Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Termina o debate, que ficou marcado pelo tom de concórdia e a troca de elogios de Jorge Sequeira e Tino de Rans para Sampaio da Nóvoa, que não tem filiação partidária.

    O liveblog do Observador fica por aqui e regressa amanhã para acompanhar mais um dia de campanha eleitoral das presidenciais.

  • “O grande debate é o debate da igualdade nas sociedades contemporâneas”, porque “sem igualdade não há paz”, afirma Sampaio da Nóvoa, citando o Padre António Vieira e afirmando que o combate ao terrorismo passa também pelo debate da igualdade.

  • Jorge Sequeira critica os vistos gold, afirmando que “quem tem dinheiro passa a ser português”.

  • Agora a crise dos refugiados. Sampaio da Nóvoa lembra o dilema entre a liberdade e a segurança, afirmando que o seu apelo maior é para a liberdade. “No dia em que perdermos a liberdade perdemos toda a segurança”, diz. “Cada um de nós tem a sua quota-parte de responsabilidade pela humanidade inteira”, afirma o candidato, defendendo a integração dos refugiados na sociedade portuguesa: “temos de ser capazes de o fazer, não será fácil e exige uma grande aprendizagem”.

    E Nóvoa cita o Papa Francisco para dizer que o tema está no coração da sociedade e que a “minha dignidade está no coração da dignidade do outro”.

  • Questionado sobre se é de direita ou de esquerda, Jorge Sequeira reforça que é “equidistante dos dois partidos”, e Nóvoa brinca dizendo que há quem diga que não é de direita ou de esquerda, mas sim “de dentro”. “De dentro da alma”, completa Tino Rans.

  • Sampaio da Nóvoa defende existência de acordos de regime

    Sampaio da Nóvoa afirma que é preciso olhar para as dificuldades com realismo, “fazer um bom diagnóstico da situação” e ter políticas de longo prazo (“em Portugal temos curto prazo a mais e longo prazo a menos, tática a mais e estratégia a menos”). Para Sampaio da Nóvoa tal implica a existência de acordos de regime, nomeadamente na educação, conhecimento, ciência, assim como na liberdade de iniciativa das empresas.

    Questionado sobre se o problema de sustentabilidade da segurança social é um dos temas onde é preciso haver acordo de regime, Sampaio da Nóvoa afirma que sim, que essa é uma das matérias onde este tipo de diálogo é importante. “O problema da segurança social é um problema demográfico e a maneira de resolver o problema é tornar o país capaz de dar oportunidade a todos, com atenção ao território nacional como um todo”. Para Sampaio da Nóvoa, se for possível resolver este problema então o problema de insustentabilidade da segurança social não se põe.

    “O PR pode e deve ser um portador destas causas do futuro, por estar fora da governação pode estar mais aberto a ouvir as pessoas, e não a ouvir sempre as mesmas pessoas”, acrescenta Nóvoa.

  • “Há políticos excecionais”, incluindo políticos não partidários, diz Jorge Sequeira, elogiando Sampaio da Nóvoa por ser dos únicos candidatos que não é filiado em nenhum partido. Para Jorge Sequeira, a política não se deve dividir entre dois partidos.

  • Tino de Rans quer revisão constitucional e PR a poder propor referendos

    Vitorino Silva afirma que António Costa é neste momento o seu primeiro-ministro, mesmo que não tivesse concordado com o processo de tomada de posse (” devia ter havido novas eleições, mas não era possível por questões de calendário”). E que por isso é preciso “deixá-lo brilhar”.

    O candidato de Rans defende uma revisão constitucional para alterar os poderes presidenciais, permitindo ao PR que possa pedir um referendo, “pedir para consultar a população sobre determinado tema”, e para permitir que os cidadãos se possam candidatar ao lugar de deputados sem que isso dependa das máquinas partidárias.

  • Questionado sobre a recente declaração de Cavaco Silva sobre a Grécia, onde o atual PR disse que a realidade se sobrepôs à ideologia, Sampaio da Nóvoa rejeita essa ideia e afirma que “a ideologia da austeridade que prevaleceu durante 4 anos e meio, de experimentalismo ideológico, deu resultados negativos”.

  • Jorge Sequeira afirma-se como um cidadão que decidiu sair da “zona de conforto” e candidatar-se à Presidência para fazer a diferença, mas que haverá na sociedade civil outras pessoas tanto ou mais capaz para o lugar. Questionado sobre se Sampaio da Nóvoa é uma dessas pessoas mais capazes, Jorge Sequeira admite que sim. “Não poderia dizer mais capaz porque seria diminuir as minhas ideias, mas considero que é uma pessoa capaz, com boas ideias”, disse.

  • “Quando há mais por onde escolher quem ganha é o povo”, começa por dizer Tino de Rans quando questionado sobre se achava que Sampaio da Nóvoa não tinha hipóteses contra Marcelo Rebelo de Sousa.

  • Começa debate entre Nóvoa, Tino de Rans e Jorge Sequeira

    Começa agora o último debate da noite, que opõe Sampaio da Nóvoa a Vitorino Silva e Jorge Sequeira.

  • Termina o debate entre Paulo Morais e Sampaio da Nóvoa.

