Momentos-chave
- Incêndio na Madeira continua dominado e mantém-se “vigilância ativa” para evitar reacendimentos
- Albuquerque assume fragilidade do governo, mas ataca: "O que está em questão não é o incêndio, é a ambição de certas criaturas"
- Incêndio está em fase de rescaldo, mas ainda não está extinto
- Mais de 70 operacionais continuam no terreno para a “fase de rescaldo”
- Proteção Civil assegura que "fogo está completamente dominado" e que apenas há "pontos quentes"
- Autarca esteve próximo do incêndio e garante que "estava mais calmo"
- Autarca de Santana deixa críticas ao poder político: "Não [podemos] ser tão bairristas e achar que temos as soluções todas"
- Ponta do Sol. Proteção Civil confirma que "ninguém foi retirado de casa" e que "fogo perdeu força" nas últimas horas
- Proteção Civil diz que fogo na Ponta do Sol deverá ser debelado em breve
- Bombeiros combatem reacendimento na Ponta do Sol. Fogo está perto de casas
- Albuquerque diz que está "politicamente exposto" e que isso provocou "insultos alarves" contra quem combateu o fogo
- "Fogos desta complexidade não se combatem com achismos, voluntarismos ou de improviso", atira Miguel Albuquerque
- Miguel Albuquerque: estratégia de combate ao incêndio "revelou-se a mais acertada e a mais correta"
- Incêndio na Madeira está controlado e ao 11.º dia entrou em fase de rescaldo
- Incêndios: Fornecimento de eletricidade em Reguengos de Monsaraz está em resolução
- Incêndios: Bombeiros de Arcos de Valdevez com combate comprometido por avaria de viaturas
- Incêndios/Madeira: Marcelo Rebelo de Sousa não vai à ilha enquanto fogo estiver ativo
- Incêndios/Madeira: Helicóptero opera desde o primeiro dia e já efetuou 327 descargas
- Incêndios/Madeira: IL apresenta voto de protesto por “pressões e restrições” aos jornalistas
- Incêndios/Madeira: Pedro Nuno defende que “é preciso corrigir aquilo que não correu bem”
- Incêndios: GNR registou 1.912 crimes de incêndio florestal até meados de agosto
- Incêndios: Gestão da carga de combustível em mais de 156.000 ha desde 2018
- Incêndios: Prisão preventiva para sapador florestal suspeito de fogo em Tondela
- Incêndios: Fogo em subestação da E-Redes deixa 4.000 clientes sem luz em Reguengos de Monsaraz
- Incêndios/Madeira: PS pede audição urgente da ministra da Administração Interna no parlamento
- Incêndios/Madeira: Fogo lavra na Ponta do Sol em zona mais próxima de casas
- Incêndios/Madeira: Livre defende avaliação de responsabilidades políticas e plano de recuperação
- IL acusa Governo da Madeira de espalhar "desinformação" sobre incêndio e garante que reservas em hotéis estão a ser canceladas
- Incêndios/Madeira: Governo destaca resposta do Instituto da Conservação da Natureza
- Incêndio na Madeira só com uma frente ativa no Pico Ruivo. Miguel Albuquerque diz que situação está mais calma
- Incêndios/Madeira. Fogo não está a afetar a atividade turística diz Governo Regional
- Aviões Canadair atuam na cordilheira central e helicóptero na Ponta do Sol
- Fogo mantém-se na cordilheira central da Madeira e atenua na Ponta do Sol
- Treze concelhos de quatro distritos em perigo máximo de incêndio
- Proteção civil diz que os aviões Canadair ajudaram a conter o fogo que se mantém na cordilheira central
- Fogo em Vialonga (Vila Franca de Xira) dominado
- Incêndios/Madeira: Área ardida ultrapassa 5.000 hectares
- Incêndios/Madeira: JPP e PAN repudiam tentativas de violação da liberdade de informação
- Incêndios/Madeira: Pedro Nuno expressa “preocupação e solidariedade” aos madeirenses
- Incêndios/Madeira: Fogo continua ativo na cordilheira central e na Ponta do Sol
- Costa sul da Madeira sob aviso amarelo até às 18:00 de sexta-feira devido ao calor
- Incêndios/Madeira: Chamas progridem nas duas margens da ribeira da Ponta do Sol
- Incêndios/Madeira: Governo acompanha situação que “deve preocupar todo o país”
- Incêndios/Madeira: Aviões Canadair já fazem descargas na cordilheira central
- Sindicato dos Jornalistas na Madeira denuncia pressões e restrições no acesso à informação
- Miguel Albuquerque confirma que aviões Canadair começam a atuar nas próximas horas
