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  • Este liveblog termina aqui. Durante esta sexta-feira, demos-lhe conta do “dia seguinte” à vitória do Brexit no referendo realizado no Reino Unido. A turbulência instalou-se nos mercados, com as bolsas a registarem quedas nas cotações, numa atmosfera de apreensão e de incerteza. O processo de sucessão na liderança do governo britânico foi aberto pela demissão de David Cameron. Políticos escoceses querem uma nova consulta eleitoral sobre a independência, sustentada no facto de o Remain ter vencido nos distritos do país.

    A Irlanda do Norte também quer um referendo para se juntar à República da Irlanda, que é membro da União Europeia. Escócia e Irlanda do Norte serão visitados pela rainha Isabel II, numa tentativa de colocar água na fervura e de assegurar a unidade ameaçada do Reino. A Moody’s reviu em baixa o outlook sobre o país que vai estrear o processo de abandono da União Europeia, que os responsáveis dos 28 querem que seja rápido.

    Há eleitores que estão em estado de choque, depois de terem votado a favor do abandono. Garantem que, se lhes fosse dada uma segunda oportunidade, mudariam o sentido do voto, a favor da permanência. As repercussões não vão ficar por aqui. Neste sábado, o Observador vai continuar a dar-lhe toda a informação relevante sobre o acontecimento que está a abalar o Reino Unido e a Europa.

    Muito obrigado por nos ter acompanhado. Tenha um excelente fim-de-semana.

  • Três quartos dos eleitores que pertencem à faixa etária situada entre 18 e 24 anos votaram pela permanência do Reino Unido na União Europeia. Uma reportagem realizada pelo jornal digital Vox, em Oxford, dá conta da desilusão dos eleitores mais jovens com a vitória do Brexit. Consideram que os cidadãos mais idosos os traíram. O Remain saiu vencedor em Oxford.

  • Durante esta semana, um dos grandes receios desencadeados pela hipótese de ‘Brexit’ era que a produção de Game of Thrones fosse afetada. O medo surgiu porque a série é filmada na Irlanda do Norte e recebeu financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. A HBO já veio acalmar os fãs e garantiu que não recebe financiamento da UE há várias temporadas. O GoT vai continuar. Já podemos respirar de alívio.

  • As capas dos jornais de sábado

    O Reino Unido espera para ver como vai ser o futuro do país. Veja aqui as diferentes abordagens nas capas dos jornais de sábado.

  • O Guardian conta que há protestos contra o ‘Brexit’ em Glasgow, Edimburgo e Londres. Na Escócia, onde ganhou o “Remain”, centenas protestam contra o “racismo” desencadeado pela campanha a favor da saída da União Europeia.

    Em Londres houve concentrações junto à London Bridge e em Downing Street. Os cânticos entoados passaram a mensagem de que o futuro dos manifestantes foi “roubado”. Entre os slogans, escutou-se: “No borders, no Boris” em referência a Boris Johnson, um dos principais defensores da saída.

  • A Reuters refere que os principais bancos cotados na bolsa de Nova Iorque estão à procura de novos centros de operações na Europa, depois de o Reino Unido ter decidido abandonar a União Europeia. As análises apontam para a extinção de entre 50 mil a 70 mil empregos na ‘City’.

  • Moody's corta perspetiva de dívida do Reino Unido para "negativo"

    A agência de notação de financeira Moody’s cortou a perspetiva sobre o risco de crédito de longo prazo do Reino Unido, baixando de “estável” para “negativo”, avança a Bloomberg. Em causa está o “nível prolongado de incerteza” que o Brexit está a causar nos mercados, diminuindo os níveis de confiança dos investidores e no “crescimento a médio prazo”.

    Já quanto à perspetiva da dívida da União Europeia, a Moody’s manteve a perspetiva em “estável”.

