Histórico de atualizações
  • Boa noite. O Liveblog de hoje fica por aqui. Amanhã, voltaremos a dar em direto todas as notícias da campanha. Obrigada por nos ter acompanhado.

  • BE: “Quais são os impostos que andaram a negociar com Bruxelas?”

    A porta-voz do BE, Catarina Martins, perguntou hoje ao PSD e CDS quais os impostos cujo aumento andaram a negociar com Bruxelas, considerando que a Comissão Europeia “se descoseu” com o relatório hoje divulgado.

    “Aqui chegados, com o défice de 2014 a disparar e o défice de 2015 a disparar, eis senão quando a Comissão Europeia aparece com um relatório que diz que há margem para subir impostos em Portugal e ficamos a saber que para lá do programa escondido de cortar as pensões acordado com Bruxelas e que não está no programa eleitoral, PSD e CDS também têm um programa acordado com Bruxelas de aumentar os impostos. Desta vez não foi Maria Luís Albuquerque que se descoseu, foi diretamente a Comissão Europeia”, disse hoje Catarina Martins num comício em Coimbra.

    Defendendo que na Comissão Europeia não “inventaram isto sozinhos” e que “com certeza alguém andou a negociar alguma coisa com Bruxelas”, a porta-voz fez a pergunta “que PSD e CDS têm de responder antes das eleições: é quais são os impostos que andaram a negociar com Bruxelas aumentar. Quais são? Quanto é? Mostrem-nos a conta”.

    Lusa

  • Costa: "Não nos resignamos a ser pobrezinhos"

    O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou hoje que a coligação PSD/CDS conseguiu nos últimos anos “destruir a autoestima do país” e pôr os portugueses “em confronto”, estando agora esgotada e sem nada de novo a propor. “Esta coligação de direita dividiu permanentemente os portugueses e procurou pôr-nos a todos em confronto – os continentais contra as autonomias, os cidadãos contra os funcionários públicos, os professores, os médicos, os enfermeiros, [gerou] o conflito entre gerações, querendo alimentar esta ideia de que defender as pensões dos atuais pensionistas era sacrificar o futuro das novas gerações”, disse, num comício em Ponta Delgada.

    O socialista considerou que a palavra “futuro” tem estado ausente do vocabulário político, já que, acrescentou, a coligação nunca fala do futuro e mantém os olhos postos no passado e na sua política de austeridade, com cortes nas pensões, aumentos de impostos e cortes nos vencimentos públicos, numa atitude de “desprezo pelo sofrimento humano”. “Nós não nos resignamos, nós não nos conformamos com esta visão de que temos de ser pobrezinhos, sem educação, sem saúde, sem proteção social. Somos ambiciosos e queremos construir um futuro que devolva a esperança e a confiança”, declarou.

    “O que as pessoas nos pedem desesperadamente é: façam a mudança, ganhem as eleições, deitem-nos abaixo, corram com eles… e várias variantes do que se faz a um coelho”, atirou, arrancando risos pela sala. “O atual ciclo da coligação é um ciclo esgotado”, referiu António Costa, que discursou depois do presidente do partido e cabeça de lista às legislativas de domingo, Carlos César, e do líder do PS/Açores e presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro.

    O cabeça de lista do PS pelo círculo dos Açores às eleições legislativas alertou para os riscos da coligação PSD/CDS-PP continuar a governar Portugal e apelou a “uma grande vitória” socialista a 04 de outubro. “Os riscos que corremos são os riscos da direita voltar a retirar às pensões e reformas para compensar o sistema de segurança social que nos últimos quatro anos lesaram em muitos milhares de milhões de euros”, afirmou Carlos César, num comício no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, que contou com a presença do secretário-geral António Costa, que já tinha estado nos Açores na pré-campanha.

    O também presidente do PS referiu que entre os riscos da direita continuar a governar está o de “extorquir dinheiro do investimento nas Universidades e setores emergentes, como do mar, ou tradicionais, como a agricultura, e continuar a empobrecer as famílias e as empresas”. Alegou que os riscos não são as soluções inovadoras do PS, mas o facto de a direita continuar a governar o país, alertando que “votar BE ou CDU é um voto mais útil à direita a seguir a votar na própria coligação”.

