Histórico de atualizações
  • O liveblog do Observador termina aqui. Amanhã continuaremos atentos aos desenvolvimentos do acidente desta terça-feira no Funchal.

  • Uma guerra de árvores, dúvidas e contradições. Veja aqui tudo o que se sabe da tragédia da Madeira.

    Uma guerra de árvores, dúvidas e contradições. O que se sabe da tragédia da Madeira

  • Câmara Municipal do Funchal irá "assumir todas as responsabilidades", se o tiver de fazer

    Paulo Cafôfo, presidente da Câmara do Funchal, referiu que não vai “atribuir culpas seja a quem for” e vai esperar pelos resultados da equipa, constituída por técnicos da Câmara e especialistas do Instituto Superior de Agronomia, que vai fazer a peritagem esta quarta-feira.

    O autarca voltou a frisar que o carvalho não estava sinalizado alertando para o facto de a fiscalização ser feita diariamente. “Já abatemos no Monte 11 árvores que apresentavam perigo de queda”, exemplificou Cafôfo.

    O presidente disse ainda, em declarações à SIC, que a Câmara do Funchal “irá assumir todas as responsabilidades que tiver de assumir” caso o relatório da equipa de peritagem conclua que houve uma má atuação da autarquia. Paulo Cafôfo disse ainda que “vai apurar a verdade, custe o que custar”.

  • Paulo Cafôfo explica que árvore amarrada não era o carvalho que caiu

    Paulo Cafôfo, presidente da Câmara do Funchal, pediu que se faça uma distinção entre “o que é o historial dos plátanos, de quedas de galhos” e a queda do carvalho no Largo da Fonte — que “não teve nada a ver com as queixas dos plátanos”, realçou.

    O autarca frisou que a Câmara não tinha qualquer referência “nem por parte da junta de freguesia, nem dos cidadãos”. Cafôfo disse ainda que o carvalho, “que nem está no Largo da Fonte mas nos jardins que pertencem à freguesia”, não estava amarrado por cabos. O presidente explicou que a árvore que estava amarrada era um plátano que, em 2007, abriu uma fissura. Para evitar que fosse abatida, foi amarrada a outras árvores mas não ao carvalho que caiu esta tarde, garante o autarca.

    O autarca falava à saída do Hospital Dr. Nélio Mendonça, em declarações à TVI. Paulo Cafôfo acrescentou ainda que uma equipa especializada, constituída por uma professora do Instituto Superior de Agronomia, vai verificar o que aconteceu.

  • Junta de Freguesia diz que árvores no Largo da Fonte não são desbastadas "há muito tempo"

    As árvores de grande porte existentes no Largo da Fonte, no Funchal, onde a queda de uma matou hoje 13 pessoas e feriu cerca de 50, não são desbastadas “há muito tempo”, disse a presidente da Junta de Freguesia do Monte.

    Idalina Silva explicou à agência Lusa que foram apresentados pedidos de intervenção à Câmara Municipal do Funchal, atualmente liderada pela coligação Mudança (PS, BE, PTP, MPT e PAN), mas assegurou que a última “limpeza de fundo” ocorreu “há muito tempo”, no decurso da anterior vereação chefiada pelo PSD.

    A presidente da Junta de Freguesia encontrava-se esta tarde no local, onde ainda decorrem as operações de remoção da árvore que caiu sobre uma multidão que aguardava a passagem da procissão de Nossa Senhora do Monte, a padroeira da Madeira, pouco depois do meio-dia.

  • Marcelo. "Há um tempo para tudo. Este tempo é o tempo da dor"

    Marcelo Rebelo de Sousa voltou a recusar comentar a abertura do inquérito pelo Ministério Público para apurar as responsabilidades, justificando-se com o facto de ser da “competência de outras entidades”. “Há um tempo para tudo. Este tempo é o tempo da dor”, acrescentou ainda. O Presidente da República frisou que a sua ida ao Funchal serve para dar “um abraço muito grande, muito amigo, de conforto pessoal e comunitário, num momento que é de choque, de dor e de muita preocupação para quem tem familiares hospitalizados”.

    O Presidente da República falava à entrada do Hospital Dr. Nélio Mendonça.

  • Ponto de situação clínico

    Ponto de situação clínico das vítimas, cerca das 19h00, segundo as informações prestadas pelo hospital Dr. Nélio Mendonça:

    • Ao hospital “recorreram 52 vítimas, das quais 12 consideradas graves”;
    • Dos 12 feridos graves, quatro são crianças e oito são adultos;
    • Confirma-se a morte de um homem no hospital, elevando o número de vítimas mortais para 13;
    • Destas 13 vítimas mortais, 10 morreram no local e uma criança e dois adultos sucumbiram aos ferimentos a chegar ao hospital;
    • Foram reforçadas as equipas de urgência cirúrgica e aberto um gabinete de apoio aos familiares das vítimas;

    Um novo ponto de situação hospitalar está agendado para as 9h00 desta quarta-feira, 16 de agosto.

