Momentos-chave
- "Assumo o erro, mas recuso hipótese de erro premeditado"
- Diretor da TVI admite correlação entre notícia e fuga de depósitos.
- As várias versões da notícia TVI, segundo a compilação da CMVM
- Há um filme de quatro anos e a TVI aparece no último segundo
- Perda de depósitos acima dos 100 mil euros foi interpretação "não adequada"
- Notícia da TVI teve como fonte carta do governador para Mário Centeno
- Diretor da TVI autorizou divulgação da notícia no domingo
- Constâncio disponível para responder por escrito, mas não sobre atuação do BCE
Histórico de atualizações
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Terminou a audição ao diretor da TVI, ao fim de quatro horas. O próximo a ser ouvido, na próxima terça-feira de manhã, é António Costa, o comentador da TVI que ajudou a desenvolver a história dada pela estação de Queluz no domingo dia 13 de dezembro. Boa noite.
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Miguel Tiago fecha a segunda e última ronda. O deputado comunista quer saber porque é que a TVI corrigiu a informação sobre a perda para depositantes, o diretor diz que terão sido contactos feitos depois de sair a notícia. “Se tivessem feito contactos antes, teriam evitado notícia errada? E porque mantiveram até ao final da noite a tese da integração da parte boa do Banif na Caixa?
Porque a informação de que a DG Comp tinha chumbado essa proposta ainda não era pública, apesar do mail que comunica essa recusa ao governo português ser anterior à carta do governador do Banco de Portugal para o ministro das Finanças que, segundo Sérgio Figueiredo, serviu de base documental à notícia da TVI.
Miguel Tiago insiste em perguntar quem trouxe a notícia original e quem pediu ao diretor para publicar. “Não estamos habituados à figura do jornalista anónimo”, numa alusão à fonte anónima.
Sérgio Figueiredo garante que não foi a origem da notícia. E volta a afirmar que assume toda a responsabilidade. Revelar o jornalista seria uma pista para identificar a fonte, repete.
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Sérgio Figueiredo para João Almeida: Não admito que ponha palavras na minha boca
As perguntas regressam a João Almeida. E que consequências tirou do erro?
Não me demiti, nem aceitei demissões. “A pressão foi de tal forma que houve pessoas que sentiram vontade de dar o corpo às balas. Teria sido um erro sacrificar alguém, sobretudo com toda a informação que entretanto já saiu desta comissão de inquérito”, diz Sérgio Figueiredo.
O diretor da TVI aponta ainda para o que considera serem as responsabilidades factuais de Maria Luís Albuquerque, mas realça que a estação deu tempo de antena à ex-ministra das Finanças para ela apresentar a sua versão.
João Almeida reage: Esta a dizer que a culpa foi do anterior governo (PSD-CDS)? O diretor da estação exalta-se pela primeira vez. “Não preciso que me ponha na minha boca palavras que não pedi, não admito. A minha matriz da avaliação do caso Banif não é a sua. Não estou a culpar governos. Factualmente, o Estado adquiriu uma posição num banco e não esteve à altura”.
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"Assumo o erro, mas recuso hipótese de erro premeditado"
A deputada do Bloco quer esclarecer a intervenção de António Costa, comentador da TVI e ex-diretor do Diário Económico. O diretor da estação de Queluz esclarece foi chamado a ajudar porque estava lá por acaso.
Mariana Mortágua insiste que mais valia assumir que houve um erro, para “perceber se foi um erro ou se houve outras causas”.
“Admiti o erro. O comunicado da direção de informação na terça-feira de manhã teve essa função. Assumo o erro, e quero que fique claro. Mas recuso hipótese de erro premeditado. Há uma imprecisão no primeiro rodapé — o tal que fala no fecho do Banif e na perda para grandes depositantes. Mas realça que a informação foi atualizada para chegar a uma forma final mais correta do que a inicial.
Mariana Mortágua insiste em saber mais sobre as fontes e os jornalistas Houve chamadas antes de sair a primeira versão da notícia? E se houve a quem foram? “O processo de construção da noticia foi feito em direto e não parece ser a melhor forma de o fazer”, conclui.
