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Morreu o arquiteto Raúl Hestnes Ferreira

Este artigo tem mais de 5 anos

Filho do escritor José Gomes Ferreira e responsável por múltiplos edifícios emblemáticos da cidade de Lisboa, morreu este domingo, 11 de Fevereiro, aos 86 anos.

Raúl Hestnes Ferreira morreu este domingo aos 86 anos
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Raúl Hestnes Ferreira morreu este domingo aos 86 anos

D.R.

Raúl Hestnes Ferreira morreu este domingo aos 86 anos

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Morreu este domingo o arquiteto português Raúl Hestnes Ferreira, aos 86 anos. A notícia foi avançada esta segunda-feira pelo atelier do arquiteto ao jornal Público, tendo sido confirmada à Lusa por uma fonte da Ordem dos Arquitetos.

Filho do escritor José Gomes Ferreira, formado na Escolas de Belas-Artes, em Lisboa (mas com passagens pelo Instituto de Tecnologia de Helsínquia, pela Universidade de Yale e pela Universidade da Pensilvânia), Raul Hestnes Ferreira desenvolveu muitas das suas obras na capital, tendo projetado por exemplo a biblioteca de Marvila, o novo edifício do ISCTE — IUL (Instituto Universitário de Lisboa), a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e a Escola Secundária de Benfica, nomeada Escola Secundária José Gomes Ferreira em homenagem ao seu pai.

Além dos projetos na capital, o arquiteto, que venceu o prestigiado Prémio Municipal Valmor em 2002 pelo seu contributo arquitetónico para a cidade, desenhou ainda espaços como a Casa da Cultura e da Juventude de Beja. Esteve também envolvido na remodelação e recuperação do Café Martinho da Arcada, em Lisboa, e do Museu de Évora. Em 2007 recebeu o doutoramento Honoris Causa pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

[uma entrevista de Raúl Hestnes Ferreira de 2015:]

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Além do importante Prémio Valmor, o arquiteto nascido em Lisboa — também professor universitário, lecionando na Universidade de Coimbra, no ISCTE, na Cooperativa de Artes Artísticas Árvore (Porto) e na Escola de Belas-Artes, onde se formou — venceu ainda o Prémio Nacional de Arquitectura e Urbanismo da AICA (1982) e o Prémio Nacional de Arquitectura da A.A.P., em 1993.

Em 2016 foi homenageado pela Universidade Lusófona, com uma exposição que revisitava as maquetes de algumas das suas obras mais marcantes e apresentava fotografias (de Luís Pavão) e uma curta-metragem (intitulada “A Encomenda” e realizada por Manuel Graça Dias) que tinha o arquiteto como protagonista. “A Encomenda” havia sido filmada na Casa de Albarraque, em Rio de Mouro, Sintra, que fora projetada em 1960 por Raúl Hestnes para alojar o seu pai (foi, aliás, a sua primeira grande obra).

[Três edifícios lisboetas concebidos pelo arquiteto:]

3 fotos

Em entrevista, Raúl Hestnes Ferreira falava assim da sua decisão de enveredar pela arquitetura:

Eu também gostava muito de escrever, mas fui também muito influenciado pela personalidade do arquiteto Keil do Amaral. O meu pai convivia muito com artistas plásticos – sei lá…Manuel Ribeiro de Pavia, a pintora Maria Keil,… – e os meus padrinhos foram Bernardo Marques (desenhador) e Ofélia Marques (uma grande pintora, também). Eu fui criado nas artes, e gostava muito de desenhar. Aos 15, 16 anos, naquelas opções da escola, acabei por enveredar pela arquitectura, e não estou nada arrependido, de facto.

O ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, manifestou “profundo pesar” pela morte do arquiteto, “autor de vasta obra pública e privada”. Numa nota enviada à comunicação social, o ministro da Cultura recorda que Raúl Hestnes Ferreira foi um arquiteto multipremiado e que a ele se deve a remodelação e valorização do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora.

“Vencedor de vários prémios, entre eles o Prémio Valmor, em 2002, Raúl Hestnes Ferreira trabalhou em Filadélfia com Louis Kahn, nome fundamental da arquitetura do Séc. XX, assim como acompanhou, através da sua atividade académica, exercida em diferentes universidades, a formação de várias gerações de arquitetos portugueses”, sublinhou.

O ex-ministro da Cultura João Soares manifestou também pesar pela morte de Raúl Hestnes Ferreira, chamando-lhe “um homem digno” e “um bom arquiteto”.

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