Histórico de atualizações
  • Bom dia. Este liveblog fica arquivado, mas o Observador continua esta segunda-feira a acompanhar os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia aqui.

    Zelensky volta a admitir solução diplomática para territórios ocupados e diz que guerra pode terminar com adesão da Ucrânia à NATO

  • Tropas russas fazem "rápidos avanços" no território ucraniano

    O ministério da Defesa do Reino Unido alertou hoje para os “rápidos avanços” que as tropas russas estão a fazer em território ucraniano.

    Os relatórios apontam a cidade de Velyka Novosilka, em Donetsk, como vulnerável, uma vez que tem áreas pouco defendidas que permitem o avanço das tropas de Moscovo. E referem que esta cidade “está situada na linha da frente desde 2022”.

  • Costa fala em dia "duplamente simbólico" com instituições da União Europeia juntas em Kiev

    No seu primeiro dia como presidente do Conselho Europeu, António Costa visitou Kiev, onde se encontrou com o presidente ucraniano, Zelensky.

    Costa fala em dia “duplamente simbólico” com instituições da União Europeia juntas em Kiev

  • Estados Unidos garantem que não vão devolver armas nucleares à Ucrânia

    Os Estados Unidos não vão devolver à Ucrânia as armas nucleares da altura do colapso da União Soviética. O esclarecimento foi feito hoje por Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, em entrevista à ABC.

    “Isso não está em cima da mesa. O que estamos a fazer é aumentar os meios convencionais para a Ucrânia, para que eles possam defender-se e lutar contra os russos”, explicou Jake Sullivan.

    Esta hipótese — de os Estados Unidos devolverem as armas nucleares que a Ucrânia acabou por rejeitar em 1994, na sequência do Memorando de Budapeste — chegou a ser avançada na semana passada pelo jornal The New York Times.

  • Ministro da Defesa da Ucrânia pede mais apoio à UE para “restabelecimento da paz”

    O ministro da Defesa da Ucrânia pediu hoje mais apoio financeiro da União Europeia (UE) para o país se defender da Rússia e lutar pelo “restabelecimento da paz”, quando se estima que o regime russo aumente o investimento.

    “É claro que existem novos capítulos na guerra e estamos a trabalhar no restabelecimento da paz. Estamos concentrados em defender o nosso território, mas vemos que a Rússia mobiliza mais recursos, mais pessoas, que vão aumentar o seu orçamento de defesa para o próximo ano e que estão a aumentar a sua produção de defesa e a remodelação dos atuais equipamentos. Produzem, recondicionam e colocam na guerra”, disse Rustem Umerov, falando com jornalistas europeus, incluindo a Lusa, na capital ucraniana, em Kiev.

    Falando ao grupo de jornalistas que acompanham a comitiva de Costa a Kiev, Rustem Umerov elencou: “Temos um plano e uma direção claros e sabemos como enfrentar estes desafios. O plano de vitória do Presidente Zelensky apresenta a visão do restabelecimento da paz e estamos a concentrar-nos nos principais pilares deste plano, que são a criação de novas reservas militares, reforçar o nosso ataque de defesa aérea, atacar os ativos estratégicos russos e assegurar o fornecimento de armamento crítico, como as munições de artilharia, e ainda incluir o desenvolvimento da nossa capacidade industrial de defesa com as empresas europeias de defesa para garantir um fornecimento estável.”

    “Também estamos concentrados em trabalhar com parceiros europeus em matéria de coprodução e coinvestimentos na Ucrânia e a cooperar também fora da Ucrânia em todos os domínios da base industrial de defesa”, acrescentou.

    Nesta questão, Rustem Umerov precisou que a capacidade da base industrial de defesa da Ucrânia é de 25 mil milhões de dólares.

    “E a Ucrânia vai investir até 10 mil milhões de dólares, ou até 14 mil milhões, pelo que vamos necessitar de dinheiro adicional dos nossos parceiros”, apelou.

    “Já defendemos o nosso país nos últimos 10 anos [desde a invasão da Crimeia], mais 1.000 dias de invasão [russa] em grande escala, e estamos gratos a todas as nações que nos apoiam”, referiu ainda o responsável pela tutela da Defesa, que está no cargo desde setembro do ano passado.

  • Zelensky: "Convite para adesão à NATO é necessário para a nossa sobrevivência"

    O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que um convite para adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) “é necessário” para “sobrevivência” do país, vincando que isso permitiria ter garantias de segurança na negociação.