O diretor da TVI reafirma dificuldade em responder porque a resposta pode encaminhar para uma fonte ou para os jornalistas. Revelar os nomes dos jornalistas, ou áreas onde trabalham, pode permitir chegar à fonte.
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Diretor da TVI admite correlação entre notícia e fuga de depósitos.
Eurico Brilhantes Dias do PS sobre os detalhes da carta que serviu de base à notícia de domingo.
O diretor da TVI reafirma que houve uma má interpretação dos documentos e das informações recolhidas, sobre a perda de depósitos acima dos cem mil euros. “Não questionei os jornalistas sobre as fontes, confio”.
Consegue assumir que a notícia teve impacto na liquidez do banco?
Sim há uma aceleração de levantamentos a partir de segunda-feira. E admito que a notícia tenha tido uma correlação com esses movimentos. O que quis dizer em relação aos mais de 900 milhões que se falam é que não é honesto atribuir diretamente à noticia. Se houvesse um desmentido formal e taxativo, seria estranho que o movimento continuasse. Os depositantes fugiram de uma história”.
“Se a noticia não tivesse sido dada, não teria havido fuga? Não sei. Sérgio Figueiredo lamenta que isso não tenha acontecido com outros casos, ou seja, que a comunicação social não tenha alertado os investidores e aforradores. Admite ainda foi uma situação incómoda para a redação da TVI.
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Carlos Abreu Amorim do PSD inicia a segunda ronda, questionando se a TVI foi objeto de algum procedimento por parte da ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social).
A ERC, diz Sérgio Figueiredo, recebeu queixas particulares e endereçou as perguntas com pedidos de esclarecimento que foram dados e à data não é mais do que isso. Antes o diretor da TVI tinha dito que não tinha conhecimento de nenhuma pergunta colocada pelo regulador à TVI.
O diretor não acha que a estação foi instrumentalizada, mas lembra que as fontes anónimas têm interesses quando passam a informação e procuram usar os órgãos de informação. “A nossa função é não deixarmos que isso aconteça”.
Confrontado com as várias versões da notícia, comenta que foi um processo, mas prefere falar em atualização da notícia quando confrontado com a tese das sete correções.
O deputado do PSD conclui com o que considera terem sido os impactos da notícia. A primeira consequência: liquidou as hipóteses de sucesso da venda voluntário, obrigou a um financiamento de emergência ao Banif e levou o BCE a limitar o financiamento no eurosistema.
“Tomo noto do libelo acusatório”, responde ainda o diretor da TVI.
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Informação para notícia da TVI não veio do Santander Totta
Miguel Tiago aproveita para colocar o tema da relação acionista e financeira entre o Santander Totta e a Prisa, grupo espanhol que detém a TVI. “Pode-nos garantir que não houve qualquer ligação? Aponte os elementos que podem dissipar essas dívidas”.
“O que me está a sugerir insulta a redação toda”. Sérgio Figueiredo revela que perguntou aos jornalistas se a informação viria do Santander, a resposta foi não. A única prova que posso dar é a minha palavra e um raciocínio lógico de que se isso tivesse acontecido seria mais facilmente feito por mim e não pelos jornalistas. E não foi esse o circuito”.
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Miguel Tiago do PCP considera que a noticia da TVI provocou um rombo na liquidez do Banif e que terá sido relevante para a recusa de criação de um banco de transição, o que custou aos contribuintes. No mínimo, conclui, “foram negligentes”.
Sérgio Figueiredo recusa revelar quem foi o jornalista, não tem, nem pediu autorização para isso.
E quando recebeu a carta que cita? A carta do dia 12 do Banco de Portugal só chega ao Ministério das Finanças oficialmente três dias depois. “A TVI recebeu primeiro a carta. Deve ser por causa da privatização dos CTT”. E já agora onde foi buscar a informação de que o Banif seria integrado na Caixa? Não está na carta.
