Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Terminamos aqui o liveblog em que acompanhámos a atualidade política, nomeadamente o Congresso do Livre.

    Abrimos novo liveblog para acompanhar os acontecimentos deste domingo, com a encerramento do Congresso do Livre e o arranque da campanha eleitoral na Madeira.

    https://observador.pt/liveblogs/arranca-campanha-para-eleicoes-na-madeira-livre-elege-novos-orgaos-do-partido/

    Obrigada por estar connosco.

  • Congresso Livre: "Um partido viável que quer ser fiável"

    No final do 2º dia de congresso, Miguel Pinheiro e Miguel Santos Carrapatoso analisam o caminho que Rui Tavares aponta para o futuro de um partido que quer chegar ao Governo.

    [Ouça aqui o comentário da Rádio Observador no final do 2º dia de congresso]

    Congresso Livre: “Um partido viável que quer ser fiável”

  • Trabalhos do congresso do Livre acabaram por hoje

    Já não há mais inscrições de congressistas que queiram intervir esta noite, o que significa que os trabalhos do Livre serão retomados amanhã, pelas 10h.

    Na agenda estará a divulgação dos resultados de várias votações (para aprovar o programa das europeias e eleger os novos órgãos do partido) e intervenções dos principais candidatos às eleições europeias e às regionais da Madeira. O Observador acompanhará, como hoje, todos esses momentos ao minuto.

  • Rui Tavares avisa: Livre tem de evitar problemas internos que se tornem "o assunto principal"

    Rui Tavares prossegue nas “missões” do Livre: as pessoas estão “assustadas com crescimento do autoritarismo, do discurso de ódio, da forma como se normalizou atacar pessoas por quem são”. E critica a ideia de que este é um processo “inevitável”: “As pessoas querem ver uma porta de saída desta situação”.

    Critica que pela primeira vez em 900 anos de História pela primeira vez se discuta se o chefe de Estado é um traidor da pátria, por iniciativa de André Ventura, alguém que era do mesmo partido. “Traição à pátria” é falar sobre isto no Parlamento com “tudo o que está a acontecer no mundo”, ou não avançar nas medidas ecológicas, argumenta.

    É preciso “apontar uma via de saída contra a extrema-direita”. E termina dizendo que para cumprir isto é preciso um partido que já provou a sua viabilidade aos eleitores. “Sim, é um partido viável, tem também de ser fiável”. Ou seja, tem de ter modos de funcionamento “coerentes” e que não sejam “o assunto principal”, porque isso impede o partido de “falar de todos os outros assunts que importam”.

    “Temos de nos enraizar mais. Temos de ir ao encontro das pessoas”, prossegue. Depois, fala de momentos em que pessoas de localidades mais pequenas e isoladas lhe deram esperança ao mostrarem confiança no partido. “Não nos esquecemos de ninguém, não abandonamos ninguém”, e será preciso garantir que a mensagem passa já nas europeias

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Rui Tavares: "Temos de nos preparar para governar este país"

    Rui Tavares continua elogiando os processo de democracia interna do Livre: “Fomos nós que inventámos isto”, atira, arrancando um aplauso de pé à sala depois de falar dos candidatos do Livre, que não são “apadrinhados por ninguém”.

    E diz ver nas 25 moções específicas apresentadas “o embrião das missões que o partido tem de levar por diante nos próximos dois anos”. Elas são essencialmente três, defende: num país que está numa situação de grande “incerteza e ingovernabilidade”, a crítica de falta de diálogo que “assentava como uma luva a António Costa” volta a servir a Luís Montenegro, sem que tenha sequer uma maioria absoluta.

    “Onde está uma ideia? Onde está o futuro naquele programa?”, ataca. Por isso, o Livre tem de se “preparar para governar este país”, atira. E diz que se deve lutar por um novo ciclo político, plural, em Portugal, em que o Livre tenha “uma palavra determinante”.

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Rui Tavares recorda fundação do Livre, para contrariar esquerda que "carpia mágoas" e temia assumir convergências

    Fala agora Rui Tavares. Começa por falar na escola Fernão Mendes Pinto, nas proximidades do pavilhão, e lembra um ano em que foi convidado para ir lá falar sobre o dia da Europa. “Tínhamos lançado o manifesto para uma esquerda livre um ano antes”, recorda. Na altura, conta, ouviu questões dos jovens que “não tinham vivido outra época que não de crise”, no tempo da troika, e sentia que a política tradicional não estava a dar resposta, e a esquerda encontrava-se ocasionalmente na Aula Magna para “carpir mágoas” mas faltava uma “plataforma conjunta” para encontrar soluções.

