Histórico de atualizações
  • O liveblog do Observador fica por aqui. Obrigado por nos ter acompanhado durante esta tarde em que o Papa Francisco formalizou a elevação de D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, a cardeal.

    O bispo mantém-se agora em Roma mais uns dias: amanhã de manhã participa, pela primeira vez como cardeal, numa missa presidida pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro. No sábado ao final da tarde, vai presidir a uma missa em português na Igreja de Santo António dos Portugueses, também em Roma. O Observador vai mostrar-lhe também esses momentos, que constituem os primeiros passos do novo cardeal português.

  • O dia em que D. António Marto se tornou cardeal, em 42 imagens

    Vale a pena também ver com atenção as 42 fotografias que o João Porfírio tirou e selecionou e que mostram o dia do bispo de Leiria-Fátima, desde a conferência de imprensa internacional da manhã ao final da celebração onde foi elevado a cardeal:

    O dia em que D. António Marto se tornou cardeal, em 43 imagens

  • Os avisos do Papa aos novos cardeais

    No final do dia em que Portugal passou a ter mais um cardeal na Igreja Católica, pode ler a reportagem do Observador antes, durante e depois do consistório — celebração em que o Papa Francisco aproveitou uma passagem bíblica e a respetiva homilia para transmitir vários avisos aos novos cardeais, sobretudo de alerta relativamente aos perigos da corrupção e do egoísmo, mesmo nas estruturas eclesiásticas.

    Os avisos do Papa aos novos cardeais

  • Cardeal António Marto: "Parece que senti um peso que não tinha sentido antes"

    Nas primeiras declarações após a elevação ao cardinalato, D. António Marto confessou que sentiu “um peso que não tinha sentido antes” quando se aproximou do Papa Francisco para receber as insígnias cardinalícias.

    “À medida que a gente se aproxima para ser investidos, a gente sente um peso. Parece que não sentiu antes, mas sente assim como que um peso cá dentro a dizer assim: “Vais assumir uma nova missão”. Mas depois chega-se lá, àquela comemoração, na entrega das insígnias, a gente saúda o Papa e fica satisfeito”, disse D. António Marto aos jornalistas portugueses no Vaticano.

    “Naquele momento anterior, enquanto sobe as escadas, se está ali à espera um bocadinho e sobe as escadas até lá chegar… Eu falo por mim, os outros não sei o que sentiram. Parece que senti um peso que não tinha sentido antes. Quando desci, aí já estava sereno e aliviado”, acrescentou.

    O novo cardeal revelou ainda a conversa que teve com o Papa Francisco no minibus que transportou os novos cardeais para a Aula Paulo VI — depois de uma breve visita ao Papa emérito Bento XVI, que encontrou com poucas forças mas bem de saúde. “Agora no minibus em que vínhamos, eu entrei e ele disse assim: ‘O teu cardinalato foi uma carícia della Madona’. E eu disse assim: ‘Acredito, porque eu ainda não compreendi porque é que foi!'”

  • Ministra da justiça já cumprimentou D. António

    A ministra da justiça, Francisca Van Dunem, em representação do Governo Português já cumprimentou o cardeal D. António Marto.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • D. António Marto vai cumprimentar os convidados na Aula Paulo VI

    É aqui neste local, na Aula Paulo VI, junto à Basílica de São Pedro, que o cardeal D. António Marto vai receber quem o quiser cumprimentar após a elevação a cardeal.

  • Seguem-se as sessões de cumprimentos individuais

    A partir das 18h — 17h em Lisboa — os novos cardeais vão estar presentes em diversos locais nas imediações da Basílica de São Pedro para receber os cumprimentos de quem se quiser dirigir a eles. D. António Marto estará na Aula Paulo VI, mesmo ao lado da Basílica de São Pedro.

  • Acaba a celebração, ao som de Salve Regina

    No final dos cumprimentos, o Papa Francisco encerrou a celebração com a benção final. O cortejo sai agora da Basílica de São Pedro ao som de Salve Regina.

  • O abraço entre os dois cardeais eleitores portugueses

    D. António Marto cumprimentou D. Manuel Clemente, que até aqui era o único cardeal português a exercer funções em Portugal, como patriarca de Lisboa. Pela primeira vez em duzentos anos, passa a haver dois cardeais na Conferência Episcopal Portuguesa.

  • Os novos cardeais cumprimentam agora todos os outros cardeais presentes no consistório, num processo que vai demorando.

  • O cardeal D. António Marto recebeu as insígnias cardinalícias — solidéu, barrete e anel — das mãos do Papa Francisco.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Papa Francisco assina bula e formaliza criação dos 14 cardeais

    O Papa Francisco acaba de assinar a bula pontifícia que oficializa a criação dos 14 novos cardeais.