  • “What happens if we leave the EU?” (o que é que acontece se sairmos da União Europeia?). Esta foi a pergunta mais pesquisada no Reino Unido depois das urnas terem fechado, indica o Washington Post.

  • Bolsa americana fecha a cair 3,60%

    O Standard & Poor’s 500, o índice das maiores companhias cotadas norte-americanas, fechou a sessão desta sexta-feira nos 2.037,31 pontos, menos 3,60% do que na quinta-feira. É a maior queda desde o passado mês de agosto.

  • Primeira reunião informal com a UE acontece quarta-feira

    O Presidente do Concelho Europeu informa que a primeira reunião informal com os 27 membros para discutir o ‘Brexit’ vai acontecer já quarta-feira, dia 29 de junho.

  • Caldeira Cabral: “Portugal tem a mais antiga aliança comercial do mundo com a Inglaterra"

    O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou esta sexta-feira estar convicto que Portugal e a Reino Unido saberão ultrapassar o momento pouco feliz que resulta da saída deste último país do espaço europeu. “Portugal tem a mais antiga aliança comercial do mundo com a Inglaterra. Vamos continuar a ser parceiros e a trabalhar em conjunto, e isso não será afetado por este resultado [do referendo que ditou a saída do Reino Unido da UE]”, disse o ministro.

    “Não é um momento feliz para a UE. A UE seria mais completa com o Reino Unido, estaríamos melhor a trabalhar em conjunto na UE, mas é uma decisão soberana que temos de respeitar e que terá consequências a longo, médio e curto prazo”, afirmou o ministro, durante uma visita à feira da Pimel, em Alcácer do Sal.

    Caldeira Cabral acredita que as exportações de Portugal para o Reino Unido vão continuar e os turistas ingleses também não deixarão de vir ao Algarve. “Temos de trabalhar num acordo para que esta saída se faça com a menor disrupção”, acrescentou o ministro.

    Lusa

  • Passos pede "clima construtivo e positivo" nas negociações com o Reino Unido

    Nem “excessos de dramatização, nem de pura desvalorização”. Pedro Passos Coelho pede meio-termo nos tempos que se seguem e que as instituições europeias contribuam “para dar estabilidade e a maior previsibilidade possível e este processo” de saída do Reino Unido da União Europeia.

    O presidente do PSD falou numa conferência de imprensa na sede do partido em Lisboa para começar por “afastar a intenção punitiva sobre a manifestação de vontade do Reino Unido”. Logo de seguida lançou o apelo às instituições europeias, ainda que a intenção — já manifestada por Bruxelas — seja ter negociações rápidas para evitar efeitos de contágio. “É importante reafirmar o espírito construtivo nas negociações que se vão iniciar”.

    Sobre Portugal, o líder social-democrata afirmou que a “convicção” é que o país “defende melhor o interesse nacional dentro do projeto europeu”.

    Não devemos ter medo dos processos democráticos e se respeitarmos o que aconteceu no Reino Unido, reafirmamos também a confiança no caminho que tem sido prosseguido nos restantes países. Temos todos a ganhar com um clima construtivo e positivo nas negociações que se vão iniciar com o Reino Unido”

    Passos ainda enviou uma “mensagem de tranquilidade” aos portugueses residentes no Reino Unido e expressou confiança no Governo para lhes garantir um “quadro de estabilidade tão forte quanto possível”.

  • A presidente da Câmara de Calais, Natacha Bouchart, considera que o governo francês deve renegociar o tratado de Le Touquet entre França e o Reino Unido, noticia a BBC. Neste momento, são os guardas britânicos que controlam muitos dos portos franceses para impedir a entrada de emigrantes ilegais no Reino Unido.

  • Rainha Isabel II visitará Irlanda do Norte e Escócia

    A rainha Isabel II visitará o Parlamento escocês no dia 2 de julho, sábado, segundo o correspondente da família real para a BBC, Peter Hunt.

    Mas antes disso, na segunda-feira, a rainha estará na Irlanda do Norte.

