Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Terminamos aqui este liveblogue onde acompanhámos os desenvolvimentos do ataque ocorrido junto à Ponte de Londres, na última sexta-feira.

  • Boris Johnson quer pena mínima de 14 anos para terroristas. E é criticado por isso

    O primeiro-ministro britânico defendeu este domingo penas mínimas de 14 anos para crimes terroristas, dois dias após um ataque que matou duas pessoas na Ponte de Londres, tendo sido acusado de usar o atentado com fins políticos.

    “As condenações por crimes terroristas devem ser alvo de uma sentença mínima obrigatória de 14 anos e alguns [dos condenados] não devem sair nunca mais”, disse Boris Johnson, referindo-se ao facto de o responsável pelo ataque realizado na Ponte de Londres, na sexta-feira, ter sido condenado em 2012 por terrorismo e libertado automaticamente seis anos depois.

    Boris Johnson já tinha afirmado no sábado que ia rever o regime da liberdade condicional no Reino Unido, na sequência do ataque de um ex-detido condenado por terrorismo.

    Este sistema [de liberdade condicional automática depois de cumprida parte da pena de prisão] tem de acabar – repito, tem de acabar”, disse Boris Johnson, que é também candidato às próximas eleições no país, no dia 12.

    Para o líder do Partido Conservador, “todos os crimes terroristas e extremistas devem ter cumprimento integral da sentença proferida pelo juiz: esses criminosos devem cumprir todos os dias da sua sentença, sem exceção”, afirmou o líder conservador, acusando ainda o Partido Trabalhista de estar na origem da lei que permitiu a libertação automática de Usman Khan. “Deem-me uma maioria e eu proteger-vos-ei do terrorismo“, prometeu de seguida.

    As propostas avançadas pelo primeiro-ministro não constam do programa de Governo apresentado pelos conservadores para as eleições de 12 de dezembro, o que está a provocar acusações de uso do atentado como forma de obter ganhos políticos.

    Uma das vozes críticas é a do pai de uma das vítimas, Jack Merritt, cujo nome foi citado pela comunicação social, mas cuja morte não foi oficialmente confirmada. Jack Merritt, de 25 anos, fazia parte do Instituto de Criminologia de Cambridge e foi coordenador do programa “Learning Together”, que reúne académicos e prisioneiros para trocarem conhecimento, tendo sido um dos organizadores do evento de sexta-feira.

    Os serviços responsáveis pela [liberdade] condicional e reabilitação dos condenados deveriam vigiar os prisioneiros após a sua libertação”, escreveu David Merritt na rede social Twitter. “Desde 2010, quando os conservadores chegaram ao poder, esses serviços foram drasticamente cortados, o que reduz a nossa segurança”, apontou.

    Também o vice-presidente do partido Liberal-Democrata, Ed Davey, criticou as declarações de Boris Johnson, defendendo que “mesmo no meio de uma eleição, não se deve capitalizar politicamente uma tragédia. É isso que ele [Boris Johnson] está a fazer e de uma maneira que visa enganar as pessoas”, acusou, em declarações à Sky News.

    O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, também contestou a posição de Boris Johnson, defendendo que não é necessário deitar fora a chave da prisão dos condenados por terrorismo. “Depende das circunstâncias”, afirmou à Sky News, acrescentando que “nenhum Governo consegue impedir todos os ataques”, mas “pode tomar medidas para tornar esses atos terroristas menos prováveis”, argumentou, acrescentando que “o foco deve estar na polícia e nos serviços sociais”.

    O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, tentou, por seu lado, minimizar as críticas aos conservadores, afirmando que “ninguém pode achar que tomar as medidas necessárias para proteger o público constitui, de alguma forma, um uso político da situação”.

    Agência Lusa

  • Revelado nome da segunda vítima: chamava-se Saskia Jones e tinha 23 anos

    A Sky News está a avançar o nome da segunda vítima mortal da Ponte de Londres. De acordo com a estação televisiva, a mulher chamava-se Saskia Jones, tinha 23 anos e era ex-aluna da Universidade de Cambridge.

    O vice-reitor de Cambdrige já tinha revelado que, entre as vítimas, havia uma antiga aluna da instituição. Stephen J. Toope não tinha porém informações quanto à sua identidade, segundo disse em comunicado.

  • Boris Johnson foi entrevistado durante a manhã deste domingo na BBC. O primeiro-ministro voltou a criticar ao sistema judicial britânico que permite a saída de presos antes de cumprida a totalidade da pena. O autor do atentado, Usman Khan, foi condenado por terrorismo em 2012, mas saiu em liberdade condicional em finais de 2018.

    Quem é Usman Khan, o atacante da Ponte de Londres?

  • O comité de emergência do governo britânico reuniu-se durante a tarde deste domingo em Downing Street. O primeiro-ministro Boris Johnson recebeu informações sobre a investigação em curso ao atentado da Ponte de Londres.

  • Identificada segunda vítima mortal

    A segunda vítima mortal do ataque na Ponte de Londres era uma ex-aluna da Universidade de Cambridge, que organizou a conferência sobre reabilitação de reclusos. A informação foi avançada pelo vice-reitor do estabelecimento de ensino, Stephen J. Toope.

