Momentos-chave
- Soares no jazigo 3820, o mesmo de Maria Barroso
- Urna chega ao Cemitério dos Prazeres
- Multidão e rosas amarelas à passagem pelo Rato
- A Assembleia da República, onde regressou após ser PM
- A passagem pelo Palácio de Belém
- Urna sai dos Jerónimos
- Marcelo: "Um homem que fez história sabendo que a fazia"
- Ferro Rodrigues diz que "da direita à esquerda, esta dor é partilhada"
- Costa: "O homem público era inseparável do homem privado"
- Longa mensagem de Costa gravada em vídeo. "Para homens como Mário Soares a morte existe menos do que para outros"
- António Costa define Soares como "génio político" que "construiu a história"
- Isabel revela que pai lhe pediu opinião sobre Presidenciais de 2006 e promete manter viva a Fundação Soares
- Filha Isabel Soares: "O pai era o nosso herói"
- Poemas de Amor da Hora Triste - a voz de Maria Barroso
- João Soares: "O meu pai ensinou-me que não se chora à frente dos pides"
- João Soares evoca a memória do pai
- Voz de Mario Soares no dia em que, em 1985, assinou tratado de adesão à CEE
- João Soares recebe o rei de Espanha, Felipe VI
- Cavaco é o último dos ex-Presidentes a chegar
- Bancada do PS chega de autocarro à cerimónia dos Jerónimos
- Fechou período de visitas. Sessão solene começa às 13h
- Cravos e rosas na despedida
- Rosa Mota: "fizemos ambos grandes maratonas pelo país fora"
- Trânsito condicionado esta terça-feira
- Dos Jerónimos aos Prazeres. Como vão ser hoje as cerimónias fúnebres?
Histórico de atualizações
-
No largo do Rato, dezenas de pessoas seguravam as rosas amarelas, as flores de que Maria Barroso mais gostava.
-
Soares "é que impulsionava isto"
O nome de Alfredo Carvalho é um dos primeiros, na coluna do meio da pedra de mármore rosa que assinala os nomes dos fundadores do PS, na sede do partido, em Lisboa. Esta terça-feira, aos 82 anos, o “militante nº 17 ou 18” veio com a mulher ao Rato para cumprimentar pela última vez o seu camarada de luta Mário Soares.
“Eu sou operário, estava na LISNAVE e hoje sei perfeitamente que, se estamos aqui a falar, devemo-lo a ele”, declara Alfredo Carvalho. “Ele é que teve coragem para se levantar, nunca desistiu” e, agora, na sua morte, o socialista não poupa palavras: “Era uma figura ímpar”.O fundador socialista recorda os primeiros tempos de democracia, meses quentes em que o partido dava os primeiros passos e em que os socialistas calcavam quilómetros por um Portugal ainda isolado a levar a palavra militante a outras geografias. Em 1975, na zona de Coimbra, num fim de semana, fizemos 23 comícios. Começámos em Coimbra e fomos por aquelas terras todas até Avide”, diz Alfredo Carvalho. Na altura eram Mário Soares, Alfredo Carvalho e Isabel Soares, a filha mais nova. “Ela é que era a chauffer [motorista] dele”, recorda.
Sentado a um banco, na entrada da sede do PS, o fundador do PS queima tempo até que o cortejo fúnebre com o corpo de Mário Soares irrompa pelo largo do Rato, onde centenas de pessoas já aguardavam a chegada do antigo presidente da República para uma última homenagem.
O Governo decretou três dias de luto e dedicou a Soares um funeral de Estado. “A coisa mais justa” que o país podia fazer pelo seu antigo chefe de Estado e chefe de Governo. Para o partido, de que foi fundador e líder, recuperar da perda será tarefa mais difícil, considera Carvalho. “Ele é que impulsionava isto, até doente as pessoas olhavam para a figura dele… a figura dele ficou de tal maneira enraizada no povo que o povo jamais se esqueceu”.
-
À hora em que terminavam as cerimónias fúnebres em Lisboa, a delegação portuguesa no Parlamento Europeu fazia uma sessão evocativa de Mário Soares.
No Parlamento Europeu – Cerimónia evocativa da memória e da obra de Mário Soares @PE_Portugal @Europarl_EN pic.twitter.com/MZ0NGpBS19
— Carlos Zorrinho (@czorrinho) January 10, 2017
-
Schulz lembra símbolo da "luta pela democracia europeia"
De passagem pelo largo do Rato, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, lembrou Mário Soares como “um símbolo da luta contra o fascismo e também da luta pela democracia europeia”.