    Nem a troika e Passos Coelho faziam “acordar a esquerda”, frisa. “Vinha a pensar naquilo que se tinha pensado. Pensava que fazia falta um partido de esquerda europeia em Portugal, que quebrasse tabus, que a convergência não era uma coisa para se assumir envergonhadamente numa conversa entre amigos mas não a um jornal”.

    O povo de esquerda estava farto de “combater” e não de “inventar o futuro”. “A esquerda estava habituada a inventar o futuro e parece que tinha havido uma desistência”, atira. O pensamento, lembra, ia-lhe ocorrendo, e pensava “ó diabo, se calhar somos nós que temos de fazer um partido assim”.

    Depois diz que o futuro dos jovens não está determinado: “Não deixem que vos convençam que vão viver pior do que os vossos pais”.

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Martim Freitas diz vir na condição de “jovem” opor-se à moção sobre haver uma estratégia específica para os mais jovens. E deixa uma crítica a Sebastião Bugalho, falando em “ideias bafientas” de jovens que são considerados influentes (mas “escolhidos a dedo”) e saltam para candidaturas. Defende que o debate intergeracional é “muito mais rico” e permite a cada um sair da sua bolha, cruzando idades e classes.

    Filipe Martins, integrante da lista C, critica a falta de transparência no Livre em relação a informações como o número de militantes, ou de funcionários que são dirigentes do partido, e tece críticas ao processo de escolha dos representantes do Livre.

  • Paulo Muacho diz que Livre tem "responsabilidade de ser a voz" dos esquecidos no Alentejo e Algarve, para "reverter" crescimento do Chega

    O deputado Paulo Muacho diz que o Livre quer ser cada vez mais “um partido nacional”, e para isso é preciso “reforçar o trabalho em todas as regiões”. Nota que a “extrema-direita ficou em primeiro lugar” em muitos municípios em regiões que se sentem “esquecidas”, que não veem “a sua voz representada no Parlamento”. “Temos também a responsabilidade de ser a voz destas pessoas, do progressismo no Alentejo, no Algarve”. Aproveita para anunciar que as primeiras jornadas parlamentares do Livre serão em Elvas, para mostrar que o partido está próximo dessas preocupações. “É isso que pode começar a onda para reverter o crescimento da extrema-direita”, conclui.

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Jorge Pinto diz que Livre é o "verdadeiro partido ecologista" e ataca quem faz "ecologia de combate à água que corre enquanto lava dentes"

    O Livre começa agora a discutir as moções que acabam de ser apresentadas.

    A congressista Joana Alves Pereira pede o apoio ao documento “desafiando o ódio, promovendo a inclusão”. E fala em “forças de regressão e intolerância” que desafiam os direitos das mulheres ou da comunidade LGBTQ. “O discurso do ódio é destrutivo e silenciador”, argumenta. O partido tem responsabilidade na forma como comunica interna e externamente, avisa, alertando para o “machismo e racismo estrutural” e pedindo que se crie um grupo de trabalho sobre estes assuntos no partido.

    O deputado Jorge Pinto sobe ao palco e defende uma moção que pede “mais ecologia na ação política do Livre”, definindo o partido como o “verdadeiro partido ecologista em Portugal”. “É uma ecologia muito distinta mesmo daqueles partidos que dizem que são ambientalistas. Não fazemos ecologia do combate à água a correr enquanto se lava os doentes”, nem à espera de “revoluções” que hão de vir, nem sem ter em conta fatores sociais, dispara. “Não há justiça ambiental sem justiça social e o oposto também é verdade”.

    Ainda assim, com esses partidos é possível trabalhar, diz; o grande desafio são os que querem combater os “poucos avanços” que se têm registado, incluindo a extrema-direita e a direita que está no governo. “Defendem uma alteração à lei dos solos para permitir a construção em territórios protegidos”, sob a capa de ser para habitação acessível, acusa. Portugal vive um “necrocapitalismo”, defende.

  • Moção propõe regionalização em 2026

    Continua a apresentação de moções setoriais, ou “específicas”, no congresso do Livre. É apresentado um documento a favor da “grande reforma estrutural prometida pelo 25 de Abril que ainda não foi feita”: a regionalização. O texto inclui um ponto que pede que “o Livre defenda na Assembleia da República a realização de um referendo nacional sobre a regionalização em 2026”.

    Há também um documento que visa corrigir um problema recorrente nos partidos: quer assegurar que estas moções específicas que são aprovadas são mesmo aplicadas, passando a fazer um acompanhamento por um grupo de trabalho específico e um relatório sobre a execução das moções. O texto quer que as moções setoriais “sejam encaradas como prioridade do Grupo de Contacto, autorizando desde já a mobilização das verbas necessárias à sua execução e garantindo que os meios sejam disponibilizados com a brevidade possível para a execução das moções”.

