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  • Marcelo visita áreas inundadas pelo Mondego no sábado. Situação a estabilizar

    O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai no próximo sábado visitar as localidades mais afetadas pelo mau tempo e pelas inundações na zona do Mondego, avança a SIC Notícias. Isto numa altura em que a situação de cheia no Vale do Mondego está a estabilizar, mas o nível da água está “a baixar muito lentamente”, afirmou esta terça-feira o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho.

    A autarquia do distrito de Coimbra está neste momento a fazer a monitorização de todo o vale afetado pelas cheias do Mondego, sendo que a localidade de Ereira “é o único sítio onde a água está a subir, mas apenas um centímetro”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara, Emílio Torrão.

    Marcelo visita áreas inundadas pelo Mondego no sábado. Situação está a estabilizar

    Com esta informação encerramos este liveblog que, nos últimos dias, concentrou as principais informações sobre o mau tempo no país.

  • Matos Fernandes avisa que "aldeias vão ter de ir pensando em mudar de sítio"

    O ministro do Ambiente disse na segunda-feira à noite, numa entrevista ao Jornal 2 sobre as cheias, que as aldeias afetadas “sabem que estão numa zona de risco, que sempre teve cheias”. João Matos Fernandes sugere assim que sejam deslocalizadas. “Paulatinamente aquelas aldeias vão ter de ir pensando em mudar de sítio”, isto porque não é possível aumentar a capacidade de contenção do caudal do Rio para níveis superiores ao que atualmente existe.

    Matos Fernandes destacou ainda que “a natureza tem sempre razão”, e lembra que “o sítio onde houve a primeira rutura, que é a rutura de maior dimensão, foi o rio a ir à procura do seu leito natural”.

  • "O nível das águas está a baixar", diz autarca de Montemor-o-Velho

    Por volta da meia-noite, o presidente da câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão (PS), fez um ponto de situação em declarações à SIC. “Está mais fácil, mas continuamos sempre atentos. O nível das águas está a baixar”, garantiu o autarca, que falava sobre o caudal do rio Mondego na zona de Montemor-o-Velho, em Coimbra.

    Segundo Emílio Torrão, a situação está “mais calma” mas é preciso “monitorizar” o caudal do rio e “tentar perceber a dinâmica do próprio evento que estamos sempre a tentar antecipar”.

    O autarca voltou ainda a alertar para a necessidade de melhoramentos urgentes no empreendimento do Baixo Mondego, que não poderão ser feitos enquanto o nível de água não baixar mas que têm de começar a ser pensados e planeados o mais rápido possível, apontou.

  • Cinco ilhas dos Açores sob aviso laranja devido a precipitação na véspera de Natal

    O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) elevou para laranja (segundo mais grave) o aviso relativo à possibilidade de precipitação forte nas ilhas do grupo central dos Açores, na terça-feira.

    “Uma depressão com um sistema frontal associado, com atividade moderada a forte, irá provocar um agravamento do estado do tempo nos grupos central e oriental nas próximas horas”, adiantou esta sexta-feira o IPMA em comunicado de imprensa.

    Prevê-se para as ilhas do grupo central (Terceira, São Jorge, Graciosa, Pico e Faial) “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada por trovoadas” a partir da meia-noite (hora local, mais uma em Lisboa) ”com um período de maior intensidade durante a manhã e o início da tarde”.

    O IPMA já tinha emitido um aviso amarelo (terceiro mais grave) para os grupos central e oriental (São Miguel e Santa Maria). As ilhas do grupo central estarão sob aviso amarelo, em relação à precipitação, a partir da meia-noite e até às 6h00 de terça-feira, hora em que o aviso passa a laranja, passando novamente a amarelo entre as 15h00 e as 18h00. Já as ilhas de São Miguel e Santa Maria estão sob aviso amarelo, devido à possibilidade de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada por trovoadas”, entre a meia-noite e as 21h00 de terça-feira.

