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  • E é tudo do União da Madeira – FC Porto. Os azuis-e-brancos golearam, fizeram por golear e os madeirenses mal os incomodaram — e quando incomodaram, fizeram-no mal e parcamente. O FC Porto está a somente dois pontos do líder Sporting. Os dois clubes encontram-se daqui por três jornadas, na 15ª. Encerro aqui o LiveBlog, desejo-lhe um resto de boa noite e envio-lhe um abraço. Foi um prazer tê-lo desse lado. Agora vou terminar de lhe escrever a crónica do jogo que sai já, já daqui a nada.

  • Resumo do jogo

    O FC Porto não fez um jogo de encher o olho em Aveiro, contra o Tondela. Aliás, o jogo até foi mais para semicerrar o olho, de tão sonolento e previsível. Hoje não.

    Hoje Lopetegui, com dois extremos, Brahimi e Corona (em Aveiro só jogou um, o argelino), retirou o jogo do meio (de onde ele mal saiu contra o Tondela) e pô-lo nas alas. Verticalizou o jogo. E foi pelas alas que criou golos em barda na primeira parte. Com 22′ corridos já se contavam três.

    Layún cruzou da esquerda para Herrera fazer o primeiro, de cabeça, entre os centrais — foi Joãozinho quem desviou o cabeceamento para a baliza na tentativa de cortá-lo. Brahimi fez o 2-0 depois de assistido por Maxi desde a direita. Os pozinhos de perlimpimpim do argelino fizeram o resto dentro da área. Por fim, Corona, num golo em que não se sabe se queria cruzar ou se queria chutar, levantou o estádio. Ou pelo menos levantou os poucos adeptos (e as muitas moscas) que foram à Choupana esta noite.

    Na recomeçou os golos ficaram no balneário e o que subiu ao relvado foi a previsibilidade do jogo contra o Tondela. Na primeira parte o FC Porto rematou pouco mas foi tremendamente (com mérito, claro) eficaz. Na segunda rematou pouco ou nada e eficácia nem vê-la.

    O União da Madeira galvanizou-se, achou que o golinho não era coisa impossível, e tentou incomodar Casillas. Mas não incomodou. As substituições de Norton de Matos, mais do que voltarem a equipa para o ataque, quebraram-na — os extremos foram à vida, pontas-de-lança eram dois, mas não havia meio-campo que atacasse, só que defendesse.

    O FC Porto consumou a goleada no fim. Foi Danilo que cabeceou para o 4-0 numa jogada dita de laboratório. Mas nem o 4-0 desfarçam uns segundos 45′ muito, muito penosos. Não só do FC Porto, que foi gerindo a sacada de golos que fez no começo, mas também do União da Madeira, que foi pêra-doce para os azuis-e-brancos.

  • Por fim, Norton de Matos, o treinador do União: “Foi um resultado pesado, mas foi justo. Houve uma grande superioridade do FC Porto, mas trabalhámos e tentámos por tudo limitar os estragos. O treinador pensa sempre em discutir o jogo pelo jogo. Mas o três golos madrugadores impediram-nos disso.”

  • Eis Lopetegui, com cara de poucos amigos: “Entrámos forte, procurámos a baliza e fomos eficazes. Na segunda parte sabíamos que o União, que ganhou aqui ao Braga, ia entrar mais forte e soubemos defender bem. Foi um esforço extraordinário o dos jogadores. Contestação? Estamos focados em dar sempre resposta a todos os desafios que temos, em todas as competições. Não nos interessa o que dizem. Interessa-nos o que fazemos e queremos fazer algo importante este ano.”

  • Élio, o único madeirense que jogou de início na Madeira: “A malta está toda junta, temos que nos apoiar uns aos outros e há que vencer o próximo jogo. Mas ninguém gosta de perder por 4-0 em casa. Sabemos quais são as nossas forças e queremos seguir em frente.”

  • Fala Herrera, num castelhano tão, mas tão rápido, que não é fácil perceber tudo o que o médio diz: “Contestação ao treinador? O importante era ganhar. Estivemos concentrados desde o início do jogo e conseguimos o que queríamos. Liga dos Campeões? Primeiro temos que vencer o Paços de Ferreira, ganhar confiança e depois ir a Londres.”

  • Trago-lhe já, já as declarações na flash interview e depois o resumo do jogo.

  • Fim de jogo!

  • Diz-se destas jogadas que são “de laboratório”. Maxi ameaçou que ia marcar o livre. Não marcou, mas tocou para o lado. Quem lá estava era Layún, que cruzou logo dali, da direita, para a área. Danilo saltou sozinho e fez o 4-0 de cabeça.

  • GOLO! 4-0 para o FC Porto

    Marcou Danilo, de cabeça.

  • Lopetegui sabe porque pôs Maicon. Maicon entrou para marcar livres. E o brasileiro sabe como fazê-lo bem. A bola estava mesmo ao seu jeito, descaída sobre a direita, e ele chutou, forte e tenso, em direção do canto superior esquerdo da baliza de André Moreira. Mas o miúdo quis deixar o placard como estava e foi lá tirar, com uma palmada, um golo quase feito.

  • Pode dizer-se de André André que não fez um jogo de encher o olho. Mas nunca se dirá dele que fez um mau jogo. O baixinho da camisola “20” nãos sabe fazê-lo. E a correr o que corre, bem que precisa de ir descansar. Evandro é bom de pés — provou-o mais no Estoril do que no FC Porto.

  • Sai André André e entra Evandro nos azuis-e-brancos.

  • É troca por troca. Sai um médio-defensivo, um trinco à antiga, o “menino” (19 aninhos) Diogo, que também não é propriamente um “10”. O tio dele, Bruno, foi um ídolo no Marítimo na década de 1990 e chegou a jogar no FC Porto em 2000 e picos.

  • Norton de Matos tira Soares e põe Diogo Firmino.

  • O FC Porto vence por 3-0. O União mal ataca — e quando ataca, fá-lo mal. Mas Lopetegui, privado de um atacante depois da expulsão de Osvaldo, põe um central… e tira um atacante (Corona). O FC Porto está a jogar num 5-3-1 (ou 3-5-1 quando ataca).

  • Sai Corona e entra Maicon.

  • Como é que um futebolista é expulso com a sua equipa a vencer por três zero? Como é que um futebolista é expulso com um vermelho direto depois de uma entrada violenta sobre um central quando o jogo está no seu meio-campo ofensivo? Como é que um futebolista, que mal joga, quando tem oportunidade de fazê-lo, desperdiça a oportunidade sendo uma nulidade em tudo o que fez — tabelações, desmarcações, remates, pressão; de Osvaldo não se viu nada do que se exige a um ponta-de-lança. Não sei. Boa-vontade não será por certo.

  • Osvaldo é expulso com vermelho direto

    Osvaldo é expulso. E Lopetegui está enfurecido com Bruno Paixão, o arbitro. Mas não há razão para isso. O internacional italiano mal tocou na bola durante o jogo. Mas agora tocou (e muito) no pé do central Bruno Monteiro, com uma pisadela que doeu só de ver.

  • Faz sentido. E é troca por troca — o que é diferente de se dizer que a qualidade de Brahimi e Varela é a mesma. O jogo estava em ritmo baixo, Brahimi já fez o que tinha a fazer, e Varela precisa de minutos. Mas já contribuiu e muito (com um passe de calcanhar para André André) na vitória sobre o Benfica.

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