Atualizações em direto
  • Pausa na sessão

    Sessão é interrompida para uma pausa de dez minutos.

  • Ricciardi: "Quando a KPMG, a meu pedido, fez uma auditoria e apurou estes valores, eu pedi a suspensão" da ESI

    É agora a vez das questões da advogada Inês Almeida Costa, que está a representar as massas insolventes da ESI e da Rioforte, também assistentes neste processo. A advogada pediu ao tribunal para mostrar as cartas que Ricciardi enviou ao Banco de Portugal. Nessa altura, Ricciardi referia que tomou conhecimento dos relatórios que falavam em erros nas contas.

    “Nesta altura, ainda não tinha conhecimento do documento em que o dr Machado da Cruz” confessava que não se tratava de um erro.

    “Em dezembro, tivemos conhecimento de um erro, depois a auditoria confirmou estes erros brutais”. “Quando a KPMG, a meu pedido, fez uma auditoria e apurou estes valores, eu pedi a suspensão” da ESI, em março de 2014.

  • Ricciardi descreve jantar em casa de Salgado: "Houve uma simpatia exagerada" e um pedido de solidariedade com falsificação das contas

    José Maria Ricciardi recorda agora um jantar que aconteceu em junho de 2014 casa de Ricardo Salgado, altura em que Ricciardi diz já ter conhecimento da falsificação das contas do banco. Nessa noite, “antes do jantar, houve uma simpatia exagerada” por parte de Salgado e o ex-banqueiro terá tentado convencer o primo a compactuar com a falsificação das contas do banco. “O dr Salgado, que não se dava com a minha mulher, disse que tinham de começar a ir ao cinema, às compras, uma coisa quase patética.”

    Depois do jantar, Salgado e Ricciardi terão conversado no escritório. “E perguntou: ‘o que é que tu queres?’ Respondi que queria que o banco de investimento tivesse capital para se desenvolver. E ele virou-se e disse: ‘bom, mas para isso é preciso que tu tenhas finalmente alguma solidariedade com a família’, começou por recordar.

    Ricciardi diz ter questionado o primo sobre o significado de solidariedade e se isso estaria relacionado com a falsificação das contas. “Ele disse que sim”, garantiu Ricciardi, que disse não ter concordado. Nesse momento, Salgado “mostrou grande desagrado”.

    “E eu disse: ‘tu não tens um filho a trabalhar no BES? O teu filho soube da falsificação das contas?’ Ele disse que não. ‘E achas que se o teu filho souber também deve ter solidariedade?’, perguntei.”

  • José Maria Ricciardi fala outra vez sobre Machado da Cruz

    José Maria Ricciardi começa por responder às questões do advogado Miguel Pereira Coutinho, que representa o BES em liquidação, assistente neste processo. O advogado quis voltar ao assunto do ex-contabilista Machado da Cruz, depois de Ricciardi ter dito ontem que Machado da Cruz admitiu que foi “forçado” a falsificar as contas.

    Ricciardi deu então mais detalhes: “O meu primo Manuel Fernando que ele e o dr Salgado tinham-se dirigido ao Luxemburgo para pedir a assessoria de um banco e também dessa empresa de advocacia [que produziu o documento com a confissão de Machado da Cruz] para os ajudarem no problema da ESI. E passado poucas semanas disse que os dois se tinham demitido dessa assessoria. Ele não me soube explicar porquê, mas depois percebi que isso resultou da entrevista ao dr Machado da Cruz, que resultou naquele documento que eu depois enviei para o Banco de Portugal”.

  • Começa a quarta sessão de julgamento

    Coletivo de juízes já está na sala e José Maria Ricciardi está já também sentado para continuar a testemunhar.

  • Bom dia. Abrimos agora este liveblog para acompanhar o quarto dia do julgamento do caso GES/BES. José Maria Ricciardi vai continuar o seu testemunho e deverá hoje responder às questões dos advogados — quer dos assistentes, quer dos arguidos.

    Pode recordar aqui o que aconteceu na sessão de ontem.

    Uma denúncia, alertas ignorados e o controlo “total” do grupo. Como os Ricciardi cercaram Salgado em tribunal no dia 3 do GES

1 de 1