- Comissão Europeia diz poder mobilizar mais recursos para ajudar a combater incêndio na Madeira
- Primeiro avião Canadair já aterrou na Madeira
- Comissário europeu confirma envio de dois aviões Canadair para a Madeira
- Arderam 4.937 hectares no incêndio da Madeira, segundo o Copernicus
- Há uma terceira frente ativa na Ponta do Sol, diz Proteção Civil da Madeira
- Duas frentes no incêndio da Madeira mantêm-se ativas, Pico Ruivo a que mais preocupa
- Albuquerque diz ter achado "um pouco exacerbada a cacofonia" da oposição
- Mais de uma centena de operacionais combatem fogo em Arcos de Valdevez
- Incêndios/Madeira: Arderam mais de 4.930 hectares em oito dias de fogo
- Incêndios/Madeira: Fogo continua com duas frentes ativas e evoluiu para cordilheira central
- Incêndio/Madeira: Reforço de meios aéreos é “necessário e urgente”
- Incêndios/Madeira: Câmara do Funchal reforça meios de combate e prevenção
- Madeira: Fogo continua na Ponta do Sol mas autarca confia em meios para defender casas
- Miguel Albuquerque avança que aviões Canadair de Espanha chegam amanhã à Madeira
- Miguel Albuquerque diz que fogo continua com duas frente ativas
- Afinal, Governo vai ativar Mecanismo Europeu de Proteção Civil
- Madeira: Chega exige demissão dos responsáveis da proteção civil
- Madeira: Governo regional assegura apoio a apicultores da Serra d’Água, na Ribeira Brava
- Madeira: Ribeira Brava sem focos ativos e moradores já voltaram a casa
- Incêndio de Oleiros resolvido
- Incêndios/Madeira: Santana encerra temporariamente acesso automóvel e pedonal a parque e levada
- Deflagrou um incêndio em Oleiros, no distrito de Castelo Branco
- Incêndios/Madeira: IL exige demissão imediata do secretário da Proteção Civil
- Incêndios/Madeira: Proteção Civil envia reforço de mais 60 elementos
- Incêndios/Madeira: Fogo declarado extinto no Curral das Freiras diz Proteção Civil
- Fogo em Torres Novas em resolução
- Miguel Albuquerque considera que estratégia seguida no incêndio da Madeira "estava correta" e recusa responsabilidades
- Frentes de Furna e Encumeada entram em fase de vigilância
- Noite intensa de combate ao fogo no Curral das Freiras
- Incêndio na Madeira chega a Pico Ruivo
- Perigo máximo de incêndio em cerca de 50 concelhos
- Fogo em Torres Novas com metade da dimensão inicial diz Proteção Civil
- Incêndios/Madeira: Presidente do Governo Regional visita hoje zonas afetadas
- Três bombeiros com "sintomas relacionados com mal-estar e indisposição”
- Foco de incêndio “mais preocupante” na Madeira continua a ser no Curral das Freiras
- Incêndio na Ponta do Sol tem duas frentes ativas
- Incêndios/Madeira: Encerradas estradas de acesso ao Pico do Areeiro e ao Paul da Serra
- Incêndios/Madeira: Meios concentrados na Serra de Água e Curral das Freiras às 17h00
- Incêndios/Madeira: Fajã das Galinhas continua inacessível e alguns moradores até não querem regressar
- Incêndios/Madeira: Especialistas defendem mais meios aéreos ou reforço pontual do existente
- Incêndios/Madeira: PS propõe comissão de inquérito para apurar responsabilidades
- Madeira. Ativados planos de emergência dos três concelhos afetados e da região
- Incêndio/Madeira: CDS-PP propõe isenção do pagamento de água para afetados pelo fogo
- Incêndios/Madeira: Governo Regional diz que Laurissilva não foi atingida
- Incêndios/Madeira: Ventura diz que “desastre da gestão dos fogos”é bom motivo” para Albuquerque sair
- Incêndio deflagrou em Vale de Cavalos, Santarém
- Ministra vai avaliar pedido de reforços de meios aéreos na Madeira: "É uma ilha lindíssima, as pessoas são muito boas"
- António Nunes aconselha a população a acatar recomendações das autoridades
- Presidente do Serviço Regional da Proteção Civil na Madeira diz que incêndio está mais controlado
- Incêndios/Madeira: Câmara de Lobos com uma frente após reacendimento na Fajã dos Cardos
- Ilha da Madeira mantem-se sob avisos amarelo de calor e em perigo de incêndio
- Mais de 60 concelhos em perigo máximo de incêndio
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Boa noite.
