Momentos-chave
- PS acusa Governo de "piorar a situação" da saúde: "É factual que o SNS está pior"
- Chega considera que "'não é não' de Montenegro é à estabilidade política e social do país"
- Bloco de Esquerda: "Entre abril e agosto a resposta do SNS piorou e isso é responsabilidade exclusiva deste Governo"
- PAN acusa Montenegro de ter feito "discurso muito redondo" e sem "soluções concretas"
- Livre considera que setor da saúde está "muito pior do que estava quando o Governo tomou posse"
- CDS-PP considera que o país está "muito melhor do que há um ano" na saúde
- PCP considera que anúncios de Montenegro "não respondem aos problemas de fundo"
- IL contraria Montenegro, diz que há "menos previsibilidade" nas urgências e reitera que plano está a "falhar"
- Montenegro antecipa criação de passe de 20 euros mensais que permite circular em comboios urbanos, regionais e intercidades
Histórico de atualizações
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O xeque à oposição, o cheque aos pensionistas e a crítica aos comentadores. O discurso de rentrée de Montenegro nas entrelinhas
O primeiro-ministro regressa a piscar o olho aos pensionistas, contraria os comentadores que acusam o Governo de não tomar medidas estruturais e diz que saúde está melhor do que com Costa.
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PS acusa Governo de "piorar a situação" da saúde: "É factual que o SNS está pior"
Alexandra Leitão, líder parlamentar do PS, considera que o discurso de Luís Montenegro “visa apenas desviar a atenção de todos daquela que tem sido uma situação de quase descalabro na saúde”.
“Os números desmentem o que o primeiro-ministro disse. É factual que tem havido mais 40% de urgências encerradas do que em período semelhante do ano passado, há muito mais imprevisibilidade para as grávidas, uma vez que este Governo abandonou a reforma que estava em curso”, explica.
“É uma falácia dizer que o PS pede que o Governo resolva problemas em três ou quatro meses. O problema não é não resolverem, é piorarem a situação. É factual que o SNS está pior”, sublinha a deputada socialista.
Ainda sobre o aumento de vagas em medicina, assegura que “não resolve nada nem no curto nem no médio prazo”, frisando que mais importante seria investir no SNS e nos recursos humanos do SNS.
Alexandra Leitão nota ainda que “o passe ferroviário já existe” e que ser anunciado como medida para a mobilidade verde é “bastante curto” e questiona: “Em que comboios é que este passe vai servir para andar?”
“Ao contrário do que o primeiro-ministro referiu, que estavam a fazer coisas estratégicas e estruturais, as medidas hoje anunciadas são conjunturais”, avisa a líder parlamentar socialista.
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Chega considera que "'não é não' de Montenegro é à estabilidade política e social do país"
Patrícia Carvalho, deputada do Chega, considera que Luís Montenegro fez na Festa do Pontal o que tem vindo a fazer: “Apresentar medidas quando medidas anunciadas nos meses anteriores não foram concretizadas.”
A deputada do Chega critica ainda o primeiro-ministro por não ter dedicado uma palavra ao Orçamento do Estado, concluindo que “o ‘não é não’ de Montenegro não é ao Chega, é um não à estabilidade política e social do país”.
“O primeiro-ministro parece que vive alheado da realidade”, nota, frisando que o caso do passe ferroviário a 20 euros é uma “ótima ideia”, porém questionando: “Onde é que estão comboios?”
Mais do que isso, Patrícia Carvalho questionou a falta de foco de Montenegro quando falou na questão da imigração, frisando que “há muitos milhares de migrantes que não estão a trabalhar, estão ilegais e não houve uma única palavra para este aspeto”.
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Bloco de Esquerda: "Entre abril e agosto a resposta do SNS piorou e isso é responsabilidade exclusiva deste Governo"
Fabian Figueiredo, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, começa por dizer que “faltou investimento no SNS e diálogo com os profissionais de saúde”. “Portugueses sabem que entre abril e agosto a resposta do SNS piorou e isso é responsabilidade exclusiva deste Governo que acrescentou problemas aos problemas estruturais que já existiam”, afirma.
