Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • A cobertura do Observador sobre este dia de reações, após a surpreendente auto-proclamação de Juan Guaidó como Presidente, fica por aqui.

    A situação da Venezuela, essa, continuará certamente a merecer acompanhamento nos próximos dias. Nós cá estaremos para lhe dar todos os pormenores sobre o que se passa num país em convulsão onde vivem atualmente cerca de 400 mil portugueses.

    Muito obrigada por ter estado connosco!

  • Alemães dizem "não somos neutrais"

    O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, deixou hoje em Nova Iorque uma forte mensagem de apoio a Guaidó: “Não somos neutrais: estamos do lado da Assembleia Nacional, eleita pelo povo. Maduro não é um Presidente legitimado democraticamente.”

    Estas frases, ditas em Nova Iorque num evento onde Maas participava, deixam claro que a Alemanha poderá vir a pressionar a UE para tomar uma posição mais contundente a favor de Guaidó. Os países europeus estão ainda a acertar agulhas mas, ao longo desta quinta-feira, alguns países (entre os quais Portugal e Espanha) endureceram o discurso contra Nicolás Maduro.

  • Jair Bolsonaro: "Não vamos embarcar numa intervenção militar"

    O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, rejeitou a possibilidade de enviar tropas brasileiras para a Venezuela, muito embora considere que Maduro “tem de ser retirado do poder”.

    Em entrevista ao Washington Post em Davos (concedida horas antes de Guaidó se auto-proclamar Presidente, mas publicada esta quinta-feira), Bolsonaro foi categórico quanto à possibilidade de por tropas no terreno: “O Brasil não vai embarcar numa intervenção militar. Não temos uma história de utilizar intervenções militares para resolver problemas”, assegurou.

    Isso não impediu, contudo, que Bolsonaro deixasse claro qual a sua opinião sobre Nicolás Maduro: “É claro que precisamos de retirar Maduro do poder. Mas ele tem 70 mil cubanos ao lado dele, por isso precisamos de retirá-lo do cargo.”

  • Guaidó considera dar amnistia a Maduro: "Todas as opções estão em cima da mesa"

    Na sua primeira entrevista desde que se auto-proclamou Presidente interino da Venezuela, Juan Guaindó deu uma novidade: à jornalista Patricia Janiot, explicou que todas as opções estão a ser consideradas, inclusivamente a de amnistiar Nicolás Maduro.

  • Quatro estabelecimentos portugueses na Venezuela "vítimas de incidentes". Santos Silva sublinha que "não há nenhum golpe de Estado em curso" na Venezuela

    O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou que quatro estabelecimentos geridos por cidadãos portugueses na Venezuela terão sido “vítimas de incidentes”. “Felizmente, sem nenhum problema do ponto de vista das pessoas, mas tenho a lamentar esse facto”, declarou o ministro perante os jornalistas presentes à margem de um evento sobre os 500 anos da viagem de Fernão de Magalhães.

    “É muito importante que os portugueses se mantenham calmos e serenos como estão, mas com medidas de cautela e de segurança que são apropriadas”, avisou o líder da diplomacia portuguesa.

    Na conferência de imprensa, Santos Silva aproveitou ainda para destacar a “concertação” que se está a criar entre governos europeus, mas relembrou que o ponto fulcral atualmente é a importância da realização de eleições “livres, justas e transparentes” na Venezuela. Para além disso, o ministro dos Negócios Estrangeiros destacou que a postura de Nicolás Maduro não ajuda a esse cenário: “Uma intransigência da parte do atual regime não contribui em nada para superar esse impasse.”

    Embora Portugal não tenha reconhecido oficialmente Guaidó como Presidente interino, Santos Silva deixou claro o apoio nacional à Assembleia Nacional: “Não há nenhum golpe de estado em curso, na Venezuela”, sentenciou. “A Assembleia Nacional é um órgão de soberania. Foi eleita em eleições que ninguém contestou nem interna nem internacionalmente. É, aliás, a única das instituições que resultaram de eleições que tem essa legitimidade eleitoral intocável.”