  • Bispo do Funchal foi "surpreendido" com queda da árvore e cancelou procissão "de imediato"

    O bispo da diocese do Funchal, D. António Carrilho, que estava a presidir à celebração desta manhã na freguesia do Monte, convidou, numa nota publicada na página da diocese, “todos os diocesanos à comunhão da oração por todas as vítimas da tragédia, pelos feridos, pelos mortos e suas famílias, e também por todos os envolvidos no socorro imediato das vítimas”.

    O prelado recorda o momento em que foi surpreendido “com a informação da queda de uma árvore de grande porte, que havia atingido vários peregrinos, com suspeita de alguns mortos”, sublinhando que a procissão foi cancelada “de imediato”, “unindo-nos numa prece conjunta a Nossa Senhora do Monte, ali presente diante de nós”.

    “Já no local contactei e dialoguei com as pessoas ali presentes e mais diretamente afetadas, a expressar a nossa profunda solidariedade e comunhão no sofrimento e na tristeza, que toca bem fundo os corações de todos nós. A fé que nos anima em momentos de alegria, constitui também uma força interior nas horas de maior dificuldade”, afirma ainda o bispo.

    D. António Carrilho aproveitou ainda para agradecer as “mensagens de solidariedade e condolências, que nos chegam de vários pontos do nosso país, incluindo de vários Bispos e do Reitor do Santuário de Fátima, que nos assegura a oração dos fiéis em tempos de oração oficial daquele Santuário”.

  • Há cinco estrangeiros entre os feridos, quatro em estado grave

    Das 52 vítimas que deram entrada no Hospital Dr. Nélio Mendonça, cinco são de nacionalidade estrangeira, estando quatro em estado grave, informou fonte do hospital.

    Momentos antes, Pedro Ramos, o Secretário Regional da Saúde, confirmou que não havia estrangeiros entre as vítimas mortais mas só entre os feridos. São de nacionalidade alemã, francesa, húngara e holandesa.

    A informação inicial dava conta de que entre as pessoas que morreram, estavam quatro estrangeiros de três nacionalidades (alemã, francesa e húngara), disse a Lusa.

  • Marcelo não comenta abertura de inquérito: "Todo o conforto é pequeno e toda a solidariedade limitada"

    Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao Funchal para prestar solidariedade. Diz que ainda não é o momento para falar em apuramento das responsabilidades, e que não cabe ao Presidente da República fazê-lo.

    “Vendo o local é mais impressionante, imagino o momento de surpresa e de dor que terá sido. Todo o conforto é pequeno e toda a solidariedade é limitada. Não queria faltar, tal a dimensão do que se sucedeu e a dor que provocou a tantas famílias”, começou por dizer no local do acidente.

    “Há momentos em que é tão impressionante a dor que esmaga tudo o resto. Tenho a registar aquilo que foi a resposta muito rápida do serviço de proteção civil, o apoio dado pelos escuteiros no local, tudo o que foi feito para minorar essa dor”, acrescentou ainda.

    Questionado sobre o facto de o Ministério Público ter aberto um inquérito para apurar as responsabilidades, Marcelo recusou-se a “opinar” sobre isso, dizendo que não era o momento. “O PR está a traduzir a solidariedade clara, total e incondicional dos portugueses. Essa questão tem o seu momento e tem as entidades competentes para o efeito. Este ainda não é o momento. Agora estão a ser atendidos os feridos e a ser consoladas as famílias do que nos deixaram”, afirmou.

  • Não há estrangeiros entre as vítimas mortais

    Pedro Ramos, o Secretário Regional da Saúde, confirmou que não há estrangeiros entre as vítimas mortais. Os estrangeiros — de nacionalidade alemã, francesa, húngara e holandesa — estão entre os feridos. O holandês já recebeu alta do hospital e os outros três “estão a ser objeto de abordagem no hospital”, disse Pedro Ramos.

    O hospital recebeu 52 feridos, 7 com gravidade. Entre os feridos graves, um deles foi levado de imediato para o bloco operatório e outros dois ainda vão ser submetidos a uma cirurgia.

    Pedro Ramos falava, em declarações à TVI, enquanto acompanhava Marcelo Rebelo de Sousa, na sua ida ao Funchal.

  • Celebrações no Santuário de Fátima vão homenagear vítimas

    O Santuário de Fátima associou-se ao luto e todas as celebrações desta quarta-feira em Fátima vão invocar as vítimas da tragédia – ocorrida precisamente durante uma celebração em honra a Nossa Senhora.

    Em comunicado, o reitor da instituição, padre Carlos Cabecinhas, lembra que o Santuário de Fátima “não podia ficar indiferente diante de tal tragédia”. Por isso, decidiu unir-se “em oração a esta intenção”.

    “Amanhã, quarta feira, em todas as celebrações oficiais do Santuário rezaremos pelas vítimas mortais para que o Senhor as receba no seu reino; pelos familiares, para que encontrem no Senhor o consolo, nesta hora de dor, e pelos feridos para que recuperem a saúde”, disse o sacerdote.

