Momentos-chave
- Supremo Tribunal Federal suspende posse de Lula da Silva
- Lula da Silva: "Democracia não é um direito morto".
- Juiz suspende (outra vez) a posse de Lula da Silva como ministro
- Lula da Silva é ministro outra vez
- Dilma: "Todos os corruptos devem ir para a cadeia"
- Inicia a contagem decrescente para Dilma Rousseff
- PT confirma presença de Lula da Silva em manifestações esta sexta-feira
- Polícia dispersa manifestantes anti-Dilma
Histórico de atualizações
-
O Observador termina a cobertura dos últimos acontecimentos da crise política no Brasil. Agradecemos a atenção e esperamos continuar a contar consigo este sábado para acompanhar os próximos acontecimentos que estão a dividir o país.
Boa noite!
-
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu esta sexta-feira por 27 votos a 2 apoiar o processo de abertura de impugnação do mandato de Dilma Rousseff. A entidade acredita que a presidente cometeu crimes de responsabilidade fiscal e de obstrução da Justiça.
-
Supremo Tribunal Federal suspende posse de Lula da Silva
O site G1 avança que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu esta sexta-feira a nomeação para a Casa Civil do ex-presidente Lula da Silva. O ministro acredita ter visto intenção de Lula da Silva em fraudar as investigações em curso.
Gilmar Mendes também determinou que a investigação do ex-presidente seja mantida com o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, que divulgou as escutas telefónicas do ex-presidente esta semana.
Segundo explica a publicação, a decisão de Mendes acaba o impasse de decisões divergentes nas secções regionais da Justiça Federal, que já haviam emitido até o momento três providências cautelares contra a posse de Lula da Silva. O petista pode recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal.
-
"Não vai ter golpe", a frase das manifestações
A imprensa brasileira relata que em todas as manifestações pró-governo era possível ouvir o grito “Não vai ter golpe”, em referência ao processo em curso de impugnação do mandato de Dilma Rousseff.
O nosso leitor André Miguel enviou-nos um vídeo do ato que aconteceu esta tarde na Avenida Paulista, em São Paulo, onde é possível ouvir a frase repetida pela multidão.
[jwplatform JXBE8aAy]
-
Fim das manifestações pró-governo. 1,2 milhão ou 267 mil pessoas
As manifestações também começam a dissipar em todo o Brasil. Às 23h50, horário de Lisboa, organizadores dos atos somavam 1,2 milhão de pessoas, das quais 380 mil encontravam-se na cidade de São Paulo. Para a Polícia Militar, 267 mil pessoas compareceram aos atos pró-governo esta sexta sexta-feira – 80 mil na capital paulista. Os cálculos são do site G1.
Para o Instituto Datafolha, 95 mil pessoas participaram do ato pró-Dilma em São Paulo.
-
A imprensa brasileira relata que Lula da Silva já deixou a Avenida Paulista, em São Paulo, cercado de seguranças. Os manifestantes presentes no local também começam a abandonar a avenida.
Gritos de "não vai ter golpe" ecoam na avenida Paulista https://t.co/qt7G7blDbc pic.twitter.com/Bwnr9ukl1w
— UOL Notícias (@UOLNoticias) March 18, 2016
-
Lula da Silva: "Democracia é acatar a maioria do voto do povo brasileiro"
O ex-presidente do Brasil criticou aqueles que “protestam contra quem ganhou”, sem fazer referência direta aos partidos da oposição ou às investigações da Operação Lava Jato.
Tem gente que prega a violência contra nós 24 horas por dia. Tem gente nesse país que falava em democracia da boca para fora. Eu pedi eleição em 1989, em 1994, em 1998. Já tinha perdido em 1982 para o governo de São Paulo. Em nenhum momento vocês viram eu ir para a rua protestar contra quem ganhou”, afirma.
E dispara. “Se a gente não conseguir convencer as pessoas a mudarem de ideia, a gente tem que convencer que a democracia é acatar a maioria do voto do povo brasileiro.”
Lula da Silva minimizou os protestos anti-governo que aconteceram esta semana no Brasil.
Venho dizer aos companheiros que fazem protesto contra mim: protestem, eu nasci na vida fazendo protesto, fazendo greve, fazendo campanha pelas Diretas. Mas eu queria dizer que eles têm que saber que estas pessoas que estão aqui, de vermelho, são parte das pessoas que produzem o pão de cada dia do povo brasileiro. Elas não estão aqui porque tiveram metro de graça, não estão aqui porque foram convocadas pelos meios de comunicação a semana toda. Elas estão aqui porque sabem o valor da democracia, porque sabem o valor de fazer o pobre subir uma escala no degrau da economia. Se eles comem três vezes por dia, nós queremos comer três vezes por dia.”
O ex-presidente pediu aos manifestantes que “não aceitem provocação ao voltar para a casa”. “Quem quiser ficar com raiva que morda o próprio dedo”, aconselhou.