Este liveblog, onde acompanhámos todas as notícias sobre o incêndio na Madeira, fica por aqui, numa altura em que as autoridades deram o fogo como dominado e estão em “vigilância ativa” para evitar reacendimentos. Obrigada por ter estado connosco.
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Incêndio na Madeira continua dominado e mantém-se “vigilância ativa” para evitar reacendimentos
O incêndio que deflagrou a 14 de agosto na ilha da Madeira continua dominado, mantendo-se uma situação de “rescaldo” e de “vigilância ativa” para evitar reacendimentos, divulgaram hoje as autoridades locais.
Segundo fonte da secretaria regional da Saúde e Proteção Civil, a situação atual do incêndio que lavra na ilha da Madeira há 12 dias continua a ser de “rescaldo” e de “vigilância ativa”.
“No local mantiveram-se apenas alguns operacionais para fazer a vigilância e evitar reacendimentos”, informa a mesma fonte.
Já hoje, ao início da manhã, a Proteção Civil tinha revelado que o incêndio estava “controlado e em fase de rescaldo”, já sem qualquer foco ativo, mas ainda com alguns pontos quentes.
Apesar de a situação estar, para já, controlada, o incêndio ainda não se pode considerar extinto e as equipas vão manter-se vigilantes no terreno, para prevenir possíveis reacendimentos, acrescentou o comandante regional da Proteção Civil, António Nunes, em declarações à Lusa.
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Albuquerque assume fragilidade do governo, mas ataca: "O que está em questão não é o incêndio, é a ambição de certas criaturas"
Miguel Alburquerque rejeitou este domingo avançar com demissões por causa da gestão do incêndio na Madeira e assumiu que a situação do seu governo é periclitante: “Neste momento, se uma das forças políticas nos retirar o apoio e apresentar uma moção de censura, o Governo cai”.
Questionado pelos jornalistas sobre as críticas que a oposição lhe dirigiu a propósito do incêndio da Madeira, o presidente do governo regional, que já este sábado tinha admitido sentir-se “politicamente exposto”, voltou à carga: “O que está em questão não é o incêndio, o que está em questão é a ambição de certas criaturas pelo poder”.
Segundo o relato do DN Madeira, quando foi questionado sobre as críticas internas de que está a ser alvo no PSD, Albuquerque disse que nunca viu os críticos a enfrentar um incêndio e que acompanhou a situação “desde a primeira hora”, acusando quem o ataca de “tentar aproveitar uma situação de gravidade e complexidade, que gera uma emoção das pessoas”.
Miguel Albuquerque defende estratégia “correta” na Madeira e diz sentir-se “politicamente exposto”
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Incêndio está em fase de rescaldo, mas ainda não está extinto
O incêndio que deflagrou na ilha da Madeira há 12 dias está “controlado e em fase de rescaldo”, já sem qualquer foco ativo, mas ainda com alguns pontos quentes, indicou hoje a Proteção Civil.
Apesar de a situação estar, para já, controlada, o incêndio ainda não se pode considerar extinto e as equipas vão manter-se vigilantes no terreno, para prevenir possíveis reacendimentos, acrescentou o comandante regional da Proteção Civil, António Nunes, em declarações à Lusa.
“Neste momento, chove nas zonas altas”, pelo que não é expectável que o fogo fique novamente ativo, mas há sempre um fator de imprevisibilidade nos incêndios, que exige vigilância permanente, afirmou.
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CDP Madeira pede comissão técnica independente para avaliar resposta das autoridades
O CDS-PP/Madeira vai apresentar um projeto de decreto legislativo no parlamento regional para criar uma comissão técnica independente para análise e apuramento dos factos relativos aos incêndios que deflagraram a 14 de agosto na região.