    “Para um tempo de confiança é preciso uma grande vitória do Partido Socialista. Os riscos vêm todos de um caminho errado e não de um caminho inovador, de um mau governo e não de um governo novo, de continuarmos com uma coligação de direita e não com o PS no governo“, afirmou o presidente do PS e presidente honorário do PS/Açores, acrescentando que, ao contrário do PSD e CDS, os socialistas aprenderam a lição, pois estavam no governo quando a crise eclodiu.

    Tanta malvadez, frieza, sacrifícios para tão fracos e tão poucos resultados. Quem tanto nos enganou, prejudicou, só pode ter um lugar à sua espera, ainda assim mais confortável do que merece. Desejamos ao PSD e CDS um boa viagem para a oposição. É tempo de um governo do PS” disse Carlos César.

    Lusa

  • Louçã: BE tem que crescer mais do que o CDS

    O ex-coordenador bloquista Francisco Louçã afirmou hoje que o “BE vale hoje mais e tem mais peso eleitoral do que o CDS”, apelando ao voto dos indecisos, dos socialistas e daqueles que foram enganados pela coligação de direita. Depois de estar presente no almoço de domingo do partido, Francisco Louçã discursou hoje à noite pela primeira vez nesta campanha eleitoral no comício que decorre em Coimbra, considerando que o BE “precisa de muito mais do que reforçar-se e ter mais deputados”, mas sim de “marcar uma viragem” na noite das eleições de domingo, apelando aos votos decisivos dos indecisos, dos socialistas e daqueles que foram enganados pelo PSD e pelo CDS.

    O BE precisa de se colocar como o partido que pode já nestas eleições ser muito mais forte do que partes importantes da direita como seja por exemplo o CDS. O BE vale hoje mais, tem mais peso eleitoral do que o CDS”, disse, realçando que “o CDS não está nas eleições e terá os deputados que lhe forem garantidos por estarem alcandorados nas listas do PSD”.

    Lusa

  • Passos promete "levar mais longe a reforma do Estado"

    Passos Coelho tem agora três promessas na ponta da língua: as políticas de incentivo à natalidade e de incentivo fiscal às famílias numerosas, o combate às desigualdades sociais, e a “reforma do Estado” – que quer levar mais longe para “combater a burocracia”. Foram estas as garantias que o líder do PSD deixou em cima da mesa de mais um jantar-comício em Pombal, Leiria, onde prometeu “falar de futuro” e de “compromissos” que ponham Portugal à frente dos objetivos de natureza partidária. No final da sua intervenção, e a condizer com a mensagem, ouviu-se não o habitual hino da coligação, mas sim o hino nacional.

    “Se queremos realmente ter uma sociedade com maior dinamismo, se queremos empresas mais competitivas, então não se justifica que não façamos tudo o que está ao nosso alcance para facilitar a vida às empresas e aos cidadãos”, disse, afirmando um dos seus “objetivos nacionais”: “levar mais longe a reforma do Estado centrada no combate à burocracia”.

    O enfoque agora é no futuro e nas propostas eleitorais da coligação, mas Passos adverte que isso “não é de agora”, apesar de só agora começar a aparecer com destaque nos discursos da coligação. “Não estou a inventar à última hora, não estamos agora a revelar os objetivos que não tenham estado na primeira linha da nossa comunicação ou da nossa decisão”, alertou, ao mesmo tempo que sublinhava as propostas da coligação sobre a natalidade e as políticas familiares, nomeadamente no que diz respeito à reposição do abono de famílias nos 4º e 5º escalões de IRS. O “desafio da natalidade”, a par do “combate às desigualdades sociais”, que deve ser combatido na origem, são outras das prioridades, diz.

