Maria do Céu Guerra foi considerada a melhor atriz da Europa pelo Festival Internacional de Teatro – Actor of Europe. A ministra da Cultura, Graça Fonseca, felicitou nesta quinta-feira a atriz, encenadora e autora Maria do Céu Guerra pelo reconhecimento.

“É um dia particularmente feliz para a cultura portuguesa quando uma das suas atrizes, que numa longa carreira tem entretido, comovido e maravilhado o nosso público, vê a sua obra internacionalmente reconhecida”, lê-se no comunicado. A ministra acrescentou que o reconhecimento não é apenas ” pelo seu percurso artístico, mas também, pelos valores humanistas da sua intervenção pública”.

“Os gestos, o rosto e a voz de Maria do Céu Guerra têm acompanhado, ao longo de décadas de carreira, o público português, seja no teatro, no cinema ou na televisão”, pode ler-se na nota de congratulação.

A atriz portuguesa receberá o prémio no sábado, na abertura do Festival Internacional de Teatro, que irá decorrer no Lago de Prespa, nos Balcãs, na fronteira entre Macedónia, Albânia e Grécia.

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O comité responsável pela atribuição do prémio, presidido por Jordan Plevnes, reconhece que “aos 75 anos, é uma das mais extraordinárias atrizes do teatro português e a alma da companhia teatral independente A Barraca”, fundada em 1975.

A atriz, nascida a 26 de maio de 1943, em Lisboa, estreou-se na companhia da Casa da Comédia, em 1965, na peça “Deseja-se Mulher”, de Almada Negreiros, encenada por Fernando Amado.

Participou num vasto conjunto de peças no Teatro Experimental de Cascais e em 1974, integrou o grupo fundador do Teatro Àdóque- Cooperativa de Trabalhadores de Teatro.

Em 2006, estreou, no Teatro de Pesquisa A Comuna, a peça “Todos os que Caem”, de Samuel Beckett, com encenação de João Mota, interpretação que lhe valeu um Globo de Ouro SIC/Caras.

No cinema, o desempenho no filme “Os Gatos não têm Vertigens” (2015), de António-Pedro Vasconcelos, valeu-lhe um Globo de Ouro de Melhor Atriz de Cinema e o Prémio Sophia para a Melhor Atriz.

Maria do Céu Guerra, distinguida, em janeiro deste ano, com o Prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultural, tem participado, nos últimos anos, em séries e telenovelas como “Jardins Proibidos” (2014-2015), “A Impostora” (2016) e “Família Ventura” (2017).