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  • E é tudo do FC Porto-Rio Ave. Foi um prazer, como sempre o é, tê-lo connosco. Até mais e tenha um resto de boa noite!

  • Resumo do jogo

    Não é um bem-amado. Não o é desde o dia 17 de maio. Sobretudo desde essa malograda tarde – e entenda-se o “malograda” na perspetiva do próprio mal-amado. O FC Porto empatou no Restelo, Lopetegui caiu no relvado, cabisbaixo, e o Benfica sagrou-se, logo naquele dia, campeão. O clube acabaria a época sem um só título. Pinto da Costa deu o beneficio da dúvida a Julen Lopetegui – afinal, foi a primeira época do basco em Portugal e a primeira como treinador de primeira e não só de Seleções jovens. Os adeptos, com contratações sonante como a de Imbula – nunca cá no burgo se tinham desembolsado tantos milhões num futebolista só –, deram-lhe o beneficio da dúvida, também eles.

    Não resultou. O FC não só não é líder, como vê o Benfica à cola (o que era pouco provavél há meia dúzia de jogos atrás) e o Sporting a distanciar-se cada ver mais e mais. O FC Porto foi afastado dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões – e foi-o depois de perder em casa, no Dragão, com um Dínamo de Kiev que está longe, bem longe de ser um colosso europeu. Na Taça da Liga, e ainda com jogos por fazer, o Marítimo, que venceu no Dragão, está mais do que em posição de seguir em frente (e na frente) para as meias-finais e deixar o dragão a vê-la pela TV. Sobra a Taça de Portugal, onde o FC Porto e o Braga são favoritos a vencer, mas nem essa Taça é certa que se vença — é que o BRaga que venceu o Sporting é muito mais forte do que o FC Porto que foi vergado em Alvalade.

    Hoje, com o empate (1-1) frente ao Rio Ave, com o FC Porto a ser mais do mesmo, muita parra e pouca uva, que é como quem diz, muita bola, uma posse capaz de corar o Barça ou o Bayern, mas poucos golos e perigo a roçar o zero, acabou-se a paciência nas bancadas, estalou o verniz, rebentou a bolha — e tantos chavões mais que se recorde dizer. Lopetegui tem os dias (ou as horas?) contados. Isso é ponto prévio e quase certo. Pinto da Costa segurá-lo-á enquanto conseguir.

    Mas os adeptos não estão mais com ele. E hoje até seguraram os apupos até final, mesmo quando o Rio Ave empatou e o FC Porto reagiu a trouxe-mouxe. E quando os adeptos querem fazer rolar cabeças, fazem-no. Mais a mais num clube vencedor (mas que não vence a Liga vai há dois anos) como é o FC Porto. Adiós Julen?

  • Acabou. E acabou com muitos, muitos assobios — o estádio do Dragão está às moscas, mas ouviram-se alto e bom som. Lenços a acenar, brancos, são mais do que muitos. Lopetegui está com vida difícil no banco. E os adeptos, que hoje até lhe deram o beneficio da dúvida, dificilmente darão uma segunda oportunidade ao basco. A bola está do lado de Pinto da Costa.

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  • O árbitro Rui Costa dá mais 5′ de tempo extra.

  • Varela cruzou longo, da esquerda e para o poste mais distante, Maxi (a jogar a central, mas a surgir na área num lance que não é de bola parada) surgiu a cabecear, acertou na bola e na direção, desviou-a de Cássio, mas estava lá Marcelo para cortar. O FC Porto ataca com todos — o que é diferente de dizer-se que ataca bem ou sequer que intimida a atacar — e o Rio Ave defende muito e com muitos lá atrás. Mas sai, volta e meia, em contra-ataque.

  • Sai Layún e entra Varela. O FC Porto é uma salgalhada tática. E joga com três centrais neste momento, sendo que um deles é Maxi Pereira. É um 3-3-2-2. Os defesas alinham-se, os medios-centro também, extremos são dois, abertos na ala, e pontas-de-lança outros dois, fixados no meio.

  • Não vai lá com cruzamentos — e Layún, que é de quem se fala, fez uma catrefada deles –, vai de livre. Layún acertou com a baliza, doseou bem a força e o jeito, mas Cássio, atentou, desviou o livre rente à barra.

  • Sai Ukra e entra Lionn. Saiu um extremo e entra um lateral-direito. Mas a verdade é que Lionn vai fechar à esquerda, impedindo que Maxi suba e aproveitando para subir, já que não há extremo daquele lado. É André André quem faz o lugar.

  • Enquanto Lopetegui berra, esbraceja e esperneia, a pedir mais certeza no passe, mas calma a circular, Edimar avança pela lateral esquerda, ganha a frente a Maxi e cruza para a área. O problema é que não estava ninguém na área. Mas Herrera sentiu alguém nas costas e cortou para canto, atabalhoadamente. Sim, estava lá um vulto. Era o de Martins Indi. Lopetegui nada disse. Agachou-se, pegou na garrafa de água, deu um gole, depois outro, e calado ficou. Começam a escutar-se os primeiros assobios ansiosos no Dragão.