    Passos, o PM, não o candidato

    Mas para pôr em prática estas políticas, Passos diz que precisa de ter “garantias de estabilidade”. E por isso dirige-se à plateia não enquanto líder da coligação que concorre às eleições, mas sim enquanto primeiro-ministro com “mais de quatro anos de experiência”. Foi essa experiência de governação, diz, que lhe permitiu “observar o que se passa nos outros países que são nossos parceiros” e saber que não podia ter feito de outra forma. O argumento de Passos é mostrar o que o Governo conseguiu fazer com maioria nestes últimos quatro anos “de exceção” e fazer crer que, para a economia portuguesa recuperar nos próximos quatro o resultado das eleições não pode ser “menos” do que foi em 2011.

    Por fim, mais um apelo claro à tão desejada “estabilidade para governar”, que é uma maneira simpática de pedir maioria absoluta – não pedindo: “Se queremos vencer temos de pôr as diferenças de lado e criar as condições para ser bem sucedidos, e isso só depende da estabilidade política que soubermos criar com a escolha que fizermos a 4 de outubro”, disse.

  • Quem fez mais na história de Portugal? Passos ou Costas?

    Quem fez mais na história de Portugal? Passos ou Costas? Descubra quem ganha, por larga vantagem, este campeonato.

  • Jerónimo: "Convém saber quem é o pai da criança"

    O líder da Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) acusou hoje PS, PSD e CDS-PP de enjeitar responsabilidades face ao memorando com a ‘troika’, deixando-o “filho de pai incógnito”, num comício em Santa Maria da Feira. Jerónimo de Sousa, num tom mais distendido que o costume e quase totalmente de improviso, provocou numerosas gargalhadas e salvas de palmas na plateia do auditório da biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.

    “Convém saber quem é o pai da criança. Antigamente, usava-se uma expressão, felizmente banida, que era ‘filho de pai incógnito’… Esse pacto (de agressão) não tinha pai, não tinha mãe, não tinha padrinho – sim, porque temos de arranjar aqui um espaço para o CDS…”, afirmou, reforçando o facto de os três partidos terem colocado a sua “assinatura” no acordo com os credores internacionais. A quatro dias do final da campanha eleitoral, o líder comunista reiterou o sentimento de confiança no aumento da votação (7,9%) e do número de mandatos da CDU na Assembleia da República (16) de há quatro anos, nomeadamente no círculo eleitoral de Aveiro.

    Lusa

  • PS cancela jantar e evita comparações com PàF em Aveiro

    Na sexta-feira, a coligação Portugal à Frente encheu o Europarque, em Santa Maria da Feira, num jantar-comício onde, segundo números da organização, mais de seis mil pessoas assistiram às intervenções de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. O PS tinha agendado uma iniciativa semelhante para 30 de setembro, mas acabou por transferi-la para o átrio do tribunal de Santa Maria da Feira, sem explicações e para gáudio de sociais-democratas e centristas.

    Ao Observador, no entanto, Pedro Nuno Santos, cabeça de lista do PS por Aveiro, explicou que a alteração de planos não se deveu a falta de pessoas para encher o Europarque, mas sim porque “dois terços” daquele espaço estavam já reservados por outra empresa.

    Por isso, com um espaço reduzido para receber os militantes do partido, o PS preferiu optar por outro espaço, “onde vai receber exatamente o mesmo número de pessoas” do que receberia na sala que lhes seria possível arrendar nestas condições. Além disso, avançou o socialista, assim o partido evita pagar a renda do espaço quando já tem uma estrutura própria capaz de receber o comício.

  • BE: SNS "é do melhor que o país tem"

    Pela defesa do Serviço Nacional de Saúde, “o melhor que o país tem”, a porta-voz do BE, Catarina Martins, defendeu hoje ser preciso respeitar as carreiras e salários dos profissionais do setor, que “fazem milagres todos os dias”.

    A campanha do BE passou esta tarde pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, onde Catarina Martins visitou a unidade de acidentes vasculares cerebrais – e até recebeu uma rosa amarela – e esteve reunida com a administração, tendo no final afirmado aos jornalistas “o Serviço Nacional de Saúde, com todas as dificuldades que atravessa, é do melhor que o país tem” e os “hospitais da Universidade de Coimbra são uma referência”. “Precisamos de respeitar os profissionais do SNS porque precisamos que todo este investimento, todo este conhecimento, tudo isto que é o melhor que nós construímos na democracia seja protegido”, alertou.

