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CronologiaOs 89 primeiros-ministros de Portugal

O novo governo de Luís Montenegro tomou posse esta terça-feira, no Palácio da Ajuda. É o XXIV Governo Constitucional em Portugal. Antes do social-democrata, foram dezenas as personalidades que se sentaram na cadeira do chefe do Executivo. Da Monarquia Constitucional à Primeira República, passando pelo Estado Novo e pelo pós 25 de Abril, saiba quem são os antecessores do novo primeiro-ministro.

Luís Montenegro
2024

A tomada de posse de Montenegro decorreu a 2 de abril de 2024, após a Aliança Democrática – coligação entre PSD, CDS e PPM – ter obtido o maior número de votos e mandatos nas eleições de 10 de março.

António Costa
2015

Governou de 26 de novembro de 2015 a 2 de abril de 2024. O primeiro Governo de Costa resultou da aliança entre partidos de esquerda - PS, BE, PCP e Os Verdes – o chamado Governo da Geringonça. O segundo Executivo tomou posse a 26 de outubro de 2019 e foi marcado pela pandemia de Covid-19. BE e CDU acabaram por rejeitar o Orçamento do Estado para 2022, o que levou o Presidente da República a convocar eleições antecipadas em janeiro de 2022 – que daria origem à maioria absoluta que terminou ao fim de dois anos, a 7 de novembro de 2023, com a demissão de António Costa após ser envolvido num processo judicial, o Influencer.

Pedro Passos Coelho
2011

Governou de 21 de junho de 2011 a 26 de novembro de 2015. Passos Coelho derrotou José Sócrates nas eleições de 2011. Numa coligação PSD-CDS, conseguiu formar uma maioria de direita no Parlamento. Nas eleições legislativas de 2015, perdeu a maioria parlamentar apesar de ter conquistado o maior número de mandatos. O Governo de Passos Coelho acabaria por cair um mês depois após a esquerda se ter unido para aprovar uma moção de rejeição ao programa de Governo e o PS se ter aliado ao Bloco, PCP e Os Verdes para apresentar uma alternativa.

José Sócrates
2005

Governou de 12 de março de 2005 a 21 de junho de 2011. Foi eleito líder do PS em 2004 e conduziu o partido à sua primeira maioria absoluta. O segundo Governo de Sócrates perdeu a maioria nas eleições de 2009. A 23 de março de 2011 apresentou a sua demissão a Cavaco Silva, após o Parlamento ter rejeitado um novo pacote de austeridade – seria o quarto num ano – conduzindo o país a eleições antecipadas, tendo antes pedido ajuda externa (troika).

Pedro Santana Lopes
2004

Governou de 17 de julho de 2004 a 12 de março de 2005, num curto Governo marcado por diversas polémicas. Quando Barroso se demitiu para assumir a presidência da Comissão Europeia, Santana Lopes tornou-se presidente do PSD e, como mantinha uma maioria parlamentar com o CDS, foi nomeado primeiro-ministro contra a vontade do maior partido da oposição, o PS. Em novembro de 2004, apenas pouco mais de quatro meses após tomar posse, Jorge Sampaio acabaria por convocar eleições antecipadas por considerar estar em causa o regular funcionamento das instituições, usando o poder presidencial conhecido como ‘bomba atómica’.

José Manuel Durão Barroso
2002

Governou de 6 de abril de 2002 a 17 de julho de 2004. As eleições legislativas de 2002 deram ao PSD mandatos suficientes para formar um Governo de coligação com o CDS-PP. Barroso acabaria por não terminar o mandato ao rumar a Bruxelas para exercer o cargo de presidente da Comissão Europeia, em julho de 2004.

António Guterres
1995

Governou de 28 de outubro de 1995 a 6 de abril de 2002. O PS venceu as eleições legislativas de 1995 e Guterres foi indigitado primeiro-ministro por Mário Soares. Nas eleições legislativas de 1999 foi reeleito e de janeiro a julho de 2000 ocupou a presidência rotativa de seis meses do Conselho Europeu. Em dezembro de 2001, após a derrota do PS nas autárquicas, demitiu-se para evitar que o país caísse naquilo a que chamou um “pântano político". Jorge Sampaio dissolveu o Parlamento e convocou eleições.

Aníbal Cavaco Silva
1985

Chegou ao Governou em 1985, após ser eleito a 5 de outubro sem uma maioria parlamentar que suportasse o Governo. A 19 de julho de 1987 foi reeleito, desta vez com a sua primeira maioria absoluta. Conseguiu uma segunda maioria absoluta a 6 de outubro de 1991, com 50,6% dos votos. Governou até 28 de outubro de 1995, num total de 10 anos como primeiro-ministro.

Francisco Pinto Balsemão
1981

Governou de 9 de janeiro de 1981 a 9 de junho de 1983. Na sequência do acidente de Camarate foi eleito presidente do PSD pelo Conselho Nacional e designado pelo partido para assumir o cargo de primeiro-ministro. A 9 de janeiro de 1981 tomou posse à frente do VII Governo. Balsemão assumiu uma agenda reformista que ficou marcada com a aprovação da revisão constitucional de 1982.

Francisco Sá Carneiro
1980

Governou de 3 de janeiro de 1980 a 4 de dezembro do mesmo ano, durante cerca de onze meses. Iniciou a carreira política em 1969 como deputado na Assembleia Nacional do Estado Novo. No pós 25 de Abril fundou e foi o primeiro secretário-geral do Partido Popular Democrático. Nas eleições de 1979 concorreu com uma coligação eleitoral de centro-direita, a Aliança Democrática, que obteve maioria absoluta. Morreu no exercício das funções, no acidente de Camarate, a 4 de dezembro de 1980.

