A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) começa já na próxima terça-feira e, durante os primeiros dias de agosto, a cidade de Lisboa terá restrições na mobilidade, em função dos locais dos eventos. Os dois principais pontos de constrangimento serão na zona do Parque Eduardo VII e na zona do Parque Tejo-Trancão, mas há ainda incógnitas: o Papa Francisco deverá chegar a Lisboa na quarta-feira, ficará a dormir nas Avenidas Novas, mas não são ainda conhecidas as rotas de todos os seus percursos. Por isso, ainda serão anunciados mais detalhes nos próximos dias.
Para já, sabe-se que haverá restrições na circulação automóvel, como é possível ver no mapa interativo. No plano de mobilidade e segurança, apresentado há duas semanas pelo grupo de trabalho de Projeto para a JMJ, Lisboa ficará dividida em três níveis: verde, amarelo e vermelho.
A zona vermelha terá um funcionamento semelhante ao adotado durante a pandemia e só poderá circular dentro desta zona quem apresentar um comprovativo de morada ou de trabalho. E não serão permitidas bicicletas e trotinetas. Aqui, o trânsito será cortado entre o Parque Eduardo VII e o Terreiro do Paço nos dias 1, 3 e 4 de agosto. Estas restrições coincidem com a missa de abertura, no dia 1, presidida pelo cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, no Parque Eduardo VII, com a ida do Papa Francisco também ao recinto montado no Parque Eduardo VII, no dia 3, e com a celebração da Via-Sacra, no dia 4, entre o Parque Eduardo VII e o Terreiro do Paço. Nos dias 5 e 6, os peregrinos estarão concentrados no Parque Tejo-Trancão para uma vigília de oração no sábado à noite e para a missa final, que acontece no domingo, e será nesta zona que o trânsito estará cortado.
Na zona amarela, a circulação será reduzida, mas o controlo de circulação não será feito de forma permanente. Ou seja, as autoridades só vão controlar em situações muito especificas e dependerá também da agenda do Papa Francisco, que vai estar em Algés, Belém, Serafina, Parque Eduardo VII e Parque Tejo-Trancão (além de Fátima) nos dias que vai passar em Portugal. À semelhança da zona vermelha, a exceção vai para os residentes e trabalhadores que têm de se deslocar para estes locais. Estão aqui incluídas zonas como o Cais do Sodré, Largo do Rato, Praça de Espanha, Avenida da República, Largo Dona Estefânia, Martim Moniz, Largo da Graça e Santa Apolónia.
Já na zona verde, à partida, não há restrições, exceto se, de acordo com a avaliação que é feita em tempo real, for necessário cortar alguma via.
Mas também há restrições nos transportes públicos — pelo menos, no Metro e nos comboios. Na linha do Metro de Lisboa, as estações da Avenida, Marquês de Pombal, Parque e Picoas vão estar encerradas durante alguns períodos dos dias 1, 3 e 4. Já nos comboios, as carruagens da CP não vão parar em Moscavide, Sacavém, Bobadela e Santa Iria nos dias 5 e 6. É nestes dois dias, que coincidem com o fim de semana, que é esperado o número mais elevado de peregrinos, com as celebrações a decorrerem no Parque Tejo-Trancão.