    “O convite da Ucrânia para aderir à NATO é necessário para a nossa sobrevivência. Estamos a trabalhar a todos os níveis para reforçar a posição da Ucrânia e de toda a comunidade euro-atlântica”, disse Volodymyr Zelensky.

    Falando em conferência de imprensa no Palácio Mariyinsky, em Kiev, junto ao novo presidente do Conselho Europeu, António Costa, o chefe de Estado ucraniano salientou que só a adesão à NATO daria “garantias de segurança” à Ucrânia e que só isso poderia permitir negociar um cessar-fogo com a Rússia, que invadiu o país em fevereiro de 2022.

    Apesar de agradecer o apoio europeu e dos parceiros ocidentais, Zelensky referiu que a Ucrânia “está a combater sozinha” e a proteger a União Europeia (UE), apelando por isso ainda à integração comunitária e a mais sanções por parte do bloco à “frota fantasma” da Rússia, que tem permitido furar as medidas restritivas.

  • Presidente ucraniano e António Costa já se reuniram em Kiev e discutiram "visão para os assuntos europeus"

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já se reuniu com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, em Kiev. Zelensky divulgou imagens do encontro na sua conta na rede social X.

    “Discutimos a nossa visão para os assuntos europeus e globais — desafios atuais e perspetivas”, revelou Zelensky, sublinhando o empenho da Ucrânia em colocar um fim à guerra com a Rússia.

    “A paz é a base, e continuaremos a fazer todo o possível para acabar com esta guerra, que a Rússia desencadeou não apenas contra a Ucrânia, mas também contra uma Europa unida, o mais rápido possível e para fortalecer a Europa – tanto as instituições da UE quanto as políticas que apoiam todas as nações europeias”, realçou o presidente ucraniano, agradecendo o apoio que Kiev recebeu “desde o primeiro dia”.

  • Ataque russo a autocarro em Kherson faz três mortos

    As forças russas atacaram, com um drone, um autocarro na cidade de Kherson, provocando três mortos, avança a agência de notícias ucraniana Ukrinform, citando o chefe da administração militar da regiãon.

    Segundo Oleksandr Prokudin, o ataque fez também sete feridos, que foram hospitalizados. A Rússia ataca frequentemente a cidade de Kherson, capital da região com o mesmo nome, e Moscovo considera território seu.

  • Putin promulga orçamento que aumenta 24,4% gastos em defesa em 2025

    O Presidente russo, Vladimir Putin, promulgou o Orçamento do Estado para o próximo triénio (2025-27) que prevê gastos em defesa de 13,5 biliões de rublos (quase 127 mil milhões de euros) para 2025.

    O decreto que promulga o orçamento trienal do estado russo foi hoje publicado no portal oficial de informações jurídicas.

    Este valor representa um aumento de 24,4% do orçamento dedicado à satisfação das necessidades do exército na campanha militar na Ucrânia em relação a 2024.

    Os 126.844 milhões de euros dedicados à área da Defesa pela Federação russa representam 6,31% do Produto Interno Bruto (PIB) esperado para o próximo ano, quando no corrente ano representam 6,7%.

    O montante dedicado à defesa e à segurança nacional representa cerca de 40% da despesa total do orçamento russo e é superior ao orçamento atribuído conjuntamente à educação, saúde, economia e política social.

    Os gastos militares serão ligeiramente reduzidos em 2026 e 2027, de acordo com o orçamento aprovado em novembro passado por ambas as câmaras do parlamento russo.

    No entanto, os valores incluídos no orçamento militar deste ano não incluem rubricas classificadas como secretas e que também se destinam a financiar o esforço militar da Rússia.

  • António Costa está em Kiev no primeiro dia como presidente do Conselho Europeu

    O novo presidente do Conselho Europeu está este domingo em Kiev, na Ucrânia. A visita acontece no dia em que António Costa assume oficialmente as suas novas funções europeias.

    Ao visitar a Praça da Independência, na capital ucraniana, 11 anos após a onda de protestos para pedir a adesão da Ucrânia à União Europeia, Costa salientou a coragem do povo ucraniano e o “futuro comum”. “Este monumento é uma clara prova de que, quando falamos da guerra, não estamos apenas a falar de armas, mas acima de tudo de pessoas, de famílias, de pessoas que morreram, que sofreram a lutar pelo seu país e pelo direito a ter uma paz justa e duradoura”, disse António Costa, citado pela Agência Lusa.

