Momentos-chave
- Mais de 20 membros do Governo votaram contra o adiamento — incluindo o ministro para o Brexit
- Pedido de extensão aprovado
- Emenda do Labour é chumbada
- Emenda que daria maior controlo ao Parlamento é chumbada
- Emenda para segundo referendo é chumbada por larga maioria
- Donald Trump: May "não ouviu" conselhos do Presidente dos EUA sobre como negociar
- Starmer: Para o Labour, "hoje o dia é sobre o Artigo 50", não sobre segundo referendo
- Vários apoiantes de um segundo referendo não apoiam a emenda sobre essa possibilidade
- Se houver adiamento prolongado, Governo permitirá votos indicativos
- Lidington: Câmara tem de tomar "escolhas difíceis"
- As emendas que podem ser decisivas
Histórico de atualizações
-
Seria este o plano de May desde o início?
E para compreender melhor o que aconteceu hoje e o que pode vir a acontecer nos próximos dias, fique com a análise do Observador à tarde desta quinta-feira.
Acordo volta a estar em cima da mesa. Seria este o plano de Theresa May desde o início?
A nossa cobertura fica por aqui, numa semana sobre o Brexit que ficou, certamente, para a História. Nos próximos dias cá estaremos para acompanhar os novos desenvolvimentos. Obrigada por ter estado connosco!
-
180 conservadores votaram contra adiamento
A Sky News relembra que o ministro para o Brexit, Stephen Barclay, falou esta manhã na Câmara e pediu para que a moção fosse aprovada: “É tempo de esta Câmara agir com o interesse nacional em vista. É tempo de avançar com uma extensão realista. Recomendo a moção do Governo à Câmara.”
Horas depois, fez parte do grupo de 180 conservadores a votar contra ela.
-
Mais de 20 membros do Governo votaram contra o adiamento — incluindo o ministro para o Brexit
O adiamento bem pode ter sido aprovado, mas claramente não foi por vontade de grande parte do Governo. Mais de 20 governantes (entre ministros, secretários de Estado e membros júnior) furaram a disciplina de voto e votaram contra o adiamento. Entre eles estão o ministro para o Brexit (Stephen Barclay) o ministro do Comércio (Liam Fox), a ministra dos Assuntos Parlamentares (Andrea Leadsom).
Também deputados conservadores eurocéticos como Boris Johnson e Jacob Rees-Mogg votaram contra.
https://twitter.com/SebastianEPayne/status/1106272897616748545
-
Barnier diz-se "calmo"
O negociador-chefe da UE, Michel Barnier, reagiu à votação de hoje dizendo que está “calmo” e que respeita “os procedimentos parlamentares” do Reino Unido.
#EU27 consultations continue in Bucharest w/ PM @VDancila_PM & EU Minister @geociamba. Calm and respectful of #UK parliamentary procedures. Determined to defend EU interests and to build an ambitious EU/UK future relation as soon as possible. #RO2019EU pic.twitter.com/5nlgA7rcvj
— Michel Barnier (@MichelBarnier) March 14, 2019
-
Corbyn: votação de hoje "não era sobre segundo referendo"
Jeremy Corbyn reage agora à votação. Na sua curta intervenção tenta deixar claro que “o Labour não é contra um segundo referendo”, mas que a votação de hoje não era sobre isso, era sobre o adiamento e este foi aprovado.
-
Pedido de extensão aprovado
Moção do Governo é aprovada: 412 a favor, 202 contra. Isto significa que o Reino Unido irá adiar a saída para lá de 29 de março, se a UE aceitar o pedido.
-
Bercow pode proibir nova votação acordo de May
James Forsyth, editor da Spectator, explica bem como a retirada de emenda de Bryant sobre a proibição de May apresentar a sua proposta de acordo uma terceira vez é mais problemática para o Governo do que benéfica. Se tivesse ido a votos e sido (como provavelmente seria) chumbada, a primeira-ministra poderia voltar a apresentar o mesmo acordo ao Parlamento sem problemas.
Assim sendo, está agora dependente do presidente da Câmara, John Bercow, que pode entender que os deputados irão estar a votar um documento que já foi chumbado uma vez e, portanto, que não pode ser apresentado de novo ao Parlamento.