    (Com Rita Cipriano)

  • Maduro manda diplomatas venezuelanas nos EUA regressarem

    Nicolás Maduro anuncia que ordenou a todo o pessoal diplomático venezuelano nos EUA que regresse à Venezuela — uma ordem esperada, já que na véspera anunciou o corte de relações diplomáticas com os EUA.

    Depois agradece o apoio que tem visto, “dentro dos próprios EUA”, à Venezuela: “Thank you very much por tanta solidariedad, declara.

  • Maduro: "Vejo ódio e loucura nas palavras de Pence e Pompeo"

    “Caiu a máscara de democratas que eles gostam de colocar”, disse, referindo-se ao “império yankee” — ou seja, os norte-americanos.

    “Creio que tenho a experiência, como sete anos de ministro dos Negócios Estrangeiros e seis de Presidente, para ler corretamente cada palavra, cada expressão, cada ato. Posso ver nas palavras de Mike Pence e Mike Pompeo muito desespero. Vejo muito ódio e loucura. Vejo que vão empurrar esta direita para os piores cenários de loucura.”

    “O Governo dos EUA está a empurrar a direita venezuelana a um Estado de loucura, de violência e de caos”, sentencia. Maduro pede, por isso, que os venezuelanos se tornem “defensores da paz” em cada bairro.

  • Maduro: "O que a direita venezuelana fez foi uma palhaçada"

    “Agora querem impor um Governo de palhaços. O que a direita venezuelana fez foi uma palhaçada”, atira Nicolás Maduro. Fala depois do Supremo Tribunal no exílio, que garante não ter qualquer valor legal. “O Supremo Tribunal é em Caracas.”

    “Garanto-vos que o Governo continuará a governar”, promete. “Este ano e cada ano que me toca constitucionalmente, até 2025.” Maduro diz estar preparado para lidar com “todas as dificuldades” porque tem “o amor do povo venezuelano”. E é o amor pelo homem comum, garante, que o move: “Eu sou esse homem nas ruas. E esta é a uma revolução do amor, da família, da pátria.”

  • "A decisão do povo foi a de que este humilde cidadão fosse eleito Presidente"

    Nicolás Maduro, com um exemplar da Constituição na mão, reforça que as eleições que o elegeram em 2018 foram “limpas e escrutinadas”.

    “A decisão do povo foi a de que este humilde cidadão fosse eleito Presidente”, diz, de mão sobre o peito. “Ah mas os americanos não gostaram…”, acrescenta. “O embaixador dos EUA não manda na Venezuela.”

  • Países mundiais disseram "We are Maduro", garante o próprio

    “Os países mundiais disseram We are Maduro“, diz Nicolás, referindo-se aos apoios que recebeu de países como a Turquia, a Rússia ou a China.

    Maduro passa depois a ler o artigo da Constituição em que Juan Guaidó se baseou para se declarar Presidente. “Estou vivo”, diz, “e não desrespeitei a Constituição”. “Também não houve julgamento nem nenhuma sentença”, enumera. Passando depois às incapacidades físicas ou mentais, que são outras das condições, Maduro responde: “Graças a Deus, à Virgem e a todos os santos, anjos e arcanjos, estou bom da cabeça”, assegura.

  • Nicolás Maduro: "Os militares falaram e estão com a Constituição"

    “Quero felicitar as Forças Armadas Bolivarianas”, começa por dizer Nicolás Maduro, com uma saudação aos militares por terem-no apoiado. “Os militares falaram e estão com a Constituição e com o povo”, afirmou.

    De seguida, Maduro passa para a diplomacia internacional. “O Presidente Putin, sempre solidário com a Venezuela, expressou-me todo o seu apoio”, afirma, acrescentando que o Presidente russo disponibilizou uma linha financeira de apoio à Venezuela.

    “Creio que no mundo não há dúvidas de que é o próprio Donald Trump que quer impor um Governo na Venezuela. É Donald Trump, na sua loucura de querer ser polícia do mundo, de querer ser o manda-chuva da América Latina.” Maduro responde com “nervos de aço”, garante. E volta a destacar que vontade dos EUA é a de impor um “Presidente-fantoche” na Venezuela. “Querem desmembrar a própria República e a própria conceção de Estado democrático”, avisa.

