A loja da Apple em Portugal já está atualizada com os produtos que foram anunciados há pouco mais de uma hora.

O novo MacBook Air de 15 polegadas arranca nos 1.649 euros (versão com 256 GB de SSD).

O Mac Studio com o processador M2 Max começa nos 2.449 euros, enquanto o M2 Ultra chega aos 4.899 euros.

O Mac Pro atualizado será o mais dispendioso da lista de novidades, arrancando nos 8.499 euros.

Os rumores já antecipavam um equipamento caro, mas afinal os Vision Pro são ainda mais dispendiosos do que os 3 mil dólares antecipados.

Vão custar a partir de 3.499 dólares (3.266 euros) e só chegarão ao mercado no início do próximo ano.

“Acreditamos que é um produto revolucionário”, frisa Tim Cook.

A Apple não está só a anunciar os Vision Pro como um produto, também fala numa plataforma. Num evento para programadores, já está a destacar as ferramentas que vão poder ser usadas para desenvolver aplicações para este produto.

Os Vision Pro vão ter uma loja específica de aplicações. Ficou ainda a promessa de que, quem quiser começar a desenvolver versões das suas aplicações para estes óculos pode começar a fazê-lo a partir desta segunda.

Os Vision Pro vão funcionar com dois chipsets: o M2 e uma novidade chamada R1.

O segundo componente foi desenvolvido especificamente para este tipo de equipamento e vai estar apenas dedicado ao processamento da informação obtida pelos diferentes sensores.

Além de tentar reduzir a demora no carregamento de imagens, também vai ter a tarefa de tentar reduzir o enjoo que o utilizador pode sentir durante o uso de um headset. Alguns utilizadores queixam-se de enjoos quando usam equipamentos do género, já que os olhos estão a ver algo que não corresponde à orientação do corpo (por exemplo, ter à frente dos olhos uma ação intensa quando o corpo está parado).

A Apple não é a primeira a lançar um equipamento deste género, mas há sérios desafios num produto de realidade mista, a começar pelo conforto do utilizador.

O peso e a ergonomia deste género de gadgets continua a ser um entrave, o que torna um uso prolongado algo desafiante. A Meta, que no ano passado lançou os Meta Quest Pro, conseguiu reduzir algum peso nos seus óculos.

A Apple, aparentemente, também se focou nisso e está a demonstrar os materiais que usou. A parte de trás, onde o equipamento assenta na cabeça, é têxtil. A bateria não estará nos óculos em si, mas numa espécie de extensão, como se fosse um powerbank.

Tim Cook sai rapidamente de palco e passa a palavra a um nome conhecido da indústria — Bob Iger, o CEO da gigante Disney.

Os conteúdos do “império”, que assinala 100 anos, vão tirar partido deste headset. O Disney Plus, o serviço de streaming da empresa, vai ser compatível com os Vision Pro.

Tim Cook está de volta ao palco, frisando que este equipamento “vai mudar a forma como colaboramos e trabalhamos”.

Um equipamento deste género precisa de exemplos claros de uso. A Apple optou por começar por atividades na área da produtividade.

No escritório, os Vision Pro estão a ser demonstrados como um gadget que permite ter um ecrã 4K à frente dos olhos e acesso a diferentes aplicações. A diferença é que as distrações podem ser “escurecidas”.

O FaceTime também vai estar disponível neste equipamento e será possível partilhar com outros utilizadores o ecrã — como se faz numa plataforma de colaboração em ambiente empresarial.

A empresa diz que, ao longo dos últimos anos de trabalho neste produto, esforçou-se para garantir que o utilizador não fica completamente isolado.

E, ao contrário dos óculos de realidade virtual, também quis criar uma opção para que as outras pessoas percebam o que o utilizador está a fazer.

Por exemplo: se alguém estiver com os Vision Pro postos e chegar alguém, o vulto da pessoa será apresentado. E, através de uma lógica chamada Eyesight, quem está à frente pode ver os olhos do utilizador.

Se o utilizador estiver a ver algo que é mais imersivo, a outra pessoa vai ver uma espécie de animação, para perceber que não se está presente.

A Apple está a começar pelos usos previstos deste equipamento, deixando as especificações técnicas para mais tarde.

Na primeira interação, o utilizador vai ver à frente dos olhos as aplicações que tem no headset. Como se esperava, a dose de imersão vai poder ser selecionada através de um pequeno botão.

Os olhos vão funcionar como um “rato” no computador. Quando o utilizador quiser selecionar alguma coisa, terá de fazer um gesto com a mão.

Cabe a Tim Cook revelar mais um produto — um segredo mal guardado, já que estamos a ver o tão falado headset de realidade mista.

“Só mais uma coisa”, diz Cook, com um sorriso, numa clara referência a Steve Jobs.

O headset chama-se Vision Pro.

A Apple menciona dados de que 30% da população mundial tem miopia. Para tentar manter a saúde ocular, os equipamentos vão ter um alerta para quando uma criança ou adulto está demasiado perto do ecrã.

A Apple passa agora para as ferramentas mais ligadas à área da saúde, que podem funcionar também no Apple Watch como no iPhone.

Há um foco na saúde mental, com a tecnológica a dizer que poderá ser feito um registo sobre como o utilizador se sente, de forma “discreta” e rápida.

Consoante as respostas, o sistema tentará dar contexto adicional sobre outros factores que podem ter influência — por exemplo, níveis de stress ou quantidade de exercício que está a fazer.

Há duas novas “caras” para o relógio, o nome dado pela Apple ao que é apresentado no relógio. Uma delas, mais minimalista, usa um esquema de cores para combinar com a passagem do tempo — mais avermelhado a meio do dia e em tons de azul à noite. Há ainda uma “face” com a personagem Snoopy, que vai ter animações e interações com os ponteiros do relógio.

O Apple Watch é bastante usado para a prática desportiva. Estão a ser apresentadas novidades a pensar nos ciclistas — um modo de deteção de queda e a capacidade para recolher mais informação sobre este tipo de exercício.

O que é captado com o relógio também poderá ser apresentado no iPhone como uma ‘live activity’ a partir do ecrã de bloqueio do smartphone.

Além do ciclismo, há um novo modo para quem faz caminhadas.

Está a ser revelado o watchOS 10, o software para os smartwatches da Apple.

Há para já uma novidade ligada a widgets (um tema recorrente na apresentação até aqui). A partir do ecrã principal do relógio, girar a coroa do equipamento vai apresentar uma série de widgets, para que o utilizador possa ver num único sítio o que tem para fazer (agenda, lista de afazeres, etc).

Estão a ser reveladas novidades na sistema operativo da Apple TV.

O FaceTime vai saltar para um ecrã de maiores dimensões — um televisor. Vai ser possível, por exemplo, atender uma chamada de FaceTime no iPhone e continuá-la no televisor (desde que tenha Apple TV).

A lógica da Apple é que as videochamadas podem ser feitas em família e em ecrãs mais generosos do que o telefone.