Histórico de atualizações
  • O nosso liveblog fica por aqui, mas o Observador continuará a acompanhar durante a semana o rescaldo das eleições e as suas implicações para a política gaulesa. Obrigada por nos ter acompanhado.

  • Frente Nacional derrotada, mas com votação recorde

    Frente Nacional pode ter falhado objetivo de conquistar pelo menos uma das 13 regiões, mas, como se pode ver no seguinte gráfico de Le Monde, obteve o seu melhor resultado de sempre em número de votos:

    No seu discurso desta noite, Marine Le Pen sublinhou isso mesmo e deixou claro que a Frente Nacional será o “maior partido da oposição”.

  • A esquerda pode até vencer em mais sub-regiões, mas é a direita que governará nas regiões mais populosas. É pelo menos isso que indica esta interessante infografia do Le Monde:

  • São 13 as regiões que vão a votos em França, mas contabilizando os territórios ultramarinos são mais: 17 no total. Partilhamos aqui o mapa interativo da France-Presse, atualizado ao minuto — e onde são cada vez menos as regiões sem cor política. Até ver, é esmagadora a vitória da esquerda (a cor-de-rosa) e da direita (a azul) em França. A Frente Nacional é a grande derrotada de um domingo para o outro, mas também venceu nas urnas. Uma vitória menor e somente em quatro sub-regiões.

  • Direita vence eleições com 7 regiões conquistadas

    Já não há dúvidas: A união da direita, liderada por Nicolas Sarkozy, venceu as eleições de França conquistando sete das 13 regiões, incluindo algumas das mais populosas. Paris está entre elas. União da Esquerda conseguiu 5 regiões.

  • Apesar de a Frente Nacional não ter conseguido vencer em nenhuma região, o Le Monde sublinha um dado importante:

    Com 74% dos resultados apurados, a Frente Nacional conseguiu perto de 6 milhões de votos – o mesmo resultado que obteve na primeira volta no domingo passado. Ou seja, votaram mais pessoas, é certo, mas o eleitorado da extrema-direita manteve-se fiel.

  • Paris passa para as mãos da direita

    Com a vitória de Valérie Pécresse, candidata da união da direita na região de Paris (Ile-de-France), Paris passa para as mãos da direita depois de muitos anos sendo uma região socialista.

    A candidata republicana disputou taco a taco a eleição com o candidato socialista, mas com 43,5% dos votos atribuídos à direita e 42,3% à esquerda, Valérie Pécresse já reclamou vitória.

  • Depois de ter ganho na primeira volta, Marion Maréchal Le Pen, sobrinha de Marine Le Pen e estrela em ascensão da Frente Nacional, também ficou muito longe da vitória na região de Provence-Alpes-Côte d’Azur. O candidato republicano Christian Estrosi venceu com 54,5% dos votos.

  • Ainda sobre a forte mobilização do eleitorado, a imprensa francesa nota que cerca de 4 milhões de franceses que não votaram na primeira volta quiseram ir a jogo este domingo.

  • Uma das maiores disputas foi na região de Ile-de-France, onde até ao fim não se sabia se os vencedores seriam os socialistas ou os republicanos. Valérie Pécresse (partido republicano) e Claude Bartolone (PS) estiveram sempre taco a taco, mas a candidata da direita já reivindica a vitória.

    As últimas estimativas do IFOP davam vantagem para Pécresse:

    Mas uma hora antes, tudo apontava para o empate:

    Incerteza semelhante aconteceu na região da Normandia.

  • Frente Nacional diz que não para por aqui. "Estamos a ter um crescimento histórico"

    Florian Philippot, dirigente da Frente Nacional que é um dos principais conselheiros de Marine Le Pen, não conseguiu repetir a proeza do último domingo, onde tinha saído vencedor na região de Alsace-Champagne-Ardenne-Lorraine, mas sublinha os resultados obtidos pelo partido e diz que o avanço da Frente Nacional não fica por aqui.

    “Falhamos a vitória desta noite, mas estamos a ter um crescimento histórico tanto na região como no país”, disse, sublinhando que essa onda é “uma fonte de esperança profunda”.

    O candidato dos republicanos Philippe Richert foi o que obteve maior percentagem de votos (47,6%), bem à frente dos 36,6% conseguidos pelo dirigente da extrema-direita Florian Philippot.

  • Dúvidas: Ile-de-France (Paris) e Normandia

    Neste momento há ainda regiões cuja vitória está por apurar: para já é certo que 5 deram vitória à união da direita liderada por Nicolas Sarkozy, 4 deram vitória aos socialistas (no poder ao nível nacional). Frente Nacional sem nenhuma.

    Ile-de-France, onde se inclui Paris, está a ser a região mais disputada. Normandia também.

  • A derrota da FN em algumas regiões só se verificou graças à desistência dos socialistas a favor do partido de Nicolas sarkozy, como recorda este cartoon:

    https://twitter.com/DelucqX/status/676074833751498752/

  • Muita tensão na sede da Frente Nacional, com relatos de violência: duas jornalistas foram atacadas por apoiantes com socos na cara e vários repórteres de televisão relataram ter ouvido insultos enquanto fazem o seu trabalho.

  • Aqui está o discurso de derrota de Marine Le Pen:

  • De acordo com as projeções, o partido de Sarkozy manteve a região de Ile-de-France, que era uma das mais disputadas da noite.

  • Primeiro-ministro Manuel Valls diz que perigo da extrema-direita ainda não foi travado

    O primeiro-ministro francês Manuel Valls também já reagiu aos resultados eleitorais:

    “Há um mês os nossos valores, a nossa democracia, a nossa juventude, o nosso modo de vida foram atingidas pelo terrorismo, mas nós não cedemos em nada. Estivemos em campanha eleitoral, todos conseguiram exercer em segurança essa liberdade que têm, que é o direito ao voto.”, começou por dizer, para depois congratular a esquerda e os restantes partidos por terem bloqueado o avanço da extrema-direita – a grande derrotada da noite -, ainda que tenha sublinhando que o perigo não foi totalmente eliminado.

    “Não há aqui nenhum alívio, nenhum triunfalismo ou mensagem de vitória, o perigo da extrema-direita ainda não foi evitado, longe disso. Eu não esqueço os resultados da primeira volta, no domino passado”, disse, admitindo a sua parte na responsabilidade enquanto primeiro-ministro. “Tudo isto nos obriga a ouvir mais os franceses, tudo isto deve encorajar-nos a ser mais fortes, mais rápidos, a conseguir mais emprego, mais formação para os desempregados”, acrescentou, afirmando que são essas questões que devem ser o centro da política.

    No final, uma mensagem para o futuro: que voltemos a votar a favor de um partido e não contra um outro.

  • Nicolas Sarkozy também foi rápido a reagir aos resultados. “Rendo homenagem aos franceses que se expressaram em grande número. E rendo também homenagem aos republicanos e a recusa de compromissos com a FN”. Depois tratou também de apontar ao futuro, referindo os debates que precisam de ocorrer em França: a Europa política e económica, a segurança, a educação e a identidade nacional. Afirmou que “estes debates serão a nossa prioridade e irei dedicar a isso toda a minha energia”

  • Confrontada com a derrota, Marine Le Pen optou por reforçar o alargamento da base de apoio da Frente Nacional e apontar às presidenciais. E fez questão de clarificar que agora “não há uma divisão entre dois grandes partidos, um de esquerda e outro de direita, mas sim uma divisão entre os partidos que querem a destruição de França e a FN, que quer manter e reforçar a nação”.”

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