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As várias versões da notícia TVI, segundo a compilação da CMVM
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O deputado João Almeida lembra que o CDS sempre acreditou que a notícia tinha fundamento e tratou o assunto como uma fuga de informação. Mas assinala que há uma diferença entre a culpa ser toda da TVI e concluir que a TVI não tem responsabilidades. Mas esta comissão não é sobre a TVI, realça.
Sérgio Figueiredo lê apenas a frase da tal carta de dia 12 de dezembro que sustentou a notícia: o Banco de Portugal considera que não existe alternativa senão aplicar uma medida de resolução ao Banif para assegurar a estabilidade financeira. João Almeida contesta que falta ler a primeira parte da frase “no caso de não ser possível concretizar a venda voluntária”.
O diretor da TVI justifica que a equipa terá apurado que a venda não seria possível de concretizar nas condições em que as autoridades previam. João Almeida discorda e lembra que houve propostas de compra. Lembra ainda que a resolução já estava a ser ponderada há meses. E porque deu a noticia logo no domingo, afinal corrigiu sete vezes. Se tivesse tido dúvidas não teria publicado, reafirma o diretor.
E já agora pergunta o deputado do CDS: E fecho do banco está mais próximo de resolução ou de liquidação? Sérgio Figueiredo insiste que o fecho foi usado para explicar ao público que o banco deixaria de funcionar de forma autónoma,
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Há um filme de quatro anos e a TVI aparece no último segundo
João Almeida do CDS diz que é importante saber qual foi a origem da “fuga de informação,” tanto mais quando a informação estava errada, segundo várias personalidades que passaram por aqui.
Sérgio Figueiredo devolve as perguntas a esses responsáveis (Mário Centeno e Carlos Costa, com quem alias esteve ontem numa conferência sobre banca promovida pela TVI). E acrescenta que a única coisa que não se confirmou, para além da interpretação errada, foi a integração do Banif na Caixa. Na altura não sabia que a proposta tinha sido chumbada pela DG Comp.
O diretor da TVI fala ainda no sentimento que se vive na sua equipa, o de que se mata o mensageiro. “A desproporcionalidade e a importância que está a ser dada a esta notícia é algo que não conseguimos entender. Há um filme de quatro anos e a TVI aparece no último segundo”.
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Mariana Mortágua lê o código deontológico dos jornalistas e pergunta se a notícia do fecho do banco correspondia à realidade. Sérgio Figueiredo explica que é necessário simplificar para o público perceber. A resolução de um banco implica o fecho do banco? O que estávamos a dizer é que o Banif iria deixar de exercer a atividade bancária, porque a resolução teria de ser descodificada.
A deputada do Bloco quer saber antes da primeira notícia que entidades foram envolvidas para comprovar os factos divulgados? O diretor da TVI não estava na elaboração da notícia, estava a coordenar à distância e confiou na equipa que lhe dizia que a informação estava confirmada. Não leu a carta entre o governador e o ministro das Finanças que, segundo disse, serviu de base documental à notícia da TVI. E a notícia às 23 horas estava correta.
A deputada insiste: A primeira notícia — que diz que estava tudo preparado para o encerramento do Banif, haveria perdas para depositantes acima de cem mil euros e muitos despedimentos — foi confirmada?
A responsabilidade é minha, mas não controlo o processo, não lhe posso dizer quem falou com quem.
Não é essa pergunta, diz Mortágua. E lembra que será fácil confirmar com as partes interessadas (essencialmente o Banco de Portugal e o Ministério da Finanças. Figueiredo responde: “Acredito que as partes intessadas foram todos contactadas”, mas não sabe quem foi antes ou depois.
O ser domingo à noite não é irrelevante. Os balcões estavam fechados. A deputada lembra que se pode movimentar dinheiro online.
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João Galamba lembra que a lei não obrigava ao bail-in (internalização de perdas) ao nível dos depósitos antes de 31 de dezembro e pergunta:
Admite que a TVI foi no mínimo um pouco responsável? Essa informação veio da onde?