    O IPMA colocou também as ilhas do grupo oriental sob aviso amarelo devido à previsão de vento forte, entre as 06:00 e as 21:00 de terça-feira. “O vento soprará de sul rodando para noroeste com rajadas que poderão atingir os 100 km/hora”, adiantou, em comunicado de imprensa.

    Agência Lusa

  • Ordem dos Engenheiros aponta "incúria do Estado"

    Sobre o impacto do mau tempo na zona de Coimbra — com inundações e rotura de diques no rio Mondego —, a Ordem aponta o dedo ao Estado: o desinvestimento “só podia conduzir a situações desta natureza”.

    Cheias. Ordem dos Engenheiros fala em “incúria do Estado” e “desinvestimento na manutenção”

  • Agricultores do Mondego dizem que água poderá ficar meses nos campos

    O presidente da cooperativa agrícola de Montemor-o-Velho diz que a água acumulada nos campos de cultivo do Baixo Mondego poderá ali ficar meses e antecipa prejuízos gravíssimos para o regadio pela areia arrastada pelo rio. Em declarações à Lusa, Armindo Valente estimou que com a situação de cheia que afeta aquela zona desde sábado “praticamente a totalidade da área de cultivo do Baixo Mondego [entre 5.000 a 6.000 hectares, o equivalente a mais de 8.500 campos relvados de futebol] está debaixo de água”. “Uma parte pelas inundações provocadas pelo Mondego, outra pelos afluentes, pelo Pranto, Arunca e Foja, mas está tudo debaixo de água”, reforçou.

    Numa elevação da localidade de Meãs do Campo, Armindo Valente olha o vale do Mondego submerso e assinala, à distância, o visível rombo no dique direito do canal principal – que ruiu sábado entre as pontes de Pereira e Formoselha, sensivelmente na mesma zona de um outro ocorrido aquando das cheias de 2001.

    O agricultor estima “prejuízos gravíssimos e bastante avultados” para as infraestruturas de regadio e drenagem da planície agrícola, quer por ação da inundação – que há 18 anos arrancou caixas de rega e entulhou valas, entre outros danos – mas também pela areia arrastada pelo rio para dentro dos campos.

    “Na altura, o rio transportou areia para dentro dos campos agrícolas, cerca de 50.000 metros cúbicos (m3) [o equivalente a um valor entre as 85 mil e as 115 mil toneladas de sedimentos] e agora pode acontecer o mesmo. Mas só quando as águas baixarem é que teremos a perceção real da situação”, notou Armindo Valente.

    Por outro lado está a questão do escoamento de água, que continua a entrar nos campos agrícolas pelo buraco aberto na margem direita do leito principal, à razão de 400 m3/s – 400 mil litros por segundo – débito revelado hoje pelo comandante distrital de operações de socorro de Coimbra, Carlos Luís Tavares.

    Sem a rutura que aconteceu domingo no talude esquerdo do leito periférico direito do rio (canal abastecido pela água das encostas das povoações de Carapinheira, Meãs do Campo e Tentúgal, na margem norte da Bacia do Mondego) – que se aumenta o perigo de inundação da vila de Montemor-o-Velho, caso o talude do lado direito (que tem vindo a ser reforçado com pedra) também venha a ceder, mas paradoxalmente favorece o escoamento da água que ali entra proveniente da planície inundada – Armindo Valente apontava um prazo de seis meses para a água voltar ao Mondego.

    É que sem o ‘novo’ caminho de regresso ao rio, ‘proporcionado’ pelo colapso no talude esquerdo do leito periférico direito, a saída da água dos campos seria feita apenas pelo chamado leito abandonado – este oriundo de uma obra do século XVIII, apelidado de “Rio Velho”, por onde o Mondego corria junto a Montemor-o-Velho e à povoação de Ereira, até à obra de regularização da década de 1970 o ter localizado mais a sul.

    Na zona da ponte das Lavandeiras – local que por ser a confluência de vários canais, incluindo um outro, hoje não visível, mas que era o rio ancestral, a população apelida de “embrulhada” de Montemor – o Rio Velho passa por debaixo do leito periférico direito, por um sistema de sifão e segue a céu aberto cerca de seis quilómetros, até regressar ao leito principal do Mondego, a jusante, após a povoação de Ereira, já na fronteira com o município da Figueira da Foz.

