Momentos-chave
- Marcelo manda iluminar palácio de Belém com as cores da bandeira francesa
- Valls: "Haverá mais vítimas inocentes"
- O que já se sabe sobre o ataque em Nice?
- Condutor é "totalmente desconhecido" dos serviços de informação
- Apartamento era ocupado pela mulher do atacante que foi detida
- Hollande em Nice: "Há muitas crianças feridas para satisfazer a crueldade de um indivíduo"
- Há um ferido com nacionalidade portuguesa
- Vereador português de Nice descreve o ambiente na cidade
- Há um nome para o suspeiro: Mohamed Bouhlel
- "Uma pessoa saltou para a frente do camião para o tentar parar"
- França decreta três dias de luto nacional
- Porta-voz do Daesh em 2014: "Se não tiverem explosivos, atirem o vosso carro contra eles"
- 10 crianças entre as vítimas mortais
- O que já se sabe e o que falta saber sobre o ataque em Nice
- O que deve ler para perceber o que se está a passar
- Ataques terroristas em França mataram 230 desde o "Charlie Hebdo"
- Balanço mais recente aponta para 84 mortos
- Hollande quer estender o estado de emergência por mais três meses
- Autor do ataque será francês
- Ponto de situação às 00h35
Histórico de atualizações
-
O liveblog sobre mais esta tragédia fica por aqui. Continuaremos a acompanhar as consequências deste atentado nos próximos dias. Boa noite.
-
Marcelo manda iluminar palácio de Belém com as cores da bandeira francesa
Marcelo Rebelo de Sousa mandou iluminar a fachada principal do Palácio de Belém com as cores da bandeira da República Francesa, “num gesto de solidariedade e respeito para com a França, o povo francês e, de forma particular, com as vítimas do trágico atentado terrorista de ontem e com os seus familiares”, anunciou a Presidência da República.
Através desta manifestação, a escassos dias da visita oficial do Presidente François Hollande a Portugal, o Presidente pretende demonstrar o apoio incondicional à República Francesa na luta contra o terrorismo e na promoção e respeito dos mais elementares valores universais de paz, democracia e Direitos Humanos. Com este “gesto simbólico”, o Presidente da República pretende demonstrar que “hoje somos todos franceses.
-
"Quando vimos o camião pensávamos que íamos morrer"
Foi o que disse Maria Augusta Rodrigues à TSF, que está no hospital a recuperar de uma operação após o ataque de ontem à noite. A mulher de 65 anos vive em Nice há 45 anos e estava na Promenade des Angalais com o marido e cinco amigos quando sucedeu o ataque.
-
O secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Taleb Rifai, apelou aos turistas que exprimam a sua solidariedade para com a França, visitando o país e contrariando, assim, o terrorismo.
“Este é o momento para visitar a França”, afirmou Taleb Rafai aos jornalistas no Sri Lanka, à margem de uma conferência sobre o turismo, depois do atentado de quinta-feira à noite, de que resultou a morte de pelo menos 84 pessoas.
“Não é altura de fugir. Não podemos punir as vítimas e recompensar os agressores ao deixar de viajar para os lugares atingidos, porque é exatamente isso o que os terroristas querem”, disse o secretário-geral desta agência especializada das Nações Unidas destinada a promover e desenvolver o turismo.
Apesar dos atentados recentemente registados na Turquia, Bangladesh, França, Bélgica, Egito, entre outros, Taleb Rifai disse que o turismo deverá registar um crescimento global de 4,5%.
Lusa
-
Os cinemas franceses vão manter em exibição o filme “Dia da Bastilha”, que estreou no dia 13. Mas são livre de retirar os anúncios ao enredo em que Idris Elba interpreta um agente da CIA que tenta evitar um ataque bombista em França.
-
Manuel Valls diz que a única forma de o povo francês vencer o terrorismo é através da “resiliência e resistência”: “A guerra está longe de ter terminado”. O país tem pela frente um “combate pela desradicalização”.
-
O The New York Tribune revela que o atacante de Nice visitou o Centro Religioso Islâmico de Nova Iorque há dois anos, em 2014.
https://twitter.com/nytrb/status/754022144326135808
-
O Papa Francisco voltou a pronunciar-se sobre o ataque na sua conta do twitter: “Rezo pelas vítimas do ataque de Nice e pelas suas famílias. Peço a Deus que converta os corações dos violentos que estão cegos pelo ódio”
I pray for the victims of the attack in Nice and their families. I ask God to convert the hearts of the violent blinded by hate.