    “Estes problemas só se resolvem através da Justiça”, avisa. “Isto agora está nas mãos do poder judicial, é um tema que escapa às minhas funções.”

  • Nicolás Maduro vai agora discursar na abertura do ano judicial.

  • EUA pedem reunião do Conselho de Segurança da ONU

    A Agência France Press avança neste momento que os norte-americanos pediram uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a realizar-se este sábado.

  • Francisco Assis: única saída são "novas eleições"

    O eurodeputado Francisco Assis (PS) considerou hoje que a saída para a situação na Venezuela é o reconhecimento da Assembleia Nacional como o único órgão legitimamente eleito e a realização de novas eleições presidenciais no país.

    “A situação na Venezuela é extremamente difícil, mas a única saída passa pelo reconhecimento de que a Assembleia Nacional é o único órgão legitimamente eleito e a realização de novas eleições”, disse Assis à Lusa.

    O regime do Presidente Nicolás Maduro, acrescentou, “está esgotado e não dispõe de condições para prosseguir”, depois de ter conduzido o país “a uma crise profunda no plano político, económico e humanitário”.

    Assis, que em junho liderou uma missão do Parlamento Europeu junto dos refugiados venezuelanos instalados na fronteira com o Brasil, apelou à “alteração radical e pacífica” da situação no país, acrescentando que “o pior seria que o Presidente entrasse numa guerra”.

    O eurodeputado referiu ainda que o regime de Maduro está isolado internacionalmente, sendo apenas apoiado por “regimes que não são exemplo no que respeita à democracia”.

    (Agência Lusa)

  • Presidente do Supremo, Maikel Moreno, reforça apoio a Maduro

    O presidente do Supremo Tribunal, Maikel Moreno, está agora a discursar na abertura do ano judicial e já reforçou o seu apoio a Nicolás Maduro. “O poder judicial reconhece as autoridades civis e militares legitimamente constituídas”, diz. Sobre os acontecimentos do dia anterior, acrescenta: “Promoveu-se o desconhecimento da institucionalidade democrática do país”.

    “Denunciamos que na Venezuela se está a preparar um golpe de Estado com a anuência de governos estrangeiros”, declara, sem margem para dúvidas.

  • Ministério dos Negócios Estrangeiros português faz tweet em espanhol a lamentar mortes

    A diplomacia portuguesa publicou há pouco um tweet em castelhano a lamentar as mortes de várias pessoas nos protestos de quarta-feira e a enviar as condolências às famílias. “Renovamos o apelo para que se evite a violência e se respeite o direito das pessoas a exprimirem-se livremente”, acrescenta a mensagem.

  • Papa está a acompanhar situação na Venezuela

    O Vaticano garantiu à agência Reuters que o Papa está a acompanhar a situação na Venezuela e quepretende apoiar esforços para “poupar o povo a mais sofrimento”.

  • Maduro no Supremo Tribunal para cerimónia de abertura do ano judicial

    Nicolás Maduro participa agora na cerimónia de abertura do ano judicial, no Supremo Tribunal. Resta saber se irá pronunciar-se sobre a situação política no país.

  • O dia-a-dia dos venezuelanos: fome e falta de medicação

    Enquanto a situação política permanece volátil, o dia-a-dia da maioria dos venezuelanos continua constante, embora pela negativa. Há escassez de alimentos, poucas divisas e muita falta de medicamentos. Ainda há poucos minutos, o diário El Nacional publicou no Twitter um pedido de um medicamento para uma mulher internada numa maternidade, dando um número de telefone para quem puder ajudar.

    A situação dos venezuelanos comuns é, na maior parte das vezes, desesperada. Isso mesmo contava o Observador no passado setembro, depois de falar com cinco venezuelanos.

    Fome, doença e desespero: cinco venezuelanos contam o seu dia a dia

  • Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu: "Maduro tem de sair"

    Outra reação europeia desta quinta-feira foi a de Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu. Em comunicado, Tajani reforçou que, “perante o descontentamento geral, Maduro tem de sair agora”. O presidente do PE reforçou ainda o pedido de Mogherini de eleições livres no país. E anunciou que, para a semana, o Parlamento irá discutir a situação na Venezuela e aprovar uma resolução.

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