Histórico de atualizações
  • Balanço

    Em síntese: a rudeza das Savages, a subtileza de PJ Harvey e a história de Brian Wilson.

    É o final do segundo dia da 5.ª edição do NOS Primavera Sound, por onde passaram 29 mil pessoas e que ficou marcado pelo momento histórico que foi a apresentação de Pet Sounds, por Brian Wilson, e depois pelo soberbo espetáculo de PJ Harvey, para além das incisivas Savages — mais logo publicaremos um artigo com o resumo alargado dos principais concertos e também do ambiente que se viveu hoje no Parque da Cidade.

    Estes e muitos outros momentos importantes ficaram registados aqui, ao longo do dia. Regressamos amanhã para ver, entre outros, os Linda Martini, Chairlift, Battles, Explosions In The Sky, Moderat e os franceses Air, os cabeças de cartaz do terceiro dia.

    Obrigado por ter estado connosco. Até logo.

  • Beach House - como foi

    Um concerto síntese da carreira, com um foco mais pormenorizado nos mais recentes discos “Depression Cherry ” e “Thank Your Lucky Stars”, mas tempo para êxitos como “10 Mile Stereo” ou “Myth”. Já sabe que os Beach House – que já tocaram inúmeras vezes em Portugal nos últimos anos – cozem as suas canções em lume brando, pelo que um contexto familiar é-lhes mais favorável. Talvez por isso Victoria Legrand tenha agradecido à organização pela loucura de os colocar num palco tão grande e deixado uma mensagem final: “Obrigado pelo vosso amor, espírito e sensibilidade. Nunca percam a sensibilidade”. O concerto terminou com “Days of Candy”, de “Depression Cherry” e pode dizer-se que a banda rendeu o esperado: a esta hora da noite, no palco principal e depois de um dia tão cheio, era complicado fazer melhor.

  • A organização deu “mais algum tempo” aos Beach House, revela Victoria Legrand. Entretanto, Alex Scally não quer ser “piroso”, mas conta que a banda passou os últimos três dias no Porto e que foi “espetacular”. Por exemplo, foram ver fado – no Caixa Ribeira é que teria sido um fartote!

    Agora sim, já se nota que há uma significativa debandada.

  • Kiasmos - como foi

    A dupla islandesa Ólafur Arnalds e Janus Rasmussen começou mal, aparentemente por falha técnica. Fizeram dois falsos arranques e só passados 20 minutos da hora marcada iniciaram o desfile do LP homónimo de 2014. Os temas, sempre reconhecíveis logo aos primeiros segundos, apareceram com muitos acrescentos, que a eletrónica nas mãos destes dois é uma brincadeira, onde o dom do improviso amplifica o efeito hipnótico do tecno minimal.

    O som estava fantástico (não havia vento, o que ajudou) e a sincronia com a imagem/luz, meticulosa. Foram generosos e muito profissionais, aguentaram as falhas e também souberam agradecer ao público que esperou por eles. Ofereceram de volta uma versão mais curta do alinhamento mas cheia de energia, pautada aqui e ali por momentos mais lentos, uma marca bem inscrita no estilo que os fez populares. A atuação foi encurtada para não atrasar os Beach House, mas valeu (muito) a pena.

  • Parece que Victoria Legrand, a vocalista, tinha lido a entrada anterior. “Consigo ver todos os vossos corações”, afirmou, antes de “10 Mile Stereo”.

    A banda está a passar por algumas das músicas mais populares do repertório. Agora tocaram “Rough Song”, do mais recente “Thank Your Lucky Stars”.

  • Beach House

    Arrefeceu bastante, mas o público não arreda pé, para já, do palco principal. Os Beach House tocam “PPP” e tentam vencer pelo coração. Agora é “Space Song” que ecoa.

  • Kiasmos

    A noção de ritmo de Ólafur Arnalds e Janus Rasmussen é incrível. Cruzamento de inspiração clássica com música eletrónica = techno minimal do melhor da atualidade. Da Islândia, com amor. E, já agora: o som está fantástico.

  • Aqui está aquilo que o nosso camarada Tiago Dias comentava, a propósito do concerto dos Mudhoney. Estás bem, Sara?

  • Ainda faltam mais uns quantos concertos para terminar a noite – Beach House incluídos – e amanhã há mais. Mas já há quem esteja de regresso a casa.