    “Compete à APA [Agência Portuguesa do Ambiente] perceber como é que esta água toda que está dentro dos campos agrícolas vai regressar ao Mondego, porque todo este escoamento do vale central é feito por um sifão que é como um ralo de uma banheira gigantesca”, ilustrou Armindo Valente.

    “Não estou a dizer que o sifão tem de ser aumentado, porque senão estaríamos a transferir a cheia dos campos do vale central para Montemor. Mas têm de ser feitas umas comportas na confluência do leito periférico com o rio Mondego, para que esta água possa ter condições de regressar ao Mondego, porque só com o sifão nem daqui a seis meses sai. E diziam que as cheias do Mondego estavam previstas de 50 em 50 anos, mas está visto que não é assim”, alertou o presidente da cooperativa agrícola.

    (Lusa)

  • Descargas nas albufeiras estão a diminuir e tendencialmente vão parar

    As descargas nas albufeiras localizadas no Centro do país voltaram à normalidade no final de domingo, depois de terem sido “reduzidas gradualmente”, após o mau tempo, disse hoje fonte oficial da EDP.

    Fonte oficial da EDP explicou à Lusa que ao falar-se de uma “situação de normalidade” quer-se dizer que se fala de “uma situação sem descargas”, o que significa, no caso em questão, “que as descargas de água estão a diminuir e, tendencialmente, vão parar”. De acordo com a mesma fonte, na barragem da Aguieira os descarregamentos “foram sendo reduzidos gradualmente ao longo do dia de ontem [domingo], tendo terminado cerca das 23:00”.

    “Nas restantes bacias a situação também foi de retorno à normalidade durante o dia de ontem [domingo]. Em Castelo de Bode as descargas também pararam por volta das 23:00. O mesmo aconteceu em Sabor e Foz Tua, onde as descargas pararam cerca das 21:00 de domingo”, pode ler-se na nota enviada à Lusa.

    Segundo fonte oficial da EDP, as descargas de água não têm uma periodicidade fixa, dependem da cota e do afluente de cada albufeira, e são feitas de acordo com as regras aprovadas pela Agência Portuguesa do Ambiente.

    É a APA a entidade que define as condições em que se devem efetuar as descargas, de acordo com a cota da albufeira, afluente, caudal descarregado, variação horária do caudal descarregado, regras essas que variam de albufeira para albufeira.

    O presidente do município de Montemor-o-Velho pediu ao ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, para que a EDP suspendesse as descargas na barragem da Aguieira – pedido que estava a ser cumprido, segundo o autarca.

    Ao pedido para a suspensão de descargas na barragem da Aguieira juntou-se a maré vazante, o que possibilita “a maior capacidade de encaixe” no leito principal do Mondego, para onde corre a água do leito periférico direito.

    (Lusa)

  • Vésperas do Natal nos Açores com chuva e vento

    Uma depressão associada a uma superfície frontal vai condicionar as vésperas de Natal nos Açores com precipitação e vento nos grupo central e oriental, mas prevê-se uma melhoria no dia de Natal, segundo a meteorologista Patrícia Navarro.

    A especialista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) declarou à agência Lusa que a precipitação “poderá ser por vezes forte” nas ilhas do grupo central (Terceira, Pico, Faial, São Jorge e Graciosa), “em especial durante a manhã e meio da tarde”.

    “Nas ilhas do grupo oriental (São Miguel e Santa Maria) vai haver precipitação todo o dia (terça-feira), que poderá ser mais intensa a partir da tarde, a par de algum vento com rajadas na ordem dos 75 quilómetros por hora”, declarou aquele elemento do IPMA. Patrícia Navarro adiantou que no dia de Natal “espera-se bom tempo para todas as ilhas” com o céu apresentando abertas, podendo ocorrer “alguns aguaceiros fracos”.