    A porta-voz do BE condenou ainda “a crescente dificuldade das pessoas no acesso à saúde, com as taxas moderadoras que aumentaram, com o aumento dos custos de transportes de doentes, com o aumento do preço dos medicamentos”.

    Lusa

  • ERC pede esclarecimentos a empresas de sondagens e media

    A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) abriu processos e pediu esclarecimentos a empresas de sondagens e aos media que fazem a divulgação dos resultados, disse hoje à Lusa fonte oficial do Conselho Regulador.

    Questionada pela Lusa sobre a eventual existência de procedimentos relativos às empresas de sondagens, fonte oficial do regulador dos media explicou que, “no âmbito do acompanhamento regulador que os serviços da ERC realizam ao depósito de sondagens e à divulgação das mesmas, foram elencadas algumas questões que exigiram a abertura de processos e a consequente solicitação de esclarecimentos a empresas de realização de sondagens e a órgãos de comunicação social que procedem à divulgação”. A ERC garantiu que “estes não são procedimentos extraordinários e enquadram-se na atividade regular da atividade, tendo-se apenas intensificado nas últimas semanas devido a uma aceleração na produção de sondagens com projeção de voto legislativo para divulgação diária”.

    O regulador não avançou com o nome das empresas de sondagens e de comunicação social.

    Lusa

  • Perfil de Passos Coelho

    Quem é Pedro Passos Coelho? Um líder frio ou consciente? Corajoso ou tático? Persistente ou obstinado? O perfil do homem que ninguém acreditava poder ganhar, escrito por David Dinis e publicado aqui no Observador.

  • Passos confirma que vai baixar TSU dos patrões e admite taxar grandes empresas com poucos postos de trabalho

    Pedro Passos Coelho confirmou que, caso seja reeleito primeiro-ministro, vai mesmo avançar para a redução da Taxa Social Única (TSU) dos patrões, embora não se tenha comprometido com qualquer percentagem. O objetivo, explicou o líder social-democrata, é “dar um estímulo” às empresas e premiar o emprego não precário e estável.

    Em entrevista a José Gomes Ferreira, na SIC Notícias, Passos admitiu, também, que pode vir a taxar grandes empresas que contribuem pouco para a Segurança Social, sobretudo as do setor tecnológico – uma medida já prevista pelo Partido Socialista e que o líder da coligação Portugal à Frente não deixou de elogiar.

    Estas empresas, lembrou, geram poucos postos de trabalho e têm rendimentos que não são refletidos nas contribuições para a Segurança Social” e, por isso, é preciso “encontrar uma solução, para que possa contribuir um pouco mais”.

    Este foi, no entanto, o único elogio à candidatura socialista. Desafiado a comentar um cenário que as sondagens neste momento parecem dar força – a coligação vence, mas PS, com apoio de CDU e Bloco pode vir a formar Governo -, Passos admitiu que “é teoricamente possível”, apesar de contrariar a vontade do “povo”.

    O fantasma da “maioria negativa [PS-CDU-BE]” tem sido agitado nos últimos dias pelos candidatos da coligação e o social-democrata não perdeu a oportunidade de o voltar a fazer. Nós precisamos de uma maioria para governar”, até porque António Costa já disse que “chumbaria o nosso Orçamento e o nosso programa” o que traria um “cenário de instabilidade política, de incumprimento de regras e de descontrolo [das contas públicas]”.

    Ainda sobre cenários pós-eleitorais, Passos garantiu não ter qualquer “ambição pessoal nem por ser presidente do PSD nem por ser primeiro-ministro” e, como tal, avaliará a situação caso perca as eleições. Mas o líder da coligação Portugal à Frente continua confiante que os portugueses não vão sancionar de forma positiva um programa como aquele que é apresentado por António Costa”.

