Histórico de atualizações
  • Contra tudo e contra todos, Boris está focado em eleições

    A cobertura do Observador a este dia fica por aqui, com a análise da reação do primeiro-ministro e a sua estratégia face ao dia em que o Supremo Tribunal considerou “ilegal” uma decisão sua.

    Obrigada por ter estado connosco.

    Contra tudo e contra todos, Boris Johnson está focado no Brexit — e nas eleições

  • Boris Johnson telefonou à Rainha

    Boris Johnson falou com a Rainha depois de ser conhecida a decisão do Supremo Tribunal, revelou uma fonte do Governo aos jornais. Não é conhecido o conteúdo da conversa, mas é de notar a decisão já que, com o veredito do Supremo, a Rainha ficou colocada numa posição bastante incómoda, ao ter acedido a um pedido ilegal.

    É boa altura para recordar o Especial do Observador sobre essa decisão e o papel da Rainha nela.

    Brexit. Boris Johnson declarou guerra ao Parlamento — e a Rainha é só um peão

  • A agenda do Parlamento para amanhã

    Aqui temos a agenda da Câmara dos Comuns para amanhã, com apenas um ponto na ordem de trabalhos: “Questões urgentes e declarações ministeriais.”

  • Trump e a "pergunta feia" feita a Boris

    Boris Johnson e Donald Trump estiveram agora reunidos à margem da cimeira da ONU. Perante os jornalistas, tiveram uma pequena troca de palavras sobre o trabalho da imprensa, após um jornalista norte-americano ter perguntado a Boris se tenciona demitir-se.

    De acordo com a BBC, o Presidente norte-americano disse que essa foi “uma pergunta muito feia de um grande repórter americano”. Boris reagiu: “Ele fez uma pergunta que, para ser justo, muitos outros jornalistas britânicos teriam feito.”

    E quanto à pergunta em si, a resposta foi um claro “não”. “Sinceramente, temos de avançar com o Brexit. Quer as pessoas tenham votado para sair ou ficar, elas querem que isto esteja acabado a 31 de outubro e é isso que vamos fazer”, declarou o PM britânico.

  • "Avancem para vencermos uma eleição, pelo povo deste país", diz Corbyn no final do seu discurso

    “Se votarem mim para primeiro-ministro, fico contente. Mas prometo-vos isto: se for eleito, serei um tipo de primeiro-ministro muito diferente”, diz Corbyn, em tom calmo. “Não no sentido de sentir que nasci para governar, não no sentido de uma power trip pessoal, mas para pôr o poder nas vossas mãos. Porque sinto que o Governo trabalha para vocês”, afirma.

    “A maré está a mudar. Os anos de derrota estão a terminar”, promete o líder dos trabalhistas. “Avancem para vencermos uma eleição, pelo povo deste país”.

  • Combate à emergência climática e defesa dos direitos humanos na agenda do Labour

    Ainda apresentando o programa do partido noutros temas, Corbyn reforça que “nada importa mais do que a emergência climática”. “Mas reduzir as emissões para zero não vai acontecer sozinho. Só será possível com investimento público em massa nas energias renováveis e na tecnologia verde”, afirma.

    E do ambiente para o plano internacional, usando como ponte os incêndios na Amazónia, Corbyn deixa uma promessa sobre a posição do Labour no plano internacional: “A nossa política externa será definida pelo nosso compromisso com os direitos humanos e o Direito internacional, não pelo entusiasmo por guerras no estrangeiro que alimentam — em vez de combater — o terrorismo e a insegurança.” Referindo-se depois à possibilidade levantada por Johnson de se enviarem tropas para o Médio Oriente devido à tensão entre o Irão e a Arábia Saudita, Corbyn pergunta: “Não aprendemos nada?”, numa referência velada à Guerra do Iraque de 2003.

    Dentro de portas, diz, também é necessário lembrar estes pontos. “Quando Boris Johnson comparou as mulheres muçulmanas a marcos de correio ou a ladrões de bancos, não foi um comentário petulante, foi calculado para jogar com os medos das pessoas. Demonstrações de racismo, islamofobia ou anti-semitismo não são sinais de força, mas sim de fraqueza”, afirmou.

  • Se for Governo, Labour defende criação de laboratório público para produzir medicamentos

    Corbyn aproveita para contar a história de Luis Walker, uma criança de nove anos que conheceu no dia anterior que sofre de fibrose cística. “O Luis e as dezenas de milhares de pessoas que sofrem de doenças como fibrose cística, hepatite C e cancro da mama veem-lhe ser negados medicamentos que lhes poderiam salvar a vida por um sistema que coloca os lucros dos acionistas acima das vidas das pessoas”, acusa.

    Na sequência disso, anuncia que, com um Governo do Labour, será criado um organismo público de produção de medicamentos para que seja possível produzir medicamentos genéricos para alguns doentes como estes.

  • Corbyn para Boris: "Nós temos algo que não tem: pessoas"

    Acusando Johnson de fingir que é contra “o sistema” quando “é ele próprio o sistema”, juntamente com os seus “amigos ricos” que irão financiar a sua campanha, Corbyn deixa-lhe um recado: “Nós temos algo que não tem: pessoas. (…) E iremos enfrentá-lo com a campanha mais movida a pessoas que este país já viu.”