    O IPMA emitiu esta segunda-feira avisos amarelos para os grupos Central e Oriental dos Açores relativos a precipitação e vento por vezes forte, que vigoram entre segunda e terça-feira. Nas ilhas de São Miguel e Santa Maria (grupo Oriental), a precipitação por vezes forte pode ser acompanhada de trovoada, enquanto o vento soprará de sul, a rodar para noroeste. Este grupo está abrangido por avisos relativos a precipitação para dois períodos — ente as 13h00 e as 15h00 de hoje e das 00h00 às 24h00 de terça-feira — e a vento, das 6h00 às 18h00 de terça-feira.

    Nas ilhas Terceira, Faial, Pico, São Jorge e Graciosa (grupo Central), a chuva será igualmente acompanhada de trovoada. Neste caso, há um aviso para precipitação em vigor das 06:00 às 18:00 de terça-feira.

    O aviso amarelo é o terceiro mais grave, depois do vermelho e do laranja, e configura “uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica”, que requer “acompanhar a evolução das condições meteorológicas”. O Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores recomenda que sejam tomadas as habituais medidas de autoproteção.

    Agência Lusa

  • Associação reporta "prejuizos avultados" em estufas e estragos hortícolas em Vila Real

    A Associação dos Agricultores e Pastores do Norte (APT) alertou esta segunda-feira para os “prejuízos avultados” provocados pelo mau tempo em culturas e estufas de muitos agricultores da região que sentiram um “duro golpe” na sua fonte de rendimento.

    Armando Carvalho, dirigente da organização associada da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) disse à agência Lusa que está a ser feito um levantamento dos estragos causados pela passagem das depressões Elsa e Fabien no distrito de Vila Real. O responsável adiantou a “destruição de estufas”, nomeadamente das estruturas e plásticos, bem como estragos nas hortícolas.

    Segundo salientou, os agricultores estão a reportar estragos avultados em localidades como Carlão, Pinhão Cel, Vale de Nogueiras, Andrães, Fonteita ou Constantim, dos concelhos de Vila Real, Sabrosa ou Alijó. “E só aqui nesta região não contando ainda com outros concelhos como Vila Pouca de Aguiar, Montalegre ou Chaves”, salientou.

    Armando Carvalho considerou que a “situação é preocupante” “É uma verba bastante avultada para quem, neste momento, estava a ver a possibilidade de chegar ao final do ano e poder contar com alguma valorização das suas produções”, frisou.

    A maior parte dos afetados, acrescentou, são jovens agricultores, alguns dos quais “fizeram recentemente projetos para se instalarem”. “Isto é preocupante para estes produtores que estão a apostar fortemente neste tipo de produções e que, de um momento para o outro, veem em perigo todo o seu rendimento e investimento”, frisou.

    Armando Carvalho reclama, por isso, uma ajuda para os agricultores afetados pelo mau tempo. “Mesmo que abram candidaturas, como é habitual, se não houver aqui algum tipo de compensação, alguns ficarão com dificuldade financeiras que poderão por em causa a viabilidade destas explorações”, sublinhou.

    Segundo dados da Autoridade Nacional de Proteção Civil, entre quinta-feira e domingo, contabilizaram-se 626 ocorrências no distrito de Vila Real devido à chuva e vento forte. Um pouco por todo o distrito houve registo de quedas de árvores e de estruturas temporárias ou móveis, inundações por precipitação intensa e cheias nos rios Douro e Tâmega que galgaram as margens, respetivamente, em Peso da Régua e Pinhão e em Chaves.

    Agência Lusa

  • Encontrada escavadora que caiu ao Paiva. Operador continua desaparecido

    Foi localizada a retroescavadora que caiu ao Rio Paiva, em Castro Daire, juntamente com quem a operava. O homem ainda não foi encontrado.

    O homem está desaparecido desde quinta-feira, altura em que a escavadora que operava caiu ao rio. Segundo o Diário de Notícias, foram descobertos durante a manhã destroços da mesma, mas só pelas 14h30 foi encontrada a máquina. O homem não se encontrava lá dentro.