Maria de Lurdes Pintassilgo
1979

Governou de 1 de agosto de 1979 a 3 de janeiro de 1980. Foi a única mulher que desempenhou o cargo de primeira-ministra em Portugal, tendo chefiado o V Governo Constitucional, um Governo de gestão que funcionou até à realização das eleições intercalares de 2 de dezembro de 1979. Foi a segunda mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Europa, dois meses depois de Margaret Thatcher tomar posse no Reino Unido.

Carlos Mota Pinto
1978

Governou de 22 de novembro de 1978 a 1 de agosto de 1979. Em 78, por iniciativa de Ramalho Eanes, tomou posse como primeiro-ministro do IV Governo Constitucional. Antes, tinha sido eleito deputado à Assembleia Constituinte a 25 de abril de 1975, e nomeado presidente do Grupo Parlamentar do PPD a 17 maio de 1975.

Alfredo Nobre da Costa
1978

Governou entre 29 de agosto e 22 de novembro de 1978, num curto período de 85 dias. Quando a quebra do acordo parlamentar levou à demissão do primeiro-ministro Mário Soares, Nobre da Costa foi convidado pelo presidente Ramalho Eanes a chefiar um Governo de iniciativa presidencial. Apresentou o programa do Governo, no Parlamento, a 7 de setembro, que acabou rejeitado após cinco dias de debates. Demitido a 15 de setembro, Nobre da Costa manteve-se em gestão até à posse de Mota Pinto.

Mário Soares
1976

Governou de 23 de julho de 1976 a 28 de agosto de 1978. Em consequência da vitória do PS nas primeiras eleições legislativas, realizadas em 1976, foi nomeado primeiro-ministro do I Governo Constitucional, tendo também presidido ao II Governo, em 1978. Após a dissolução da Assembleia da República, em 1983, e na sequência de eleições que voltaram a dar a vitória ao PS, foi nomeado primeiro-ministro do IX Governo Constitucional, com base numa coligação do bloco central PS/PSD, que esteve no poder até 6 de novembro de 1985.

Pinheiro de Azevedo
1975

Governou de 19 de setembro de 1975 a 23 de julho de 1976. O militar português, conhecido como "Almirante sem Medo", preparou, após o 25 de Novembro, as primeiras eleições que iriam determinar a composição da Assembleia da República.

Vasco Gonçalves
1974

Governou de 18 de julho de 1974 até 19 de setembro de 1975, durante um ano e dois meses. O militar e político português assumiu quatro vezes o lugar de primeiro-ministro após a Revolução, entre o segundo e quinto governos provisórios. Implementou medidas que levaram à nacionalização da banca e de empresas e defendeu a reforma agrária. Durante o Verão Quente de 1975 foi afastado do poder, não voltando ao exercício político depois disso.

Adelino da Palma Carlos
1974

Governou 56 dias, de 16 de maio de 1974 a 11 de julho do mesmo ano. A convite do Presidente da República, general António de Spínola, assumiu a chefia do primeiro Governo Provisório no pós-25 de Abril. Ligado aos meios republicanos desde os anos 20, defendeu em tribunal, enquanto advogado, militares e civis envolvidos em tentativas de golpe de estado contra a ditadura.

Marcello Caetano
1968

Governou de 27 de setembro de 1968 a 25 de abril de 1974. Após Salazar ficar impossibilitado de governar, Américo Tomás acabou por nomear Marcello Caetano. Foi o último presidente do Conselho do Estado Novo e foi deposto pelo movimento militar de 1974.

António de Oliveira Salazar
1932

Governou de 5 de julho de 1932 a 27 de setembro de 1968, durante 35 anos. Salazar fundou o regime do Estado Novo em 1933, um regime autoritário, de partido único, baseado na tríade “Deus, Pátria e Família". Identificou o comunismo como principal inimigo, neutralizou a corrente monárquica, controlou o capitalismo e vincou a ordem interna assente num aparelho de vigilância e de repressão através da PIDE.

Domingos Oliveira
1930

Governou de 21 de janeiro de 1930 a 5 de julho de 1932, durante 896 dias. Após a estabilização da ditadura, foi nomeado presidente do Ministério – função equivalente à de primeiro-ministro. O cargo de ministro das Finanças foi, durante esta governação, exercido por António de Oliveira Salazar. Domingos Oliveira promulgou o Ato Colonial, criando o conceito de Império Colonial Português e abolindo o regime dos altos-comissários da República nas colónias.

Artur Ivens Ferraz
1928

Governou de 8 de julho de 1928 a 21 de janeiro de 1930, num total de 562 dias. Foi presidente do Ministério (primeiro-ministro), liderando o quinto Governo da ditadura. Acumulou interinamente diversas pastas, incluindo a Educação, os Negócios Estrangeiros, as Colónias e as Finanças. Foi chefe do Estado-Maior do Exército, cargo que manteve até à data da sua morte.

José Vicente de Freitas
1928

Governou de 18 de abril a 8 de julho de 1928, durante 81 dias. Salazar foi seu ministro das Finanças a partir de 27 de abril. Iniciou a sua carreira ministerial como ministro do Interior a 26 de agosto de 1927, no ministério presidido por Óscar Carmona. Manteve-se nesse cargo até 18 de abril de 1928, data em que assumiu a presidência do Governo, na sequência da eleição de Óscar Carmona para a Presidência da República.