    “Se ganharmos, serão as pessoas a ganhar. O Labour defende uma mudança a sério na Grã-Bretanha depois de anos sucessivos de cortes e de falhanços. Iremos transformar este país para que ninguém fique para trás”, afirma.

    Corbyn aproveita então para fazer promessas eleitorais: fim dos contratos de zero horas, aumento do salário mínimo, direitos iguais para todos os trabalhadores independentemente da antiguidade e horas flexíveis para trabalhadoras na menopausa. Por fim anuncia ainda planos para nacionalizar as empresas de transporte ferroviário, comboios e água, “para que os serviços essenciais sejam geridos por e para o público e não para olucro privado”.

  • Posição do Labour sobre o Brexit "não é complicada", é "democrática"

    Um no deal, afirma Corbyn, deixaria o Reino Unido totalmente dependente do comércio com os EUA e com as empresas norte-americanas. “É por isso que um no deal seria na verdade um Trump deal“, diz. “O nosso Serviço Nacional de Saúde não está à venda”, remata, perante um largo aplauso dos trabalhistas.

    “Na próxima eleição o Labour será o único grande partido a dar ao povo a última palavra sobre um acordo”, assegura. “Os tories querem sair sem um acordo e os Lib-Dems querem cancelar os desejos de parte do povo”, afirma, criticando os rivais que têm posições firmes pró e anti-Brexit. “Não é complicado, o Labour é um partido democrático”, resume, sobre a posição do partido de levar a referendo um acordo de saída conseguido por um Governo Labour, mas que inclua a possibilidade de ficar na UE. E dá prazos: conseguir um acordo em três meses e submetê-lo à votação popular dentro de seis meses.

    “Como PM do Labour, prometo levar a cabo aquilo que o povo decidir”, garante.

  • Corbyn quer eleições, mas só quando "um no deal estiver fora da mesa"

    “Ele achou que podia fazer o que queria, como fez toda a sua vida”, diz Corbyn. “Ele acha que é melhor que nós todos, que faz parte de uma elite que está acima de nós. Não acho que ele seja capaz de ser primeiro-ministro.”

    Sobre a situação atual, Corbyn confirma que a crise “só pode ser resolvida com eleições”. Mas o timing certo, diz, será quando “um no deal estiver fora da mesa”.

    “O PM não tem mandato para um no deal, a que se opõe a maioria deste país. Iria aumentar o preço da comida, levar a falhas na distribuição de medicamentos e criar uma fronteira na Irlanda do Norte que poria em causa o Acordo de Sexta-Feira Santa”, afirma.

  • Corbyn: "Este PM não-eleito deve agora demitir-se"

    Começa agora o discurso de Jeremy Corbyn, líder da oposição, no Congresso do Labour.

    “Este é um momento extraordinário e precário na História do nosso país. Foi considerado que o PM agiu de forma ilegal ao tentar encerrar o debate democrático num momento crucial da nossa vida pública”, começa por dizer o líder dos trabalhistas. “Mas falhou”, remate, arrancando aplausos à multidão.

    “Ele nunca irá deitar abaixo a nossa democracia ou silenciar as nossas vozes, do povo”, afirma Corbyn. “O povo terá uma palavra a dizer. Amanhã, o Parlamento regressa.”

    Decretando que Boris Johnson “enganou o país”, Corbyn acrescenta: “Este primeiro-ministro não-eleito deve agora demitir-se.” Uma ação que, confirma, “faria dele o primeiro-ministro que esteve menos tempo no cargo”. “E é assim que deve ser”, acrescentou.

  • Procurador-geral fez documento para o Governo garantindo que suspensão era legal

    O procurador-geral, Geoffrey Cox, aconselhou o Governo sobre a suspensão, dizendo que era legal e não levantaria problemas. A informação é agora conhecida porque a Sky News teve acesso ao documento em causa, onde Cox diz que o seu conselho “na questão da legalidade é que isto é legal e dentro [dos limites] da Constituição”.

    “Qualquer acusação de ilegalidade ou de crítica constitucional é motivada por considerações políticas”, garantiu, no seu aconselhamento ao Governo.

  • Boris Johnson: "Devíamos ir a eleições"

    À saída da reunião com empresários, Boris Johnson fez alguns comentários aos jornalistas onde reforçou que, na sua opinião, a melhor saída para o impasse do Brexit seria ir às urnas: “Devíamos ir a eleições”, afirmou. “Jeremy Corbyn está a falar pelos cotovelos e devia era ir a eleições”.

  • Tories vão ao Parlamento amanhã. Governo pede que "não façam comentários em público" até lá

    Os deputados conservadores receberam uma mensagem de uma dos whips, as figuras responsáveis por manter a disciplina de voto, pedindo que estejam presentes no Parlamento amanhã e na quinta-feira.

    “Queria pedir aos colegas que não façam comentários em público sobre a decisão do Supremo Tribunal, incluindo nos media e nas redes sociais”, acrescentou Amanda Milling.