  • Portas diz que relatório da Comissão Europeia é "mera opinião" e "não vinculativo"

    É “mera opinião” e não é “vinculativo”. O vice-primeiro-ministro comentou desta forma o relatório hoje divulgado pela Comissão que indicava possibilidade de Portugal aumentar impostos como IVA e IMI para melhorar sustentabilidade das finanças públicas.

    Paulo Portas diz que Portugal só está vinculado ao programa de estabilidade no que diz respeito a questões orçamentais e fiscais e, por isso, rejeita opinião de Bruxelas sobre possibilidade de haver aumento de impostos em Portugal. Segundo Portas, o relatório divulgado esta segunda-feira pela Comissão Europeia segundo o qual Portugal deve aumentar como IVA ou IMI para maior sustentabilidade das contas públicas é “apenas uma opinião” e “não é vinculativo”. Falando aos jornalistas à margem de uma ação de campanha em Pombal, Portas sublinhou que o Governo “não anda ao sabor do vento e das opiniões” e que o “único documento vinculativo de Portugal com a Comissão Europeia é o Programa de Estabilidade”. Ou seja, Portas não concorda com a sugestão de Bruxelas. Leia aqui.

  • Fernando Nogueira apoia Passos, em vídeo

    Fernando Nogueira, ex-presidente do PSD, “apareceu” esta segunda-feira num jantar comício da coligação em Pombal, distrito de Leiria, numa gravação que foi transmitida para a sala. Nogueira apoia Passos, como diz que apoiou há quatro anos, e pede uma maioria estável para a coligação governar. A esse propósito lembra que também ele já esteve num governo minoritário entre 1985 e 1987 e que, por isso, sabe bem o que é governar sem estabilidade. “Muita da nossa energia e esforço eram usados para discutir problemas de lana-caprina no dia-a-dia, desviando a nossa atenção dos problemas mais importantes”, recordou, em jeito de aviso.

    Durão Barroso também deverá imitar o gesto, e transmitir o seu apoio a Passos e Portas num vídeo que será transmitido amanhã, em Coimbra.

    Segundo o ex-presidente social-democrata, foi com a “coragem” de Passos que Portugal ultrapassou a maior crise económico-financeira da história contemporânea, e as “experiências não testadas” do PS não auguram “nenhum resultado seguro”. Nogueira justificou ainda que em 2011 decidiu quebrar “um longo silêncio político” para apoiar o atual presidente do PSD. “Passada a legislatura, julgo que cumpri o meu dever e que o resultado final é um resultado que retirou Portugal do precipício”, disse.

  • Faixa a apelar à "maioria absoluta" retirada da sala

    É a palavra proibida por Passos Coelho. Já ontem, em Braga, Passos tinha dito que não usava a palavra “absoluta” quando pedia uma maioria estável para governar porque não gostava de poderes absolutos – prefere concertação e diálogo. “À justiça o que é da justiça, ao Presidente o que é do Presidente, ao Governo o que é do Governo e à sociedade civil o que é da sociedade civil”, sem poderes absolutos. Esta noite, num jantar-comício em Pombal, distrito de Leiria, estava uma faixa colocada pela estrutura local do partido onde se lia “Em Pombal começa a luta pela maioria absoluta”.

    A intenção até podia ser boa, mas não cola com o discurso nacional e, pouco antes de o comício começar, a faixa tinha sido retirada.

  • Jerónimo: Passos deve evitar "meter o bedelho onde não é chamado"

    O líder comunista impacientou-se hoje com comentários do presidente do PSD sobre a vida interna do PS e as orientações das instituições europeias para Portugal, afirmando que Passos Coelho deve evitar “meter o bedelho onde não é chamado”. “Não me cabe a mim ser juiz defensor do PS, mas acho que é um atrevimento que Passos Coelho esteja a meter o bedelho onde não é chamado, não tem jeito nenhum. Não quero pronunciar-me mais sobre isso. Não tem jeito nenhum”, declarou Jerónimo de Sousa, à margem de uma visita à cooperativa artística Árvore, no Porto.