  • O ISIS quer aproveitar a instabilidade causada pelo Brexit para lançar ainda mais caos na Europa e nos mercados europeus, noticiou The Sun. O grupo terrorista quer lançar novos ataques em Bruxelas e Berlim com esse objetivo.

    A mensagem terá sido divulgada no serviço de mensagens encriptadas Telegram.

  • Marcelo pede resposta "rápida, coesa" e que reforme o que for "necessário"

    O Presidente da República já tinha emitido uma nota logo pela manhã, mas voltou a falar, em Matosinhos, resumindo em cinco ideias a sua análise sobre o Brexit:

    1. Apelo ao “respeito pela vontade” dos britânicos;
    2. “Lamento, olhando à história e ao momento em que vivemos”;
    3. A afirmação que “o Reino Unido continua cultural, economicamente e em termos de paz e segurança a ser Europa”;
    4. “A resposta da União Europeia deve ser rápida, coesa e de repensar e reformar o que é necessário para reafirmar os seus valores”;
    5. “Portugal continua na União Europeia com determinação e vai estar atento à defesa dos portugueses que vivem no Reino Unido e podem ser afetados por esta decisão”.

  • Várias têm sido as reações à saída do Reino Unido da União Europeia. A Associação de Farmácias de Portugal (AFP) também o fez, esta tarde, defendendo que a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA) saia de Londres. “Com a saída do Reino Unido da União Europeia, a EMA terá de ser relocalizada noutro país e a AFP considera que Portugal reúne as condições essenciais para ser um dos candidatos a acolher a agência”, lê-se no comunicado da AFP.

  • Reino Unido sai da UE, Comissão reúne-se para preparar cimeira pós-Brexit

    A Comissão Europeia vai reunir-se na segunda-feira para preparar a cimeira de líderes da União Europeia (UE) de terça e quarta-feira, em Bruxelas, sobre a saída do Reino Unido.

    Em comunicado, a Comissão Europeia (CE), além de anunciar a reunião, declarou-se preparada para “desempenhar o seu papel nas negociações do artigo 50.º [do Tratado de Lisboa, sobre a saída de um Estado-membro]” e reafirmou que ficam anulados os termos do acordo entre Londres e os restantes 27 Estados-membros alcançado em fevereiro. No documento, a CE sublinhou igualmente que, durante as negociações, os tratados e as leis comunitárias continuarão a aplicar-se ao Reino Unido. Por sua vez, o Parlamento Europeu marcou para terça-feira de manhã uma sessão extraordinária.

    Lusa

  • "Juntos venceremos, dividos não", diz o Livre

    O partido Livre respeita a decisão do povo britânico, mas “lamenta profundamente o resultado do referendo”. No comunicado enviado às redações, o Livre considera a vitória do Brexit é “uma derrota das esquerdas progressistas britânica e europeia que estiveram na linha da frente da defesa do ‘Bremain’”.

    “É com apreensão que assistimos, mais uma vez, ao crescente apoio a forças de extrema-direita na Europa favoráveis à desintegração da União”, refere o partido do historiador Rui Tavares. “É urgente uma extensa reforma das instituições europeias: mais abertura, mais transparência e mais democracia”, lê-se no documento.

  • Petição que pede a "independência de Londres" já tem 50 mil assinaturas

    James O’Malley, um jornalista freelancer, lançou uma petição no site Change.org com o objetivo de pedir a Sadid Khan, presidente da câmara de Londres, que declare a independência da capitak britânica e sua manutenção no seio da União Europeia. A petição começou como uma brincadeira, mas já conta com 50 mil assinaturas.

    https://twitter.com/Psythor/status/746364056144125952

    A petição declara que “Londres é uma cidade internacional que deseja permanecer no coração da Europa” e o pedido de adesão da cidade à UE propõe também que Sadiq Khan se torne presidente, em vez de presidente da câmara.

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