Óscar Carmona
1926

Governou de 9 de julho de 1926 a 18 de abril de 1928, durante cerca de dois anos. Em 1926 assumiu a liderança do movimento que derrubou a I República. Fez-se eleger Presidente, afastando, durante o processo, outros líderes militares, como Gomes da Costa. Criou condições para colocar no poder António Oliveira Salazar, que integrou o primeiro Governo pós-28 de maio, como ministro das Finanças. Acabou por morrer durante o desempenho de funções de Presidente da República, em 1951, cargo que ocupou durante mais de 20 anos.

Manuel Gomes da Costa
1926

Governou de 17 de junho a 9 de julho de 1926, durante 22 dias. O Governo de Gomes da Costa durou tanto quanto o de Mendes Cabeçadas, porque foi derrubado por um novo golpe, em 9 de julho do mesmo ano. Esta contrarrevolução foi chefiada por João José Sinel de Cordes e Óscar Carmona, depois de Gomes da Costa tentar remover Carmona como ministro.

José Mendes Cabeçadas
1926

Governou de 31 de maio a 17 de junho de 1926, durante 18 dias. As instituições republicanas foram derrubadas por uma sedição militar, iniciada em Braga por Gomes da Costa e coordenada em Lisboa por Mendes Cabeçadas, antigo revolucionário da Rotunda, ligado à União Liberal Republicana.

Vitorino Guimarães
1925

Governou de 15 de fevereiro de 1925 a 1 de julho de 1925, durante pouco mais de quatro meses. O oficial do Exército Português foi líder parlamentar do Partido Republicano Português, tendo sido escolhido em 1911. Manteve-se até 1916 no cargo. Ocupou a pasta das Finanças em 1915, 1922 e 1923. Em 1922 foi ministro interino do Comércio e titular da Guerra em 1925. No culminar da sua carreira política, foi Chefe de Governo, ocupando a pasta das Finanças durante esse período.

José Domingues dos Santos
1924

Governou de 22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925. Este Governo tomou posse num ambiente em que era já clara a organização da direita em torno da chamada União dos Interesses Económicos. O Executivo de Domingues dos Santos, no qual acumulava a pasta de ministro do Interior, seguiu o padrão de instabilidade e facciosismo em que tinham caído os governos da República. Caiu menos de três meses após tomar posse, minado pelas divisões dentro do Partido Democrático.

Alfredo Rodrigues Gaspar
1924

Governou de 6 de julho a 22 de novembro de 1924, durante cinco meses. O oficial da Armada portuguesa conciliou a carreira política e ministerial e chegou ao cargo de Chefe de Governo, acumulando a pasta do Interior. Porém, não foi além de novembro desse ano, quando o seu Executivo foi derrubado. Além de deputado, foi presidente do Parlamento em 1926, ano do golpe de estado de 28 de maio.

António Ginestal Machado
1923

Governou de 15 de novembro a 17 de dezembro de 1923. Ginestal Machado foi escolhido para formar Governo, assumindo as funções de presidente do Ministério (hoje primeiro-ministro). Era um Governo minoritário, que se manteria no poder por 33 dias. O curto período de governação foi marcado pela instabilidade política e pelos constantes golpes que marcaram a fase final da I República Portuguesa.

Francisco da Cunha Leal
1921

Governou de 16 de dezembro de 1921 a 6 de fevereiro de 1922, num total de 53 dias. Membro do Partido Republicano Nacionalista, fundou a União Liberal Republicana em 1923. Apesar de ter apoiado o golpe de 28 de maio de 1926, incompatibilizou-se com Salazar, transformando-se num dos primeiros opositores da primeira fase do regime do Estado Novo e um dos primeiros a propor uma solução política de autodeterminação para o Império Colonial Português.

Carlos Maia Pinto
1921

Governou de 5 de novembro a 16 de dezembro de 1921, durante 41 dias. Mantendo-se na ala mais radical do movimento republicano, na sequência da "noite sangrenta" de outubro de 1921, o coronel Maia Pinto foi convidado a integrar o Governo presidido por Manuel Maria Coelho. Ia ocupar a pasta das Colónias, mas não chegou a tomar posse. O Governo então formado foi curto, durando apenas 18 dias. Com a queda do executivo, coube-lhe assumir funções de chefe do novo Executivo.

Manuel Maria Coelho
1921

Governou de 19 de outubro a 5 de novembro de 1921, durante 17 dias. Foi chefe de Governo na sequência da revolta militar de 19 de outubro desse ano. O chefe do Governo, António Granjo, apresentou a demissão, mas o Presidente da República, António José de Almeida, não nomeiou um novo executivo. Este Governo demitiu-se a 3 de novembro por temer intervenção estrangeira.

Tomé de Barros Queirós
1921

Governou de 23 de maio de 1921 a 30 de agosto do mesmo ano, durante 99 dias. Aderiu ao republicanismo, tornando-se, em 1888, militante do Partido Republicano Português, ascendendo a lugares cimeiros na direcção do partido. Mantendo-se na atividade política, já em período de queda da I República Portuguesa, quando a instabilidade política e os constantes golpes tornavam impossível a formação de executivos estáveis, voltou ao Governo como presidente, acumulando as Finanças.

