas se referiu a Rio com um simples “caro Rui Rio”, e Passos deixou “um abraço amigo”. Nada mais, para não misturar as coisas.

  • Ana Sofia Antunes, candidata do PS e presidente da ACAPO, fala nas necessidades das pessoas com deficiência. No discurso em Santa Maria da Feira falou dos cortes de 17 milhões de euros nas políticas de apoio às pessoas com deficiência e insiste na necessidade de votar PS: “O PS tem um lastro, um currículo por ter sido responsável pelas principais políticas de inclusão em Portugal. Precisamos que Portugal mude”, disse.

    Disse a candidata que se uma pessoa com deficiência for institucionalizada, a instituição que a acolher recebe 970 euros. Se for um familiar que se disponibilize para ajudar a pessoa com deficiência recebe 89 euros.

  • Catarina Martins: Cavaco Silva "deveria ter sido o garante da Constituição [e] não foi"

    “Com o devido respeito pelo cargo institucional que o Presidente da República nos tem, naturalmente, as afirmações de Cavaco Silva não são aquilo que acrescentam à escolha que as pessoas têm de fazer no domingo”. Foi desta forma que Catarina Martins reagiu à declaração de Aníbal Cavaco Silva, que, em Nova Iorque, disse que a disputa eleitoral em Portugal estava renhida.

    Na arruada do Bloco de Esquerda na Baixa lisboeta, onde conviveram figuras históricas do partido, como Francisco Louçã e Luís Fazenda, com os novos rostos do partido, como as irmãs Mortágua e Pedro Filipe Soares, a líder bloquista não deixou de criticar a atuação do Presidente da República que deveria “ter sido o garante da estabilidade e da Constituição” e “não [o] foi”.

    Com banda farra-fanfarra a marcar o ritmo e as bandeiras a comporem o cenário, a caravana do Bloco fazia a festa. “Portas e Coelho, vão ver se chove / Não queremos voltar ao século dezanoooveee”. A bloquista aproveitava a deixa para dizer, em declarações aos jornalistas, que no domingo contava com “todas as pessoas que estão desiludidas, mas que não desistem de Portugal. No domingo podem mudar e o Bloco aqui está para que possamos ter um outro futuro em Portugal”.

    Era o apelo de Catarina Martins ao voto de “cada pessoa em Portugal que não se resigna a ver a pensão dos seus pais ou dos seus avós a ser assaltada, de cada pessoa que sacrificou tudo para que os seus filhos e os seus netos tivessem uma vida melhor e que não querem que a emigração seja a única resposta e a todas as pessoas que há quatro anos apostaram em PSD e CDS como sendo a mudança. [Uma mudança] que não foi porque não cumpriram os compromissos”.

    Mas nem assim a líder bloquista fugia da pergunta da praxe: o PS está disponível para um acordo com o Partido Socialista? A resposta? A mesma que foi repetida nos últimos dias.

    “Estamos aqui para criar novas soluções para o país. Fizemos desafios muito claros. Mostrámos toda a nossa disponibilidade e toda a nossa capacidade de assumir a responsabilidade por um Governo que seja capaz de salvar Portugal, de proteger salários, de proteger pensões, de proteger emprego. Um voto no BE é um voto que derrota a austeridade. É um voto que elege deputados e deputadas que estão comprometidos com romper com a austeridade e com criar soluções para o país. Nunca faltaremos à responsabilidade de romper com a austeridade“.

    A terminar, uma palavra sobre as declarações de Jerónimo de Sousa. Durante a tarde, os jornalistas perguntaram ao líder comunista se sentia o Bloco “a moder-lhe os calcanhares”. Jerónimo riu, disse que o Bloco de Esquerda “não era propriamente” o adversário da CDU e que a comunicação social não devia comparar “o incomparável”. Ora, não se pode dizer que Catarina Martins tenha acusado o toque, mas a bloquista deixou o aviso: “A CDU tem estado a fazer uma boa campanha, espero que faça uma boa campanha até ao fim”.

  • Portas de volta ao ataque: "Se têm medo do PS, probleminha do PS"

    O líder do CDS está de volta ao ataque ao PS de António Costa. Num jantar-comício num pavilhão em Viseu, Paulo Portas apontou o dedo ao “desespero” do PS que, sobre os “bons indicadores” económicos de Portugal, nada diz – “caladinhos que nem ratos”. “E falam em medo? As pessoas têm confiança no futuro porque as coisas estão a melhorar, se têm medo do PS, probleminha do PS”, diz.

    “Falam em medo? Medo tiveram os portugueses em 2011 com a bancarrota, medo do que podia suceder e sucedeu aos salários, às pensões, à confiança na economia e na imagem de Portugal. (…) As pessoas têm confiança no futuro porque o país está a melhorar. Se as pessoas têm medo do PS, probleminha do PS”, disse, num discurso onde voltou à carga contra o Partido Socialista e onde pediu “bom senso” no ato de votar.

    Esse bom senso, diz, contrasta com o “desespero” que se ouve do outro lado. “À medida que vamos avançando com o bom senso, já perceberam que noutros setores o desespero cresce, carregam nos verbos e nos adjetivos, usam metáforas de duvidoso gosto”, em suma, radicalizam. “É o desespero”, diz o líder centrista.