  • O FC Porto, nesta segunda parte, tem sido mais useiro e vezeiro dos cruzamento para a molhada, na área, do que propriamente de trocar a bola de pé para pé até lá. E quem cruzou ou é Layún ou é, novamente e sempre, Layún. Ter quem cabeceie (ou pelo menos quem o faça bem) é que já são outros trezentos.

  • Sai Corona e entre André Silva. O FC Porto jogará com dois pontas-de-lança. André André fará as vezes de extremo-direito.

  • Layún bate o canto à esquerda e na direção do primeiro poste, o cruzamento pedia um desvio, e foi isso que Herrera fez. Martins Indi estava ao segundo, pronto a desviar, chegou a fazer o movimento de cabeceio, mas Cássio chegou primeiro e desviou. A bola ainda sobrou para Marcano, mas o central demorou tanto, mas tempo tempo a rodar e rematar, que a bola foi cortada para “as couves” pelo Rio Ave.

  • No FC Porto, troca por troca. Pelo menos em termos posicionais. Sai Danilo Pereira e entra Rúben Neves. Se faz sentido? A verdade é que, um e outro, Danilo ou Rúben, não só defendem como auxiliam na construção de jogo. Talvez Rúben o faça melhor do que Danilo. Mas com o Rio Ave a atacar pouco ou nada, não faria mais sentido entrar um médio como Evandro (ou até Imbula, enquanto cá anda) ou um abre-latas como Varela? André Silva também está no banco e é o único ponta-de-lança de serviço.

  • Pedro Martins tira Filip Krovinović, que vinha sendo dos melhores do Rio Ave, e faz entrar outro médio, mais defensivo que criativo: Zé Paulo. Está em Vila do Conde emprestado pelo Corinthians do Brasil.

  • Que defesa. E que remate. Maxi Pereira cruzou da direita para a área, Aboubakar, com Marcelo a soprar-lhe no cachaço, recebeu a bola na peitaça, não tinha espaço nem ângulo para rematar, mas quando se é ponta-de-lança, arranja-se. E arranjou. Rodopiou o corpo sobre a bola, Marcelo ficou sem reacção e Aboubakar chutou com estilo. Cássio foi desviar o remate, rente, rente à base do poste.

  • A CMVM, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, não vai gostar de saber. Ou melhor, de não saber.

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  • Ui, ui, ui… E não é que o Rio Ave ia marcando o golo da reviravolta logo a abrir? Ukra cruzou para a área, Martins Indi afastou mal de cabeça, a bola ficou aos pulinhos à entrada da área, a pedir um remate forte, e foi isso que Filip Krovinović fez. Casillas esticou-se todo. Mas não foi preciso esticar-se mais, afinal, o remate do croata saiu a um palmo do poste direito do FC Porto. Ficou o aviso.

  • Já recomeçou o jogo.

  • O resumo da primeira parte

    A vida não está pera doce para Lopetegui. É verdade que só está a dois pontos do Sporting na frente. Também é verdade que continua na Taça da Portugal e que é, a par do Braga, o favorito a vence-la. Mas não é menos verdade que, com o plantel milionário que tem ao seu dispor – e que é o plantel que o próprio quis e teve –, não avançou na Liga dos Campeões e dificilmente o fará na Taça da Liga. Pior: não convence os adeptos.

    Curiosamente, hoje, e mesmo com o FC Porto a jogar pouco, poucochinho, mesmo com o Rio Ave a empatar no único remate (e com um quanto de sorte à mistura) que fez, os adeptos não o assobiaram, não lhe fizeram ver os lenços brancos de adiós (que devem estar na algibeira, prontinhos a sair). Não. Os portistas que enfrentam, numa quarta-feira à noite, o frio e a chuva miudinha nas bancadas, estão a aplaudir o FC Porto. Fizeram-se à chegada do clube ao estádio do Dragão, fizeram-no durante o aquecimento e até aquando do empate.

    Agora cabe à equipa reagir. Mais e melhor. Os remates estão a sair, mas quase todos a trouxe-mouxe – o próprio golo de Herrera, numa recarga e à terceira, o foi. A bola circula de pé para pé, ou não fosse este o FC Porto de Lopetegui, mas circula-a longe da área. E o Rio Ave não só não é encostado às cortas, como vai levantando demais a crista e atacando. Num desses ataques, empatou.

  • Classe. Azar. E aselhice. Tudo ao mesmo tempo, no mesmo lance. Aboubakar, portentoso, arrancou pela direita e cruzou para a área. Mas se o “9” estava à direita, quem estava na área? André André. É meia-leca, mas saltou sozinho, antecipando-se a Roderick, e cabeceou ao primeiro poste na direção do segundo. Acertou no poste. Em cheio. Pliiiiim! — até se ouviu no estádio, de tão “às moscas” que está. A bola do segundo poste voltou ao primeiro, como que por vontade própria, cruzou toda a linha de baliza, André André foi rápido a atacá-la, acertou-lhe de peitaça, mas acertou tão mal que Cássico conseguiu defender com uma palmada.

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