    Uma moção pede um ambiente mais inclusivo dentro do partido e que se respeite a diversidade das opiniões, que acredita poder ajudar a apaziguar as “dores de crescimento” do Livre. Tem de haver um debate interno sobre a “estrutura política e social” do partido. E defende-se também uma maior implementação do partido pelo território nacional.

  • Francisco Paupério: "Caminho não passa por fechar as eleições primárias"

    Candidato às europeias diz que polémica não deve levar a alteração do modelo de primárias. Admite não ter concordado com processo legal dentro do Livre. E critica UE a várias velocidades sobre Gaza.

    Francisco Paupério: “Caminho não passa por fechar as eleições primárias”

    [Ouça aqui a entrevista a Francisco Paupério]

    Francisco Paupério: “Não concordei com processo sobre primárias”

  • Moções setoriais destacam importância das autárquicas e de falar aos jovens: "A extrema-direita está diariamente nas escolas"

    Começa agora a discussão das “moções específicas”, sobre assuntos setoriais. A primeira defende a criação de mais núcleos locais do Livre, defendendo que a extensão ao Porto contribuiu para os resultados do Livre nas legislativas. E argumenta que as eleições autárquicas serão eleições cruciais, em que o Livre só poderá ter bons resultados se se reforçar a norte.

    A moção “tempo para o trabalho político local” vai no mesmo sentido, falando numa “oportunidade”, nas próximas autárquicas, para consolidar os resultados do Livre e para conseguir um maior enraizamento no país. O texto defende os candidatos locais tenham “muito mais tempo” para chegar aos eleitores e partilhar as suas ideias. Por isso que as eleições primárias nas autárquicas reforçarão essa capacidade e devem ter um calendário próprio decidido pelo respetivo núcleo territorial, defende o moção.

    Há ainda outro texto que defende a aposta em várias candidaturas em nome próprio e em coligação nas autárquicas. “Nas eleições autárquicas passadas o Livre conseguiu eleger o seu primeiro vereador, no município de Lisboa, e alargou a sua representação em Assembleias Municipais e de Freguesia. Em 2025 temos de ir ainda mais longe. Para isso, é importante o LIVRE não cometer o erro em que alguma esquerda por vezes cai, de tratar as autárquicas como eleições menores”, lê-se.

    Daniel Ferreira defende a moção que, mantendo que o Livre não deve ter uma juventude partidária, acha que o partido estará a perder “contributos valiosos” se não repensar a sua estratégia para a juventude. Por isso propõe uma rede de núcleos de estudantes do Livre, uma Estratégia Nacional para a Juventude e um Círculo Temático (CT) Juventude e Políticas Jovens.

    “A extrema-direita está diariamente nas escolas”, avisa. A esquerda tem crescido nas universidades, mas “é crucial que esse ímpeto não se perca”, pede.

    Existe ainda uma moção que defende uma maior ligação do Livre ao mundo sindical.

  • Rui Tavares toma a palavra para defender "Parlamento da Humanidade" e reconhecimento do Estado da Palestina

    Fala agora Rui Tavares. É a primeira vez que o faz neste XIV Congresso do Livre. O deputado e líder do partido intervém sobre a importância da defesa dos Direitos Humanos e sobre a urgência de condenar os crimes contra a Humanidade.

    A seguir, Rui Tavares pede que o Congresso reconsidere a possibilidade de integrar uma medida antiga do Livre, que chegou a constar , de resto, dos documentos estratégicos do partido, e que passa por defender a criação de uma “Assembleia Parlamentar das Nações Unidas, que represente todos os Parlamentos dos membros da Organização das Nações Unidas”.

    Seria o “Parlamento da Humanidade”, como lhe chamou Tavares, antecipando o desejo de, no futuro, ver representado o Parlamento palestiniano nesse “Parlamento da Humanidade”.

    O líder do Livre defendeu a esse propósito que o Estado Português deve reconhecer o Estado da Palestina. “É essencial que se faça esse caminho e que esse caminho seja feito livre de amarras.”

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Crítica explícita ao Hamas retirada. Proposta passa a condenar "todos os atos de terrorismo"

    Há uma alteração à emenda proposta por Bárbara Tengarrinha, que propunha a condenação explícita do Hamas e foi criticada no congresso. Essa parte da proposta desapareceu, lendo-se agora, após as críticas a Israel: “Condenamos todos os atos do terrorismo pela sua natureza e por alimentarem forças hostis à solução dos dois estados”.