    As buscas estão em andamento desde o dia em que a máquina caiu ao Rio Paiva e mobiliza 62 operacionais, 24 viaturas e um barco. Foram suspensas esta segunda-feira pelas 17h e serão retomadas na terça-feira, segundo o Correio da Manhã.

  • Antram pede isenção de portagens em percurso entre a A25 e A1

    A Antram – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias pediu esta segunda-feira medidas de apoio devido ao impacto do mau tempo, incluindo isenção de portagens “em percurso alternativo entre a A25 e a A1”.

    Em comunicado, a associação solicitou “com caráter de urgência” que fossem implementadas “medidas de apoio para o setor, no sentido de minimizar os efeitos das graves ocorrências dos últimos dias, consequentes da danificação de infraestruturas rodoviárias”. A associação destacou os danos “no IP3, que têm condicionado fortemente a circulação e contribuído para um incremento de custos relevante e para o aumento da insegurança naquela via”.

    A Antram propõe “que essas medidas contemplem a isenção do pagamento de portagens para veículos pesados em percurso alternativo entre a A25 e a A1, entre o nó de ligação de Mangualde (A25) e Coimbra Norte (A1), enquanto decorrerem as obras no IP3”. Além disso, a associação quer ainda uma medida semelhante no caso da “utilização da A14, enquanto não forem regularizados os danos consequentes da queda dos diques em Montemor-o-Velho, o que tem causado graves consequências nas ligações à Figueira da Foz”.

    (Lusa)

  • Seguradoras estão a recolher informações para pagar indemnizações

    A Associação Portuguesa de Seguradores disse hoje que as empresas de seguros já estão nas zonas afetadas pelo mau tempo para recolher as informações necessárias para pagar as indemnizações, sendo que o levantamento de sinistros ainda não está concluído.

    “As empresas de seguros estão no terreno a recolher as informações necessárias para o pagamento das indemnizações devidas”, referiu à Lusa fonte oficial da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), adiantando que o objetivo é que as populações possam retomar a normalidade o mais depressa possível.

    Em resposta à Lusa, a mesma fonte oficial indicou que a APS já lançou o inquérito às empresas de seguros suas associadas para recolher os dados globais relativos aos sinistros registados, tendo adiantado que neste momento as seguradoras continuam a receber participações de sinistros. Neste contexto, a “APS transmitirá informações sobre estes dados” assim que estejam estabilizados.

    O presidente APS, José Galamba de Oliveira, numa declaração escrita precisou que tudo está a ser feito com o objetivo de “apoiar as populações a retomar a normalidade o mais breve possível, dando resposta às necessidades mais prementes e permitindo a rápida reparação e reconstrução dos bens e estruturas danificadas pelo mau tempo”.

    (Lusa)

  • Rui Moreira critica polícia marítima, capitania e APDL: "Os avisos que chegaram foram tardios"

    “Os avisos que chegaram foram tardios”. Rui Moreira critica Polícia Marítima, capitania e APDL nos dias de mau tempo

  • Navigator reduz preventivamente produção na Figueira da Foz

    A Navigator reduziu preventivamente a produção na sua fábrica na Figueira da Foz, em Coimbra, na sequência do mau tempo provocado pelas depressões Elsa e Fabien, avançou à Lusa fonte oficial da papeleira.

    “A fábrica da Figueira da Foz da Navigator não parou, mas reduziu a produção de forma preventiva, uma vez que a nossa cisterna tem uma capacidade para cerca de meio dia”, indicou, em resposta à Lusa, fonte oficial da empresa.

    Uma equipa do complexo industrial da companhia na Figueira da Foz esteve, desde sábado, em coordenação com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “no terreno das operações das cheias em Montemor-o-Velho” para apoiar o arranque da estação de bombagem de Foja, “infraestrutura que serve para escoar a água dos campos alagados pela cheia, para o curso normal do rio e para o canal de escoamento”.

    De acordo com a mesma fonte, esta equipa esteve “várias horas no local afetado” para apoiar as autoridades na realização dos trabalhos de manutenção para repor as condições de funcionamento na estação.