O deputado bloquista considera ainda que medidas do Governo para a habitação vão tornar este setor “mais difícil, seja para a aquisição, seja para arrendamento” porque “promove especulação e turistificação”. “A própria ministra Margarida Balseiro Lopes teve oportunidade de reconhecer e faltou essa humildade ao primeiro-ministro”, reitera, frisando que “casas estão mais caras” e “medidas vieram acrescentar problemas aos problemas”.
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PAN acusa Montenegro de ter feito "discurso muito redondo" e sem "soluções concretas"
É a vez de Inês Sousa Real, deputada única do PAN, que começa por recordar o arranque do discurso de Montenegro ao dizer que “não foi apenas o som que falhou”, mas também “as ambições para o país”.
“Luís Montenegro trouxe-nos um discurso muito redondo que não traz soluções concretas”, refere, dizendo ser “falacioso” que a saúde esteja melhor do que no ano passado.
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Livre considera que setor da saúde está "muito pior do que estava quando o Governo tomou posse"
Jorge Pinto, deputado do Livre, reage agora ao discurso de Luís Montenegro para sublinhar que se há setor que tem falhado é o da Saúde. “Luís Montenegro dizia-nos que tinha as soluções para os problemas e agora pede aos portugueses paciência”, aponta, frisando que o setor está hoje “muito pior do que estava quando o Governo tomou posse”.
“Sabemos que os problemas não se resolvem de um dia para o outro, mas este Governo tem conseguido aprofundar ainda mais os problemas que já vinham do Governo anterior”, afirma o deputado do Livre.
Por outro lado, o Livre congratula-se com a medida do passe ferroviário nacional a 20 euros. “Alargamento já tinha sido aprovado para o Orçamento de 2024 por iniciativa do Livre”, recorda.
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CDS-PP considera que o país está "muito melhor do que há um ano" na saúde
Paulo Núncio, líder parlamentar do CDS-PP, considera que o balanço dos primeiros quatro meses de Governo é “francamente positivo” e que “o Governo está a cumprir o seu plano para o SNS”.
“Há muitos problemas na saúde que têm de ser resolvidos, mas estamos muito melhores do que há um ano e em 2025 certamente estaremos melhor”, realçou, saudando as três medidas apresentadas pelo primeiro-ministro no Pontal.
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PCP considera que anúncios de Montenegro "não respondem aos problemas de fundo"
Manuel Rodrigues, do Comité Central do PCP, entende que os anúncios de Luís Montenegro, nomeadamente no que toca ao SNS, “não respondem aos problemas de fundo”. O comunista insiste que é preciso “valorizar” os profissionais de saúde e recorda as greves por “descontentamento” por falta de respostas, designadamente pela falta de valorização de carreiras.
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IL contraria Montenegro, diz que há "menos previsibilidade" nas urgências e reitera que plano está a "falhar"
Mariana Leitão, da Iniciativa Liberal, reage ao discurso de Montenegro para contrariar o primeiro-ministro ao dizer que este ano “há menos previsibilidade” na questão das urgências de obstetrícia. “A questão da saúde continua a preocupar e é óbvio que o plano anunciado pelo Governo está a falhar”, realça.
“Era importante que houvesse medidas concretas [na saúde], o primeiro-ministro continua a impor barreiras no que diz respeito à saúde apenas contando com setor privado e social em situação de rutura”, frisa a líder parlamentar da IL.
Quanto aos impostos, insiste que o Governo aposta numa “discriminação” ao insistir no IRS ao invés de apresentar uma medida igual para todos.
Já quando do passe da ferrovia a 20 euros anunciado por Montenegro, Mariana Leitão refere que “do lado da oferta os serviços funcionam mal, há greves, os comboios não funcionam e não se viu nada que permita resolver os problemas da ferrovia” — “Viu-se proposta para aumentar procura sem que haja um estímulo no serviço”, explica.