  • O ataque aos partidos "ortodoxos" de esquerda: "Querem ser mais papistas" do que Marx e Engels

    Ouvem-se no palco, da parte do congressista Hélder Verdade Fontes, ataques aos partidos mais à esquerda. Depois de se dizer de esquerda e socialista, lamenta que “nestas eleições a própria esquerda” ataque o Livre, criticando a suposta intenção dos partidos de “desmantelar o projeto europeu” e de terem uma visão maniqueísta sobre a Europa. “A vida tem muitas cores e nós sabemos, somos verdes”, atira. “Desistir da Europa é um erro”. É, aliás, para evitar isso que o Livre, nasce, justifica: “Queremos fazer diferente”.

    Definindo essa esquerda como “ortodoxo”, usa Marx e Engels como argumentos: “Quando escrevem o seu manifesto não dizem que um espectro ronda a Prússia, a França, o Reino Unido — ronda a Europa. E estes ortodoxos querem ser mais papistas do que o Papa”, ataca.

  • Congressistas discutem se devem incluir condenação do Hamas no programa. "Se há algo a condenar é genocídio do povo palestiniano"

    Algumas intervenções do congresso do Livre, que se foca agora na discussão do programa para as eleições europeias e nas emendas ao documento que os congressistas propuseram, dedicam-se à discussão de uma emenda sobre a guerra em Gaza. Em causa está uma proposta de Bárbara Tengarrinha, no ponto que prevê o reconhecimento do estado independente da Palestina, que acrescenta uma condenação dos “atos de terrorismo, tal como os de 7 de Outubro 2023 perpetrados pelo Hamas, que têm servido para fortalecer a extrema direita ultraortodoxa e as forças hostis à solução de dois estados.”

    O congressista Miguel Santos sobe ao palco indignado com a proposta, argumentando que a condenação do Hamas já foi feita e não é oportuna, afastando-se do “espírito do programa”. “A condenação do Hamas já ocorreu no tempo devido, quando era pertinente. Hoje se há algo a condenar é o genocídio do povo palestiniano (…). É necessário condenar os crimes de guerra [de Israel] sem dispersar atenção, algo que só beneficia a ultradireita”.

    “Sei há quem tenha dificuldade e falta de coragem em condenar explicitamente Israel, mas temos o dever de fazer a coisa certa. Agora é hora de condenar”, atira, recebendo um aplauso em pé da sala.

    Menos consensual parece ser a intervenção de Bernardo Mata em defesa da emenda, argumentando que “não é incompatível” a condenação do Hamas com a condenação de Israel. Pede que a emenda seja aprovada, mas é menos aplaudido.

    Vão-se discutindo propostas de alteração a tópicos muito diferentes. Uma prevê que o “combate ao anticiganismo” seja uma bandeira do partido; outra defende que a organização do Mundial 2030 não permita “lavar a imagem de Marrocos” quanto à “ocupação” do Saara Ocidental.

  • Ricardo Sá Fernandes: "Temos de acautelar risco de interferências de uma seita que se queira aproveitar do Livre"

    Em entrevista, Ricardo Sá Fernandes admite que modelo de primárias abertas no Livre permite “chapeladas”. Francisco Paupério é excelente candidato, mas ainda tem resistências internas, diz.

    Ricardo Sá Fernandes: “Temos de acautelar risco de interferências de uma seita que se queira aproveitar do Livre”

    [Ouça aqui a entrevista a Ricardo Sá Fernandes]

    Ricardo Sá Fernandes: “O Livre não é um partido satélite”

  • Rui Tavares dispara contra "putinista" Tânger e contra o passado eurocrítico de Bugalho

    À chegada ao XIV Congresso do Livre, Rui Tavares desvalorizou qualquer desconforto internou ou desunião interna, mesmo depois de um processo de eleição interna para as europeias muito controverso.

    “Não pode não haver a união. Este é um partido que nasceu por vontade de muita gente que não teria a política como sua primeira atividade. É um partido feito de coesão, de união e de amizade”, defendeu o líder do livre.

    Rui Tavares, de resto, não deixou de provocar os seus adversários à direita, nomeadamente António Tânger Corrêa e Sebastião Bugalho.

    “Não temos um cabeça de lista é putinista e depois o número dois anda a tentar dizer que o que ele disse de antissemita não era antissemita”, atirou Tavares, referindo-se à entrevista de Tânger ao Observador e às reações que se seguiram.

