Histórico de atualizações
-
Tsipras acusa Europa de não apoiar os países de entrada dos migrantes
O primeiro-ministro grego defende que os países da União Europeia deviam apoiar mais os países que recebem o maior número de migrantes.
“A Grécia é a porta de entrada e a Europa não tem, infelizmente, tomado medidas para proteger os países de receção da onda de migrantes que tomam dimensões descontroladas”, disse Alexis Tsipras citado pela Reuters. “Há uma necessidade de que a Europa haja com um problema global, com um problema europeu, e que partilhe as responsabilidades entre todos os Estados-membros.”
-
Tsipras já tomou posse
Depois de um curto telefonema com Angela Merkel, a chanceler alemã, em que os dois acordaram “cooperar de perto nos temas europeus”, Alexis Tsipras acaba de receber posse como primeiro-ministro grego.
-
Panos Kammenos devolve críticas a Martin Schulz
Estará instalada a polémica ainda antes de o novo governo de Tsipras tomar posse?
Depois de Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, ter criticado Alexis Tsipras por reeditar a coligação com “aquele partido estranho de extrema direita” (os Gregos Independentes), surge agora a resposta do líder do partido, Panos Kammenos, que acusa Martin Schulz de ser (presume-se, o Parlamento Europeu, que lidera) financiado pelas empresas do setor da Defesa.
“Uma vez mais, expressamos a nossa tristeza quanto à falta de respeito demonstrada pelo sr. Schulz em relação à instituição que este serve com a sua intromissão nos assuntos internos de um país”, escreveram os Gregos Independentes em comunicado.
Kammenos continua: “Além de [Schulz] insultar o povo grego e o partido dos Gregos Independentes, ele deve, finalmente, compreender que não poderá, sem que isso tenha consequências, chamar de extrema direita qualquer partido que não receba comissões das empresas do setor da Defesa que o financiam”.
-
Tsakalotos continua como ministro das Finanças
Como se esperava, Euclid Tsakalotos voltará a ser ministro das Finanças do governo de Alexis Tsipras. A informação está a ser avançada pelo Capital.gr, que não especifica a origem da informação.
Panos Kammenos, o líder dos Gregos Independentes que se coligará de novo com o Syriza, mantém a pasta de ministro da Defesa e George Stathakis continua como ministro da Economia.
-
Martin Schulz não gosta que Tsipras se alie a Panos Kammenos
Martin Schulz congratulou Alexis Tsipras, publicamente e em privado, ao telefone, pela vitória nas eleições de domingo, mas o presidente do Parlamento Europeu não deixou de mostrar apreensão pelo facto de o Syriza voltar a coligar-se com Panos Kammenos e os Gregos Independentes.
Em declarações a uma rádio francesa, a Inter, Schulz disse que telefonou, uma segunda vez a Tsipras “para lhe perguntar porque é que continua com esta coligação com este partido estranho de extrema direita”.
E qual foi a resposta de Tsipras? “Ele não deu grande resposta. É muito astuto, sobretudo ao telefone. Deu-me argumentos que parecem convincentes mas que, em última análise, aos meus olhos parecem um pouco bizarros”.
As declarações são citadas pelo GreekReporter.
-
"Há muito trabalho pela frente e não há tempo a perder"
Bruxelas diz que, “como no passado, a Comissão e o presidente Juncker estão prontos a ajudar” a Grécia. Esta é a reação oficial da Comissão Europeia, transmitida pela porta-voz Margaritis Schinas. A porta-voz alertou, contudo, que “há muito trabalho a fazer e nenhum tempo a perder”.
Na comunicação pública em que felicita Alexis Tsipras pela vitória nas eleições, a porta-voz assinala que “tendo subscrito o acordo no mês passado, o novo governo terá, agora, o mandato para executar as reformas”.
-
Cumprimento do programa "é crucial", avisa Donald Tusk
“A sua dedicação e liderança na aplicação do programa de ajustamento económico é crucial para fazer uma diferença na recuperação da economia grega”. O alerta é de Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu e tem como destinatário Alexis Tsipras, que venceu as eleições legislativas de domingo.
“Tenho confiança de que a Grécia, sob a liderança do seu novo governo, irá contribuir de forma construtiva na procura de soluções para todos os desafios” que enfrenta, diz Tusk, referindo-se à “criação de postos de trabalho” e à promoção de um “crescimento económico sustentável”.
-
Alexis Tsipras toma posse às 18h de Lisboa
As agências noticiosas estão a noticiar que Alexis Tsipras tomará posse como primeiro-ministro da Grécia às 20h locais, 18h em Lisboa.
-
Tsipras vai cumprir? Commerzbank está pouco otimista
Jörg Krämer, o economista-chefe do Commerzbank, diz que “o novo governo grego deverá ter grandes dificuldades para obter, junto dos credores, um alívio da dívida”. Ao mesmo tempo, o governo “deverá continuar a arrastar os pés da aplicação das reformas acordadas”.
“Arrastar os pés”? Isso significa que voltaremos, em breve, a ter em cima da mesa o cenário de saída da zona euro? É “improvável que esta discussão regresse, porque a paciência dos credores parece quase infinita“, diz o banco alemão.
-
O que vem aí na relação com Bruxelas?
Já lhe traçámos um quadro de algumas das implicações no Especial publicado esta manhã pelo Nuno André Martins e pela Catarina Falcão, que seguiram o dia das eleições em liveblog.
No rescaldo das eleições, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, diz no Twitter que, ao mesmo tempo que felicitou Alexis Tsipras, lhe pediu, “rapidamente, um governo sólido pronto para cumprir o que é necessário”.
I've just congratulated @tsipras_eu for #Syriza victory in #Greece elections. Now a solid government ready to deliver is needed quickly
— Ex EP President (@EP_PresSchulz) September 20, 2015
Uma mensagem similar foi transmitida por Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo. Ficou claro que não será aceite qualquer renegociação do terceiro resgate, acordado no verão. Alexis Tsipras mal terá tempo para se reabituar ao escritório que deixou há cerca de um mês: o seu executivo tem de avançar com cerca de trinta medidas no próximo mês.
Não tarda mais do que algumas semanas a primeira avaliação regular ao terceiro resgate, que decorrerá entre finais de outubro e início de novembro. Com uma nota positiva, a Grécia não só recebe mais um desembolso de ajuda financeira, de três mil milhões de euros, como poderá acelerar as negociações para um alívio da dívida. Além disso, só com essa primeira avaliação positiva será possível avançar com o processo de recapitalização dos bancos, condição para que sejam gradualmente levantados os controlos de capitais.
Nessa altura, ficará no centro das atenções um italiano chamado Mario Draghi, presidente do BCE, instituição que deu a entender que poderá incluir a Grécia no seu programa de compra de dívida pública caso existam provas de uma aplicação exemplar das medidas do terceiro resgate.
-
Bolsa de Atenas sobe 1%. Investidores serenos
Bom dia.
Abrimos um liveblog para lhe dar conta do rescaldo das eleições gregas, que reconduziram Alexis Tsipras e o Syriza num governo de coligação com Panos Kammenos e os Gregos Independentes.
A primeira nota do dia vai para a abertura das bolsas. A praça ateniense abriu a ganhar quase 1%, seguindo os ganhos ligeiros das principais praças europeias. Os juros da dívida grega estão a subir ligeiramente, mas depois de quatro dias consecutivos de descida dos juros. A taxa a 10 anos está nos 8,28% – como pode constatar neste gráfico, que mostra a evolução dos juros gregos desde o início do ano.