    Agência Lusa

  • Abastecimento de água reposto em Lousã e Tábua

    O abastecimento de água aos concelhos de Lousã e Tábua já se encontra normalizado, disse esta segunda-feira o comandante operacional distrital de Coimbra (CODIS), Carlos Luís Tavares, à agência Lusa.

    Devido ao mau tempo, o fornecimento às populações sofreu algumas perturbações desde sexta-feira, nos municípios de Lousã, Tábua e Arganil, no distrito de Coimbra. Nos dois primeiros concelhos, as avarias já foram reparadas, enquanto em Arganil, segunda-feira, “os bombeiros ainda estão a fazer a distribuição” nalgumas povoações, com autotanques, informou outra fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).

    Em Arganil, “ainda não está tudo regularizado”, disse à Lusa o presidente da Câmara, Luís Paulo Costa. O autarca prevê que “a situação fique totalmente normalizada ainda esta segunda-feira”, estando a decorrer trabalhos de reposição do abastecimento, que falhou sobretudo na vila de Arganil, além de Secarias e Sarzedas.

    Na sequência dos diversos estragos causados nas redes pelo mau tempo, as câmaras de Lousã, Tábua e Arganil tiveram de recorrer ao apoio dos corpos de bombeiros, que passaram a assegurar a distribuição nas localidades afetadas. “No domingo, ao fim da tarde, o abastecimento de água foi reposto no concelho da Lousã”, confirmou à Lusa uma fonte da Câmara Municipal.

    No município de Tábua “está tudo a funcionar” também desde domingo, tendo a autarquia encontrado “uma solução provisória”, segundo o presidente da Câmara, Mário Loureiro.

    Agência Lusa

  • Confederação Nacional da Agricultura critica "propaganda" dos "sucessivos Governos"

    A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) assegurou esta segunda-feira que, na sequência das depressões Elsa e Fabien, foram registados “prejuízos sérios” nos pastos, que se refletem na alimentação animal, e exigiu um plano de emergência, criticando a “propaganda” do Governo.

    “Houve prejuízos sérios nos pastos para os animais. No baixo Mondego há milhares de hectares submergidos […]. Registaram-se muitos prejuízos em infraestruturas. Os produtores pecuários quando não [sofrem] com a falta de água é com o excesso de água”, afirmou, em declarações à Agência Lusa, João Dinis, membro da direção da CNA. De acordo com este responsável, verificaram-se assim estragos, por exemplo, nas estufas, nos “estaleiros do arroz” e em pequenas valas.

    Na quinta-feira, o Ministério da Agricultura garantiu, em comunicado, estar a acompanhar a evolução da depressão “Elsa”, sublinhando que os técnicos das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) estão “prontos a intervir” no levantamento dos prejuízos. “O Ministério da Agricultura que viu encerrada a maior parte das zonas agrárias acompanha o quê? De helicóptero?”, questionou hoje João Dinis.

    Para a CNA é, assim, necessário que os sucessivos governos “deixem a propaganda em que se especializaram nos últimos anos” e que procedam, entre outros aspetos, à manutenção dos grandes diques do Mondego e à conclusão da obra de rega, para além de acionarem um plano de emergência para a produção pecuária.

    “Os produtores têm que comprar alimentação para os animais e isso aumenta muito os custos de produção, num contexto em que os preços do leite e da carne se mantêm relativamente baixos”, sublinhou.

    A confederação disse ainda que vai, novamente, apresentar ao Governo, em especial aos ministérios da Agricultura e do Ambiente, as suas preocupações.

    Os efeitos do mau tempo, que se fizeram sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos e um desaparecido e deixaram 144 pessoas desalojadas e outras 352 foram deslocadas por precaução, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria inundações e quedas de árvores.

    O mau tempo, provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou no sábado a depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.

    A Autoridade Nacional de Proteção Civil, num balanço feito hoje às 10:00, disse que o distrito de Coimbra é aquele que ainda causa maior preocupação, apesar de o número de ocorrências ter “baixado significativamente”, esperando-se a redução do leito do rio Mondego nos próximos dias.