    “Não temos gente que aprendeu a falar sobre a Europa há poucos dias ou que já disse que a União Europeia era a maior inimiga da Europa e agora que a União Europeia é ótima”, acrescentou, referindo-se a Sebastião Bugalho.

    Tavares atirou ainda a Luís Montenegro. “Dizia que os portugueses estavam cansados de eleições, mas está em campanha eleitoral na mesma. Neste momento não há Governo”, argumentou o líder do Livre.

    “O Livre tem que estar preparado para governar. Ou seja, tem de passar de ser um partido que é de projeto e de proposta, que sempre fomos, para implementação de poder e de governação. E esse é um trabalho que nos dá uma responsabilidade muito maior”, rematou Tavares.

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Paulo Raimundo diz que a direita não tem as mãos livres para cumprir promessas

    O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou hoje que a direita ganhou músculo com os resultados das últimas eleições mas não tem as mãos livres para concretizar as promessas eleitorais.

    “A situação no país está difícil e exigente”, afirmou o líder do PCP, considerando que “a direita ganhou mais músculo, ganhou mais força, ganhou mais fôlego com o resultado das eleições legislativas”, mas “não tem as mãos livres para concretizar os seu projeto e os seus objetivos”.

    No discurso de inauguração do novo centro de trabalho do PCP, em Alcobaça, no distrito de Leiria, Paulo Raimundo apontou como “sinais” desta convicção as “históricas” adesões da população às comemorações dos 50 anos do 25 de abril e à manifestação do 1.º de Maio.

    “Não tenho nenhuma dúvida de que a direita não tem as mãos livres”, explicou Paulo Raimundo à agência Lusa, vincando que o Governo de Luís Montenegro “está a criar duas linhas de ideias para justificar o incumprimento das promessas que fizeram na campanha eleitoral”.

    A primeira, a da “vitimização, de ‘ai, ai, ai não nos deixam trabalhar’” e, a segunda, a de que teriam “encontrado uma situação diferente daquela que esperavam”.

    Para Paulo Raimundo, o cenário é outro, de “uma direita que tem um projeto, que tem uma opção que está ao serviço dos grandes grupos económicos”, disse, dando como exemplos “um programa, na saúde, para privatizar ainda mais” ou as 30 medidas do programa de habitação que “não corresponde às necessidades”.

    Por vontade do PCP, “este Governo não estaria em funções”, acrescentou Paulo Raimundo, antevendo que não tendo “as mãos livres para cumprir o que prometeu”, a coligação PSD/CDS “vai ter que levar, ai ter que levar, no bom sentido, com os professores, com as forças de segurança que funcionários judiciais, os trabalhadores da saúde e por aí fora”.

  • Mithá Ribeiro ataca Bugalho: "idiota imberbe que pouco ou nada de útil fez na vida"

    Gabriel Mithá Ribeiro, deputado do Chega e secretário da mesa da Assembleia da República, apelida Sebastião Bugalho de “idiota imberbe que pouco ou nada de útil fez na vida”.

    Numa mensagem no Facebook, Mithá Ribeiro, e a propósito da polémica entre Bugalho e Tânger Corrêa (a propósito das declarações do candidato do Chega às europeias em entrevista ao Observador), ataca Bugalho por “vir agora acusar de forma descabelada, para causar celeuma pública, o cabeça de lista do Chega às mesmas eleições, o embaixador António Tânger Corrêa, de ‘conspiracionismo’ e ‘antissemitismo’, provocando outro tipo de respostas, com a da Embaixada de Israel, que animam a inutilidade do entertainer ex-comentadeiro”.

    Diz mesmo que as declarações de Bugalho são irresponsáveis “num contexto europeu cada vez mais perigoso para os judeus” que, por isso, “não pode passar em claro”.

    Acrescenta que ele próprio escreveu “para a eternidade duas ideias: (1.ª) Israel é hoje a superpotência moral por excelência na face da terra, escrevi-o no livro de 2019 e hoje reitero num contexto de guerra aberta Israel-Hamas até porque gostaria de ver como se comportariam a Rússia, China, Cuba, Coreia do Norte, Venezuela, Angola, África do Sul, Emirados Árabes Unidos ou mesmo os países ocidentais com inimigos cegamente violentos como os palestinianos praticamente dentro de casa; (2.ª) atacar Israel deve ter para os cristãos de todo o mundo o mesmo significado que atacar as cidades santas para o Islão, Meca e Medina”.

    Quanto a Bugalho, ainda o critica por, depois de lhe oferecer o livro 12 Regras para um Portugal mais justo, o ter tratado “de rotulá-lo publicamente de inimigo da democracia citando uma frase cuja fundamentação ignorava porque de forma desonesta não leu o livro”.

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