Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Vamos encerrar este liveblog, mas continuaremos a seguir o segundo dia da “Operação Liberdade” de Juan Guaidó noutro:

    https://observador.pt/2019/05/01/guaido-quer-toda-a-venezuela-nas-ruas-no-segundo-dia-de-um-golpe-com-contornos-incertos/

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  • Pelo menos 109 feridos e um morto, que já é o 54º em manifestações neste ano

    No final da noite de ontem, a ONG Observatorio de Conflicitividad Social dava conta de confrontos entre manifestantes e autoridades em 12 estados (a Venezuela tem 24, mais o Distrito Capital, onde está Venezuela).

    Registaram-se pelo menos 109 feridos e um morto no decurso das manifestações de ontem.

    De acordo com a Provea, ONG que monitoriza a relação entre os militares e civis na Venezuela, o morto de ontem chamava-se Samuel Méndez e tinha 24 anos. É o 54º morto nas manifestações deste ano. Ao longo de 2019, apenas uma morte em manifestação não foi por ferimentos com bala. Além disso, assegura o Provea, 80% daquelas 54 mortes são de responsabilidade de polícias, militares e paramilitar (os chamados colectivos).

  • Leopoldo López está na embaixada espanhola

    A confirmação foi dada à imprensa espanhola pelo próprio Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha: Leopoldo López, que ontem saiu de prisão domiciliária após os militares em torno da sua casa terem desertado, está agora na embaixada de Espanha, em Caracas. Ontem, ao final da noite, já corria a notícia de que Leopoldo López se tinha refugiado juntamente com a família noutra embaixada — naquele caso, a do Chile. Leopoldo López está também acompanhado da sua mulher, Lilian Tintori.

    A decisão foi anunciada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Chile, Robert Ampuero, que escreveu o seguinte no Twitter: “Lilian Tintori e Leopoldo López — de ascendência espanhola — trasladaram-se para a embaixada de Espanha. Trata-se de uma decisão pessoal, uma vez que a nossa embaixada já tinha hóspedes”.

  • Nicolas Maduro: Guaidó queria provocar conflito armado para que "o Império pudesse colocar as suas garras na Venezuela"

    Nicolás Maduro diz que o levantamento promovido por Juan Guaidó terá sido, na realidade, liderado pelo “fascista” Leopoldo Lopez. O presidente venezuelano, cuja legitimidade é contestada pela oposição venezuelana e por uma parte significativa da comunidade internacional, afirma que as forças leais ao regime detetaram as movimentações das forças de Guaidó às “4h15m” da madrugada desta terça-feira mas reagiram com “nervos de aço.”

    No seu habitual estilo intenso, Maduro diz que a ação das forças de Guaidó tinham como objetivo provocar um conflito armado entre venezuelanos que serviria para justificar uma intervenção militar internacional, “de forma a que o Império [uma referência aos Estados Unidos] pudesse colocar as suas garras na Venezuela.”

    Além de insistir que o “golpe” de Guaidó foi derrotado, Maduro acrescenta que “80 por cento” das tropas que ao início do dia estavam com o auto-proclamado presidente interino já o abandonaram, restando apenas um pequeno grupo de 20 por cento que “entregaram as suas almas ao golpe da extrema-direita”.

    Contrariando a política de diálogo proposta pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros numa entrevista ao El País, Nicolás Maduro promete: “Isto não pode ficar sem castigo… todos os envolvidos devem render-se.”

  • Maduro responde a Guadió: "O golpe falhou!"

    É a primeira vez que Nicolás Maduro aparece no espaço público desde que a “Operação Liberdade” começou. Depois de Juan Guaidó ter insistido no apelo aos venezuelanos para encherem as ruas durante o 1.º de Maio, Maduro é duro na resposta, em direto na televisão pública: “o golpe falhou! Todas as bases militares se mantiveram leais”.

    Numa resposta indireta às afirmações do secretário de Estado Mike Pompeo, de que teria concordado em sair do poder e partir para o exílio em Cuba, o El Presidente garante que nunca se renderá às “forças imperalistas” e faz um auto-elogio ao seu Governo: “tivemos nervos de aço, máxima serenidade e eficácia.” Mais à frente no seu discurso, responde diretamente à acusação de Pompeo com um lacónico: “Señor Pompeo, please!”

    Rodeado de militares e de altos responsáveis políticos do regime chavista, Nicolas Maduro aponta o dedo às forças de “extrema-direita” que estão a tentar promover um levantamento popular contra a revolução bolivariana e chega a apelidar Leopoldo Lopez, líder da oposição anti-chavista e aliado de Juan Guaidó que foi esta terça-feira libertado por militares revoltosos, de “fascista.”

  • Guaidó fala aos venezuelanos: "Amanhã, toda a Venezuela nas ruas"

    O autoproclamado Presidente interino publicou uma mensagem nas suas redes sociais onde sublinha que o dia de hoje demonstrou que o regime de Maduro não tem força e que a fase final da “Operação Liberdade” é para continuar.

    “Este regime é uma farsa. Maduro não tem o apoio nem o respeito das Forças Armadas e muito menos do povo da Venezuela”, afirma Guaidó numa sala, cuja lozalicação não é conhecida. “Este foi um dia histórico para o país, este início da fase definitiva da Operação Liberdade.”

