Histórico de atualizações
  • O acordo do Brexit foi mesmo chumbado. E agora?

    Agora que o acordo do governo de Theresa May foi chumbado, o que é que pode acontecer? Não há certezas sobre o futuro, como escreveu a Cátia Bruno, mas existem cinco cenários possíveis. E estão todos explicados aqui:

    O acordo para o Brexit foi mesmo chumbado. E agora? Os cinco cenários (ainda) em cima da mesa

    Quanto ao nosso liveblog, esse fica por aqui. Regressamos amanhã para acompanhar o debate da moção de censura apresentada pelo líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn, que pode levar à queda de May.

    Boa noite.

  • Costa quer rápidas decisões do Reino Unido para evitar saída descontrolada

    O primeiro-ministro português lamentou a rejeição pelo parlamento britânico do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia e afirmou esperar que, “rapidamente”, as autoridades britânicas informem quais os seus próximos passos para evitar uma saída descontrolada.

    António Costa falava aos jornalistas num hotel em Lisboa, pouco depois de ser conhecido que o parlamento britânico rejeitara o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia negociado pelo Governo de Theresa May com Bruxelas, por 432 votos contra e apenas 202 a favor.

    “Lamento que não tenha sido possível aprovar o acordo que foi longamente negociado entre a União Europeia e o Governo britânico, porque era um bom acordo, já que correspondia às necessidades dos cidadãos britânicos na União Europeia e dos cidadãos da União residentes no Reino Unido. O acordo criava boas condições para uma transição para a saída do Reino Unido, que a União Europeia não deseja, mas que respeita, permitindo tempo para uma negociação calma e serena sobre a relação futura, que todos desejamos que seja o mais próxima possível”, declarou o primeiro-ministro.

    Após a rejeição do acordo negociado pela primeira-ministra, Theresa May, o líder do executivo português disse esperar agora que o Reino Unido, “rapidamente, informe a União Europeia do que pretende fazer nos próximos passos, porque há algo essencial a evitar: Uma saída descontrolada”.

    (Agência Lusa)

  • Boris Johnson não irá votar para deitar May abaixo

    Boris Johnson, o conhecido Brexiteer que se demitiu do Governo de May em julho e que é repetidamente apontado como seu possível sucessor, acabou de sinalizar em entrevista à Sky News que não irá votar a favor da moção de censura, apesar das divergências que tem com a primeira-ministra. “Nós no Partido Conservador resolvemos essa questão em dezembro. O problema não é a pessoa”, explicou.

    Questionado diretamente sobre se votaria a favor de um voto que deitasse abaixo May, respondeu que não: “Porque se há algo que eu não quero de certeza é que Jeremy Corbyn seja primeiro-ministro deste país”, rematou.

  • Primeira-ministra da Escócia alerta: "Está na altura de parar o relógio do Artigo 50"

    A primeira-ministra da Escócia, fala numa “derrota histórica” de Theresa May. Numa pequena declaração publicada no Twitter, Nicola Sturgeon não tem dúvidas: “Era óbvio, há meses, que estaria [a derrota] a chegar”.

    “Foi perdido demasiado tempo. Está na altura de parar o relógio do Artigo 50 e levar este assunto de volta ao eleitorado. A Escócia votou para ficar na UE e não deveríamos ser arrastados para fora contra a nossa vontade”, disse ainda Nicola Sturgeon.

  • Tusk: "Quem terá a coragem de dizer qual é a única solução positiva?”

    O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, reagiu também já rejeição do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia pelo parlamento britânico questionando quem terá a “coragem de dizer qual é a única solução positiva”.

    “Se um acordo é impossível, e ninguém quer um «não acordo», então quem terá finalmente a coragem de dizer qual é a única solução positiva?”, escreveu Tusk na sua conta oficial na rede social Twitter.

    Esta é para já a única reação do presidente do Conselho Europeu, que poderá convocar para breve uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da União a 27 para discutir os passos a seguir após o “chumbo” de hoje.

    (Agência Lusa)

  • DUP vai apoiar May na votação da moção de censura

    Uma primeira vitória para May: os aliados unionistas da Irlanda do Norte, o DUP, já anunciaram que vão apoiar o Governo na votação da moção de censura. Os diferendos sobre este acordo não abalaram a confiança dos norte-irlandeses em May, aparentemente.

  • Jean-Claude Juncker deixa aviso: "O tempo está a esgotar-se"

    O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reagiu no Twitter, dizendo que lamenta o resultado da votação. E deixa um aviso: “O tempo está a esgotar-se.”

    Nos Comuns, a deputada trabalhista levantou a possibilidade de extensão do Artigo 50, que decreta a saída da UE. O presidente da Câmara, John Bercow, esclareceu que se os deputados pedirem que isso seja votado, ele próprio garantirá que a votação acontece.

    No caso de o Governo de Theresa May cair amanhã, o Parlamento tem 15 dias para aprovar um Executivo alternativo que reúna o apoio da Câmara — caso contrário, há eleições antecipadas. Só que essa moção só derrubará May se os tories se unirem à oposição para fazê-lo. E, apesar da expressiva votação de hoje, muitos deles não detestam May o suficiente para arriscar ter um Governo liderado pelo Labour.