  • Costa não repete o "não" a Orçamento do PSD

    António Costa não reitera o “chumbo” ao Orçamento de Estado do PSD/CDS, caso a coligação ganhe as eleições. Questionado por José Gomes Ferreira no programa “Era a conta, se faz favor”, da SIC, o líder socialista respondeu: “Aquilo que nós temos dito sempre, e insisto, é que o nosso cenário é o de trabalharmos para termos maioria” e não diz se se arrepende ou não de ter dito que não viabilizaria um Orçamento do Estado do PSD/CDS.

    Quanto à recapitalização do Novo Banco, o líder do PS recomenda que “este tema não seja tema de campanha eleitoral”. E diz esperar uma mudança de atitude do governador do Banco de Portugal depois das eleições, para que se “reconduza ao estatuto de governador do Banco de Portugal, que é o de ser isento politicamente, politicamente imparcial”, explicou.

    António Costa recusa responder se se demite da liderança caso perca as eleições, argumentando que perder no domingo “não é um cenário que se ponha”. E acusa Passos de “arrogância” por ter opinado sobre a vida interna do PS.

  • A nova música do PS - "É do Costa que o nosso povo gosta"

    Não é o hino oficial, mas é uma das músicas que se ouvem nos altifalantes dos comícios do PS. Aqui fica, de José Reza, “É do Costa que o nosso povo gosta”.

  • Durão Barroso deixa mensagem a Passos e Portas

  • Tudo preparado para o comício de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.

    Para esta noite vao falar Fernando Rocha Andrade, secretário nacional do partido, Ana Sofia Antunes, presidente da Acapo e candidata por Lisboa e antes de António Costa fala Pedro Nuno Santos, cabeça-de-lista por Aveiro.

  • Rui Rio no jantar da coligação em Viseu - mas não vai discursar

    Afinal, Rio vem mesmo. O ex-autarca do Porto, apontado como candidato presidencial, está mesmo em Viseu ao lado de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas no jantar-comício da coligação. Rui Rio acabou de chegar ao pavilhão multiusos e despertou logo a atenção dos fotojornalistas, enquanto o número um do CDS pelo distrito, Hélder Amaral, discursava no palco. Sentou-se na mesa principal da comitiva, de frente para o líder social-demcorata. Mas não irá discursar.

    António Leitão Amaro, secretário de Estado da Administração Local, cabeça de lista da coligação em Viseu, também está presente e, no palco, dá as boas-vindas ao “Passistão”. “Veem bem pela minha idade que eu não sou do tempo de Sá Carneiro e Amaro da Costa, mas como hoje o país recorda esses dois líderes, também vai recordar a coragem de reformar e a capacidade de dizer não aos poderosos de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas”, diz, fazendo um pedido diferente: que todos se levantassem para fazer uma ovação de pé aos dois “grandes” líderes. E os “beirões” apoiantes da coligação levantaram-se – e aplaudiram.

  • Viseu, o "Passistão", afinal não mobiliza muita gente

    Para a tarde estava marcada uma arruada de Passos e Portas na Rua Direita de Viseu. Mas aquilo que há quatro anos foi uma descida lenta, apertada e quase de pés levantados do chão, acabou por não ser mais do que um passeio, que se fez rápido, com poucas paragens pelo caminho. As que houve, foi porque Passos e Portas quiseram cumprimentar os comerciantes que se dispunham à porta das lojas – e não propriamente o contrário. 15 minutos fugazes, algumas cantigas dos jovens militantes e voilà, está feito.

    Então mas Viseu, o antigo bastião cavaquista, não tinha sido ainda hoje apelidado de “Passistão” (ou PàFistão, a bem de Paulo Portas)? Tinha, mas parece que a fama não condiz com o proveito. O encontro estava marcado para as 18h, mas a essa hora pouca gente se via junto à Praça da República. E a chegada dos dois candidatos da coligação atrasou-se por quase uma hora. Chegando, se não fossem as palavras de ordem dos jotas que acompanham a comitiva de bandeira em punha e camisola a rigor (“vitória”, “já só faltam quatro dias para a vitória!”), pouco se tinham feito notar.

    Mas Passos tem uma explicação para essa aparente falta de mobilização: “às vezes é da hora”, diz, lembrando que os tempos da mobilização da população para a política já lá vai. “A circunstância do cidadão comum que vai aos grandes comícios e se junta nas grandes praças – isso não existe há muitos anos, não é de agora, é há de muitos anos”, disse, a meio do passeio. Certo é que, desde que, no domingo, a caravana da coligação deixou o norte do país (para onde voltará amanhã), Passos e Portas não têm posto os pés na rua e hoje, quando o fizeram, o bastião laranja de Cavaco Silva, foi menos efusivo do que se fazia prever.

    Passistão ou PàFistão, em que ficamos?

    Embora não pareça nem uma coisa nem outra, Passos diz que é “as duas coisas”. “Passistão para o primeiro-ministro e PàFistão para o Governo. É assim”, justificou durante o passeio pela rua pedonal de Viseu, depois de, ao almoço, os dois candidatos da coligação terem protagonizado um momento caricato, com Portas a baptizar o distrito de PàFistão e Passos a preferir o bastião passista ao bastião pàfista.

    Certo é que, além das palavras de apoio e “vitória” da comitiva que acompanha os dois candidatos, e dos cumprimentos e desejos de boa sorte de alguns dos comerciantes, também se ouvia, do lado de fora, palavras como “vergonha!” ou “palhaços!”. Nem sempre faz sol no Cavaquistão, perdão, no Passistão.

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