  • D. António Marto já é oficialmente cardeal

    D. António Marto acaba de receber as insígnias pelas mãos do Papa Francisco e é oficialmente cardeal.

  • Depois de jurarem fidelidade ao Papa e aos seus sucessores legítimos, cada um dos novos cardeais dirige-se agora ao Papa Francisco, ajoelha-se diante dele e recebe o barrete cardinalício e o anel. Depois de receber o anel, dirige-se para junto dos restantes cardeais do colégio cardinalício presentes na Basílica.

  • Começa agora a parte mais importante da celebração, em que os novos cardeais vão receber as insígnias cardinalícias das mãos do Papa Francisco.

    É tudo feito em latim: começa com uma breve exortação do Papa, que convida os cardeais para dar início a este “ato solene do nosso ministério sagrado”.

    Depois, o Papa diz:

    “Com a autoridade do Deus todo poderoso, dos santos apóstolos Pedro e Paulo e nossa, criamos e proclamamos solenemente cardeais da Santa Igreja Romana estes nossos irmãos”.

    De seguida, o Papa pede aos cardeais que rezem em conjunto o credo católico.

  • Francisco anuncia agora os nomes dos catorze cardeais que vão ser criados neste consistório. D. António Marto é o sétimo da lista.

  • O Papa Francisco conclui a homilia citando um excerto do testamento espiritual do Papa São João XXIII — curiosamente, um texto escrito quando este era ainda cardeal, quatro anos antes da eleição.

    Gostava de recordar convosco uma parte do testamento espiritual de São João XXIII que, já adiantado no caminho, pôde dizer: «Nascido pobre, mas de gente honrada e humilde, sinto-me particularmente feliz por morrer pobre, tendo distribuído, segundo as várias exigências e circunstâncias da minha vida simples e modesta ao serviço dos pobres e da Santa Igreja que me alimentou, tudo o que me chegou às mãos – em medida, aliás, muito limitada – durante os anos do meu sacerdócio e do meu episcopado. Aparências de fartura encobriram, muitas vezes, espinhos ocultos de aflitiva pobreza que me impediram de dar sempre com toda a largueza que gostaria. Agradeço a Deus por esta graça da pobreza, de que fiz voto na minha juventude, pobreza de espírito, como Padre do Sagrado Coração, e pobreza real; e por me sustentar para nunca pedir nada, nem lugares, nem dinheiro, nem favores, nunca, nem para mim nem para os meus parentes ou amigos» (29 de junho de 1954).

  • Papa aos novos cardeais: "Inclinar-se" perante os outros "é a mais alta condecoração que podemos obter"

    O Papa Francisco continua a homilia dirigida aos novos cardeais:

    Amados irmãos Cardeais e neo-Cardeais! Estando nós na estrada para Jerusalém, o Senhor caminha à nossa frente para nos lembrar uma vez mais que a única autoridade crível é a que nasce de se colocar aos pés dos outros para servir a Cristo. É a que deriva de não esquecer que Jesus, antes de inclinar a cabeça na cruz, não teve medo de Se inclinar diante dos discípulos e lavar-lhes os pés. Esta é a mais alta condecoração que podemos obter, a maior promoção que nos pode ser dada: servir Cristo no povo fiel de Deus, no faminto, no esquecido, no recluso, no doente, no toxicodependente, no abandonado, em pessoas concretas com as suas histórias e esperanças, com os seus anseios e deceções, com os seus sofrimentos e feridas. Só assim a autoridade do pastor terá o sabor do Evangelho e não será «como um bronze que soa ou um címbalo que retine». Nenhum de nós se deve sentir «superior» a outrem. Nenhum de nós deve olhar os outros de cima para baixo; só podemos olhar assim uma pessoa, quando a ajudamos a levantar-se.

  • "A autoridade na Igreja cresce com esta capacidade de promover a dignidade do outro"

    Na homilia, o Papa Francisco alerta os novos cardeais para os perigos de perder “de vista o rosto concreto dos irmãos” e diz que a verdadeira autoridade “cresce com esta capacidade de promover a dignidade do outro”:

    «Não deve ser assim entre vós – diz o Senhor – (…) e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos». É a bem-aventurança e o magnificat que somos chamados a entoar todos os dias. É o convite que o Senhor nos faz, para não esquecermos que a autoridade na Igreja cresce com esta capacidade de promover a dignidade do outro, ungir o outro, para curar as suas feridas e a sua esperança tantas vezes ofendida. É lembrar que estamos aqui porque fomos enviados para «anunciar a Boa-Nova aos pobres, proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; para mandar em liberdade os oprimidos, para proclamar um ano favorável da parte do Senhor».

1 de 2