Histórico de atualizações
  • Resumo do debate em Atenas

    Para esta sexta-feira estava, assim, guardado um debate em que predominou o jogo político interno. Alexis Tsipras concentrou-se em vincular a oposição a um eventual acordo que, inevitavelmente, acarreta riscos políticos para o Syriza. Há também, entre os analistas, quem  tenha visto um discurso astuto em que Tsipras conseguiu lançar farpas às “propostas absurdas” dos credores ao mesmo tempo que garantiu que “estamos mais perto do que nunca de um acordo”.

    Esta última mensagem terá um destinatário claro: Mario Draghi, o homem que lidera a instituição que tem o poder de manter ou fazer sair a Grécia do euro, conforme mantenha ou aperte o limite da liquidez de emergência aos bancos gregos. Sem a garantia de que as negociações estão a progredir, o BCE terá dificuldades em continuar a justificar a cedência de liquidez que não deve ser mais do que temporária.

    Numa altura em que a hemorragia de depósitos voltou a acelerar na banca grega, essa continuará a ser a grande dúvida para a semana que se avizinha, em que o BCE volta a reunir-se para analisar a situação.

    O Observador continuará a acompanhar de perto este momento decisivo para a História da união monetária europeia. Fechamos este liveblog com votos de bom fim de semana.

     

  • O que irá fazer o BCE?

    Dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt, estará a ouvir Alexis Tsipras, atentamente, quando este diz que as propostas dos credores são “absurdas” e “irrealistas”. O banco central volta a reunir-se na próxima semana para decidir se aumenta a liquidez de emergência aos bancos gregos.

  • 700 milhões de depósitos saíram da banca grega. Só hoje

    A banca grega perdeu 700 milhões de euros em depósitos esta sexta-feira, dia em que a Grécia devia ter pago ao FMI 305 milhões de euros mas pediu para juntar todos os pagamentos de junho para o final do mês. Nos últimos sete dias, a banca perdeu 3.400 milhões de euros em recursos de clientes.

  • Líder do To Potami acusa Tsipras de estar a mentir

    Stavros Theodorakis, líder do partido liberal To Potami, acusa Alexis Tsipras de estar a mentir. Sublinha que a Grécia tem um prazo de 14 de junho, e não de 30 de junho, para chegar a um acordo com os credores. Esse dia, de domingo a uma semana, foi veiculado na imprensa há alguns dias como o novo prazo dado pelos credores para um acordo.

    Theodorakis lança fortíssimas críticas a Tsipras mas não foge ao repto lançado pelo primeiro-ministro. O partido To Potami irá votar favoravelmente qualquer acordo que mantenha a Grécia na zona euro.

  • Extrema-direita da Aurora Dourada sobe ao púlpito

    Muitos deputados abandonam o hemiciclo enquanto fala Nikos Michaloliakos, líder do partido neo-nazi da Aurora Dourada. Partido foi o terceiro mais votado nas eleições de janeiro e o seu líder está a falar sobre democracia e direitos humanos.

  • Samaras a Tsipras: "Deixe a arrogância de lado e faça um acordo"

    Se Tsipras tentou envolver a oposição num eventual acordo, Antonis Samaras, do Nova Democracia, contra-ataca: “Deixe a arrogância de lado e faça um acordo”.

    “Sr. Tsipras, o senhor destruiu este país e deixou-nos isolados”, acusa Samaras.

    Samaras diz, também, que o seu partido não tem “medo” de eleições antecipadas mas diz que “o país não pode tê-las”, já que se transformariam num “referendo ao euro” e poderiam criar ainda mais instabilidade.

  • Discurso para consumo (político) interno. Não para as pessoas

    A crítica é de Silvia Merler, economista do Bruegel. “Este debate não é mais do que política interna. Samaras e Tsipras estão a falar um com o outro e não para os cidadãos gregos”.

  • O que pediu Tsipras hoje. Em três pontos

    O resumo é feito pela própria conta oficial de Alexis Tsipras.

    – Metas orçamentais mais baixas (sinónimo de consolidação orçamental mais lenta)

    – Reestruturação da dívida

    – Proteção das pensões e dos salários.

    https://twitter.com/tsipras_eu/status/606868128702824448

  • "Você tem muita lata", diz Samaras a Tsipras

    Antonis Samaras, antigo primeiro-ministro e líder do partido Nova Democracia, diz que Tsipras tem “muita lata” em querer chamar a oposição para esta discussão. 

    “Qualquer coisa que venha a ganhar com esta negociações já foi mais do que perdida com estas negociações”, diz Samaras, sublinhando que, enquanto era governo, também “muitas vezes recusámos medidas difíceis”.