“Nestes dias a Madeira teve condições particularmente adversas com altas temperaturas, humidade baixa e ventos fortes. No entanto, tal não constitui uma justificação para a dimensão que os fogos atingiram nas zonas altas da ilha, atingindo mesmo o seu topo”, refere o CDS-PP no preâmbulo do diploma, a que a agência Lusa teve acesso.
O partido liderado por José Manuel Rodrigues, também presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, cargo que assumiu na sequência de um acordo de incidência parlamentar com o PSD, considera ser “indiscutível a gravidade destes incêndios e as ameaças que constituíram para pessoas, bens e património natural”.
“É indesmentível que há investigações a fazer, esclarecimentos a prestar e factos que devem ser apurados por especialistas e técnicos quer da prevenção, quer da proteção civil, quer técnicos da conservação e defesa da floresta e dos ecossistema e biodiversidade”, refere.
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Incêndio em Vila do Rei extinto
Um incêndio que deflagrou na noite de sábado numa zona florestal em Vila do Rei, distrito de Castelo Branco, encontra-se dominado, disse esta manhã a Proteção Civil.
O fogo “foi dominado às 06:35”, afirmou à Lusa fonte da Proteção Civil, referindo que não há feridos nem habitações afetadas.
O alerta para o “incêndio em povoamento florestal, no sitio de Abrunheiro Grande” foi dado às 22:38, indicou durante a madrugada o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Beira Baixa.
No terreno, encontram-se ainda 171 operacionais, auxiliados por 59 viaturas, de acordo com o portal da Autoridade de Emergência e Proteção Civil.
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AGIF disponível para integrar Madeira no plano nacional de gestão de fogos
A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) mostrou-se este sábado disponível para integrar a Madeira no plano nacional de combate aos incêndios e solicitar ajuda norte-americana para apoiar nas consequências florestais do fogo.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da AGIF adiantou que em fevereiro de 2020 as autoridades da Madeira foram convidadas a integrar o Plano Nacional de Gestão de Fogos, que recusaram para que a região continuasse a ter o “seu próprio planeamento e processo” de trabalho.
“A disponibilidade existe. Está sempre em aberto. Temos sempre interesse. E até temos interesse e vontade que a Madeira olhe para as metodologias que fomos desenvolvendo no continente”, adiantou Tiago Oliveira, a propósito de uma eventual integração da Madeira naquele plano.
O responsável pelo instituto público lembrou que a Madeira também decidiu não aplicar a legislação que regula o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais e afirmou que integração da região no plano nacional permitiria “encontrar soluções e adotar métodos internacionalmente aceites para gerir e governar o risco de incêndio”.
Tiago Oliveira alertou que a região deve estabelecer várias intervenções ao nível dos solos e da gestão florestal devido às consequências do incêndio que lavra na ilha desde 14 de agosto.
O presidente da AGIF recordou que em 2022, após o incêndio na Serra da Estrela, os Estados Unidos apoiaram as autoridades nacionais e locais em “todo o trabalho” de recuperação do território, uma situação que poderia ser replicada na Madeira.
“Foi muito útil. Temos um protocolo com os serviços florestais americanos e com a Califórnia. Se houver interesse da Madeira, podemos solicitar essa ajuda aos Estados Unidos e ver se têm uma equipa disponível para apoiar a Madeira nestes trabalhos. Seria interessante”, sugeriu.
O especialista em gestão de risco de incêndios florestais defendeu que é necessário “consolidar os taludes” na ilha, através de processos de “estabilização de emergência”.
Segundo disse, é preciso impedir que no inverno aconteçam deslizamentos de rochas com enxurradas a partir dos “solos que tiveram com maiores temperaturas”.
“É necessário fazer um mapa da severidade do comportamento do fogo e nos sítios de maior pendente fazer construções e consolidações que impeçam o ravinamento do solo”, defendeu, acrescentando que esta é uma “boa altura” para arrancar com os trabalhos porque permite um “mês e meio de trabalho com afinco” até às primeiras chuvas em outubro.
O presidente da AGIF também destacou a importância de reintroduzir espécies autóctones e impedir a propagação das invasoras durante a reabilitação da vegetação.