    O cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) referia-se à entrevista da véspera do chefe do Governo a uma televisão, na qual o líder da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) sugeriu que o secretário-geral socialista, António Costa, deve demitir-se em caso de derrota nas legislativas porque recorreu ao pretexto de o seu antecessor, António José Seguro, ter ganho as europeias por “poucochinho” e não saber fazer oposição.

    “Os portugueses têm de confiar de facto no seu país, nas nossas potencialidades, procurar um desenvolvimento soberano e não estarmos sempre dependentes das imposições da União Europeia”, defendeu, quando questionado sobre documentos das instituições europeias nos quais se admite haver ainda margem para aumento de impostos em Portugal, sobre o consumo e em matérias ambientais.

    Relativamente às diversas declarações de dirigentes de Bruxelas, nomeadamente da Comissão Europeia, que possam estar a tentar influenciar a campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa considerou que “eles têm estado muito contidos porque não querem mostrar aos portugueses” aquilo que a CDU tem vindo a denunciar.

    “Ao contrário do que o Governo PSD/CDS tem vindo a afirmar, a situação não está resolvida, não vem aí um futuro risonho e têm em carteira medidas, decisões e instrumentos que podem levar ao aumento da exploração e do empobrecimento, mas, por razões táticas, ainda não vão anunciando”, disse.

    Lusa

  • Marinho e Pinto: Voto útil? Vote PDR

    Marinho e Pinto defendeu esta segunda-feira, em Espinho, que o “voto útil” nas eleições de domingo é no Partido Democrático Republicano, já que, “se se continuar a votar sempre nos mesmos, o país vai continuar na mesma”.

    Foi esse um dos argumentos que o cabeça-de-lista por Coimbra e ex-bastonário da ordem dos Advogados usou com os feirantes do mercado semanal de Espinho. Marinho e Pinto prometeu também que, caso o seu partido venha a ter representação parlamentar, lutará pelo “desendividamento das famílias”, reivindicará “mais direitos para as mulheres que são mães” e instituirá “um Dia Nacional para os Ex-Combatentes”.

    No final, declarou: “Voto útil é no PDR. PS e PSD governam o país há 40 anos e o resultado está à vista. Alternativa é afastar os dois”. E o voto nos restantes partidos? Também vale de pouco, defende Marinho e Pinto. O Bloco anda “a enganar os portugueses” e a CDU constitui “uma das maiores fraudes políticas” da história nacional, já que “desde o 25 de Abril o PCP não concorre sozinho a umas eleições, porque tem medo e vergonha”.

    Quanto à possibilidade de o PDR estabelecer parcerias à Esquerda ou à Direita como forma de viabilizar um Governo sem maioria absoluta, Marinho e Pinto afirmou que tudo dependerá da “voracidade” dos partidos mais votados por “satisfazer a vontade das suas clientelas”. “Se os partidos com responsabilidades o quiserem, o PDR estará na primeira linha para cumprir com as suas”, antecipou.

    Isso dependerá, contudo, de uma longa lista de requisitos, pelo que só se verificará “se houver” um partido que queira “implementar um programa de combate à pobreza, (…) restituir aos professores a autoridade moral e pedagógica, (…) acabar com o terrorismo fiscal e a asfixia das empresas”, disse Marinho e Pinto. “Se houver um partido assim, seja ele qual for, e fizerem isso, estaremos na primeira linha com eles”, sintetizou.

    Mas, e há sempre um mas, “o problema é que agora eles dizem [que fazem] isso, mas quando chegam ao poder olham só para a sua clientela de banqueiros, falsos empresários e parasitas – gente que não sabe o que é pagar uma conta porque sempre teve um cartão de crédito do Estado”, rematou.

    Lusa

  • Catarina Martins: "A Comissão Europeia parece não conseguir parar de se ingerir nas eleições"

    Nem mais um comentário ou relatório sobre o país. A porta-voz do Bloco acusou a Comissão Europeia de estar a “ingerir nas eleições em Portugal” e pediu aos responsáveis para não se pronunciarem mais sobre o estado do país.

