Histórico de atualizações
  • Este liveblog fica por aqui. Pode acompanhar toda a informação sobre o ataque na igreja de Saint-Etiénne-du-Rouvray no nosso site. Boa noite.

  • Novas informações oficiais sobre os atacantes

    O Procurador antiterrorismo François Molins confirma as informações avançadas acerca de Adel Kermiche, que nasceu em 1997 no distrito Seine-Maritime. Não tem registo criminal mas estava indiciado pelas autoridades por já ter abandonado o país por duas vezes para tentar chegar à Síria. Da primeira vez foi detido na Alemanha, em Munique, e da segunda em Genebra, na Suíça, depois de ter sido expulso da Turquia. Foi detetado pelas autoridades turcas porque a França tinha emitido um mandado internacional de detenção. Estava em prisão domiciliária e só podia abandonar a casa dos pais entre as 8h30 e as 12h30 durante os dias de semana e as 14h00 e as 18h00 durante os fins semana. Usava pulseira eletrónica. O ataque desta manhã aconteceu às 9h25 locais, durante o período em que estava autorizado a sair de casa.

    O outro suspeito ainda não foi formalmente identificado. Sabe-se que é nigeriano e que nasceu a 18 de agosto de 1999. O seu irmão mais velho tem um mandado de detenção porque partiu para a Síria em 2015 com o passaporte de Adel Kermiche.

  • Os detalhes do ataque segundo o Procurador antiterrorismo de França

    Estes são os detalhes do ataque, segundo o Procurador antiterrorismo de França: Dois indivíduos com facas entraram na igreja durante a missa da manhã e fizeram sete pessoas reféns. Uma das freiras conseguiu fugir e alertar as autoridades.
    A brigada que interveio tentou negociar com os terroristas. Tentaram entrar através de uma porta lateral, nas traseiras da igreja, que dá acesso à sacristia, mas não conseguiram porque os reféns estavam a ser usados como cortina em frente à porta.
    Duas freiras e um paroquiano saíram da igreja seguidos pelos dois terroristas. Um tinha uma pistola e dirigiu-se às forças policiais a gritar “Allah Akbar” (Alá é grande).
    Os dois atacantes foram neutralizados pela polícia. Um deles tinha um falso engenho explosivo e três facas. O outro tinha um temporizador embrulhado em papel de alumínio e tinha uma mochila também com um falso engenho explosivo.

  • François Molins contou detalhadamente tudo o que se passou durante o ataque. O Procurador conta que o outro homem, de 86 anos, que também ficou ferido no ataque já não corre risco de vida.

  • O Procurador francês antiterrorismo François Molins está a dar uma conferência de imprensa em que considerou o ataque “infinitamente covarde”.

  • O l’institut national de l’audiovisuel publicou hoje um vídeo do padre Jacques Hamel, que foi assassinado por dois homens com ligações ao Estado Islâmico, a celebrar uma missa de Natal em 2009.

  • O arcebispo de Paris, Monsenhor André Vingt-Trois, também em declarações à TF1, falou de “um sentimento de horror e o coração elevado pela desproporção horrível entre o ódio e a violência [do ataque] e a fraqueza das vítimas. Atacar um velho de 86 anos é a barbárie.”

    O ataque direto à comunidade cristã não surpreendeu o arcebispo, que lembra que “há vários anos que os cristãos do Oriente são perseguidos, expulsos das suas terras e das suas raízes… e devemos acreditar que os cristãos do resto do mundo estão abrigados desta violência?”

    Sobre o grupo terrorista, o Monsenhor disse que “o Daesh é uma espécie de gangrena rastejante” que se aproveita de “personalidades fracas, confusas”.

  • Hollande discursa ao país. "Devo-vos a verdade: esta guerra será longa"

    O Presidente francês, François Hollande, já discursou ao país. Falando do ataque a uma igreja, afirmou que esta “é uma nova prova para a nação”, quando “ainda carregamos a dor do ataque em Nice”. Mais: “Atacar uma igreja e matar um padre é uma profanação da República”.

    Hollande lançou o alerta: “O que os terroristas querem é dividir-nos, separar-nos, colocar-nos uns contra os outros”. E garantiu que o governo está a utilizar todos os meios no combate ao terrorismo: “Face a esta ameaça, que nunca foi tão grande em França e na Europa, o governo está absolutamente determinado na luta contra o terrorismo e mobiliza todos os meios humanos e materiais, com uma presença a um nível nunca visto durante a V República, dos nossos polícias, dos nossos gendarmes e dos nossos militares no conjunto do nosso território”.

    O Presidente da República recusa a necessidade de mudar as leis, algo que foi sugerido por exemplo por Nicolas Sarkozy e por Marine Le Pen: “O Governo aplica e aplicará com a maior firmeza as leis que votámos e que dão à justiça, aos presidentes de câmara, às forças da ordem e aos serviços de informações a capacidade de agir. Mas digo-o claramente: restringir as nossas liberdades, mexer nas regras constitucionais, não nos dará maior eficácia na luta antiterrorista e afectaria a preciosa coesão da nossa nação.”

    O que está em causa, como Hollande já afirmou várias vezes, é uma guerra: “O nosso país está envolvido numa guerra no exterior, na Síria e no Iraque. E está envolvido numa guerra no interior, lutando contra a radicalização, atacando os jihadistas”.

    “Devo-vos a verdade: esta guerra será longa”, afirmou o Presidente. “Temos que estar unidos. É assim que ganharemos a guerra contra o ódio e o fanatismo. Asseguro-vos: vamos ganhar esta guerra.”