“A solução para os incêndios não passa por ter meios aéreos. Passa por gerir a população, gerir a vegetação e preparar as instituições com formação e processos de trabalho”, defendeu.
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Mais de 70 operacionais continuam no terreno para a “fase de rescaldo”
O incêndio que deflagrou há 11 dias na ilha da Madeira mantém-se dominado, mas mais de 70 operacionais continuam no terreno na “fase de rescaldo”, indicou este sábado o Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC).
Numa nota com o ponto de situação às 19h15, o SRPC adianta que o incêndio que começou a 14 de agosto “está dominado e as operações encontram-se na fase de rescaldo”.
“No terreno, estão mobilizados mais de 70 operacionais, incluindo elementos de diversos corpos de bombeiros da Região Autónoma da Madeira, Bombeiros dos Açores e da Força Operacional Conjunta (FOCON), que continuam a trabalhar para evitar reacendimentos”, lê-se no comunicado.
A Proteção Civil avança que pelas 14h chegou à Madeira a equipa de substituição dos bombeiros dos Açores para “garantir a continuidade das operações de vigilância ativa e rescaldo”.
O SRPC manifesta ainda um “profundo agradecimento a todos os que contribuíram para o combate a este incêndio”, como os profissionais que estiveram no terreno, instituições, empresas públicas e privadas e voluntários “que disponibilizaram o seu apoio e recursos de múltiplas formas durante todo este período”.
“O esforço conjunto e a dedicação de todos foram essenciais para controlar e combater este incêndio”, enaltece a Proteção Civil da Madeira.
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Empresários estimam cancelamentos de 90% nos serviços de animação turística em terra
Os serviços de animação turística em terra da Madeira deverão ter tido cancelamentos na ordem dos 90% durante esta semana devido ao incêndio que lavra na ilha há 11 dias, avançou este sábado a associação empresarial da região.
Numa posição escrita enviada à agência Lusa, o presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) explicou que os cancelamentos “sucederam-se sucessivamente” devido ao “acesso interdito aos trilhos” ou às áreas “inacessíveis pelo fogo na cordilheira montanhosa central” da ilha.
“Será necessário que o próprio governo [regional] e as instituições responsáveis concluam as suas avaliações (algumas já em curso com caráter urgente) para serem lançados os eventuais concursos de obra de reparação/restauração de modo a possibilitar a abertura célere e em segurança dos percursos populares mais afetados”, defendeu Jorge Veiga França.
O representante adiantou que os cancelamentos dos serviços dos prestadores de atividades de animação turística em terra deverão rondar os 90%, mas avançou que a ACIF lançou um inquérito para detalhar os eventuais prejuízos causados pelo incêndio.
“Presume-se que os cancelamentos a que têm sido sujeitos vários negócios de AL [Alojamento Local] e estabelecimentos hoteleiros, sobretudo em localidades fora do Funchal, possam ser melhor contabilizados na sequência do inquérito que lançamos”, acrescentou.
Na segunda-feira, a associação representativa do setor tinha dito que, até àquela altura, o incêndio não estava a ter impacto na atividade turística, ao contrário dos ventos fortes que condicionaram a operação no aeroporto do Funchal.
Este sábado, em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Santana disse não acreditar que “nos próximos tempos existam condições de segurança” para reabrir os percursos da Achada do Teixeira ao Pico Ruivo, do Pico Ruivo ao Pico do Areeiro e do Pico Ruivo à Encumeada e Curral das Freiras.
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Proteção Civil assegura que "fogo está completamente dominado" e que apenas há "pontos quentes"
António Nunes, presidente do serviço regional de Proteção Civil, assegura que “neste momento não há qualquer foco ativo” no incêndio da Madeira e “o fogo está completamente dominado e circunscrito”, esclarecendo que “o que existe são pontos quentes que podem suscitar alguma chama aqui ou ali”.
“Demos o incêndio como dominado ontem, o que temos hoje são pequenos reacendimentos que decorrem dos pontos quentes que existem. Existem e vão continuar a persistir mais alguns dias e por isso é que vamos manter a vigilância nesses locais”, explica em declarações à RTP3.
O responsável refere que “todos os focos foram eliminados antes de chegarem às residências e neste momento não há casas em perigo”.