    O nome da mulher não foi ainda divulgado pela polícia britânica.

  • Lei que permitiu libertação de terrorista serve de arma de ataque político dos Conservadores contra os Trabalhistas

    Depois do ataque na Ponte de Londres, os Partidos Conservador e Trabalhista britânicos trocaram uma série de argumentos na rede social Twitter sobre a libertação de condenados por crimes violentos.

    Usman Khan foi libertado ainda não tinha completado sete anos de uma pena de 16, em dezembro de 2018.

    Depois de a deputada trabalhista, Yvette Cooper, ter questionado como era possível libertar tão cedo um recluso que cometera um crime tão grave, (tinha sido condenado por terrorismo em 2012), a ministra do Interior, Priti Patel, deu-lhe a resposta, lembrando-a de uma lei que terá sido aprovada pelos trabalhistas e que obriga à libertação automática dos reclusos com metade da pena cumprida.

    “Porque a legislação criada pelo teu Governo em 2008 significou que perigosos terroristas tivessem que ser libertados automaticamente depois de metade da pena cumprida. Os Conservadores mudaram a lei em 2012 para acabar com isso, mas Khan foi condenado antes”. A ministra do Interior voltou a fazer uma publicação com um conteúdo semelhante duas horas depois, desta vez em reação ao líder trabalhista Jeremy Corbyn. Lembrando-lhe que o equivalente britânico ao Tribunal de Execução de Penas nada podia fazer neste caso. E que é muito “preocupante” que alguém que queira ser primeiro-ministro não o saiba.

  • Ataque na Holanda. Polícia ainda não deu muitos pormenores

    Sabe-se que há um suspeito detido, que não terá uma residência fixa e que terá cerca de 35 anos. Mas, por enquanto, a polícia holandesa ainda não libertou mais pormenores sobre o homem que terá, na noite de sexta-feira, feiro três vítimas em Haia.

    As vítimas são três jovens, um rapaz de 13 e duas raparigas de 15, que terão sido esfaqueados sem razão aparente num zona comercial (Grote Marktstraat), em plena noite de Black Friday, horas após o ataque em Londres. O suspeito fugiu imediatamente após o crime.

    Antes de ser detido, a polícia procurava um homem moreno, entre os 40 e os 50 anos, vestido com um casaco preto, umas calças de treino cinzentas e uma echarpe.

  • Ataque reivindicado pelo Estado Islâmico

    O Estado Islâmico reivindicou o ataque à facada registado esta sexta-feira na Ponte de Londres, que tirou a vida a duas pessoas e feriu três outras, avança o La Vanguardia.

    “O autor do ataque de ontem em Londres é um combatente do Estado Islâmico”, que se comprometeu “a atacar os habitantes do países da coligação internacional anti-Estado Islâmico”, refere uma mensagem da agência Amaq, vinculada aos terroristas.

  • Khan pediu para integrar programa de desradicalização para conseguir sair da prisão

    Usman Khan escreveu uma carta de desradicalização quando estava na prisão para convencer as autoridades de que não voltaria a cometer qualquer ataque terrorista. Essa carta, escrita à mão pelo próprio, está a ser divulgada pela ITV e nela o suspeito abatido pela polícia dizia que queria viver a vida dele como um “um bom cidadão britânico”, já depois de ter sido preso em 2012.

    Aqui está a imagem do suspeito com a carta que escreveu ao lado:

    Khan acabou libertado a menos de sete anos de uma pena de 16, por uma ataque à bomba na bolsa de Londres. Segundo o The Telegraph, foi ele que pediu ao advogado para ser inserido num programa de desradicalização para provar às autoridades que queria aprender a ser um “bom” muçulmano.

    Quem é Usman Khan, o atacante da Ponte de Londres?

  • Ataque começou em conferência sobre reabilitação de reclusos

    Khan, o homem abatido pela polícia inglesa após o ataque perto da Ponte de Londres, estava a assistir a uma conferência sobre a reabilitação de reclusos. Ele próprio tinha sido libertado há cerca de um ano, como pode ler ao pormenor aqui. O evento, ocorrido e Fishmongers’Hall, marcava o quinto aniversário de uma iniciativa da Universidade de Cambridge dedicada à justiça criminal, e denominada de “Aprender Juntos” (tradução livre de “Learning Together”).

    No local estavam cerca de 100 convidados, entre eles ex-reclusos, funcionários prisionais, académicos. Na altura do crime estavam ainda no local cerca de 50 participantes. Cerca das 14h00 locais, quando terminou a conferência, Khan — armado com duas facas e vestindo m falso colete suicida — ameaçou fazer explodir o edifício, revelaram testemunhas citadas pela Sky News. As reações foram várias, mas as histórias têm-se focado naqueles que o tentaram travar e que acabaram esfaqueados. Uma funcionária do local diz que viu um dos seus colegas ser esfaqueado duas ou três vezes.