Liberato Pinto
1920

Governou de 30 de novembro de 1920 a 2 de março de 1921. Com a intensificação da instabilidade política que marcou o fim da I República Portuguesa, a 29 de novembro de 1920, foi nomeado presidente do ministério do Governo da República. A nomeação foi da iniciativa de António José de Almeida, então presidente da República, que aconselhou Liberato Pinto a formar um "Governo de geral concentração republicana". Enquanto liderava o Governo, comandava simultaneamente a Guarda Nacional Republicana.

Álvaro de Castro
1920

Governou de 20 a 30 de novembro de 1920, por 10 dias. Os reconstituintes, de Álvaro de Castro, e os antigos sidonistas, reconvertidos em Partido Nacional Republicano, uniram-se para fazer face à hegemonia do Partido Democrático, criando um novo partido – o Partido Republicano Nacionalista. Castro viria a ser uma das figuras proeminentes da força partidária e é nessa posição que é designado presidente do Conselho de Ministros, pela segunda vez, entre 18 de dezembro de 1923 e 6 de julho de 1924.

António Granjo
1920

Governou de 19 de julho até 20 de novembro de 1920. Foi advogado, deputado e administrador do concelho de Chaves. Em 1919 foi viver para Lisboa e participou na revolta de outubro de 1918. A partir desse ano enveredou pela carreira política, vindo a ocupar o cargo de ministro da Justiça, ao mesmo tempo que exercia a função de diretor do jornal República. Liderou o Governo português uma segunda vez, de 30 de agosto a 19 de outubro de 1921. Faleceu na "noite sangrenta" de 19 de outubro de 1921.

António Maria da Silva
1920

Governou de 26 de junho a 19 de julho de 1920. Foi deputado e várias vezes ministro e chefe do Governo. Da segunda vez, governou de 6 de fevereiro de 1922 a 15 de novembro de 1923. Governou pela terceira vez de 2 de julho a 1 de agosto de 1925 e, na quarta, de 18 de dezembro de 1925 a 29 de maio de 1926. Estava no poder quando se deu o golpe de Estado de 28 de maio de 1926 – protagonizado por militares e civis antiliberais que resultou na queda da Primeira República Portuguesa e na instauração da Segunda República.

José Ramos Preto
1920

Governou de 6 a 26 de junho de 1920. Na sequência da morte súbita de António Maria Baptista, a 3 de junho de 1920, ocorrida em pleno Conselho de Ministros. Ramos Preto foi escolhido para substituí-lo na presidência. Contudo, poucos dias depois, o Governo de Ramos Preto foi obrigado a apresentar a demissão, depois de polémicas e críticas por aumentar os vencimentos dos membros dos gabinetes ministeriais quando chegou ao poder.

António Maria Baptista
1920

Governou de 8 de março a 6 de junho de 1920. Militar português, nascido em 1866, distinguiu-se em confrontos com as forças de Gungunhana. Após a Implantação da República, durante a década de 1910, coube-lhe intervir, por mais de uma vez, para manter a ordem perante ameaças de levantamento no país. Foi ministro da Guerra em 1919 e chefe do Governo em 1920. Morreu nesse mesmo ano, no exercício do cargo, e foi substituído por Ramos Preto.

Fernandes Costa
1920

Francisco José Fernandes da Costa tornou-se célebre por presidir ao Governo mais rápido da história portuguesa. Nomeado no dia 15 de janeiro, não tomou posse e foi reconduzido o gabinete de Sá Cardoso, seu antecessor. Os ministros nomeados, mas não empossados, foram alvo de uma manifestação hostil que culminou na desistência de Fernandes da Costa. Politicamente, começou como militante do Partido Republicano Português, tendo depois transitado para os partidos Evolucionista, Liberal e Nacionalista.

Alfredo Ernesto de Sá Cardoso
1919

Governou de 29 de junho de 1919 até 15 de janeiro de 1920. Alfredo Ernesto tinha sido membro do gabinete do ministro da Guerra, Correia Barreto, em 1910. Seria depois ministro do Interior do Governo de Álvaro de Castro, em 1923. O 17º Governo Republicano e o 3º Governo pós-sidonista, mantém-se no poder 206 dias, cerca de sete meses.

Domingos Pereira
1919

Governou de 30 de março a 29 de junho de 1919. Foi por três vezes Chefe de Governo na I República: na segunda vez de 21 de janeiro a 8 de março de 1920 e na terceira em 1925. O político, jornalista e teólogo começou a ser notado como ativista dos ideais republicanos. A sua vida política começou como autarca em Braga. Em 1911, foi deputado da Assembleia Nacional Constituinte, célebre pela promulgação da "Constituição de 1911", conhecida pelo seu anticlericalismo e laicismo.

José Relvas
1919

Governou de 27 de janeiro a 30 de março de 1919. José Mascarenhas Relvas preparou, em 1910, a opinião nacional e internacional para o movimento revolucionário que instaurou a República. No dia 5 de outubro, coube-lhe mesmo proclamar, a partir da Câmara Municipal de Lisboa, a implantação da República. Foi membro do Governo por diversas vezes, incluindo quando o liderou por um total de dois meses.

Tamagnini Barbosa
1918

Governou de 23 de dezembro de 1918 até 30 de novembro de 1919. De 1917 a 1918, foi ministro das Colónias, cargo que deixou para se tornar ministro do Interior até 8 de outubro e, depois, ministro das Finanças até 23 de dezembro. A partir desta data, ocupou o cargo de presidente do Governo, acumulando-o com o de ministro do Interior até ao ano seguinte, logo após o assassinato de Sidónio Pais.