Atualmente estão 70 operacionais na Ponta do Sol e, diz António Nunes, a previsão de tempo para as próximas horas “ajuda bastante”, nomeadamente pela previsão de “diminuição da temperatura e possibilidade de alguns aguaceiros” — “É uma excelente notícia”, remata.
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BE diz que “a culpa não pode morrer solteira” e responsabiliza Governo Regional
O Bloco de Esquerda (BE) da Madeira alertou este sábado que “a culpa não pode continuar a morrer solteira” em relação ao incêndio que afeta aquele arquipélago, sublinhando que “há responsabilidades políticas” que devem ser apuradas.
“O BE entende que a culpa não pode continuar a morrer solteira e que há responsabilidades também políticas a vários níveis que têm de ser apuradas”, disse a porta-voz do partido naquela região autónoma, Dina Letra.
A dirigente do BE, que falava aos jornalistas em Encumeada, no concelho de São Vicente, considera que este incêndio demonstrou “a negligência e a inércia” do Governo Regional na prevenção ao logo dos anos, recordando que na “história recente” da Madeira ficaram registados “inúmeros fenómenos” que “aconselhavam” a uma mudança de estratégia e à aplicação no terreno de outras medidas no combate às chamas.
“Não há qualquer planeamento florestal, nem há um ordenamento do território sério que o proteja, o interesse público, que proteja as pessoas, o património natural”, lamentou.
Para o BE, que não tem atualmente representação parlamentar na Madeira, este incêndio “colocou a nú e à vista de toda a gente a irresponsabilidade” do governo regional” na gestão do combate às chamas.
A Porta-voz do BE na Madeira criticou ainda o Governo Regional por ter recusado integrar o Plano Nacional de Gestão Integrada dos Fogos Rurais 2020-2030.
“O que nós vimos é que Miguel Albuquerque e os senhores do PSD, que se julgam donos e senhores da Madeira recusaram participar na construção deste plano porque acham que colocaria em causa a nossa autonomia, é exatamente o contrário”, defendeu.
Para o BE esta posição do Governo Regional da Madeira traduz-se num “atentado” à economia e à especificidades do território, “colocando em causa” a vida de quem vive naquela ilha, o património natural da Madeira que “não pode ficar refém nem de humores nem da arrogância de políticos que mostram “não ter qualquer respeito” pela Madeira.
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Autarca esteve próximo do incêndio e garante que "estava mais calmo"
A presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, Célia Pessegueiro, confirma, em declarações à CNN, que o incêndio na Ponta do Sol “estava mais calmo” e que, “pelo menos, não há labaredas nem a sensação de que o fogo se está a espalhar descontroladamente”.
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Autarca de Santana deixa críticas ao poder político: "Não [podemos] ser tão bairristas e achar que temos as soluções todas"
O presidente da Câmara de Santana defendeu este sábado que é preciso retirar conclusões do combate ao incêndio na ilha da Madeira, alertando que sem os meios nacionais e europeus dificilmente a situação estaria controlada.
“Sem os meios que foram disponibilizados pela República, nomeadamente a equipa especial de bombeiros, e depois a ativação do meio europeu com as aeronaves, muito dificilmente tínhamos a situação na Região Autónoma da Madeira controlada”, declarou Dinarte Fernandes (CDS-PP).
O autarca reforçou que na zona do Pico Ruivo, localizado no concelho de Santana, já vigora a “situação de fogo extinto”, explicando que a precipitação registada hoje permitiu evitar reacendimentos.
“Esta manhã foi feita uma visita por parte da equipa especial de bombeiros até ao Pico Ruivo. Essa equipa conclui que a precipitação que se fez sentir naquela zona, embora não tenha sido uma precipitação por aí além, foi o suficiente para extinguir os pontos quentes que existiam naquela zona, que era o que nos preocupava”, afirmou.
Dinarte Fernandes defendeu que os “responsáveis políticos e técnicos”, quer das áreas das florestas, quer da Proteção Civil, “têm de retirar conclusões para que situações como essas possam ser atendidas e acudidas mais rapidamente”.
“Não podemos deixar que as repercussões de um incêndio que se inicia na outra ponta da ilha sejam estas. Já todos percebemos. Andámos 20 e tal anos a dizer que o helicóptero não dava, afinal dá e funciona. Andamos outros 20 e tal a dizer que os ‘canadair’ e os meios aéreos de asa fixa não funcionariam e afinal funcionam”, referiu.