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Montenegro promete um cheque único em outubro a pensionistas que recebem até 1527 euros entre 100 a 200 euros
O líder do PSD diz que vai cumprir e não vai “diminuir em um cêntimo nenhuma pensão em Portugal” e que o Complemento Solidário para Idosos chegaria a 820 euros em 2028. “Eu disse que se tivéssemos condições financeiras íamos ajudar mais os pensionistas e reformados que têm pensões mais baixos. E vamos atribuir e pagar no próximo mês de outubro um suplemento extraordinário aos pensionistas que têm mais baixas pensões: será de 200 euros para quem tem pensão até ao IAS (509,26 euros); entre 509,26 euros a 1018,52 cêntimo será 150 euros; e quem tiver uma pensar entre 1018,62 euros e 1527, 78 € será pagaremos uma verba a título de suplemento 100 euros.”
Luís Montenegro diz que isso não invalida não aumentar as pensões ao ritmo da inflação, dizendo que essa é a grande diferença para “outros”, numa alusão à medida similar tomada por António Costa (que depois durante seis meses suspendeu a atualização prevista na lei).
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Montenegro antecipa criação de passe de 20 euros mensais que permite circular em comboios urbanos, regionais e intercidades
O primeiro-ministro diz que vai lançar um programa de Mobilidade Verde, que facilitem verdadeiramente a vida dos cidadãos. “Uma das traves-mestras desta Mobilidade Verde é a ferrovia. Vamos decidir a criação de um passe ferroviário de 20 euros mensais que dará acesso a todos os comboios urbanos, regionais e também intercidades”.
“Quem quiser ir de Braga a Faro, poderá ir por 20 euros por mês”, atira Montenegro.
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Montenegro: "É preciso enfrentar uma visão demasiado corporativista que não tem contribuído para que os médicos fiquem no SNS"
Na Saúde, Montenegro diz que “há muita coisa a fazer, a nível da Saúde” e repete que “99% das intervenções feitas foram realizadas no SNS.” “Fizemos dentro do SNS, salvando o SNS”, acrescenta.
O primeiro-ministro diz que é preciso “valorizar os funcionários na Administração Pública” e dar-lhes a perspetiva que o serviço público pode ser dado no social, no privado, mas o verdadeiro serviço público é no público”.
Luís Montenegro diz que “nos médicos é preciso enfrentar uma visão demasiado corporativista, que não tem contribuído para que os médicos fiquem no SNS”. O primeiro-ministro diz que o Governo não vai ficar de braços e que “o maior capital mais valioso é humano”. Diz depois que nos próximos três anos se vão aposentar cerca de 1500 médicos por ano.
O chefe de Governo lembra atualmente são abertas 1684 vagas anuais para estudantes de medicina ao mesmo tempo que há este ritmo de reformas. É esse número que o primeiro-ministro quer aumentar, em particular em instituiçõesque não estão no litoral, como a Universidade de Évora e a Universidade de Trás-os-Montes.
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"Não estamos no Governo para dar benesses a ninguém", diz Montenegro antes de apresentar três medidas
O primeiro-ministro diz que tem tomado “medidas muito ousadas para que a juventude portuguesa fique em Portugal”, lembrando a o IRS Jovem e a redução ou eliminação do IMT na compra da primeira habitação.
Luís Montenegro diz que vai continuar com “os princípios” e continuar a “reclamar a possibilidade de cumprir o programa que foi legitimidado pelo povo e que não foi rejeitado no Parlamento”.
O primeiro-ministro diz que o vai fazer com “respeito” por todos os partidos, mas “com a matriz social-democrata”, lembrando o legado de Sá Carneiro e Cavaco Silva.
“Não estamos no Governo para dar benesses a ninguém. Não olhamos para os apoios sociais como benesses, mas como um investimento na dignidade de cada pessoa, um investimento na valorização de cada ser humano”, atira o primeiro-ministro.
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Montenegro atira ao PS: "Acham que os portugueses são estúpidos?"
Montenegro atira-se agora àqueles que “pululam na comunicação social” e que pedem que o Governo “vá mais longe” e governe de forma mais “estratégica e estrutural”.
E pergunta: “Essas pessoas acham que o PSD são estúpidos? E que quem esteve oito anos não fez. Porque se fosse fácil, eles tinham feito”.