  • Em declarações à TF1, Manuel Valls volta a frisar: “É uma guerra longa, que vai exigir resiliência e resistência. Eles querem o ódio, o racismo, o antissemitismo, o ódio aos muçulmanos… não!” Para o primeiro-ministro francês, os terroristas querem provocar “uma guerra de religiões”.

  • Foi revelada a identidade de um dos atacantes

    O atacante que estava identificado como “A.K.” chama-se Adel Kermich e nasceu a 25 de março de 1997 (tem 19 anos), conta o Le Monde. Já tinha tentado chegar à Síria por duas vezes; a primeira em março de 2015, e a segunda em maio do mesmo ano. Estava identificado pelas autoridades e sob controlo da justiça desde a primeira tentativa. Esteve preso durante dois meses e foi colocado em termo de identidade e residência com pulseira eletrónica. Estava proibido de sair da região.

    Os novos dados vão ao encontro do que tinha sido antes divulgado acerca do suspeito “S”. Nesta altura não se percebe bem se serão ou não a mesma pessoa, já que há várias coincidências nas histórias apresentadas sobre os dois suspeitos. Ambos têm 19 anos, tentaram alcançar a Síria, estiveram presos durante 10 meses e usavam pulseira eletrónica. Até as datas de prisão e de extradição para França coincidem. Tudo leva a crer que as duas designações servem para uma só pessoa.

  • O presidente da Câmara de Saint-Etiénne-du-Rouvray, Hubert Wulfranc, disse a François Hollande que é imperativo que o “insustentável” não volte a acontecer. Nos próximos dias serão anunciadas ações de homenagem às vítimas. Wulfranc já pediu hoje que a população se reúna junto à Câmara Municipal ao final da tarde para uma primeira homenagem.

  • Eric Ciotti, presidente do Conselho Geral de Alpes Marítimos exigiu a expulsão “imediata” de todas as “pessoas estrangeiras que estejam assinaladas por prevenção da radicalização de caráter terrorista.” O deputado defende ainda que todos os fluxos migratórios devem ser suspensos por agora.

  • Levanta-se agora a questão da segurança nos lugares de culto em França. Atualmente, já são vigiados 1.227 locais de culto cristãos, 1.047 muçulmanos e 794 judaicos. Protegê-los a todos é impossível.

  • François Hollande falou por telefone com o Papa Francisco na sequência do ataque a uma igreja na Normandia. O Presidente francês disse que “quando um padre é atacado, toda a França fica ferida e tudo será feito para proteger as nossas igrejas e os nossos locais de culto.”

  • Um dos atacantes disse há dois meses que ia atacar uma igreja

    Um amigo de um dos atacantes disse a uma rádio francesa que o atacante lhe tinha dito, à saída de uma mesquita, que pretendia atacar uma igreja. A confissão aconteceu há dois meses e na altura o amigo não acreditou nas suas intenções. Uma outra pessoa que também conhecia o atacante diz que não compreende a ação do amigo e conta que foram colegas de escola e que ele era “um jovem como nós”.

  • Marion Le Pen, deputada do Front Nationale, eleita pela região de Vaucluse, acaba de anunciar através da sua conta no Twitter que se alistou como reservista no Exército francês e convida todos os “jovens patriotas franceses” a fazerem o mesmo.

  • François Molins, procurador de Paris, fala às 20 horas sobre a degolação do padre

    O procurador da região de Paris, François Molins, acaba de anunciar uma conferência de imprensa hoje, às 21 horas locais (20 horas em Lisboa), sobre o assassinato do padre Jacques Hamel, que foi degolado pelos terroristas.

  • Novas informações sobre um dos atacantes

    O atacante que estava identificado pelas autoridades como S — que significa Segurança de Estado — tem 19 anos e vive em Saint-Etiénne-du-Rouvray, de onde os seus pais são naturais. Esteve preso durante 10 meses na Suíça depois de ter tentado alcançar a Síria em maio de 2015. Foi-lhe concedida liberdade condicional a 22 de março de 2016. Foi extraditado para Frnça, para onde foi viver com os seus pais. Usava uma pulseira eletrónica e tinha autorização para sair de casa entre as 8h30 e as 12h30.

  • A Casa Branca também já reagiu à tragédia. Num comunicado partilhado no Twitter, lê-se: “Os Estados Unidos condenam fortemente o horrível ataque terrorista de hoje numa igreja Católica na Normandia, França. Oferecemos as nossas condolências à família e a amigos do padre assassinado, Padre Jacques Hamel. Os nossos pensamentos e preces estão com as outras vítimas do ataque bem como com os paroquianos e membros da comunidade de Saint-Etiénne-du-Rouvray.”

    No comunicado lembram que os dois países devem continuar a luta pela liberdade religiosa e que o ataque de hoje não deve afetar a missão. Acrescentam ainda que estão disponíveis para ajudar a França na investigação e elogiam a atuação das autoridades francesas.

  • Padre foi obrigado a ajoelhar-se antes de ser morto e o momento foi filmado

    A Sky News avança, citando a televisão francesa, que o padre foi obrigado a ajoelhar-se antes de ser degolado e que o momento foi filmado por um dos atacantes. A informação foi revelada por uma freira que testemunhou o ataque. A testemunha conta ainda que os atacantes deram um sermão em árabe antes de matar o padre, que tentava defender-se.

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