    Agência Lusa

  • Ministra da Agricultura considera "demasiado cedo" para avaliar estragos em Montemor-o-Velho

    Segundo a ministra da agricultura não existirá, por enquanto, em Montemor-o-velho necessidade de apoio direto aos agricultores, sendo que a próxima fase é a de avaliação dos prejuízos causados pelas cheias.

    A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque esteve esta tarde em Montemor-o-velho, uma das zonas mais afetadas pelas depressões Elsa e Fabian, que deixaram várias zonas de pastagem e cultivo completamente alagadas.

    Para a ministra está claro que ainda não podem ser conhecidos todos os prejuízos e que, para além dos animais que morreram e de algumas estruturas danificadas, é necessário esperar para que seja feita uma avaliação rigorosa. “Assim que o calendário e o escoamento da água o permitir vamos fazer um levantamento exaustivo dos prejuízos para, no caso de se justificar, se acionarem os mecanismos. O programa PDR 2020 tem mecanismos que pode ser ativado se os prejuízos forem superiores a 30%”.

    Quanto a alegadas reivindicações de ação imediata por parte de agências ambientalistas, a ministra diz que “há que encontrar forma de fazer chegar alimentos aos animais para garantir a sua subsistência”. Mas ressaltou que, no tema concreto das pastagens “não foi feito chegar qualquer pedido de apoio”.

    As mesmas condições se aplicam ao sistema de regadio, onde as avaliações são ainda precoces, mas existe margem de manobra para reparar estragos e promover alterações que pretendam minimizar os efeitos de futuras cheias.

    Maria do Céu Albuquerque rejeitou também dar uma resposta concreta sobre o fecho da margem direita do Rio Mondego com o argumento de que, novamente, seria “muito cedo para tomar decisões”, mas deixou o aviso de que “situações como estas vão ser cada vez mais frequentes, porque isto é um efeito claro das alterações climáticas”.

  • Autarca de Montemor-o-Velho diz que margem direita do rio "tem de ser imediatamente fechada"

    O presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão (PS), alertou esta segunda-feira que “não se pode viver neste estado permanente de alerta” em que está atualmente a cidade. “A margem margem direita do leito principal e a margem esquerda do [leito] periférico direito têm de ser tapadas, de modo a garantir que os munícipes passem os próximos meses em segurança mínima porque estamos no inverno”, lembrou Torrão.

    No caso da margem direita do canal principal do rio — que ruiu sábado levando a água do Mondego para a planície agrícola e colocando pressão no talude do leito periférico, que também acabou por colapsar — “tem de ser imediatamente fechada, nem que seja com uma solução provisória. Primeiro para a proteção dos munícipes de Montemor-o-Velho, que têm direito a isso, e também para que os próprios agricultores que têm ali o seu sustento possam recuperar a sua normal atividade económica”, argumentou.

    O autarca admitiu, no entanto, que para reparar os diques, ainda que de forma provisória, os níveis de água terão, primeiro, de baixar. “Mas como sabe o senhor jornalista, as obras não se fazem de improviso e a ordem do dia é começar a projetar e começar a pensar a obra. Já me foi dito pelos senhores engenheiros da APA [Agência Portuguesa do Ambiente] que já estão a pensar numa solução, inclusivamente penso que têm já um empreiteiro posicionado para que logo que possa intervir começar a fazer os trabalhos preparatórios”, alegou Emílio Torrão.

    Questionado pela Lusa sobre se o prazo de dois meses para a reparação dos dois diques, avançado esta segunda-feira pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, é aceitável, Emílio Torrão apenas respondeu que “quanto mais rápido melhor”. “Eu não posso dizer se serão dois meses, quanto mais rápido melhor. Quero aqui dizer, inquestionavelmente, que o senhor ministro da Administração Interna, o senhor ministro do Ambiente e o senhor Presidente da República, acompanhando [a situação no Baixo Mondego] do Afeganistão e sempre disponibilizando a sua magistratura, mas em particular os dois ministros que referi, não houve nenhum pedido que eu tivesse feito que não me tivesse sido satisfeito”, enfatizou.