— Pope Francis (@Pontifex) July 15, 2016
-
Ministro do Interior: "Não podemos garantir o risco zero"
O governo francês está em força nas televisões. Valls fala na France 2 e, ao mesmo tempo, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, é entrevistado na TF1. O ministro também está a ser realista quanto à possibilidade de novos atentados: “Seja qual foi o governo, não há nada que possamos fazer para garantir o risco zero”.
-
O homem agredido pelo atacante de Nice há seis meses — cuja agressão valeu a Mohamed Lahouaiej-Bouhlel uma pena de seis meses –, já reagiu ao atentado na sua página do Facebook. Jean-Baptiste Ximenes recorda a altercação, lembrando que apenas lhe pediu que desviasse o veículo, e acabou sovado com um bastão de beisebol. Foi em janeiro, a condenação de Mohamed aconteceu em março e ontem à noite deu-se a carnificina de Nice. “O terrorista que fez os atentados de Nice é o mesmo que me agrediu com um bastão de beisebol… Ele devia estar seis meses na prisão… Onde está a justiça? O mundo é pequeno, não os deixem continuar a passear-se!”
-
Manuel Valls defende as forças de segurança (“Estou farto que as ponham em causa”) e revela que, só este ano, as autoridades impediram que fossem levados a cabo 15 atentados.
-
Valls: "Haverá mais vítimas inocentes"
O primeiro-ministro francês, Manue Valls, está a dar uma entrevista ao canal televisivo France 2. Tem tido palavras duras de ouvir, admitindo que surgirão mais atentados: “Devo a verdade aos franceses: ainda haverá, sem dúvida, mais vítimas inocentes”.
Sobre o condutor do camião, responsável pela tragédia de ontem em Nice, Valls afirmou: “É um terrorista ligado, sem dúvida, de uma maneira ou de outra, ao islamismo radical”.
-
Celebração de homenagem às vitimas na Catedral de Nice.
Messe célébrée en la cathédrale Ste Réparate, en hommage aux victimes du 14 juillet à #Nice06 avec @NicolasSarkozy pic.twitter.com/ZGBJwwTXYO
— Christian Estrosi (@cestrosi) July 15, 2016
-
O Presidente da República afirmou que a forma inteligente de responder ao terrorismo é não entrar em pânico, acreditando que a Europa se manterá “plural, aberta e compreensiva” depois do atentado de quinta-feira em Nice, França.
“Faz parte da lógica do terrorismo tentar criar um clima de pânico e ao mesmo tempo dúvidas sobre valores essenciais e até eventualmente a adesão a posições xenófobas, racistas, intolerantes, radicais, populistas e resistir ao terrorismo é resistir a essa tentação”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas no final de uma visita à Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), em Lisboa, a propósito do atentado que quinta-feira à noite em Nice, França, matou pelo menos 84 pessoas.
Segundo o chefe de Estado português, “a forma de inteligente e fundamental de responder ao terrorismo é não entrar em pânico, não perder a cabeça e não perder sobretudo a noção dos valores essenciais”.
Eu continuo a acreditar que a Europa vai ser o que tem sido sempre: tolerante, plural, aberta, compreensiva, embora atenta em termos de segurança e de defesa da liberdade e dos direitos fundamentais das pessoas”, sublinhou.
Marcelo Rebelo de Sousa deu ainda nota aos jornalistas da mensagem que enviou ao português que foi ferido neste ataque.
“Uma palavra que ao mesmo tempo é de solidariedade renovada à comunidade portuguesa que vive em França, nomeadamente na zona de Nice. Felizmente é um ferido ligeiro e felizmente não há notícia de outro qualquer ferido, mas estamos solidários, Portugal está solidário com os portugueses e com esse português”, disse.
Lusa
-
As bandeiras da Comissão Europeia estão a meia haste para homenagear as vítimas deste ataque em Nice.
-
O que já se sabe sobre o ataque em Nice?