O diretor da estação não concorda com a conclusão, mas admite novamente que ceio de uma interpretação que a redação fez para um cenário de liquidação do Banif. E foi corrigida numa altura em que era possível fazer essa correção sem impacto nos balcões ou na bolsa (que estava fechada).
Sérgio Figueiredo volta a dizer que tem pena de não ter feito um especial para dar enquadramento e explicar uma notícia daquela relevância. O diretor da TVI confirma que foi uma carta em inglês, segundo a qual a resolução era já a única alternativa.
A carta refere que a resolução seria a única alternativa, caso falhasse a venda voluntária do Banif que estava em acontecer.
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Perda de depósitos acima dos 100 mil euros foi interpretação "não adequada"
João Galamba do PS pergunta a Sérgio Figueiredo qual é a avaliação que faz do impacto da noticia da TVI no desfecho do caso Banif?
“Seria cínico dizer que achava que o rodapé não teria qualquer repercussão”. Sérgio Figueiredo assume a responsabilidade de ter noção do que ia acontecer, mas o dever do jornalista, diz, “não é perante instituições, mas perante a verdade. O meu critério não é a oportunidade é a verdade”. Sublinha ainda que os 900 milhões não desapareceram, as “pessoas sentiram-se mais protegidas por tirarem o dinheiro”.
João Galamba desmente a ideia de que a noticia era verdadeira e diz que é falsa. E pergunta se há algum documento escrito que falava em perdas para depositante? Sérgio Figueiredo admite que não. Essa foi uma interpretação dada erradamente num cenário em fosse acionado o Fundo de Garantia de Depósitos que só protege depositantes até 100 mil euros. A parte dos depósitos foi uma interpretação feita na redação e que foi corrigida. A “interpretação não foi adequada, mas não havia intenção alarmista. Era o que previa a lei do Fundo de Garantia de Depósitos e foi logo corrigida”
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Troca de palavras sobe de tom entre o deputado do PSD e o diretor da TVI. Carlos Abreu Amorim lembra que a carta — a prova documental — de 12 de dezembro do governador ao ministro as Finanças, refere a resolução comum uma hipótese que ficaria suspensa até ao desfecho do processo de venda voluntária.
E a queda de mais de 40% das ações? “Este banco valia zero”, considera Sérgio Figueiredo que mostra um gráfico de cotações do Banif. “Se fosse um cardiograma o indivíduo estava morto.
Cita agora as 200 reuniões que Maria Luís Albuquerque disse ter tido sobre o tema para ilustrar a tese de que o problema do Banif não tinha solução. Lembra que o Estado era parte interessada. “Éramos todos acionistas daquele banco. Não me arraste para o problema.”, responde a Carlos Abreu Amorim.
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Notícia estava no essencial intocável. Jornalismo cumpriu a sua função
O facto é que o banco fechou, conclui Sérgio Figueiredo, remetendo para a primeira versão da notícia que foi logo corrigida. E assinala que quando os balcões abriram às oito da manhã, a informação estava corrigida, mas as autoridades não fizeram nada, lembra. “Se tivesse havido um desmentido da notícia, a tal hemorragia não teria acontecido.”
O diretor da TVI lembra que a saída de depósitos não começou com essa notícia. “É um pouco abusivo atribuir em exclusivo à TVI tudo o que aconteceu até ao fim de semana. E porque não houve desmentido? Porque na minha modesta opinião, a noticia estava certa” e os governantes não quiseram repetir os erros cometidos antes da resolução do BES. Não há factos que consigam provar que foi a noticia que mudou o curso da história”.
Abreu Amorim considera que essa afirmação é “quase ofensiva” É desrazoável.
“É a sua opinião, mas não concordo”. E recusa que algo que aconteceu durante quatro anos e provocou um rombo de 3.000 milhões aos contribuintes “possa ser assacado a um rodapé e a uma notícia que no essencial estava intocável. O jornalismo cumpriu a sua função”.