João do Canto e Castro
1918

Assumiu a liderança do Governo português de 15 de dezembro de 1918 a 23 de dezembro do mesmo ano, durante poucos dias. Foi eleito deputado em 1908, no último Parlamento da Monarquia, dedicando-se especialmente à reorganização das Forças Navais.

Sidónio Pais
1917

Governou de 12 de dezembro de 1917 a 14 de dezembro de 1918. Após a declaração do estado de guerra entre a Alemanha e Portugal, Sidónio Pais participou na conspiração que viria a instaurar a "República Nova", que, sob a sua direção, colocou no poder, em 1917, republicanos, descontentes, monárquicos e clericais. Exerceu o poder num misto de autoritarismo e de populismo. Acaba por morrer num atentado, em 1918, deixando o país numa situação de grande instabilidade, temendo-se até o regresso à Monarquia.

António José de Almeida
1916

Governou de 16 de março de 1916 a 25 de abril de 1917, num total de 406 dias. Foi membro do Partido Republicano Português, eleito deputado em 1906. Porém, por conspirar contra a ditadura de João Franco, acabou por ser preso, sendo apenas libertado após o regicídio (1908). Após a proclamação da República, Almeida foi nomeado Ministro do Interior do Governo Provisório. Em 1912 protagonizou uma cisão no Partido Republicano. Quatro anos depois chefiou um Governo de coligação, que juntava republicanos e evolucionistas.

José Ribeiro de Castro
1915

Governou de 29 de maio a 30 de novembro de 1915. Tornou-se chefe de Governo na sequência da vitória de fações republicanas sobre o general Pimenta de Castro, que foi deposto por uma junta revolucionária e depois por João Pinheiro Chagas. Ribeiro de Castro foi chamado a presidir a um Governo que durou até 19 de junho daquele ano. Nesse mesmo dia, constituiu um novo Governo, que não passaria de 22 de julho seguinte, dia em que iniciou o seu ministério mais prolongado, que vingou até novembro.

Pimenta de Castro
1915

Governou de 25 de janeiro a 14 de maio de 1915. General e político português, Joaquim Pereira Pimenta de Castro comandou a 3.ª Região Militar, no Porto, cargo que desempenhava ao tempo da Implantação da República. Em 1911, foi ministro da Guerra. Quatro anos depois, num clima de instabilidade política e com o irromper da I Guerra Mundial, o Presidente da República apelou ao general para formar e dirigir um Governo de unidade nacional que pacificasse e criasse condições de estabilidade ao país.

Vítor Hugo Azevedo Coutinho
1914

Governou de 12 de dezembro de 1914 a 25 de janeiro de 1915, durante pouco mais de 40 dias. Estudou na escola Naval, onde se formou como oficial da Marinha portuguesa. Paralelamente, desenvolveu uma carreira política que o conduziu ao exercício de cargos governativos durante a I República. Desempenhou as funções de chefe de Governo com o país prestes a entrar na I Guerra Mundial, mergulhado numa crise inflacionista.

Bernardino Machado
1914

Governou de 9 de fevereiro a 12 de dezembro de 1914 e uma segunda vez, de 2 de março a 24 de maio de 1921. Iniciou a sua atividade política como monárquico e aderiu ao Partido Republicano Português, ao qual presidiu. Em 1910, foi ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Provisório Republicano. Depois do primeiro mandato como chefe de Governo, Bernardino Machado foi eleito Presidente da República entre 1915 e 1919, função que voltou a desempenhar em 1925. O golpe de maio de 1926 obrigou-o a renunciar ao cargo e a exilar-se entre 1927 e 1940.

Afonso da Costa
1913

Governou pela primeira vez entre 9 de janeiro de 1913 e 9 de fevereiro de 1914. Depois disso, assumiu por mais duas vezes o cargo de Chefe do Executivo, em 1915 e 1917. Afonso Augusto da Costa entrou no Parlamento em 1900, iniciando a sua carreira política. Com a proclamação da República, assumiu a pasta da Justiça do Governo Provisório. Definiu uma parte significativa da estrutura legislativa da época da República Parlamentarista.

Duarte Leite
1912

Governou de 16 de junho de 1912 até 9 de janeiro do ano seguinte. Popular pela sua conduta e erudição, Duarte Leite conseguiu uma governação que durou mais do que a média da Primeira República. Durante o seu executivo, teve de enfrentar uma grande agitação laboral e a greve dos funcionários da Companhia Carris de Ferro de Lisboa. Mais tarde, foi nomeado embaixador de Portugal no Brasil, cargo que ocupou até 1931.

Augusto de Vasconcelos Correia
1911

Governou de 12 de novembro de 1911 a 16 de junho de 1912. Liderou o terceiro Governo Republicano, num total de 7 meses. Foi um entusiástico republicano, demonstrando as suas convicções no jornal Pátria. Após o seu antecessor ter sido forçado a demitir-se, em novembro de 1911, Vasconcelos Correia foi incumbido de formar Governo. Enveredou pelo anticlericalismo, deixando a política nacional ao rubro com a polémica Lei de Separação do Estado e da Igreja.