    Líder do Nova Democracia diz a Tsipras: “As medidas que estão a pedir-vos que aceitem são três vezes piores do que as que o governo anterior ia tomar”.

  • Para combater a oposição dentro do próprio partido, Tsipras vira as atenções para a oposição

    Para combater a oposição dentro do próprio partido, Tsipras vira as atenções para a oposição. Antonis Samaras já está a responder ao primeiro-ministro.

  • Twitter de Tsipras diz que governo "quer ouvir" a oposição.

    https://twitter.com/tsipras_eu/status/606864909205446656

  • Tsipras garante nova legislação laboral, de forma unilateral

    Tsipras garante que irá refazer a legislação laboral, recuperando, por exemplo, regras de contratação coletiva. Legislação será feita de forma unilateral, sem se importar com o que os credores dizem.

  • Tsipras pede o apoio dos partidos "com a mão no coração". Moção de confiança?

    O primeiro-ministro grego sinaliza que poderá pedir uma moção de confiança no parlamento.

    Tsipras diz que vai pedir “a todos os partidos que digam, com a mão no coração” se aceitam o acordo proposto pelos credores

    Garante que antes de enviar contra-propostas aos credores, quer “ouvir os partidos da oposição” para saber se estes aprovam o plano. 

    Tsipras arranca mais aplausos da plateia dizendo que “a Grécia não será humilhada”.

  • Proposta dos credores foi "surpresa desagradável"

    Alexis Tsipras diz que a proposta apresentada pelos credores esta semana, horas depois de o primeiro-ministro grego ter apresentado uma “proposta realista”, foi uma “surpresa desagradável”. 

    O grego diz que a proposta dos credores “não é realista” e que “espera que os credores a retirem”.

    Alexis Tsipras arranca os primeiros aplausos no Parlamento.

  • "Tem de haver um alívio para a nossa dívida"

    “Tem de haver um alívio para a nossa dívida”, insiste Alexis Tsipras.

    O Observador focou-se esta manhã no plano de Varoufakis para que isso aconteça. A dada altura, o FMI insistia que teria de haver um alívio da dívida mas depois do encontro desta semana em Berlim, essa deixou de ser uma exigência da instituição liderada por Christine Lagarde.

  • Tsipras vira as atenções para as metas orçamentais mais suaves

    “A Grécia fez uma proposta completa à Europa”, cuja característica principal é “um excedente orçamental primário mais baixo”.

    Alexis Tsipras está a virar as atenções para as metas orçamentais mais suaves que um eventual acordo terá, necessariamente. Mas vários economistas alertam que o impacto entretanto sofrido pela economia e pelas contas públicas obrigariam, sempre, a metas de consolidação orçamental mais leves.

  • As primeiras palavras de Tsipras: "A Grécia está na reta final das negociações"

    Alexis Tsipras começa por dizer que “a Grécia está na reta final das negociações” e que a Grécia quer “uma solução mutuamente benéfica” para Atenas e credores.

    Mais uma nota: o grego garante que “o governo não está a esconder o que quer que seja do povo grego”.

  • Está a começar o discurso de Alexis Tsipras, com 1h15 de atraso

    Está a começar o discurso de Alexis Tsipras, com 1h15 de atraso face à hora inicialmente agendada.

  • Tsipras está um pouco atrasado. Discurso deverá começar depois das 16h30

    Discurso de Tsipras deve começar pelas 16h30. Há quem antecipe uma tarde “turbulenta”.

    https://twitter.com/wolfpiccoli/status/606840907661516801

  • Merkel e Schäuble em conflito sobre a Grécia? Porta-voz nega

    O tablóide alemão Bild sugeriu esta sexta-feira que Angela Merkel, a chanceler alemã, e Wolfgang Schäuble, o ministro das Finanças, não falam (ou, pelo menos, não pensam) a uma voz sobre a Grécia. 

    Implícito no relato do Bild estava a ideia de que Merkel tem, à medida que se sucedem os encontros com Alexis Tsipras, vindo a adotar uma posição mais tolerante. Pior que isso, Schäuble não teria sido posto ao corrente do que foi discutido no encontro em Berlim entre Merkel, Tsipras, Draghi, Juncker e Lagarde. 

    Porta-voz do governo alemão desmente que haja qualquer mal-estar na cúpula do governo alemão e garante que “a chanceler e o ministro das Finanças estão a trabalhar em conjunto nas melhores condições, com confidencialidade e honestidade”.

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