    António Costa em Kiev: “A soberania ucraniana, a integridade do seu território e as suas fronteiras têm de ser respeitadas”

  • Garantia de segurança mais forte [para a Ucrânia] é pertencer à NATO, diz chefe da diplomacia europeia

    A chefe da diplomacia da União Europeia defendeu este domingo que “a garantia de segurança mais forte” para proteção da Ucrânia é a adesão à NATO, considerando que cabe às autoridades ucranianas decidir quando e como negociar o cessar-fogo.

    “Tenho sido muito clara sobre isto e a garantia de segurança mais forte é a adesão à NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”, declarou a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas.

    No dia que chegou à capital ucraniana, Kiev, para passar o seu primeiro dia em funções como Alta Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas disse ao pequeno grupo de jornalistas, incluindo a Lusa, que acompanha a deslocação de alto nível — que inclui o novo presidente do Conselho Europeu, António Costa — que “cabe à Ucrânia dizer quando é que é altura de se sentar à mesa das negociações”.

    “Mas temos de nos certificar de que eles estão mais fortes quando o fizerem”, acrescentou a responsável, numa alusão ao apoio comunitário às autoridades ucranianas.

    “Entre 2014 e 2022, tivemos vários cessar-fogos e o que vimos a Rússia não respeita os termos desses cessar-fogos e que tivemos mais guerras. Claro que todos querem paz e sossego e não queremos bombas, mas precisamos de apoiar a Ucrânia para que eles tenham uma voz forte pois quanto mais fortes forem no campo de batalha, mais fortes serão na mesa de negociações”, sublinhou Kaja Kallas.

    Aquela que tem sido uma forte apoiante do suporte da UE à Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país, em fevereiro de 2022, salientou que o Presidente russo, Vladimir Putin, “não mudou os seus objetivos”.

    “Se nos sentássemos e disséssemos ‘Muito bem, tomem os territórios que conquistaram’, isso apenas encorajaria o agressor, não só Putin, mas o que vemos é que, além disso, a China está envolvida, […] assim como a Coreia do Norte e o Irão, e que estão a trabalhar em conjunto, pelo que esta é uma questão de segurança”, adiantou Kaja Kallas, nestas declarações feitas no comboio noturno para Kiev à Lusa e outros jornalistas internacionais que acompanham a visita.

  • Ataque russo a Dnipro mata quatro pessoas e fere mais de 20

    Um ataque das forças russas contra a região de Dnipro, no centro-leste da Ucrânia, provocou este sábado quatro mortos e 21 feridos, adianta o Kyiv Independent. O ataque, com recurso a um míssil, atingiu a vila de Tsarychanka, cerca de 80 quilómetros a noroeste da cidade de Dnipro.

    Segundo o governo da região de Dnipropetrovks, Serhii Lysak, um dos feridos é uma criança de 11 anos. Oito dos feridos estão em estado considerado grave. O ataque provocou estragos num prédio residencial, numa casa e numa loja.

    O presidente ucraniano já reagiu ao ataque. No Telegram, Volodymyr Zelensky lamentou mais um episódio do que diz ser “a pressão absolutamente desumana” exercida pela Rússia.

  • Scholz adverte oposição alemã para "não jogar à roleta russa com a segurança do país"

    Em período de potencial crise política na Alemanha, Olaf Scholz advertiu o líder da oposição, Friedrich Merz, para “não jogar à roleta russa com a segurança do país”.

    Merz, ao contrário do chanceler, é um ávido apoiante do envio de mísseis Taurus de longo alcance para a Ucrânia e admitiu fazer um ultimato à Rússia: “Se Moscovo não parar de bombardear civis na Ucrânia, a Alemanha deve enviar mísseis Taurus para destruir as linhas de fornecimento utilziadas pelo regime”.

    Scholz defende que o Democrata-cristão deve ser mais moderado no que toca a temas de guerra e paz, e promete manter-se “firme e equilibrado” nestas decisões.

  • 15 aeroportos na Ucrânia danificados desde início do conflito

    15 dos 20 aeroportos civis na Ucrânia foram danificados desde o início do conflito com a Rússia em 2022, de acordo com primeiro-ministro ucraniano, citado pela Reuters.

    Relembrando que o espaço aéreo da Ucrânia está fechado há mais de dois anos, Denys Shmyhal confirma que as autoridades ucranianas efetuaram uma “avaliação dos riscos” e concluíram “as necessidades das forças de defesa aérea para abrir parcialmente o espaço aéreo”.

