Momentos-chave
- PS diz que "intuito é chegar a diploma conjunto" na especialidade
- Rui Rio destaca elevação do debate e rejeita "alimentar" discussão sobre referendo
- Todos os projetos foram aprovados. Veja aqui as votações de cada um
- Rio a favor de todos
- Em resumo: o que defende cada um dos partidos?
- Os cinco projetos que vão a votos
- Basta o voto favorável de 112 deputados para aprovar eutanásia
- Sofia Matos é do PSD, a favor, mas avisa que reforço dos "paliativos deve ser prioridade"
- A liberdade e a dignidade não são valores referendáveis" diz Joacine que vota a favor de todos os projetos
- Ventura diz que é "provocação histórica" aprovar eutanásia nos 100 anos da morte de Jacinta Marto
- CDS promete "resistência" que diz ser "obrigatória
- CDS: "Aprovação da eutanásia representará um sinistro retrocesso civilizacional”
- Mariana Mortágua diz que esta é "questão de humanidade e compaixão"
- PSD. André Coelho Lima, que é a favor, diz que despenalizar a eutanásia é altruísmo
- "Ainda estamos a tempo de evitar decisões com consequências que podemos lamentar"
- André Silva cita Lenin e União Soviética para atacar PCP. "Pensamos pela nossa própria cabeça", responde António Filipe
- PCP: "Comecemos pela vida e não pela antecipação da morte"
- Verdes disponíveis para chegar a texto conjunto da especialidade
- Projeto dos Verdes "não obriga ninguém a escolher a antecipação da morte"
- PS diz que não se trata de "liberalizar a eutanásia" mas sim "despenalizar em condições especiais"
- Referendo "não pode ser banalizado", diz André Silva
- BE, contra referendo, rejeita "manobra política oportunista" e "chantagens emocionais"
- Ventura aplaudido à entrada para debate: "Hoje não é dia de palmas, é dia de luto"
- Francisco Rodrigues dos Santos: Partidos estão a procurar legislar de forma "leviana e irresponsável"
- Ex-líder do CDS Ribeiro e Castro recorda a frase “não matem os velhinhos”
- PS tem "convicção" que o seu projeto será aprovado esta tarde
Histórico de atualizações
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O liveblog do Observador que acompanhou o dia em que se debateu, votou e aprovou a eutanásia, fica por aqui. Até à próxima.
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André Ventura: "Não haver referendo é o sinal de morte desta lei mesmo antes dela ter existido"
O deputado único do Chega insistiu na necessidade de referendo sobre a despenalização da morte medicamente assistida: “É um tema tão sensível que não haver referendo é o sinal de morte desta lei mesmo antes dela ter existido”, disse acrescentando que esta é uma lei “perfeitamente reversível”.
É uma lei perfeitamente reversível sobretudo se não tivermos um referendo. Não se compreende qual é o medo de ouvir as pessoas uma vez que ouvimos nesta câmara hoje à tarde toda a gente dizer que isto é o que pensa a maioria dos portugueses, estamos certos que os portugueses pensarão assim”, disse.
André Ventura diz que sai do debate desta tarde “com a certeza” que “se não houver um referendo sobre esta matéria, mal haja outra vez uma maioria de direita em Portugal esta Lei será imediatamente revertida”.
O deputado deixou ainda um apelo a Marcelo Rebelo de Sousa, para que convoque o referendo: “O apelo é de que o Prediente da República, que vai ter a última palavra política sobre esta matéria, assuma aquilo que fez sobre a regionalização, sobre o aborto e permita ouvir os portugueses e, portanto, que se pronuncie nesse sentido usando a sua influencia ou este vai ser um tema de presidenciais incontornavelmente”.
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Os Verdes confiantes na luz verde do Tribunal Constitucional
José Luís Ferreira recorda as “audições” feitas há dois anos — quando a eutanásia foi chumbada no Parlamento — e diz que a passagem no diploma no Tribunal Constitucional “não vai ser um problema”.
“Creio que das audições que fizemos durante a discussão da petição na anterior legislatura, das audições várias que fizemos, não havia nada que indicasse qualquer problema de natureza constitucional na descriminalização da morte medicamente assistida e portanto, creio que isso não vai ser um problema”, afirmou notando que hoje foi dado “um passo importante”.
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"A luta continua, Eutanásia para a rua"
Reunidos em pequenos grupos, à porta da Assembleia da República, são muitos os jovens que lamentam o resultado da votação. Ouve-se “a luta continua, eutanásia para a rua” mas já sem a mesma força com que se fizeram ouvir na concentração que decorreu às 12h30, com centenas de manifestantes. Certo é que os que hoje saem “derrotados” admitem que não vão desistir. Nem do referendo e nem de se fazerem ouvir. “Quando se luta por convicção, não se desiste ao primeiro percalço”, diz um dos estudantes universitários. Até dia 1 de Março os movimentos pró-vida e anti-eutanásia vão continuar a recolher assinaturas
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PS diz que "intuito é chegar a diploma conjunto" na especialidade
À saída do plenário, a líder parlamentar do PS Ana Catarina Mendes diz que “127 votos a favor é uma expressiva votação” e que o “apelo continua a ser o mesmo: de serenidade, responsabilidade em sede de especialidade com muito trabalho pela frente”, já que todos os projetos foram aprovados. “Não já projetos perfeitos, mas não desvirtuaremos o caminho”.