  • Boris reforça que é necessário novo Discurso da Rainha e pisca o olho a nova suspensão

    Agora, perante uma plateia de empresários norte-americanos, Boris Johnson discursa e aponta o Reino Unido como um lugar de futuro para fazer negócios.

    “Vamos ter mais investimento em infraestruturas, mais 20 mil polícias, mais investimento no nosso SNS”, diz. “Para fazer isso, precisamos de um Discurso da Rainha para definir o que iremos fazer”, reforça.

    “Acho que é isto que as pessoas do meu país, do Reino Unido, querem. Querem que avancemos com uma agenda nacional forte e, acreditem em mim, querem um Brexit a 31 de outubro.”

    Tendo em conta que, habitualmente, para haver um Discurso da Rainha a sessão parlamentar anterior costuma ser suspensa pelo menos seis dias antes, Boris Johnson parece estar determinado em pedir uma nova suspensão. Mas também é certo que tal pode fazer com que seja novamente avaliado pela justiça. E, tendo em conta a decisão de hoje do Supremo, os tribunais só aceitam nova suspensão se houver uma “justificação razoável” para tal.

  • Ministra do Trabalho critica Boris Johnson

    Com os sinais do primeiro-ministro de que pode voltar a pedir a suspensão para que haja um novo Discurso da Rainha, já temos uma ministra do seu Governo, a responsável pela pasta do Trabalho (Amber Rudd) a criticar aquilo que Boris acabou de dizer, na televisão:

    Dizer que a decisão do Supremo “é sobre pessoas que querem frustrar o Brexit” mina a ideia avançada pelo Governo de que “a prorrogação não teve nada a ver com o Brexit”, diz Rudd sobre as decisões do Executivo ao qual pertence.

  • Boris diz que vai respeitar o veredito e "Parlamento vai retomar" sessão

    O primeiro-ministro britânico está agora a reagir às notícias. A decisão do Supremo Tribunal, diz, “é um veredito que iremos respeitar”.

    “Não creio que os juízes tenham excluído a possibilidade de termos um Discurso da Rainha”, diz, referindo-se a uma nova sessão parlamentar. “É perfeitamente normal ter um Discurso da Rainha e é o que iremos fazer”, diz, dando a entender que a suspensão pode voltar a ocorrer, para se abrir uma nova sessão parlamentar a 14 de outubro. “Mas aquilo que iremos garantir é que o Parlamento terá tempo suficiente para debater o Brexit.”

    Boris Johnson acrescentou ainda que respeita o Tribunal, mas não concorda com a decisão: “Tenho o maior respeito pelo nosso judiciário, mas não acho que esta tenha sido a decisão correta. Acho que a prorrogação foi usada durante séculos sem este tipo de desafio.”

    “Não há dúvidas de que há muita gente que quer frustrar o Brexit. Há muita gente que quer impedir este país de sair da UE”, acusou o primeiro-ministro. “Mas o Parlamento vai retomar [a sessão]”, assegurou.

    Entretanto, o editor de Política da iTV, Robert Peston, avança que Boris Johnson irá para o Reino Unido esta noite, de forma a estar amanhã no Parlamento. Antes disso, em Nova Iorque, terá encontros com vários líderes mundiais (incluindo Donald Trump) e deverá fazer um discurso na Assembleia Geral.

  • Boris diz que vai respeitar o veredito

    O primeiro-ministro britânico está agora a reagir às notícias. A decisão do Supremo Tribunal, diz, “é um veredito que iremos respeitar”.

    “Não creio que os juízes tenham excluído a possibilidade de termos um Discurso da Rainha”, diz, referindo-se a uma nova sessão parlamentar. “Mas aquilo que iremos garantir é que o Parlamento terá tempo suficiente para debater o Brexit.”

  • Boris Johnson ignora perguntas dos jornalistas

    Entretanto, Boris Johnson acabou de chegar a um evento relacionado com a cimeira climática das Nações Unidas, em Nova Iorque, e ignorou as perguntas dos jornalistas presentes no local.

    A Sky News capturou o momento:

  • John Major: "Nenhum primeiro-ministro pode voltar a tratar a monarca ou o Parlamento desta forma"

    O antigo primeiro-ministro conservador John Major, que foi a tribunal argumentar contra a decisão de Boris de suspender o Parlamento, já reagiu a esta decisão.

    Tory contra Tory. John Major acusa Boris Johnson de esconder do Supremo as suas motivações

    “Não tive qualquer prazer é ser colocado contra um Governo e um primeiro-ministro do meu próprio partido”, garantiu. “Este é um caso que nunca devia sequer ter sido considerado.”

    Sobre a decisão, Major disse-se “encantado” com o veredito. “O Parlamento deve ser reaberto de imediato para recomeçar o seu trabalho e para receber um pedido de desculpas sem reservas do primeiro-ministro.” O tory disse ainda esperar que a decisão sirva para futuro: “Nenhum primeiro-ministro pode voltar a tratar a monarca ou o Parlamento desta forma.”

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