João Pinheiro Chagas
1911

Governou de 4 de setembro até 13 de novembro de 1911. O político e jornalista fundou em 1892 o seu próprio jornal, República Portuguesa, que serviu como veículo de ataque e desmoralização da Monarquia. Esteve envolvido em várias conspirações com vista ao derrube do regime. Uma vez instaurada a República, foi embaixador em França, entre 1910 e 1923, e chefe de Governo em 1911, durante cerca de 70 dias.

Joaquim Teófilo de Braga
1910

Assumiu o Governo Provisório de 5 de outubro de 1910 a 4 de setembro de 1911. Este executivo, após a proclamação da República Portuguesa, em 5 de Outubro de 1910, ficou com a responsabilidade de “dirigir superiormente a Nação” até que fosse aprovada uma nova lei fundamental.

António Teixeira de Sousa
1910

Governou de 27 de junho de 1910 a 5 de outubro de 1910, durante 102 dias. Presidiu ao último Governo da monarquia constitucional de Portugal, sendo deposto pela Revolução de 5 de Outubro de 1910.

Francisco da Veiga Beirão
1909

Governou de 22 de dezembro de 1909 a 26 de junho de 1910. De 1898 a 1900, Veiga Beirão tinha sido ministro dos Negócios Estrangeiros. Depois de uma boa prestação neste cargo e na política, chegou a presidente do Conselho de Ministros sem pasta atribuída.

Venceslau de Lima
1909

Governou de 14 de maio a 22 de dezembro de 1909. Foi nomeado para formar Governo, presidindo a um dos últimos executivos do regime monárquico. Durante a sua efémera passagem pela presidência, acumulou as funções de ministro do Reino.

Sebastião Teles
1909

Governou de 11 de abril a 14 de maio de 1909. Mesmo num cenário claro de degradação da situação política, aceitou formar o 58.º Governo da Monarquia Constitucional, acumulando o cargo de presidente do Conselho de Ministros com o de ministro da Guerra. O Governo durou apenas 33 dias. A sua demissão foi precipitada pelo “incidente Caeiro da Mata”, um dos mais bizarros da história parlamentar portuguesa, quando um deputado do Partido Regenerador se envolveu num duelo físico com um ex-ministro.

Artur de Campo Henriques
1908

Governou de 26 de dezembro de 1908 a 11 de abril de 1909. Assumiu as funções de ministro da Justiça no "Governo da Acalmação" presidido por Francisco Ferreira do Amaral, tendo, quando este caiu por falta de apoio parlamentar, sido convidado a ser Presidente do Conselho num Governo supra-partidário entre regeneradores e progressistas. Este novo executivo durou apenas 3 meses.

Francisco Ferreira do Amaral
1908

Governou de 4 de fevereiro a 25 de dezembro de 1908. Foi presidente do Conselho de Ministros, cargo equivalente ao de primeiro-ministro atualmente, num Governo suprapartidário nomeado pelo rei D. Manuel II, na sequência do regicídio que custou a vida a D. Carlos I.

João Franco
1906

Governou de 19 de maio de 1906 a 4 de fevereiro de 1908, num total de 627 dias. Cinco anos decorridos após a fundação dos regeneradores-liberais, as circunstâncias da administração do país e uma ativa propaganda partidária valeram numerosas adesões ao movimento político. O terceiro Governo de Hintze Ribeiro caiu, após 57 dias no poder, e os regeneradores-liberais surgiram como alternativa. O novo ministério foi composto por João Franco, Presidente do Conselho, com a pasta do Reino.

Ernesto Hintze Ribeiro
1893

Governou de 22 de fevereiro de 1893 até 7 de fevereiro de 1897, durante 1446 dias. Em 1893, quando convidado para formar Governo, António de Serpa Pimentel declinou o convite e indicou Hintze Ribeiro para o lugar. Neste Governo, além da presidência, encarregou-se também da pasta dos Estrangeiros. O seu mais conhecido colaborador foi o ministro do Reino, João Franco, dando azo a que o Governo ficasse conhecido pelo "gabinete Hintze-Franco". Voltou a governar de 26 de junho de 1900 a 20 de outubro de 1904 e ainda uma última vez, de 19 de março a 19 de maio de 1906.

José Dias Ferreira
1892

Governou de 17 de janeiro de 1892 a 23 de fevereiro de 1893, durante 404 dias. Promoveu as eleições de 23 de outubro de 1892. Após a queda do Governo, em janeiro de 1892, o rei D. Carlos resolveu chamar a formar Governo José Dias Ferreira, um homem que, até então, não pertencia a nenhum dos partidos, mas que mantinha prestígio e uma notável influência parlamentar e junto da elite política e económica do país. Esta solução ficou conhecida como o Governo da “acalmação partidária”.

João Crisóstomo
1890

Governou de 14 de outubro de 1890 a 17 de janeiro de 1892. O militar e político foi deputado, ministro e presidente do Conselho de Ministros durante a fase final da monarquia constitucional portuguesa. Após o ultimato britânico de 1890, e a demissão do Governo de José Luciano de Castro, presidiu a um Governo extrapartidário de unidade nacional que governou de 1890 a 1892.

António de Serpa Pimentel
1890

Governou durante nove meses, de 14 de janeiro a 14 de outubro de 1890. Na sequência do ultimato britânico, que levou à queda do ministério progressista de José Luciano, Serpa foi encarregado de formar novo Governo ao qual presidiu. Antes disso, tinha sido ministro dos Negócios Estrangeiros e foi escolhido, após Fontes Pereira de Melo ter falecido, para liderar o Partido Regenerador.