“Eu sou deputado da circunscrição que engloba Bad Münstereifel, onde este partido, o PS português, foi fundado em 1973, por Mário Soares e Willy Brandt [chanceler alemão entre 1969 e 1974]. Nós, os sociais-democratas alemães, o SPD [partido social-democrata alemão], estamos muito muito ligados ao partido português”, disse Schulz, considerando que Mário Soares, um homem que “mudou não só Portugal”, é “uma perda considerável”.
No Twitter, horas antes, Schulz dizia estar em Lisboa para apresentar as condolências aos cidadãos portugueses e dizer “obrigado”.
In #Lisbon to pay my respects to great European statesman, express condolences to #Portuguese citizens and say Obrigado #MarioSoares pic.twitter.com/voJXyn0ee4
— Ex EP President (@EP_PresSchulz) January 10, 2017
-
Um gesto que "intensifica" as relações Portugal/Brasil, diz Temer sobre a sua vinda ao funeral
O presidente brasileiro Michel Temer esteve em Lisboa para o funeral de Mário Soares que diz ser um “grande português” e que “intensificou enormemente” as relações entre Portugal e o Brasil.
Temer disse ainda que a sua vinda a Portugal para assistir às cerimónias fúnebres do antigo Presidente da República “serve para reforçar a ligação entre Brasil e Portugal, enaltecida ao longo do tempo pela figura exponencial do grande português Mário Soares”
-
O cemitério dos Prazeres começa agora a esvaziar-se, enquanto são colocadas as últimas flores pelo espaço. As altas individualidades já abandonaram o local. Espera-se que nos próximos dias sejam vários os populares a deslocar-se ao jazigo de Mário Soares.
-
Neste momento são colocadas todas as flores recolhidas ao longo dos últimos dias, tanto no jazigo da família Barroso Soares como em todas as árvores que vão desde a entrada do cemitério até ao jazigo.
-
Soares no jazigo 3820, o mesmo de Maria Barroso
A urna foi colocada no jazigo 3820 na presença da família, amigos e de altas entidades do Estado. É neste jazigo que está também a sua esposa Maria Barroso. O Observador não acompanhou o momento pelo recato e privacidade que exige. O mesmo foi, aliás, solicitado pela família.
Após o momento, vários populares com flores quiseram ir visitar o jazigo e dar o último adeus a Mário Soares.
-
João Soares já saiu do cemitério dos Prazeres, acompanhado do primo e médico, Eduardo Barroso. O filho de Mário Soares, visivelmente emocionado, não quis prestar declarações.
-
A parada militar dos três ramos das Forças Armadas que se perfilava em frente ao Cemitério dos Prazeres começou a marchar para desmobilizar e destroçar.
-
Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, diz à RTP, junto ao Cemitério dos Prazeres, que foi o “adeus físico” de Mário Soares, porque os “valores mantêm-se”, que são comuns “à esquerda e à direita”.
-
O Presidente da República sai do Cemitério dos Prazeres, faz uma breve revista às tropas, despede-se de Augusto Santos Silva, o representante do Governo na ausência de António Costa, e retira-se das cerimónias fúnebres.
-
A voz de Mário Soares ouvida no cemitério dos Prazeres
-
Ouve-se uma salva de 21 tiros de artilharia, disparadas por um navio da Marinha portuguesa fundeada no Tejo, enquanto seis militares dos três ramos transportam a urna no interior do cemitério.
-
As insígnias acabam de ser devolvidas à família de Mario Soares, já no cemitério dos Prazeres.
E bandeira que cobria a urna é finalmente retirada.
Chefe de Estado maior das Forças Armadas entrega bandeira a Marcelo Rebelo de Sousa, que a devolve aos filhos de Soares. Isabel beija a bandeira assim que a recebe em mãos.
-
O último percurso da urna de Soares ao som da marcha fúnebre de Chopin e de salvas de tiros do exército. pic.twitter.com/HZ6vXxgFU5
— Rui Pedro Antunes (@RuiPAnt) January 10, 2017
-
Cortejo fúnebre terminou com chegada ao cemitério dos Prazeres. pic.twitter.com/L1zsMOZjT6
— Rui Pedro Antunes (@RuiPAnt) January 10, 2017
-
Urna já chegou aos Prazeres. Marcelo, Ferro, membros do Governo, presidente da câmara de Lisboa e família aguardam em linha.
-
Urna chega ao Cemitério dos Prazeres
O cortejo fúnebre acaba de chegar à entrada do Cemitério dos Prazeres. Há um compasso de espera. A urna é retirada da charrete pela GNR, e é recebida por uma guarda de honra de militares dos três ramos das Forças Armadas.
-
O hino antes da chegada do cortejo ao cemitério dos Prazeres pic.twitter.com/UxiLXoCgJo
— Rita Dinis (@DinisRita) January 10, 2017