O presidente da Câmara Municipal ressalvou que existirá “sempre o risco de incêndio” na floresta, mas defendeu que é preciso “pensar no tipo de floresta que se quer” para o futuro.
“É preciso sermos mais realistas nestas questões e experimentar as soluções que o mundo nos oferece para combater incêndios e não sermos tão bairristas ao ponto de acharmos que temos aqui as soluções todas”, acrescentou.
Questionado sobre se as autoridades desvalorizaram o incêndio na fase inicial, Dinarte Fernandes rejeitou comentar, mas apelou ao parlamento para “retirar conclusões”.
“Não vou ser eu a dar resposta a isto. Acho que o parlamento tem a responsabilidade de inquirir os responsáveis políticos e não só. O parlamento tem uma palavra a dizer e é cada vez mais soberano no atual cenário político e partidário”, insistiu, aludindo ao contexto em que o PSD governa em minoria, apesar do acordo parlamentar com o CDS-PP.
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Ponta do Sol. Proteção Civil confirma que "ninguém foi retirado de casa" e que "fogo perdeu força" nas últimas horas
Cláudia Duas Ferreira, responsável da Proteção Civil da Ponta do Sol, revela que o fogo “não progrediu” nas últimas horas e que “as populações continuam seguras”, ainda que os meios aéreos não estejam a atuar na Ponta do Sol.
“Neste momento não é viável o combate à chamas com meios aéreos porque o fogo está sob cabos de alta tensão”, explicou a responsável, acrescentando que não tem informações sobre o possível retomar do uso desses meios aéreos.
À hora em que faz o balanço, Cláudia Duas Ferreira explica que “o vento baixou de intensidade”, que se espera um “abrandamento da temperatura” e que o “fogo perdeu força”. Além disso, é possível ver nevoeiro na região, que se espera que ajude.
A Proteção Civil refere ainda que “ninguém foi retirado de casa” e continua a haver um posto para auxiliar a população.
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Proteção Civil diz que fogo na Ponta do Sol deverá ser debelado em breve
O incêndio que deflagrou há 11 dias na Madeira mantém ainda um “ponto quente” na zona da Lombada, no concelho da Ponta do Sol, indicou este sábado a Proteção Civil, adiantando que o fogo deverá ser debelado em breve.
“Tem um ponto quente que está um bocadinho ativo e nós esperamos — atenção, não estou a dizer que vai acontecer — que no prazo de uma hora, uma hora e meia, que a gente consiga debelar aquilo”, disse à agência Lusa o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, António Nunes, num contacto estabelecido cerca das 16h15.
“É um ponto que está ativo, portanto, não está tudo completamente controlado”, reforçou.
António Nunes disse também que o fogo não ameaça residências. “Está a uma distância de segurança, não há casas nenhumas em perigo”, assegurou.
De acordo com o presidente da Proteção Civil, o fogo está a ser combatido apenas com meios apeados, porque ocorre numa área debaixo de cabos de alta tensão, circunstancia que impede a utilização do meio aéreo.
“Eles [a equipa que opera o helicóptero] não podem ir para lá e também porque nós consideramos que os meios apeados que lá estão são suficientes para debelar aquilo no espaço de uma hora”, disse António Nunes.
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Moradores da Fajã das Galinhas ainda não podem regressar à casa
O presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos afirmou hoje que a Fajã das Galinhas não oferece condições de segurança para as pessoas poderem regressar às suas casas estando, agora, a tratar dos realojamentos.
“Somos do entendimento de que a escarpa e o acesso viário para a Fajã das Galinhas, por um tempo que não conseguimos determinar, não oferece as condições de segurança para que as pessoas possam regressar às suas habitações”, disse à Lusa Leonel Silva.
O autarca revelou que esta decisão já foi comunicada aos habitantes, retirados daquele local enquanto o incêndio estava ativo.
Os moradores vão, agora, ser realojadas provisoriamente em equipamentos municipais, públicos e regionais enquanto a construção de habitações definitivas, noutra localidade, não estiver concluída, explicou.