  • PJ Harvey - como foi

    PJ Harvey entrou em palco de saxofone na mão e julgamos que isso não é nada inocente. Será porventura o instrumento que agora mais apaixona a inglesa e foi parte fulcral do concerto, não só no que toca às canções de “The Hope Six Demolition Project”, mas também nas outras: na dolente “To Bring You My Love”, por exemplo, houve mesmo um lamento final em saxofone. Mas voltando ao princípio, diga-se que PJ Harvey abriu com cinco músicas do último álbum – e apenas “Near the Memorials to Vietnam and Lincoln” faltou no alinhamento. Passou também por uma série de temas do anterior “Let England Shake”, que tematicamente está ligado ao mais recente disco. Para além de “When Under Ether”, apenas na parte final do concerto passou por canções mais antigas: para além de “To Bring You My Love”, ouviu-se “50ft Queenie” e “Down by the Water”.

    A numerosa banda de acompanhamento a PJ Harvey – que incluía os míticos John Parish e Mick Harvey – lembrava a espaços uma orquestra, mesmo na disposição: ouviu-se violino e o bombo tinha muita importância, nomeadamente nos momentos mais marciais, como em “Chain of Keys”, na abertura. Mas, quando foi preciso, o conjunto transformou-se numa máquina rock, como em “50ft Queenie”. Não foi um concerto de explosão, foi até negro, mas foi sublime – o público respeitou os vários momentos e parece ter entendido perfeitamente um espetáculo que não foi festivaleiro, no sentido mais restrito da palavra.

    PJ Harvey continua a surpreender, 24 anos depois de “Dry”. Por exemplo, vi-a em modo power trio em Paredes de Coura, há uns valentes anos, a rasgar tudo de guitarra em riste. Hoje, nem sequer tocou numa guitarra. Em resumo: provavelmente, o concerto do festival.

  • Kiasmos - parece que é desta!

    24 minutos depois da hora marcada, há uma terceira tentativa para arrancar o concerto. Ólafur Arnalds agradece e bate palmas. Parece que é desta que o concerto arranca.

    Nos Primavera sound 2016, dia 02, 2016, Kiasmos,

    Nos Primavera sound 2016, dia 02, 2016, Kiasmos,

  • Kiasmos

    O Pedro finalmente teve livre trânsito para sair do bunker que é a sala de imprensa. Desde quinta-feira que nos tinha avisado que tinha de ir ver Kiasmos. Para azar dele, parece que as coisas não começaram lá muito bem… Já passaram 20 minutos e o público continua à espera.

  • Mudhoney

    Vamos mostrar como somos plurais e citar o nosso colega Tiago Dias, da Agência Lusa, que não partilha da admiração que eu e a Sara temos pela PJ Harvey.

  • Com “River Anacostia”, PJ Harvey encerrou o concerto, tal como no Primavera Sound de Barcelona. E que concerto! Daqui uns minutos já poderá ler aqui porquê, se é que as entradas anteriores não foram suficientemente explícitas.

  • Ainda sobre o projeto eletrónico e experimental de Sam Shepherd

  • “To Bring You My Love”, dá para ouvir aqui da sala de imprensa. Polly Jean a desfilar clássicos, num espetáculo que mais parece um best of. Estou a roer os dedos.

    O João acrescenta:

    O concerto de PJ Harvey foi negro, sombrio, mas belo. Agora adensa o negrume com a lenta “To Bring you my Love” e o seu hipnótico riff. Deve estar prestes a sair de palco, mas dá vontade de ir lá impedi-la.

  • O João faz este sublinhado:

    É de destacar o respeito com que o público acolheu os momentos mais recolhidos e os interlúdios das músicas. Como começámos por dizer, este não é um espetáculo rock convencional.

    E eis que PJ Harvey transforma uma banda de apoio que, a espaços, quase parecia uma orquestra numa máquina rock & roll. “50 ft Queenie”!

  • João Pedro Barros:

    “When under Ether” é um momento introspetivo. PJ Harvey veste de negro, tem uma espécie de coroa na cabeça, saia curta e vestes a esvoaçar. O domínio vocal é quase perfeito e é uma espécie de hipnotismo que pratica, para quem se entregar ao espetáculo, que não é direto. “Dollar, Dollar” prolonga o registo.

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