“A vida é uma festa e as festas não foram feitas para durar”. Para Prince, a festa terminou esta quinta-feira ao fim de 57 anos de vida e quarenta de carreira, marcados pela versatilidade, pelo estilo camaleónico, pela música icónica. Há quem jure a pés juntos que o “artista perfecionista”, que publicou o primeiro álbum em 1978 e mais treze nos treze anos seguintes, mantém em segredo um reportório secreto quase tão grande como o conhecido. Tal como a sua vida, da qual só saberá uma pequena parte.

Mas até a música que publicou não é de fácil alcance: as músicas de Prince dos olhos pintados, das poses sexuais, da sonoridade psicadélica não podem ser encontradas nos locais habituais do mundo online. O artista norte-americano de Minneapolis divorciou-se da Internet em 2014 e agora o último álbum (HITnRUN Phase One, de 2015) só pode encontrado no Tidal ou nas lojas de discos. É por isso que raramente se encontram as suas canções no YouTube ou em serviços streaming. Mas até com as discográficas manteve arrufos, principalmente nos anos noventa quando disse que “os contrato de gravação são como – vou dizer a palavra – escravatura”.

Prince ganhou sete Grammys, um Globo de Ouro, um Óscar. Vendeu 100 milhões de discos e 60 milhões de singles. E escondeu-se na composição de algumas daquelas músicas que todos conhecemos de cor, como “Nothing Compares To U” (Sinead O’Conner) ou “How Come You Don’t Call Me” (originalmente dos The Hits e depois interpretada também por Alicia Keys).

E tinha cavalos de batalha: deu várias vezes o rosto à luta pelos direitos dos negros e pelo reconhecimento dos géneros, chegando mesmo a dizer: “Eu não sou uma mulher, eu não sou um homem. Eu sou algo que tu nunca vais entender”. Há pessoas que nunca morrem e Prince é uma delas. Para o recordar, o fotógrafo Robert Whitman disponibilizou oito imagens tiradas a Prince quando tinha dezanove anos, em 1977 – um ano depois do início da carreira e prestes a lançar o primeiro álbum -, em Minneapolis. Veja as imagens na fotogaleria.

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