Leonel Silva salientou que a autarquia vai iniciar brevemente a construção de 30 moradias num investimento de 7,5 milhões de euros na zona do Castelejo, próxima da Fajã das Galinhas, localidade que não oferece riscos.
Este projeto não é novo, tendo sido desenhado no ano passado aquando da estratégia local de habitação onde a Fajã das Galinhas já tinha sido sinalizada como sendo de elevado risco, sublinhou.
Dizendo que o incêndio veio acelerar o processo, o autarca revelou que a generalidade das pessoas já não quer regressar à Fajã das Galinhas.
Leonel Silva frisou que o único acesso viário à fajã vai ser apenas reaberto para que as autoridades possam retirar os animais que lá estão, continuando proibido às populações porque não estão garantidas as condições de segurança.
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Autarca da Ribeira Brava avisa que nada vai ficar como antes e pede mais meios para zonas sensíveis
O presidente da Câmara da Ribeira Brava alertou hoje que nada vai ficar como antes devido ao incêndio que ainda lavra na Madeira, defendendo um reforço de meios para zonas sensíveis e a replantação com espécies mais resistentes.
“Uma coisa é certa. Com este incêndio todos perdemos. Ninguém pense que vai ficar como era antes. Nós todos perdemos. Ver terra tão queimada e terra tão cinzenta em zonas conhecidas pela beleza, enquanto, automaticamente, há pessoas que perderam animais, palheiros”, disse à agência Lusa o autarca do município, Ricardo Nascimento (independente).
O incêndio rural, que já consumiu mais de 5.000 hectares na lha da Madeira, deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.
Nascimento adiantou que está a ser feito o levantamento dos prejuízos para “ver algumas possíveis ajudas”, mas avisa que “é impossível ajudar todos”.
“Os grandes prejuízos são em palheiros e armazéns agrícolas que se queimaram, animais que morreram, tubagens de rega, algumas colmeias. Em outros casos, as colmeias não foram [destruídas], mas está tudo queimado à volta. É preciso ver a questão da alimentação das abelhas e também algumas culturas”, explicou.
O presidente do Câmara Municipal da Ribeira Brava defendeu que é “preciso pensar” na “forma de tentar extinguir” o fogo o “mais rapidamente possível” em sítios “onde já é característico existirem incêndios”.
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Bombeiros combatem reacendimento na Ponta do Sol. Fogo está perto de casas
Depois do incêndio ter sido considerado controlado e em fase de rescaldo, um reacendimento na Ponta do Sol obrigou os bombeiros a retomar o combate às chama. Esta tarde estavam a 100 operacionais a combater uma frente. Já durante a manhã tinham sido realizadas descargas com o helicóptero na Lombada, indicou o Diário de Notícias da Madeira, citando a autarca Célia Pessegueiro.
Há chamas numa encosta de difícil acesso que chegaram a aproximar-se de casas, o que terá já levado à retirada de algumas pessoas da zona para facilitar as operações dos bombeiros.
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Incêndio da Madeira: Onde tudo começou, a população procura olhar em frente
Na Serra de Água, onde no dia 14 começou o incêndio que queimou mais de 5.000 hectares na Madeira, o fogo cobriu a serra de negro, mas a população está decidida em “olhar em frente” após aflição.
Incêndio da Madeira: Onde tudo começou, a população procura olhar em frente
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Empresa de águas da Madeira apela à população para reduzir o uso ao essencial até repor capacidade
A empresa Águas e Resíduos da Madeira (ARM) pediu hoje à população para não desperdiçar água e utilizá-la apenas no essencial, nomeadamente para beber, preparar refeições e higiene pessoal.
“A lavagem dos quintais, de viaturas, vias públicas e a rega de jardins são atividades que podem ser adiadas por alguns dias”, referiu a ARM, em comunicado.
A empresa explicou que alguns sistemas de água das zonas atingidas pelos incêndios ainda se encontram em reposição, particularmente onde foi necessário proceder a intervenções de limpeza.
Por isso, devido aos elevados consumos de água verificados nos últimos dias em alguns sistemas e à persistência do tempo quente na região, a empresa pede às pessoas para não desperdiçar água “para que não falte onde é mais necessária”.
Neste contexto, apelou a que a população use a água apenas para o essencial, nomeadamente para beber, preparar refeições e higiene pessoal.