“O intuito é ter um diploma conjunto e que responde àqueles para quem foi feito os que hoje sofrem”, explicou a deputada do PS. E diz que o diploma do PS foi “extremamente cauteloso” e prevê “as garantias médicas e técnicas” e a garantia de “autonomia de todas as pessoas que chegam a uma situação limite de sofrimento insuportável”.
Quanto ao referendo, o PS é “frontalmente contra” porque considera que “esta não é matéria suscetível de referendo”.
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"Foi uma votação inequívoca", diz Ferro Rodrigues
Ferro Rodrigues, à saída do plenário, disse que a sua votação (a favor) foi inequívoca e que a votação do parlamento também foi inequívoca. “Acho que o debate correu bastante bem, era um debate difícil e muito apaixonado, mas o Parlamento esteve à altura”, disse.
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Também à saída, o deputado do PAN André Silva considerou “absolutamente fundamental” que esta aprovação permita “alargar direitos, alargar autonomia das pessoas em fim de vida que se encontram em profundo sofrimento” e também “despenalizar aqueles profissionais de saúde que ajudam estas pessoas a decidir”. “Claramente, estamos aqui perante textos que podem dar origem a uma lei madura e responsável”, afirma ainda.
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Rui Rio destaca elevação do debate e rejeita "alimentar" discussão sobre referendo
Rui Rio, à saída do plenário, afirma que o PSD foi o primeiro a dar voz a quem defende o ‘sim’ e a quem defende o ‘não’. “O Parlamento no geral, e todos os deputados em particular, sem exceção, tiveram aqui um comportamento digno. Este debate prestigiou o Parlamento, decorreu de forma excecionalmente elevada”, disse.
Questionado sobre o grupo de deputados do PSD que tenciona propor um referendo, Rio recusou-se a “alimentar” a polémica. “Não vou alimentar a discussão [sobre o referendo] neste momento”, disse ainda.
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À saída da votação, João Cotrim Figueiredo nota que o projeto do Iniciativa Liberal era o único que punha os cuidados paliativos prévios como condição, e congratula-se por ter sido aprovado.
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Segue tudo para a especialidade
Os projetos vão agora descer à especialidade, previsivelmente para a comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos Liberdade e Garantias, mas também em coordenação com a comissão de Saúde. É aí que vão decorrer acertos dos projetos e os partidos podem pedir audições para debater este tema. Só no final de todo esse processo é que o tema voltará a subir ao plenário para a votação final global.
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Todos os projetos foram aprovados. Veja aqui as votações de cada um
Projeto do PS foi o que teve mais votos: 127 a favor, 86 contra e 10 abstenções.
Projeto do BE também passou com 124 a favor, 85 votos contra e 14 abstenções.
Projeto do PAN aprovado com 121 votos a favor, 86 contra e 16 abstenções.
Projeto do PEV foi aprovado com 114 votos a favor, 86 contra e 23 abstenções.
Projeto do IL teve 114 votos a favor, 85 contra e 24 abstenções.
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Tiago Barbosa Ribeiro (PS) a favor de todos os projetos.
Tiago Estevão Martins (PS) a favor de todos os projetos.
Vera Braz (PS) a favor dos 5 projetos.
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Susana Correia (PS) vota a favor dos cinco.
Telma Guerreiro (PS) vota a favor de todos os projetos.
Telmo Correia (CDS) contra os cinco.
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Sofia Araújo (PS) a favor de todos os projetos.
Sofia Matos (PSD) a favor de todos os projetos.
Sónia Fertuzinhos (PS) a favor de todos os projetos.
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Sara Velez (PS) vota a favor dos cinco projetos.
Sérgio Marques (PSD) contra os cinco projetos.
Sérgio Sousa Pinto (PS) a favor dos cinco.
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Eutanásia aprovada
Os deputados continuam a votar, mas já não há dúvidas: a eutanásia passou no parlamento. Todos os cinco projetos de lei foram aprovados.
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Sandra Pereira (PSD) contra os 5 projetos
Santinho Pacheco (PS) a favor dos 5 projetos.
Sara Madruga da Costa (PSD) contra todos os projetos
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Rio a favor de todos
Rui Rio (PSD) vota a favor dos cinco projetos.
Rui Silva (PSD) vota a favor do PS e BE e abstém-se nos restantes.
Sandra Cunha (BE) vota a favor dos cinco projetos.
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Romualda Fernandes (PS) contra os 5 projetos
Rosário Gambôa (PS) a favor dos 5 projetos.
Rui Cristina (PSD) contra os 5 projetos.
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Ricardo Pinheiro (PS) vota a favor do PS e abstém-se nos outros quatro.
Ricardo Vicente (BE) vota a favor de todos.
Rita Borges Madeira (PS) a favor de todos.