  • Paulo Cafofô quer "atuar de forma responsável porque é isso que as pessoas merecem"

    Paulo Cafofô, presidente da Câmara Municipal do Funchal, garantiu que a intervenção no terreno está a ser feita pelo governo regional em colaboração com a autarquia. “Estamos articulados com o governo regional para atuar de forma responsável porque é isso que as pessoas merecem”, acrescentou ainda. Cafofô realçou que “o que importa agora é apoiar os familiares da vítimas”.

    O autarca informou ainda que vai acompanhar o presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, durante a sua ida ao Funchal.

  • Entretanto, as imagens da RTP no local mostram que Marcelo Rebelo de Sousa já está no largo da Fonte.

  • Presidente da câmara garante que árvore nunca esteve sinalizada com perigo de queda

    O presidente da câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, garante que a árvore que caiu esta tarde não é um plátano, mas sim um carvalho, e que nunca esteve sinalizada como estando em perigo de queda. “Aquela árvore nunca esteve sinalizada como perigo de queda e nunca deu entrada nos serviços camarários qualquer queixa com vista à sua limpeza ou abate”, disse em conferência de imprensa no Funchal.

    Os esclarecimentos de Paulo Cafôfo:

    • Árvore que caiu não é um plátano é um carvalho;
    • Árvore tinha a copa verde e saudável, não apresentava qualquer anomalia;
    • Árvore nunca esteve sinalizada como em perigo de queda;
    • Nunca deu entrada nos serviços camarários qualquer queixa com vista à sua limpeza ou abate;
    • Árvore não estava amarrada a qualquer cabo, nem de aço nem de outro. Isso acontecia num plátano naquela zona, mas não foi a árvore que caiu;
    • Árvore que caiu encontrava-se em terreno privado: terreno pertence à paróquia da Nossa Senhora do Monte. “O centro da freguesia do Monte padece de um problema histórico de ramagens de plátano com o qual a câmara tem vindo a lidar de forma responsável ao longo dos últimos anos”, disse;
    • Nos últimos anos a Câmara procedeu à limpeza de todos os plátanos que existem naquela zona: “em fevereiro 2016 levamos a cabo uma grande intervenção de limpeza nos plátanos daquele largo e este ano, em março, voltamos a fazer uma extensa operação de limpeza de galhos de árvores. Desde 2014 a autarquia procedeu ao abate de 11 árvores na freguesia do Monte que apresentavam problemas estruturais”, sublinhou.

    O autarca do Funchal disse ainda que o carvalho terá caído “desde uma encosta sobranceira do Largo da Fonte”.

  • Número de vítimas sobe para 13

    O número de vítimas mortais da queda de uma árvore no Monte, Funchal, subiu para 13, anunciou o Governo da Madeira após a reunião extraordinária do Conselho do Governo que determinou luto regional entre quarta e sexta-feira. A informação consta na resolução aprovada pelo Conselho do Governo, presidido por Miguel Albuquerque.

    “Considerando os trágicos acontecimentos ocorridos hoje na freguesia do Monte, no concelho do Funchal, do qual resultaram 13 vítimas mortais e 50 feridos”, o Conselho do Governo, reunido em plenário, deliberou “decretar luto regional nos dias 16, 17 e 18 de agosto”.

    Segundo a mesma resolução, naqueles três dias “a bandeira da região deve ser colocada a meia haste em todos os serviços públicos regionais e nas entidades do setor público empresarial da Região Autónoma da Madeira”.

  • António Costa lamenta tragédia através do Twitter

    O primeiro-ministro, António Costa, manifestou as suas condolências pelas vítimas do acidente através do Twitter. António Costa disse ainda que se mostrou disponível para ajudar, ao Presidente da Câmara Municipal do Funchal e ao Presidente do Governo Regional da Madeira, acrescentando que o Governo “disponibilizou apoio médico face ao elevado número de vítimas”.

  • Ministério Público abriu inquérito

    O Ministério Público instaurou um inquérito na sequência da morte de 12 pessoas na freguesia do Monte. “O Ministério Público decidiu instaurar inquérito”, disse fonte da PGR, em resposta escrita enviada à Lusa.

  • Quatro estrangeiros de três nacionalidades entre as vítimas mortais

    Entre as pessoas que morreram, está uma criança e quatro estrangeiros de três nacionalidades (alemã, francesa e húngara), avança a Lusa.

  • Tragédia pelo segundo ano consecutivo

    Já no ano passado, a festa foi cancelada devido aos trágicos incêndios registados no Funchal, que provocaram três mortes, um ferido grave, quase três centenas de casas danificadas e prejuízos materiais avaliados em 157 milhões de euros.

    Por isso, em 2016, apenas tiveram lugar as celebridades religiosas.

    Mas esta tragédia traz à memória uma outra, ocorrida há sete anos, também no mês de agosto, quando uma árvore, uma palmeira, na festa comício da rentrée política do PSD na ilha do Porto Santo também caiu sobre a multidão que se aglomerava no centro daquela cidade.

    Lusa

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