Lula agradeceu a presença dos manifestantes na Avenida Paulista. “Eu quero dizer para vocês que ao completar 70 anos de idade, a passar tudo o que nós passamos juntos, a ser presidente do meu país, eleger a primeira mulher presidente do Brasil, eu pensei que nada mais pudesse me emocionar”, revela.
Lula participa de ato contra impeachment na avenida Paulista https://t.co/aKIeYXyDPq pic.twitter.com/QVKM8Q4EK1
— A Gazeta ES (@AGazetaES) March 18, 2016
-
Lula da Silva: "Entrei para ajudar a presidenta Dilma a reestabelecer a paz"
Em seu discurso a manifestantes pró-governo na Avenida Paulista, em São Paulo, Lula da Silva reiterou que o motivo de aceitar fazer parte da equipa de Dilma Rousseff.
“Eu entrei para ajudar a presidenta Dilma porque acho que a gente tem que restabelecer a paz para provar que esse país é maior que qualquer crime no planeta Terra, que vai crescer e sobreviver”, defende em citação do site G1.
E continua.
Na hora que a companheira Dilma me chamou, relutei muito desde agosto do ano passado a aceitar voltar ao governo. Ao aceitar voltei a ser Lulinha paz e amor. Não vou para brigar, vou ajudar a companheira Dilma a fazer as coisas que tem que fazer nesse país. Não vou achando que os que não gostam de nós são menos brasileiros que nós”.
O ex-presidente criticou a instabilidade política no país. “É humanamente impossível uma presidenta ter tranquilidade com a quantidade de desgraça que ela lê todo dia, com a quantidade de complicações, de críticas negativas todo santo dia. Eu sei o que é isso. Eu fui presidente e sei disso, e um dos motivos que eu aceitei estar lá é para que a Dilma sorria pelo menos dez vezes por dia. Falei para ela deixar a gente ficar mal-humorado e ter a paz que precisa para governar este país”, acredita.
'A gente tem que restabelecer a paz', diz Lula em discurso na Avenida Paulista https://t.co/5QwjPSvdCi pic.twitter.com/ved5VMH9eO
— g1 (@g1) March 18, 2016
-
Lula da Silva: "Democracia não é um direito morto".
Lula da Silva afirmou esta sexta-feira em discurso realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, durante a manifestação pró-governo, que a “democracia não é um direito morto”.
O que vocês estão fazendo hoje na Avenida Paulista, eu espero que seja uma lição para aqueles que não acreditam na capacidade do povo brasileiro. O povo brasileiro aprendeu que democracia não é um direito morto sem nunca ter sido regulamentado na Constituição”, assegurou.
O ex-presidente criticou aqueles que “vestem verde e amarelo porque acham que são mais brasileiro do que nós” e fez uma provocação: “corte uma veia para ver se sai sangue vermelho como o nosso?”.
Eles que se dizem pessoas estudadas, sociais democráticas, não aceitaram o resultado. Estão atrapalhando a presidenta Dilma a governar esse país. Vestem verde e amarelo porque acham que são mais brasileiro do que nós. Corte uma veia para ver se sai sangue vermelho como o nosso? Eles querem viajar para Miami, eu viajo para o Rio Grande do Norte, para a Bahia, eu viajo pelo Brasil.”
Manifestantes gritam “Ole, ole, ole, olá, Lula, Lula.”
-
Prefeito de São Paulo comemora ato pró-governo na Avenida Paulista
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, qualificou esta sexta-feira a manifestação da Avenida Paulista como um “ato em defesa da República Federativa do Brasil.”
É a avenida da democracia, da participação. Esse é um ato histórico. Não é um ato em defesa de um governo ou de um partido. Não é em defesa de um homem ou de uma mulher. É um ato em defesa da República Federativa do Brasil”, afirmou aos manifestantes em discurso realizado na avenida, em citação do G1.
Para o prefeito, filiado no Partido dos Trabalhadores, “o estado democrático de direito corre riscos”. “Temos ideologia, ponto de vista, mas o que está em jogo são as garantias individuais de cada um de vocês. De quem está aqui e de quem veio no dia 13. Estamos defendendo a segurança política deles e de todos”, defendeu.
Haddad condenou ainda a Polícia Federal no contexto da investigação de Lula da Silva pela Operação Lava Jato. “Ninguém pode ter conversas íntimas publicadas, conversas telefónicas publicizadas. Ninguém pode ser acordado às 6h da manhã e conduzido coercitivamente”, criticou.
-
Momento da chegada de Lula da Silva à Avenida Paulista, em São Paulo. Manifestantes comemoram.
-
Organizadores estimam 667 mil pessoas nas ruas
O site G1 fez um mapa interativo a somar as estimativas de participação divulgadas pelos organizadores das manifestações pró-governo que estão a acontecer esta sexta-feira em todo o país. Às 21h40, a publicação calcula a presença de 667 mil pessoas em 37 cidades de 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Há cidades, no entanto, que ainda não divulgaram a sua estimativa.