José Luciano
1886

Governou de 20 de fevereiro de 1886 a 14 de janeiro de 1890, perfazendo quatro anos no poder, ultrapassando as expectativas de durabilidade governativa da época. Da segunda vez que chegou ao poder, José Luciano governou de 7 de fevereiro de 1897 a 25 de junho de 1900. Foi chamado pela terceira vez à chefia do Governo português em outubro de 1904.

António Rodrigues Sampaio
1881

Governou de 25 de março de 1881 a 20 de fevereiro de 1886, durante cerca de cinco anos. António Rodrigues Sampaio foi chamado a organizar um gabinete ministerial, recebendo a presidência do Conselho, acumulando-a com a pasta do Reino. O governante cessou funções quando Fontes Pereira de Melo o substituiu na presidência do ministério. Após essa data, Rodrigues Sampaio retirou-se para a vida particular, continuando a exercer o seu lugar de conselheiro no Tribunal de Contas.

Anselmo José Braancamp
1879

Governou de 1 de junho de 1879 a 25 de março de 1881, durante 664 dias. A 29 de maio de 1879, na sequência de um escândalo financeiro envolvendo o ministro da Fazenda e o Banco Nacional Ultramarino, o segundo Governo de Fontes Pereira de Melo caiu e o rei D. Luís designou Braamcamp como presidente do Conselho. O ministério progressista acabou por cair em menos de dois anos e Braamcamp voltou de novo à oposição, tendo morrido antes de voltar a colocar o seu partido no poder.

Fontes Pereira de Melo
1871

Governou de 13 de setembro de 1871 a 5 de março de 1877, cerca de cinco anos e meio. O Governo demitiu-se em 1877 com dificuldades nos debates parlamentares, sendo chamado Ávila a constituir Governo. Em 1878, Fontes Pereira de Melo encabeçou um novo Governo, ainda que fraco e que o próprio reconheceu não ter condições para avançar – demitiu-se em 1879. Em 1881, foi-lhe dada a presidência da Câmara dos Pares. No dia 11 de novembro desse ano, foi encarregado de organizar novamente Governo.

António José de Ávila
1868

Governou de 4 de janeiro de 1868 a 22 de julho do mesmo ano, na sua curta estreia, de 201 dias, enquanto Presidente do Conselho de Ministros. Entre outras funções, foi ministro das Finanças e liderou governos por três vezes (1868, 1870–1871 e 1877–1878). Em termos ideológicos, aproximou-se da facção mais conservadora dentro do liberalismo português – o cartismo – formando oposição ao Governo progressista que tomou o poder em setembro de 1836.

Nuno José Severo de Mendonça Barreto
1856

Governou de 6 de junho de 1856 a 16 de março de 1859 na sua primeira vez a liderar o Conselho de Ministros em Portugal. Voltou a ocupar o cargo em 1860 por mais cinco anos e regressou em 1869 para um curto Governo. Nuno José Severo de Mendonça Rolim de Moura Barreto, Duque de Loulé, chefiou vários ministérios – Negócios Estrangeiros, Marinha e Ultramar, Obras Públicas, Comércio e Indústria – acumulando a Presidência do Conselho com alguns desses cargos ministeriais.

António Bernardo da Costa Cabral
1849

Governou de 18 de junho de 1849 a 27 de abril de 1851, num total de 683 dias. Cabral, de formação liberal, aderiu à causa constitucional nos primeiros embates entre liberais e absolutistas, sofrendo as consequências da reação miguelista, obrigando-o, após a Belfastada (episódio da revolta do Porto de 1828 contra D. Miguel, na restauração do absolutismo), a exilar-se. Conseguiu refúgio na Galiza e daí passou para a Inglaterra e Bélgica. Governou o 4º e último Governo da restauração da Carta.

António de Azevedo Melo e Carvalho
1847

Governou de 22 de agosto de 1847 a 18 de dezembro de 1847. Político português ligado à corrente do cabralismo, ocupou a pasta da Justiça em 1842 e depois de Secretário de Estado dos Negócios Interiores do Reino, ou seja, ministro do Reino, após a remodelação ministerial que resultou da assinatura da Convenção de Gramido.

Francisco Tavares de Almeida Proença
1847

Foi ministro do Reino, de 28 de abril de 1847 a 22 de agosto de 1847. Após o regresso da Carta Constitucional de 1826, com o golpe de Costa Cabral, no Porto, em 1842, alinhou com as posições de Rodrigo da Fonseca Magalhães, mantendo-se dentro do cartismo moderado. Foi nomeado para a Câmara dos Pares, em 1842, e ocupou o cargo de ministro do Reino.

Joaquim António de Aguiar
1841

Governou de 9 de junho de 1841 a 7 de fevereiro de 1842. António de Aguiar frequentou a Faculdade de Leis, doutorando-se em 1815 e esteve exilado entre 1828 e 1832. Após ter regressado, foi nomeado conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça e, consecutivamente, ministro do Reino, da Justiça e primeiro-ministro. Voltou ao poder de 1 de maio a 4 de julho de 1860 e uma última vez, de 4 de setembro de 1865 a 4 de janeiro de 1868.

José Travassos Valdez
1839

Governou de 26 de novembro de 1839 a 9 de junho de 1841. Este Governo assumiu-se como o ministério da transição, porque, a partir de então, a Constituição de 1838 passou a viver mais no domínio do direito do que dos factos. O Governo foi, assim, essencialmente ordeiro e promoveu uma ampla substituição das chefias militares e diplomáticas, com cartistas que sucedem a setembristas. Surgia nesta altura uma nova definição de liberalismo, de cariz reformista.