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Montenegro diz que situação na Saúde "é muito melhor este ano do que era no ano passado"
Luís Montenegro diz que as urgências não estarem disponíveis é “um fenómeno de anos”, mas que tenta resolver o problema com medidas como “uma linha telefónica especial para grávidas”. O primeiro-ministro diz que “desde que foi criada a linha já foram atendidas mais 20.825 chamadas de grávidas portuguesas”.
O chefe de Governo diz que o Governo “não está distraído” e que o Governo não é “daqueles que cria ilusões e falsas expectativas”. Mas garante: “A situação é muito melhor do que era no ano passado. E no próximo ano vai ser melhor do que é este ano”.
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"Houve desonestidade política e intelectual em quem disse que críamos a ideia que em 60 dias íamos resolver os problemas da saúde"
Montenegro lembra agora que ao decidir “a localização do novo aeroporto” e uma “proposta realista para a alta velocidade”, está também a mudar estruturalmente o país.
O primeiro-ministro diz que quando promove políticas anti-corrupção está a impedir que recursos sejam desviados, está também a tomar medidas estruturais.
O líder do PSD diz que esteve nos últimos quatro meses a “olhar de forma estrutural para o futuro do país”. Montenegro diz que “alguns com elevada desonestidade política e intelectual que tínhamos criado a ideia de que em 60 dias íamos resolver os problemas da saúde”. E acrescenta: “Que é tão absurda a tese que nem vale a pena, porque o que o Governo prometeu foi apresentar um plano a 60 dias, que será aplicado em 2024 e 2025”.
Montenegro diz que em 60 dias o PSD já “acabou com a lista de espera que ultrapassavam o tempo máximo de resposta garantida: todos foram intervencionados e alguns têm agendamento para as próximas semanas”.
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"Não estamos a tomar medidas menores", diz Montenegro
O líder do PSD diz que estão todos de parabéns por, nove anos depois, “estar um primeiro-ministro no Pontal e vários ministros”. Mas deixa um agradecimento especial para quem está na assistência e “não é do PSD”.
Luís Montenegro diz que o PSD é “daqueles que acreditam que o Estado não se deve meter em tudo, mas deve garantir a igualdade de oportunidade e o sistema social”.
O primeiro-ministro diz que “há quem queira dar a entender aos portugueses que estamos a resolver problemas pequenos e que não estamos a projetar a vida do nosso país para as próximas décadas”. Mas lembra que “nos últimos quatro meses” o Governo fez acordo com “professores, polícias, oficiais de justiça, militares” e que está a negociar com os médicos. E, portanto, está a valorizar quem assegura os serviços públicos.
“Quando regulamos a imigração para dignificae os imigrantes que vêm a Portugal para trabalhar, quando promovemos a habitação que favorecem os mais jovens, quando regulamentamos o Alojamento Local, quando baixámos os impostos sobre os rendimentos do trabalho e a fiscalidade sobre as empresas, estamos a tratar estrategica e estruturalmente do futuro de Portugal. Não estamos a tomar medidas menores”, defende Montenegro.
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Montenegro aproveita problema de som para dizer que "nunca perde a serenidade" e que está no Governo para "resolver os problemas"
Após quase sete minutos no palco, Luís Montenegro diz que “nos momentos mais difíceis” nunca perde “a serenidade” e que está no Governo “para resolver os problemas”.
O líder do PSD diz agora que optou por um modelo de Festa do Pontal aberto, em detrimento de um evento em que “as pessoas se inscrevem”. E explica que isto é um princípio de “abertura à sociedade”, como o é o facto de ter ministro independentes do Governo. “Não quisemos com as barreiras, para estar com as pessoas de peito aberto”, atira.
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Montenegro está há quatro longos minutos em silêncio no palco. Ventura já goza com o PSD
Luís Montenegro está há quatro longos minutos no palco e o adversário André Ventura já goza com o que se passou: “Quando nem o microfone funciona, está tudo dito sobre o estado do país”.
Quando nem o microfone funciona, está tudo dito sobre o estado do país ????.
— André Ventura (@AndreCVentura) August 14, 2024