    Debates seguem em contrarrelógio e Sampaio da Nóvoa tem nada mais do que meia hora para mudar de estúdio. Para as 23h está marcado, na SIC Notícias, o frente a frente entre Nóvoa, Vitorino Silva (Tino de Rans) e Jorge Sequeira. Cândido Ferreira deverá estar ausente, uma vez que já afirmou que apenas marcaria presença nos debates a 10, onde há “igualdade” de tratamento de todas as candidaturas.

  • Paulo Morais "decepcionado" por Costa ainda não ter Orçamento do Estado

    Paulo Morais mostra alguma “deceção” em relação a António Costa por não ter apresentado ainda o Orçamento do Estado. “A minha expectativa é saber se os novos tempos que António Costa promete são os tempos em que as PPP que prejudicam os contribuintes vão acabar, porque senão acabarem vamos ter as finanças publicas destruídas até pelo menos 2035”, diz.

    E reafirma uma promessa: demitir um Governo que não cumpra as promessas eleitorais. Para Paulo Morais, o poder de o Presidente demitir um Governo quando não for assegurado o regular funcionamento das instituições aplica-se neste caso: “Não há nada mais irregular do que mentir à população”, diz.

  • Sampaio da Nóvoa recupera o tema da simplificação legislativa para se mostrar de acordo. “Precisamos de mais liberdade no plano das instituições e das empresas, precisamos de dar proteção e apoio à livre iniciativa”, afirma Nóvoa, dizendo que o Presidente da República pode ter aqui um papel importante através de uma “magistratura de uma enorme influência”.

  • Questionados sobre a promulgação ou não da adoção de crianças por casais do mesmo sexo, ambos afirmam que promulgavam “sem qualquer problema”. “Igualdade de género é para mim uma questão central num país do século XXI”, afirma Sampaio da Nóvoa.

    Paulo Morais, a este respeito, nota ainda que Portugal tem “um excesso de legislação” sobre questões comportamentais. “Devia haver uma simplificação legislativa nesse sentido”, diz. “Há muitas leis em Portugal que não fazem sentido, têm de ser revogadas porque não conseguem simplesmente ser cumpridas”, acrescenta.

  • Nóvoa: "Estabilidade não é estagnação, é um processo de mudança consolidada"

    Sampaio da Nóvoa defende a necessidade de um “tempo novo” e Paulo Morais insiste que o “país está triste” e sem dignidade, lembrando que há milhares de cantinas socais que “dão diariamente esmola às pessoas”. Para Paulo Morais não se deve defender a estabilidade mas sim a “instabilidade na política para dar estabilidade à vida das pessoas”.

    “Estabilidade não é estagnação, é um processo de mudança consolidada, coerente, consistente”, contrapõe Sampaio da Nóvoa. Isso permitiu, diz, que partidos que habitualmente se autoexcluíam da governação virem a integrar apoios governativos. “Vejo alguns sinais de mudança aqui”, afirma.

  • “Como é que o MP tem atuado no caso Sócrates?”, a pergunta é para Paulo Morais, que afirma que não vai falar sobre o processo mas que parece “normal” haver uma acusação. Sócrates foi viver à custa de amigos do grupo Lena – foi no tempo de Sócrates como PM que o grupo Lena passou a ser o maior fornecedor do Estado português”. “Que há ali uma troca de favores não tenho dúvidas mas a parte jurídica cabe aos tribunais”, diz.

    Sobre o caso Sócrates, que ainda não conhece acusação formal, Sampaio da Nóvoa limita-se a dizer que é preciso “cumprir e respeitar os prazos legais”. “Temos de confiar no sistema judicial, temos de aguardar as decisões da justiça e fazer as nossas apreciações na altura certa”, diz.

  • Paulo Morais quer mais dinheiro para a justiça. "Falta de meios impede investigações de grandes casos de corrupção"

    Para Paulo Morais, o poder judicial em Portugal depende inteiramente do poder executivo e é isso que faz com que a justiça não investigue os grandes casos de corrupção. “O poder executivo tem um big brother permanente sobre o poder judicial”, diz, sublinhando que o poder judicial tem de ser “independentizado” e tem de ter um orçamento “3 ou 4 vezes maior”.

    Segundo Paulo Morais é pela falta de meios que a justiça não investiga os “grandes casos de corrupção”. “Se for Presidente não aceito um Orçamento do Estado que dê à Justiça 500 ou 600 milhões de euros, tem de ser 3 ou 4 vezes superior”, diz.

  • Nóvoa quer PR a divulgar todos os contratos feitos. Morais quer acabar com representantes de sociedades de advogados no Parlamento

    Sampaio da Nóvoa afirma que quer levar o exemplo da “governação da Universidade de Lisboa” para a Presidência da República e adianta uma promessa: caso chegue a Belém vai pôr a Presidência a cumprir o código dos contratos públicos e divulgar online todos os contratos feitos. “O Presidente da República tem de ser um exemplo, quem promulga as leis tem de ser o primeiro a dar o exemplo”, diz.

    Paulo Morais insiste que o Presidente da República, “a bem da separação de poderes”, não pode permitir continuar “a pouca vergonha” de haver um conjunto de sociedade de advogados, “as maiores do país”, com deputados representados no Parlamento. “Atuam como poder legislativo e depois judicial”, explica.

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