Rodrigo Pinto Pizarro
1839

Governou de 18 de abril de 1839 a 26 de novembro de 1839, naquele que foi o quinto governo setembrista. O Barão de Sabrosa ocupava-se igualmente das pastas da Guerra, da Marinha e dos Estrangeiros. O Governo, considerado o último criado exclusivamente com elementos do partido setembrista, pediu a demissão depois de o governo britânico ter decidido controlar a navegação portuguesa a sul do Equador por causa do tráfico de escravos.

António Dias de Oliveira
1837

Governou de 2 de Junho de 1837 até 10 de agosto. Em plena crise política, António Dias de Oliveira foi nomeado ministro do Reino e ministro interino da Justiça. No dia seguinte, foi encarregado de formar ministério, ascendendo a presidente do Conselho de Ministros, tendo governado até 10 de agosto, data em que foi exonerado e substituído por Sá da Bandeira. Durante o seu mandato ocorreu a Revolta dos Marechais, a sublevação militar fracassada contra o setembrismo.

Sá da Bandeira
1836

Governou de 5 de novembro de 1836 a 1 de junho de 1837, durante 208 dias. O líder do movimento setembrista em Portugal assumiu diversas pastas ministeriais e foi por cinco vezes presidente do Conselho de Ministros. Governou de 10 de agosto de 1837 a 18 de abril de 1839, na segunda vez que presidiu ao Executivo português. Voltou ao poder em 1865 e 1868 e ainda, uma última vez, de 29 de agosto de 1870 a 29 de outubro do mesmo ano.

José Bernardino de Portugal e Castro
1836

José Bernardino de Portugal e Castro, 5.º Marquês de Valença, foi presidente do Conselho de Ministros, de 4 a 5 de novembro de 1836, ou seja, por apenas um dia.

José Manuel Carneiro e Sousa
1836

Governou de 10 de setembro a 4 de novembro de 1836, durante menos de dois meses. O conde de Lumiares, antigo comandante do Corpo de Voluntários Nacionais, liderou o 6º Governo da Monarquia Constitucional. O novo gabinete reuniu as três principais figuras do setembrismo e, tal como virá a acontecer em 1974, os líderes do movimento instituíram um comando moderado ou gradualista a nível do aparelho governamental, ainda que obrigados a pactuar com o efetivo poder militar.

António Noronha
1836

Governou em 1836, durante 144 dias, no 5.º Governo Constitucional. O Duque da Terceira, começou por destacar-se como chefe militar, nas lutas liberais, ao serviço de D. Pedro. Voltou a governar de 9 de fevereiro de 1842 a 20 de maio de 1846, durante mais de quatro anos, naquele que foi o 14º Governo Constitucional e ainda de 26 de abril de 1851 a 1 de maio do mesmo ano. Sentou-se uma quarta vez na cadeira de chefe de Governo, de 16 de março de 1859 a 26 de abril de 1860.

José Jorge Loureiro
1835

Governou durante 155 dias, de 18 de novembro de 1835 a 19 de abril de 1836. O Governo de José Jorge Loureiro ficou conhecido como ministério dos vândalos. Quando assumiu a presidência do Conselho de Ministros tinha 44 anos, e era descrito como um militar e burguês sem carreira política. O quarto Governo caiu quando não conseguiu ver aprovado o orçamento.

João Carlos de Saldanha Oliveira
1835

Governou durante pouco mais de cinco meses, de 27 de maio de 1835 até 18 de novembro de 1835. Na segunda vez que foi presidente do Conselho de Ministros da Monarquia Constitucional, governou de 6 de outubro de 1846 a 28 de abril de 1847 e de 18 de dezembro de 1847 a 18 de junho de 1849. O 1º Duque e Marquês de Saldanha regressou ainda à governação de 1 de maio de 1851 a 6 de junho de 1856, durante cinco anos. Por fim, teve uma curta passagem pelo Governo em 1870, de 19 de maio a 29 de agosto.

Vitório de Sousa Coutinho
1835

Governou durante 23 dias. Assumiu funções a 4 de maio de 1835, mesmo que apenas por três semanas. Natural de Turim, Itália, era filho de uma aristocrata italiana e do primeiro conde de Linhares. Antes de assumir a liderança do Governo monárquico, fez parte da Câmara dos Pares do Reino, órgão em que a presença resultava da nomeação do rei e não de um direito hereditário. Em 1835 foi também ministro da Marinha.

Pedro de Sousa Holstein
1834

Governou, pela primeira vez, de 24 de setembro de 1834 até 28 de abril de 1835, durante 246 dias. Depois disso, esteve mais duas vezes à frente do Governo de Portugal – de 7 de fevereiro até 9 de fevereiro de 1842, por apenas três dias, naquele que ficou conhecido como Governo do Entrudo, e de 20 de maio a 6 de outubro de 1846. Pedro de Souza Holstein, Duque de Palmela, iniciou a sua carreira diplomática em 1802 e representou Portugal no Congresso de Viena, onde se reordenaram as fronteiras europeias.

Bento Pereira do Carmo
1834

Bento Pereira do Carmo foi ministro do Reino, de 23 de abril a 24 de setembro de 1834. Após ter sido estabelecido o Governo Constitucional, foi nomeado primeiro Presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, a 30 de julho de 1833.

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