    Agência Lusa

  • Os drones da Marinha que mostram as cheias em Montemor-o-Velho

    A página de Facebook das Forças Armadas Portuguesas publicou um vídeo, com imagens captadas por Fuzileiros com recurso a drone, com os estragos das cheias e rotura de um dique (o primeiro, dado que esta segunda-feira cedeu um segundo dique) no rio Mondego, em Montemor-o-Velho.

    De acordo com a publicação, as imagens foram captadas no domingo de manhã por uma equipa de 14 elementos dos Fuzileiros, “empenhada no seguimento da subida do nível da água no rio Mondego”, que ainda preocupa as autoridades locais.

    Estas são assim as “primeiras imagens” captadas com drone por parte das Forças Armadas Nacionais que mostram “a [primeira] porção do dique deste rio que sofreu uma rotura” e a “área afetada”.

    Fuzileiros recolhem primeiras imagens em operação de avaliação de estragos em Montemor-o-velhoA equipa de 14 Fuzileiros da Marinha, empenhada no seguimento da subida do nível da água no rio Mondego, efetuou, durante esta manhã, o reconhecimento com recurso a drones, à porção do dique deste rio que sofreu uma rotura e à área afetada na sequência da mesma, tendo recolhido as primeiras imagens.Posteriormente, foi realizado um reconhecimento motorizado a Ereira, freguesia de Montemor-o-velho, e à sua área adjacente.Recorda-se que estes militares foram acionados na tarde de ontem, em apoio direto à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com a missão de reconhecimento, mapeamento e avaliação das zonas afetadas junto a Montemor-o-velho.Esta Força de Fuzileiros tem a capacidade de efetuar reconhecimento com drones e apoio com botes, em caso de isolamento e necessidade de evacuação das populações.

    Posted by Forças Armadas Portuguesas on Sunday, December 22, 2019

    As FAP recordam ainda que os militares foram convocados “com a missão de reconhecimento, mapeamento e avaliação das zonas afetadas junto a Montemor-o-velho”.

  • Habitantes de Frades em Arcos de Valdevez de regresso a casa

    Os 26 habitantes do lugar de Frades, na freguesia de Portela, em Arcos de Valdevez, regressam esta segunda-feira a casa depois de estar afastado o perigo de deslizamento de terras, anunciou o presidente da Câmara local. Foram retirados de casa na sexta-feira “por prevenção e salvaguarda da comunidade”, face ao perigo de deslizamento de terras.

    “Estão reunidas as condições de segurança para que as pessoas possam regressar às suas casas, o que acontecerá durante a tarde”, disse João Manuel Esteves.

    Em causa está o mesmo lugar onde há 19 anos uma tromba de água matou quatro pessoas. De acordo o autarca social-democrata, responsável pela proteção civil municipal, a decisão de permitir o regresso dos habitantes a Frades, sobretudo idosos, foi tomada após uma reavaliação da situação.

    “Os investigadores da Universidade do Minho, responsáveis pelo estudo “Risco de Movimento de Vertente” visitaram o local. Reunimos o dispositivo municipal de proteção civil e, depois da análise dos resultados acumulados de precipitação e da previsão meteorológica para os próximos dias, decidimos pelo regresso das pessoas”, especificou João Manuel Esteves.

    A decisão de evacuação do lugar de Frades foi tomada, na sexta-feira, cerca das 16h00, “face à chuva que tinha caído na região e à previsão de mais pluviosidade” durante o fim de semana. A retirada das pessoas foi iniciada cerca das 17h17, numa operação coordenada pelos Bombeiros de Arcos de Valdevez. Os 26 habitantes foram realojados numa instituição e numa residencial do concelho.

    Em dezembro de 2000, uma intempérie desalojou oito famílias de Arcos de Valdevez. Na freguesia de Portela, a tragédia aconteceu quando terra, lamas e pedregulhos, alguns com mais de uma tonelada, caíram pela encosta, de uma altura de cerca de 100 metros, e se abateram sobre o lugar de Frades, destruindo completamente duas casas e causando sérios danos em mais três.

    (Lusa)

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