A pain for the government that Bryant pulled his amendment, if it had been defeated Bercow would have had to allow a third meaningful vote. Now, up to him
— James Forsyth (@JGForsyth) March 14, 2019
-
A última emenda, sobre a possibilidade de se impedir May de apresentar um novo acordo, foi deixada cair pelo subscritor. Vota-se por isso agora a moção do Governo. O texto diz o seguinte:
Esta Câmara:
- Nota as resoluções da Câmara a 12 e 13 de março e concorda que o Governo deverá tentar chegar a acordo com a UE a propósito de uma extensão do Artigo 50;
- Concorda que, se a Câmara aprovar uma resolução que aprove o acordo de saída negociado e o enquadramento para a relação futura (…) então o Governo irá tentar chegar a acordo com a UE sobre uma extensão que termine a 30 de junho de 2019 para aprovar a legislação necessária para a saída;
- Nota que, se a Câmara não aprovar uma resolução que aprove o acordo de saída negociado e o enquadramento para a relação futura (…) é altamente provável que o Conselho Europeu na sua reunião do dia seguinte exija um propósito claro para uma extensão, nem que seja para determinar a sua duração, e que qualquer extensão para lá de 30 de junho de 2019 implica que o Reino Unido realize eleições para o Parlamento Europeu em maio de 2019.
-
Emenda do Labour é chumbada
Emenda do Partido Trabalhista é chumabda: 318 votos contra e 302 a favor.
-
Vota-se agora a emenda do Partido Trabalhista: extensão prolongada do Artigo 50 para se encontrar uma solução alternativa para o Brexit.
-
Emenda que daria maior controlo ao Parlamento é chumbada
Emenda Benn, sobre votações indicativas, é chumbada à justa: 314 votos contra, 312 a favor.
-
11 tories abstiveram-se em votação de segundo referendo
Curiosamente, 11 deputados conservadores também se abstiveram sobre a possibilidade de um segundo referendo. Encontram-se entre eles os Remainers Dominic Grieve e Kenneth Clarke, este último o membro mais antigo da Câmara.
-
Vota-se agora a emenda Benn, a propósito das votações indicativas, que dá mais controlo ao Parlamento no processo do Brexit.
-
Mesmo com apoio do Labour, segundo referendo não passaria
Entretanto já é possível consultar no site do Parlamento os resultados da votação à emenda Wollaston. É possível perceber que 25 deputados trabalhistas desafiaram a orientação do partido e apoiaram assim um segundo referendo.
No entanto, o mais certo é que a proposta de um novo referendo volte a ser apresentada no Parlamento em breve (o Labour apenas criticou o seu timing). Só que a aritmética também não se torna muito mais favorável: mesmo que todos os deputados do Labour a apoiassem — e é necessário recordar que há trabalhistas a favor do Brexit —, passaria a existir apenas 284 votos a favor da emenda, aquém dos 334 que a chumbaram.
-
Emenda à emenda Benn (colocando data de 30 de junho para fim da extensão) chumbada
A emenda à emenda Benn foi chumbada por uma margem curta: 314 votos contra, 311 a favor.
-
Na verdade afinal vota-se uma emenda à emenda Benn — primeiro vota-se esta, da deputada Lucy Powell, que acrescenta ao texto de Benn a data de 30 junho para o final do pedido de extensão.
-
Vota-se agora a emenda Benn, que ordena uma série de votações indicativas nos próximos dias para definir o que o Parlamento prefere. O Governo opôs-se a esta emenda, acusando-a de tentar subverter o equilíbrio de poderes, já que essa seria uma competência do poder executivo.
-
Emenda para segundo referendo é chumbada por larga maioria
Emenda sobre segundo referendo é chumbada esmagadoramente: 334 votos contra, 85 a favor.
-
Maioria da bancada do Labour abstém-se
A emenda de Wollaston sobre um segundo referendo parece condenada ao fracasso. A maioria dos deputados do Labour manteve-se no seu lugar, ou seja, absteve-se.
-
Barclay aproveita a sua intervenção para atacar Jeremy Corbyn, dizendo-lhe que “foge das responsabilidades”.
Apela depois à “responsabilidade” dos deputados para aprovar a moção do Governo.
Começa de seguida a votação da primeira emenda.