    De acordo com um relatório divulgado esta segunda-feira pela Comissão Europeia sobre as reformas fiscais nos Estados-membros, Portugal necessita de melhorar a sustentabilidade das finanças públicas e parece ter alguma margem para o fazer através de um aumento de impostos. Ora, Catarina Martins não gostou do que leu e atacou a Comissão Europeia, que “parece não conseguir parar de se ingerir nas eleições em Portugal“. “Não é admissível”, sublinhou a bloquista, citada pela agência Lusa.

    Para a porta-voz do Bloco de Esquerda seria assim “mais prudente” que até ao próximo domingo, a Comissão Europeia se abstenha de “qualquer comentário ou de qualquer relatório” sobre Portugal porque “está a meter-se onde não devia”. Catarina Martins recordou, a propósito, que “há poucos dias a Comissão Europeia veio dizer que o défice provocado pelo Novo Banco não era um problema para o país” e que “agora vem dizer que há margem para aumentar os impostos no nosso país”. “Quem em Portugal paga tantos impostos talvez não concorde com a Comissão Europeia”, atirou.

    “A Comissão Europeia não pode fazer ingerência nas decisões que são tomadas em democracia”. Não pode “atirar a pedra e esconder a mão”, insistiu Catarina Martins.

  • Passos não tem "angústias", mas Portas pede para "porem a cruzinha" na coligação

    É uma no cravo, outra na ferradura. Se por um lado, a coligação se mostra confiante e “cada vez mais crente” de alcançar um resultado “importante” nas eleições, com os sucessivos pedidos de maioria para haver “estabilidade”, por outro, não faz outra coisa senão apelar ao voto para combater o “maior obstáculo” de todos, que é a abstenção.

    Esta segunda-feira, num almoço no Bombarral, onde quem brilhou mais foi a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que fazia anos, Portas acabou a sua intervenção a lembrar, em jeito muito popular, que era para “pôr a cruzinha” na coligação Portugal à Frente. Mas Passos, que falou depois, recusou ter qualquer “angústia” ou “apreensão” sobre o resultado eleitoral do próximo domingo.

    “Não há nenhuma razão para estarmos angustiados nem para estarmos apreensivos com as eleições, antes pelo contrário, estamos cada vez mais crentes de que conseguiremos chegar a um resultado importante para o país”, disse.

    Certo é que a relação da coligação vai de vento em popa, e a campanha tem sido o reflexo de que Passos e Portas (ou Pedro e Paulo, como se tratam), se estão a dar bem nas lides da estrada. A esse propósito, Passos sublinhou hoje que, ao contrário de outros governos ou outros partidos, “a coligação deu certo” e está a “mostrar resultados”. “Nem todos têm conseguido os mesmos resultados”, acrescentou.

    *com Lusa

  • Zita Seabra nas Caldas com Passos e Portas

    Zita Seabra, dissidente do PCP e há alguns anos militante do PSD,juntou-se hoje à campanha da coligação no distrito de Leiria, não muito longe de Coimbra, de onde é natural. A editora esteve ao lado de Passos e Portas esta manhã numa visita a uma exploração agrícola nas Caldas da Rainha, onde não deixou de dar a sua opinião sobre como estava a ver a campanha, já que tem acompanhado mais à distância, do lado de fora da bolha da coligação.

    “Vai vendo isto assim com uma certa distância, as coisas não estão a correr mal pois não?”, perguntou Passos Coelho.

    “Estão a correr bem, estão a correr bem. Eu acho que as pessoas estão muito conscientes do perigo que há e, portanto, serenamente, sem grandes sobressaltos, estão a apoiar a coligação”, respondeu a ex-deputada do PSD. “Também temos essa perceção”, concordou Passos Coelho. “Estão em crescendo”, acrescentou Zita Seabra.

    Em declarações à Lusa, a ex-comunista defendeu ainda que acredita que vai haver maioria para governar, e que essa maioria vai estar do lado da coligação. “Os portugueses têm bom senso e não vão criar uma instabilidade que, numa situação económica tão difícil, era muito mau para o país. Portanto, eu acho que vai haver maioria e que está em crescendo essa noção, essa consciência. Se não houver, arranjamos um sarilho, e o país fica muito ensarilhado”, disse.

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