  • Finlândia considera minas antipessoais para o seu arsenal devido a ameaça da Rússia

    Afirmando que “o mundo mudou significativamente” desde a implementação do Tratado de Ottawa, que proibiu o uso de minas antipessoais, o Presidente da Finlândia admite estar a considerar a reintrodução deste género de armamento no arsenal finlandês.

    Em entrevista para o canal Yle, Alexander Stubb refere que a Rússia é “a maior ameaça para a segurança” da Finlândia, e que este facto tem de ser endereçado, “de uma maneira ou de outra”.

  • Polónia ampliará “Escudo Oriental” até à fronteira com Ucrânia

    A Polónia vai alargar o seu projeto de “Escudo Oriental”, destinado a garantir a segurança face à Rússia e Bielorrússia, até à fronteira com a Ucrânia, anunciou o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, citado pela agência PAP.

    O anúncio foi feito durante uma visita de Tusk à região nordeste do país, perto da fronteira com o enclave russo de Kaliningrado, onde já foi lançado a primeira parte do projeto “Escudo Oriental”.

    Em meados de outubro, Tusk anunciara o lançamento do projeto destinado a garantir a segurança das fronteiras com a Rússia e Bielorrússia, que prevê o reforço da segurança fronteiriça com “várias infraestruturas, como ouriços de betão e valas antitanque”, aproveitando igualmente “elementos do ambiente natural”, acrescenta a agência de notícia polaca PAP.

    Inicialmente previsto para os mais de 800 quilómetros de fronteira partilhada com a Rússia e a Bielorrússia, o chefe do executivo polaco anunciou que pretende alargar o projeto aos cerca de 430 quilómetros de fronteira com a Ucrânia, passando o país a blindar totalmente o seu flanco oriental.

    “As nossas atividades também dizem respeito à segurança da fronteira com a Ucrânia, por outras razões, mas queremos que os polacos se sintam mais seguros ao longo de toda a fronteira oriental”, afirmou Donald Tusk, a partir de Dabrowka, no extremo nordeste do país.

    “Quanto mais bem guardada estiver a fronteira polaca, menos acessível será para aqueles que têm más intenções. Tudo o que estamos a fazer aqui, e que faremos também na fronteira com a Bielorrússia e Ucrânia, tem como objetivo dissuadir e desencorajar um potencial agressor, pelo que se trata de um investimento na paz”, frisou.

  • Regresso dos testes nucleares é "questão em aberto", diz vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia

    O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, diz que a possível retoma dos testes nucleares é uma “questão em aberto” que está a ser ponderada.

    Como explica a Reuters, Moscovo não realiza testes de armas nucleares desde 1990, o ano anterior à queda da União Soviética.

    Mais de três décadas depois, a Rússia está mais próxima de regressar aos testes nucleares devido à guerra na Ucrânia. Recentemente, o Presidente russo, Vladimir Putin, alterou a doutrina nuclear de Moscovo, alargando o conjunto de cenários em que passa a ser equacionado o recurso a armamento nuclear.

    Segundo a nova doutrina nuclear, um ataque com armas convencionais, ou por parte de um estado não-nuclear mas com apoio de um estado nuclear, passa a poder ter como resposta um ataque nuclear — o que significa que poderá haver uma resposta nuclear a ataques ucranianos com armas norte-americanas em solo russo.

    Ameaça preocupante ou apenas bluff? Putin revê doutrina, mas esta é a 12.ª vez que agita o papão do nuclear

    Este passo, a par da autorização dos EUA para que a Ucrânia use mísseis norte-americanas em território russo, foi visto como uma escalada significativa das tensões na região.

    Agora, de acordo com a Reuters, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo deixa em cima da mesa a possibilidade de a Rússia voltar aos testes nucleares no Oceano Ártico.

    “Sem antecipar nada, deixem-me apenas dizer que a situação é bastante difícil. Está a ser constantemente considerada, em todos os seus componentes e aspetos”, disse Ryabkov, citado pela Reuters.

  • Bom dia.

    O Observador continua este sábado a acompanhar os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia.

    O liveblog de sexta-feira fica arquivado aqui.

    Ucrânia. Procuradoria-geral investiga a morte de quatro prisioneiros de guerra ucranianos em Donetsk às mãos de soldados russos

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