  • Entretanto, já foi decidido o horário da votação de amanhã: às 19h (hora de Londres e de Lisboa), os deputados irão deixar claro se apoiam o Governo de May ou não.

  • Três deputados do Labour votaram a favor; 118 tories chumbaram acordo

    A Câmara dos Comuns divulgou entretanto o resultado da votação em pormenor: não só é possível ver que todos os deputados do DUP votaram contra, como mostra a dimensão da rebelião interna contra May: 118 conservadores votaram contra o acordo. Segundo Adam Boulton da Sky News, é a maior revolta interna dos tories de sempre, batendo o recorde de 95 votos contra a lei das armas de John Major.

    Curiosamente, três deputados trabalhistas desafiaram a disciplina de voto de Corbyn e votaram a favor — mas de pouco lhes valeu.

  • Moção de censura é subscrita por todos os partidos da oposição

    O Labour já publicou entretanto uma fotografia do documento da moção de censura. Conta com o apoio de todos os líderes parlamentares de todos os partidos da oposição (Partido Trabalhista, SNP, Liberais Democratas, Verdes, Plaid Cymru).

    Aqui fica o momento em que Corbyn anunciou que iria apresentar uma moção de censura ao Governo:

  • UE reage pedindo clarificação ao Governo britânico

    Um porta-voz do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, já reagiu a esta votação:

    “Lamentamos o resultado da votação e pedimos ao Governo britânico que clarifique as suas intenções sobre os próximos passos o mais cedo possível”, diz o Conselho Europeu. “Continuaremos as nossas preparações para todos os cenários, incluindo um não-acordo.”

  • Corbyn apresenta moção de censura ao Governo

    “O resultado da votação de hoje é a maior derrota para um Governo desde os anos 20 nesta Câmara”, diz Jeremy Corbyn.

    “A primeira-ministra fechou a porta ao diálogo”, acusa o líder da oposição. “Ela não pode mesmo acreditar que depois destes dois anos ela pode liderar o país nas negociações.” Portanto, explica o líder da oposição, “apresento mesmo agora uma moção de censura a este Governo para ser debatida amanhã”.

  • May desafia Corbyn a apresentar moção de censura

    “A Câmara falou, o Governo vai ouvir”, começou por reagir Theresa May no Parlamento. Contudo, garantiu que o Governo irá respeitar a vontade do povo britânico de sair da UE.

    De seguida explica que o Governo só prosseguirá se tiver a confiança do Parlamento e desafia Jeremy Corbyn a apresentar uma moção de censura — já amanhã.

  • Parlamento britânico chumba acordo proposto por Theresa May

    Um rotundo “Não”. Foi esse o voto da maioria dos deputados britânicos à proposta de acordo para o Brexit apresentada pelo Governo de Theresa May. 432 deputados chumbaram a proposta, contra apenas 202 votos a favor. A dimensão da derrota é esmagadora para um Governo em funções, com mais de 400 votos contra a propostado Executivo.

  • Segue agora a votação decisiva, sobre a proposta de acordo para o Brexit.

  • Emenda sobre backstop é chumbada com esmagadora maioria

    A votação sobre a emenda não podia ser mais expressiva: 600 votaram contra a emenda e apenas 24 a favor dela.

  • Como se vota nos Comuns? Entrando numa sala, pois claro

    A votação faz-se não por boletim de voto, nem sequer por braço no ar. Os deputados devem dirigir-se para uma de duas salas quando saem da câmara principal, à esquerda ou à direita. São depois contados quantos deputados estão em cada sala e chega-se assim a um resultado final.

    Este é o processo que está a decorrer atualmente com a votação da emenda. O mesmo acontecerá de seguida com a votação do acordo.

    https://twitter.com/DJWarburton/status/1085252589204197376

  • Emenda sobre o backstop irá ser votada

    Vota-se agora essa última emenda proposta por John Baron. O texto pede que seja acrescentada a seguinte expressão, relacionada com o fim unilateral do backstop: “…sujeita a alterações feitas no Acordo de Saída e no Protcolo da Irlanda/Irlanda do Norte para que o Reino Unido tenha o direito de terminar o Protocolo sem ter de garantir a concordância da UE.”

  • Emendas retiradas pela oposição

    As emendas em cima da mesa são a de Jeremy Corbyn (Labour), a de Ian Blackford (SNP) e duas de um grupo de Brexiteers. Todas elas são abandonadas, tendo em conta as respostas da primeira-ministra, com exceção de uma das duas últimas, referente ao backstop, proposta pelo conservador John Baron.

  • May: "Juntos, podemos mostrar ao povo que servimos que as suas vozes foram ouvidas"

    Ian Blackford, líder dos nacionalistas escoceses do SNP, pergunta a May se o mais sensato não seria suspender o Artigo 50 e fazer uma nova votação. May responde com o tom habitual, dizendo que os britânicos já expressara a sua vontade — sair da UE.

    “Esta noite podemos escolher a certeza em vez da incerteza, a união em vez da divisão. Podemos escolher cumprir a nossa promessa feita ao povo britânico, em vez de pôr em causa a confiança na política”, declara. “Juntos, podemos mostrar ao povo que servimos que as suas vozes foram ouvidas.” E recomenda assim que a Câmara vote o acordo, terminando a sua intervenção.

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