- Um homem conduziu um camião contra uma multidão de pessoas esta quinta-feira por volta das 23h00 (22h00 em Lisboa)
- O ataque aconteceu na avenida Promenade des Anglais, em Nice, França. Celebrava-se a Tomada da Bastilha
- Este é um dos locais mais movimentados da cidade, com várias esplanadas, restaurantes e lojas. Havia um espetáculo de fogo-de-artifício e muitas crianças na rua, que celebravam o dia nacional de França
- O homem foi identificado como Mohamed Lahouaiej Bouhlel, um francês de origem tunisina de 31 anos, pai de três filhos. A esposa de Mohamed foi detida esta manhã pelas autoridades para interrogatório
- O veículo de 19 toneladas avançou em alta velocidade sobre as pessoas durante cerca de dois quilómetros (que completou em 45 segundos) e o condutor disparou uma arma sobre a multidão antes de ser abatido pela polícia. No interior, foram encontradas mais armas, mas seriam caçadeiras falsas, e uma granada inoperacional
- Vítimas:
- Até às 15h01 desta sexta-feira havia 84 mortos, confirmados pelo ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve. Entre elas estão pelo menos 10 crianças. Estes números são ainda provisórios, sendo que existem 200 feridos — pelo menos 52 estão em estado grave e 25 ligados a sistemas de suporte de vida. Entre os feridos há um português, António Soares, confirmou um porta-voz do secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro
- Entre as vítimas mortais contam-se já três alemães, dois norte-americanos, dois arménios, dois marroquinos, um russo, um suíço, um ucraniano e uma jovem cabo-verdiana
- Estado de emergência em França:
- Toda a região de Côte d’Azur está em alerta vermelho de terrorismo
- O Presidente francês, François Hollande, estendeu por mais três meses o estado de emergência que seria levantado depois do fim da Volta à França em, bicicleta, no dia 24 de julho. O estado de emergência só será levantado em outubro
- Hollande afirmou que vai “reforçar” as ações militares na “Síria e no Iraque”
- O presidente francês presidiu a uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança esta sexta-feira, onde participaram Manuel Valls, o ministro da Defesa Jean-Yves le Drian e ainda o chefe Estado-Maior-General das Forças Armadas. Foi decretado um luto nacional entre 16 e 18 de julho na sequência da reunião
- O ministro francês do Interior afirmou que as medidas de segurança em França tinham sido reforçadas para as celebrações do dia da Bastilha em várias cidades francesas, incluindo na cidade de Nice.
- O que falta saber?
- Ainda não houve nenhuma reivindicação do ataque, embora se suspeite que tenha sido um ataque terrorista. Não se sabe ainda se o atirador tinha cúmplices. Desconhecem-se, para já, ligações ao Estado Islâmico.
- Não se sabe se há ligações deste incidente com outros ataques que ocorreram em França nos últimos meses.
- Não há registo de vítimas mortais portuguesas, além da informação de que existe um português ferido. A TVI adianta ainda a existência de dois luso descendentes entre os mortos.
Com Diogo Barreto
-
Entretanto, foram disponibilizados alguns números de telefone. Um para ajudar as vítimas — 01 43 17 56 46 — e uma outra linha para dar informações — 04 93 72 22 22. “Os habitantes da cidade de Nice são um exemplo de solidariedade”, completou o Procurador-geral François Molins.
-
Condutor é "totalmente desconhecido" dos serviços de informação
O condutor do camião, que causou dezenas de mortes em Nice, era “totalmente desconhecido” dos serviços de informação locais e nacionais. A informação é avançada por François Molin, magistrado e Procurador-Geral de Paris. “Era casado e pai de família”, acrescentou.
O camião frigorífico em que circulava foi alugado a 11 de julho e deveria ter sido devolvido a 13 de julho, informou o responsável. A 14 de julho, esta quinta-feira, foi usado para atravessar a Promenade des Anglais, avenida repleta de gente.
O homem atirou “várias vezes contra três polícias” e foi depois neutralizado até ao Palais de la Méditerranée, hotel com casino onde se abrigaram várias pessoas. François Molin disse ainda que falta saber se o atacante tinha cúmplices e se tinha ligações a organizações terroristas. Ainda não se sabe também como é que o atirador conseguiu a arma que usou para disparar.
-
A televisão France 2 pediu desculpa por ter emitido imagens chocantes na cobertura em direto do ataque em Nice.
“Boa noite, senhor, acabou de perder a sua mulher, qual a sua reação?”, perguntou um jornalista do canal público a um homem que estava sentado ao pé do cadáver da mulher, tapado por um tecido amarelo.
Um jornalista francês publicou um tweet onde reproduzia a pergunta colocada pelo jornalista da France 2, acompanhado de uma fotografia do casal.
"Bonsoir Monsieur, vous venez de perdre votre épouse. Une réaction?"
L'info par @France2tv. pic.twitter.com/f65aKMCwzk— Nicolas Henin ➡️ moved elsewhere, closed account (@N_Henin) July 15, 2016
-
A circulação na Promenade des Anglais vai recomeçar a partir das 19 horas de Lisboa, mais uma em Nice.