  • Uma das vítimas mortais do ataque de Londres tinha 25 anos e era apaixonada por justiça criminal

    Uma das vítimas mortais do ataque em Londres chamava-se Jack Merrit, tinha 25 anos, e era apaixonado por justiça criminal. Aliás foi ele um dos organizadores da conferência sobre reabilitação de condenados organizada pelo Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge — onde ingressou depois de estudar Direito na Universidade de Manchester.

    Segundo a Sky News, Jack Merrit estava na conferência — onde também terá estado o suspeito do ataque abatido pelas autoridades e um dos condenados que o tentou travar (uma história já contada pelo Observador aqui) — quando ouviu gritos e correu para ver o que se passava. Acabou por ser esfaqueado até à morte. Com ela morreu uma outra mulher, cuja identificação não é conhecida, e três outras pessoas ficaram feridas. O suspeito — que já tinha cumprido pena por uma tentativa de ataque terrorista — acabou por ser abatido pelas autoridades.

    O pai da vítima mortal prestou uma homenagem ao filho via rede social Twitter. “O meu filho, Jack, que foi morto neste ataque, não iria querer que a sua morte fosse usada como pretexto para mais sentenças draconianas ou para deter pessoas desnecessariamente. Descansa em Paz Jack: és um espírito tão lindo que que sempre se pôs ao lado dos oprimidos”.

  • Detido suspeito de esfaqueamento na Holanda

    A polícia holandesa anunciou este sábado a detenção de um homem de 35 anos, suspeito do esfaqueamento que ocorreu em Haia, na Holanda, na noite sexta-feira — horas depois do ataque em Londres. Na Holanda, três menores ficaram feridos. O suspeito detido, segundo a polícia, “não tem casa ou local para ficar fixo”.

  • Um dos cidadãos que ajudou a parar o terrorista que atacou várias pessoas com uma faca junto à Ponte de Londres, em Inglaterra, encontra-se a cumprir os últimos dias da pena de 15 anos de prisão a que foi condenado em 2004 pelo homicídio de Amanda Champion, uma jovem de 21 anos com um atraso no desenvolvimento cognitivo. Chama-se James Ford e tem 42 anos.

    Ataque na Ponte de Londres. Um dos cidadãos que parou terrorista tinha sido condenado por homicídio

  • Polícia holandesa continua a procurar suspeito

    A polícia holandesa informou que continua a procurar um suspeito do sexo masculino que esfaqueou na sexta-feira três adolescentes, numa zona comercial bastante movimentada no centro da cidade de Haia, Holanda.

    “Estamos a usar todos os nossos meios disponíveis (…) para encontrar o suspeito do esfaqueamento o mais rápido possível”, indicou a polícia num comunicado, citado pelas agências internacionais, apelando novamente à colaboração de eventuais testemunhas do incidente.

    Entre os meios referidos pelas autoridades estão as imagens de vídeo das várias câmaras de vigilância que estão montadas na zona comercial onde ocorreu o incidente. As três vítimas do esfaqueamento são duas raparigas de 15 anos e um rapaz de 13 anos.

    As vítimas, que não se conheciam, foram transportadas para um hospital e já tiveram, entretanto, alta hospitalar. Os três adolescentes também já falaram com os responsáveis pela investigação deste incidente.

    Este esfaqueamento em Haia aconteceu algumas horas depois de um homem, que envergava um colete com explosivos falsos, ter esfaqueado várias pessoas em Londres.

    Duas pessoas morreram no ataque na capital britânica e o atacante, que estava referenciado pela polícia e tinha sido condenado em 2012 por crimes de terrorismo, foi morto a tiro pelas forças policiais. Após o incidente, a zona comercial em Haia foi isolada pela polícia, tendo sido hoje reaberta.

    *Lusa

  • Uma das vítimas terá sido identificada

    Uma das vítimas do ataque desta sexta-feira será um homem chamado Jack Merritt, que trabalhava na Learning Together, uma iniciativa de reabilitação de condenados do Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge, que organizou a conferência onde o incidente começou, refere o The Guardian.

  • Terrorista seria amigo do islamista Anjem Choudary

    Segundo avançou a Sky News, o terrorista de 28 anos, Usman Khan, seria amigo próximo do islamista Anjem Choudary, condenado em 2016 a cinco anos e seis meses de prisão por ligações ao Estado Islâmico.

  • Sadiq Khan também visitou o local do ataque e elogiou os cidadãos que ajudaram a parar o terrorista. “O que vimos ontem foram cidadãos comuns, incluindo londrinos de origem polaca, que agiram de forma extraordinária”, afirmou o mayor, citado pela BBC.

    Imagens captadas mostram Usman Khan a ser deitado ao chão por um homem que será, alegadamente, originário da Polónia.

  • O presidente da câmara londrino diz que a Ponte de Londres vai permanecer encerrada “por algum tempoa” até que as investigações no local estejam terminadas, refere a Sky News.

  • O primeiro-ministro disse esperar que tudo seja resolvido com rapidez e que a circulação possa voltar à normalidade junto à Ponte de Londres.

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