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O rodapé, na sua versão original, foi divulgado às 22.18. Sérgio Figueiredo admite que a primeira informação foi entretanto corrigida, porque houve uma decisão política tomada entretanto de que não seria acionado o Fundo de Garantia de Depósitos. Sérgio Figueiredo lembra que a DG Comp não autorizou a integração na Caixa, mas esse cenário ainda não era conhecido. E isso foi corrigido.
Às 23.06 o que é afirmado em rodapé e que sustenta peça autónoma. “Se me arrependo de alguma coisa, foi de não ter interrompido a emissão desportiva e ter aberto um especial em vez de publicar frases telegráficas (o famoso rodapé) que permitiam tirar interpretações de que o banco ia fechar no dia a seguir”. Por isso, justifica, a direção da TVI publicou esclarecimento. “Não estávamos de má-fé, com dolo e uma intenção precipitada de causar perdas. Foi algo que ponderámos”.
O comunicado é um pedido de desculpa, mas não uma admissão de que a notícia é falsa, responde a Carlos Abreu Amorim.
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Notícia da TVI teve como fonte carta do governador para Mário Centeno
O diretor da TVI responde ainda a Carlos Abreu Amorim e revela que nem todas as informações que chegaram em off foram usadas. Partes interessadas contactadas garantiram que não haveria resolução, contrariando informação documental. Diz que Jorge Tomé foi contactado e que foi informado pela TVI da resolução da qual não sabia.
Reconhece que domingo à noite é o período em que a capacidade der resposta em televisão é mais baixa, Não podendo ir fisicamente à estação pedi a pessoas que apoiassem os jornalistas que estavam de turno. Por feliz coincidência, estava em estúdio o comentador de economia, António Costa, Tinha sido convidado para assistir a um concerto rock que estaria a decorrer na estação. Foi um apoio importante que tivemos essa noite.
Esse processo de apuramento, permitiu que à meia-noite a informação tivesse sido consolidada depois de confirmada por partes interessadas. E estava correta, daí que a tivesse sido mantida no dia seguinte.
Sérgio Figueiredo não está em condições de confirmar quem falou com quem, que jornalistas falaram com que fontes. Carlos Abreu Amorim invoca agora as regras da edição de noticias. Garante que a TVI tinha “informação suficiente, credível e verdadeira” que lhe permitiu avançar com a notícia. Alguns contactos foram feitos durante e depois.
“Quando tenho uma carta do governador para o ministro das Finanças”, datada do dia anterior à notícia e que avança com a informação e que está a ser estudada uma medida de resolução, “considero que é uma peça relevante para juntar a outras para poder avançar com segurança a informação”.
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Diretor da TVI autorizou divulgação da notícia no domingo
Na noite de domingo (13 de outubro), Sérgio Figueiredo revela que recebeu contactos da redação avisando que estava confirmado, através de fontes fundamentalmente documentais que a resolução do Banif iria ser tratada na semana seguinte. O diretor da TVI lembra que era público o prazo final do ano para mudar as regras de resolução.
Foi decisão sua divulgar a notícia em rodapé? Evidentemente ninguém imagina que uma noticia desta relevância pudesse ser transmitida sem o conhecimento e autorização da direção, o que me torna o primeiro e único responsável pela informação.”
Foram feitos contactos antes e durante e depois da noticia. Com partes interessadas? Não fui eu que conduzi a noticia, mas posso garantir que foram cumpridas todas as regras, e feito o confronto com partes interessadas.
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Quem recebe a notícia na TVI no dia 13 de dezembro? A notícia surge de um caso que andava a ser investigado há muito tempo por todas as redações do pais, sobretudo quando o primeiro-ministro António Costa denunciou numa entrevista (em outubro) uma surpresa grave que estaria a rebentar e que descobriu quando estava em negociações para formar governo com o PSD.
Logo na entrevista à TVI, o jornalista Pedro Pinto perguntou se era o Banif? A resposta chegou pela boca da ministra das Finanças que confirmava que sim e lembrava que isso não era surpresa para ninguém. Muito antes do dia 13 de dezembro, o Banif já tinha sido obrigado a esclarecer várias noticias que tinham saído na comunicação social.