Para a Polícia Militar, todas as manifestações somam 109 mil pessoas, segundo a publicação.
-
Lula já está na Avenida Paulista
O jornal Estadão avança que Lula da Silva já está na Avenida Paulista, em São Paulo. O site G1 registou o momento da chegada do ex-presidente.
Lula chegou #paulista pic.twitter.com/4Cdz7Q71IM
— g1 São Paulo (@g1saopaulo) March 18, 2016
Espera-se que ele faça um pronunciamento aos manifestantes ou à imprensa.
-
Organizadores estimam 200 mil pessoas na Avenida Paulista
Segundo os organizados da manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, há 200 mil pessoas no ato a favor do governo Dilma Rousseff. As pessoas encontram-se maioritariamente vestidas de vermelho, cor do Partido dos Trabalhadores.
Olha a #Paulista que a Globo não quer mostrar! #VemPraDemocracia pic.twitter.com/nU8bPpKmdq
— Apenas, Sabba (@sabbbahana) March 18, 2016
Avenida Paulista lotada no ato pró-governo Dilma e contra o processo de impeachment https://t.co/C6omSvYVqE pic.twitter.com/dq37gHqPgh
— UOL Notícias (@UOLNoticias) March 18, 2016
-
Juiz suspende (outra vez) a posse de Lula da Silva como ministro
Uma nova providência cautelar suspendeu esta noite a posse de Lula da Silva como ministro da Casa Civil. A decisão foi tomada pelo juiz Luciano Tertuliano da Silva da Justiça federal da cidade de Assis, no estado de São Paulo.
O juiz afirma na decisão que Lula da Silva e Dilma Rousseff tentaram interferir na investigação da Operação Lava Jato com a nomeação do ex-presidente. Para o magistrado, as escutas telefónicas divulgadas esta semana demonstram “a arquitetura de mecanismos escusos e odiosos para interferir nos resultados das investigações através de ampla atuação ilícita consubstanciada em obtenção de informações privilegiadas para frustrar operações policiais, ocultação de provas, acionamento de possíveis influências em todas as esferas públicas políticas e jurídicas, mormente no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal”, explica em citação do jornal Folha de S. Paulo.
Esta é a terceira providência cautelar emitida contra a posse de Lula da Silva. Segundo dados da Advocacia Geral da União mencionados pela publicação, tribunais em todo o país já receberam mais de 50 ações tentando impedir a entrada do ex-presidente no governo, enquanto já se encontram protocolados 13 pedidos no Supremo Tribunal Federal. A entidade já anunciou que vai recorrer da decisão.
No Brasil, a Justiça federal está dividida em 27 secções, equivalente aos 26 estados e ao Distrito Federal. Estas secções, por sua vez, estão divididas em diversas subsecções, que têm autonomia para expedir uma providência cautelar.
-
O site G1 noticia o confronto entre manifestantes e a Polícia Militar em frente ao edifício da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, na Avenida Paulista. O conflito terá começado após a chegada de um pequeno grupo contrário ao governo que ergueu uma faixa pedindo a impugnação do mandato de Dilma Rousseff. A publicação relata que não houve detenções ou feridos.
-
A Folha de S. Paulo relata atos pró-governo em pelo menos 22 estados, nas cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Manaus (AM), Florianópolis (SC), Recife (PE), João Pessoa (PB), Salvador (BA), Aracaju (SE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Belém (PA), Teresina (PI), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), São Luís (MA), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Campo Grande (MS), Macapá (AP) e Candeias (RO).
-
O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou esta sexta-feira ao jornal Estadão que o juiz Sérgio Moro deve ser punido por causa das escutas telefónicas. “O Moro quer grampo ou a dignidade nacional. Queremos dizer que ele precisa ser punido. Não é possível o Moro continuar a determinar o que acontece no país sem freio nenhum. Juiz é para julgar não é para ser ator ou entidade politica”, defendeu.
-
“Acabou o caô, o ministro chegou, o ministro chegou”. Assim cantam os manifestantes pró-governo no Rio de Janeiro, reunidos na Praça XV, no centro da cidade.
E aqui no Rio de Janeiro na praça XV também está bombando. #MortadelaDay pic.twitter.com/ae8ovKSA68
— Faustão de Moraes (@libdep) March 18, 2016
Praça XV, Rio.
16h23. pic.twitter.com/qk9fPq30VV— Santiago, Raull. ???????? (@raullsantiago) March 18, 2016
-
Ex-presidente da Petrobras diz que ato anti-Dilma é de "gente branca e de alta renda".
O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrieli, disse esta sexta-feira na manifestação pró-governo em Salvador que os atos anti-Dilma são de “gente branca e de alta renda”.”De um lado, há manifestação legítima, mas de gente branca, masculina e de alta renda, como se viu ontem na Paulista e no dia 13. De outro, está a manifestação da diversidade do povo brasileiro”, afirmou em citação do jornal Folha de S. Paulo.
Os organizadores da manifestação em Salvador estimam a participação de 45 mil pessoas.