    “Ouvem-nas nas Forças Armadas”, diz Guaidó. “Hoje, em Caracas, os militares estiveram com o povo da Venezuela”, acrescentando que a “a pressão é para continuar”. O Presidente interino agradeceu o apoio internacional, bem como o dos milhares de venezuelanos que saíram à rua esta terça-feira. “Mantém-se a possibilidade de uma revolução pacífica contra um tirano que se fecha e não enfrenta a cara deste povo.” E porquê? “Porque não tem o apoio das Forças Armadas”, garante.

    “Amanhã, no 1º de maio, continuaremos nas ruas. Esse é o nosso território”, promete Guaidó. “Amanhã, toda a Venezuela nas ruas”, pede no final da mensagem.

  • Leopoldo López mudou-se para embaixada espanhola

    Leopoldo López e a família saíram da embaixada do Chile e refugiaram-se na embaixada espanhola, em Caracas, de acorda com informação avançada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Chile, Roberto Ampuero. “Lilian Tintori e Leopoldo López — descendentes de espanhóis — mudaram-se para a embaixada de Espanha. É uma decisão pessoal, considerando que a nossa embaixada já tinha hóspedes”, escreveu no Twitter.

  • Joe Biden condena "incrível sofrimento" provocado por Maduro

    O candidato à presidência norte-americana Joe Biden já reagiu às notícias de hoje na Venezuela, condenando “a violência contra manifestantes pacíficos” e o “incrível sofrimento” provado pelo regime de Maduro. “Os EUA devem ficar ao lado da Assembleia Nacional e de Guaidó”, pediu.

  • Rússia nega que tenha persuadido Maduro a ficar na Venezuela

    A porta-voz do Kremlin Maria Zakharova respondeu às declarações do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, de que Maduro teria estado pronto para fugir para Cuba, mas terá sido impedido pela Rússia. A porta-voz garantiu à CNN que a informação é falsa: “Washington fez o seu melhor para desmoralizar o Exército venezuelano e agora utiliza mentiras como parte da guerra de informação.”

  • Leopoldo López já não estará na missão diplomática do Chile

    O partido de Guaidó e López, o Vontade Popular, partilhou a publicação de um jornalista venezuelano que dá conta de que Leopoldo López não terá pedido asilo ao Chile e que já não se encontra na missão diplomática do país. “López continuará a assumir a sua responsabilidade junto do povo venezuelano até que acabe definitivamente a usurpação”, diz o partido.

    Outras fontes confirmam o mesmo:

  • Manifestantes prometem fazer vigília em Altamira

    Os manifestantes continuam em Altamira, com alguns a dizer aos jornalistas presentes que tencionam fazer uma vigília no local.

    https://twitter.com/Ed_0892/status/1123363804186906631

    Há relatos de detonações, ao longe, como se pode ouvir neste vídeo.

    https://twitter.com/SergioNovelli/status/1123362577529044992

  • "Não há operações militares nem tropas cubanas na Venezuela", diz presidente de Cuba

    Miguel Díaz-Canel, o presidente cubano, respondeu às ameaças de Trump em impor sanções a Cuba: “Rejeitamos fortemente a ameaça de bloqueio total e completo de Trump contra Cuba”. “Não há operações militares nem tropas cubanas na Venezuela. Chamamos a comunidade internacional a travar a escalada agressiva e periogsa e a preservar a paz. Basta de mentira”, disse no Twitter.

  • Bolton fala aos venezuelanos: "Vocês podem recuperar a vossa 'libertad'"

    John Bolton faz vídeo a falar diretamente aos venezuelanos: “Vocês podem recuperar a vossa libertad“, diz o conselheiro de segurança da Casa Branca, falando diretamente para os venezuelanos, utilizando a palavra em espanhol.

  • Manifestantes continuam reunidos em Altamira e confrontos prosseguem perto de Carlota

    A NTN24 divulgou entretanto um vídeo do seu repórter na praça Altamira, dando conta de que dezenas de pessoas continuam no local. Também na auto-estrada Francisco Fajardo, perto da base de Carlota, continuam os confrontos entre manifestantes e autoridades.

  • Itália também está com Guaidó

    Matteo Salvini, ministro do Interior italiano, declarou durante a tarde o seu apoio a Juan Guaidó. “Esperamos uma solução pacífica da crise que traga eleições livres e a queda do ditador Maduro”, tweetou.

  • Os países que suportam o regime de Maduro.

    E o mapa de quem está com quem.

  • Comunicação de Guaidó atrasada

    Espera-se uma comunicação de Guaidó em breve, nas redes sociais, mas já não irá ocorrer à hora que tinha sido avançada inicialmente (23h). Deputados da oposição dizem no Twitter que será “em breve”.

  • Uma comparação que se esperava: os tanques na China há 30 anos e o herói que os travou. E os tanques esta terça-feira nas ruas de Caracas a atropelar a multidão.

    https://twitter.com/Toddkron/status/1123344689275506688

  • Fumo na base aérea de Carlota

    Na base aérea de Carlota, onde os manifestantes pró-Guaidó se reuniram de manhã, há agora relatos no Twitter de fumo negro. Um helicóptero militar estará inclusivamente a ser retirado do local.

  • Número de feridos sobe para 69

    O número de feridos subiu entretanto para 69, avança a AFP. O último balanço apontava para 32.

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