Momentos-chave
- Governo Regional diz que a partir de janeiro será "a tempestade perfeita"
- IL critica moção "nascida em Lisboa e comandada por Ventura", mas vota a favor
- Albuquerque atira aos "moralistas" do Chega e aos que "engolem os elefantes todos" no PS
- JPP acusa: "O senhor é que vive agarrado ao poder, é um agarrado, não larga a imunidade"
- PS diz que Albuquerque não tem condições para se candidatar, mas líder do Governo responde: "Não vai ter, vai ter de enfrentar outra vez"
- "Este Governo, para o PS, nunca teria tido um início", diz Cafôfo que acusa Albuquerque de "não ter ética"
- "Topda a gente sabe que é igual não ter Orçamento, desde que não use o cérebro", diz Albuquerque
- Albuquerque diz que moção é "patética cena" e que Chega "é o maior aliado dos socialistas e da esquerda"
- "Governo está moribundo" e oposição "é frouxa", diz Chega que se apresenta como "alternativa"
- Chega: "Este Governo chegou ao fim da linha"
Atualizações em direto
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PSD diz que "há risco de ficar tudo igual" e que oposição "não serve"
Agora fala Jaime Filipe do PSD, que centra a sua intervenção no ataque à moção que “não foi a pensar nos madeirenses mas na estratégia de sobrevivência de um líder nacional”.
Deputado avisa que “há um risco de ir eleições e ficar tudo igual”. E diz que esta “oposição não serve e não tem condições de ser alternativa”.
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CDS atira a "política cozinhada em Lisboa"
Sara Madalena, do CDS, intervém para dizer que a moção de censura é “um libelo acusatório” ao Governo, repetindo que o Parlamento não é um tribunal e que há que respeitar o princípio de presunção de inocência e a separação de poderes”.
E aponta a incoerência do Chega por “aplaudir e rejubilar pela eleição de um condenado para presidente dos EUA”. “É política cozinhada em Lisboa pelo líder do Chega”, acusa ainda.
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PS desresponsabiliza-se pela crise na Madeira e diz que "obras só param se Governo quiser"
Na intervenção que faz, Paulo Cafôfo acusa os membros do Governo de terem “abandonado” a sala e diz que isso é “uma falta de respeito grave”. Fala do gabinete de prevenção da corrupção promovida pelo Governo chamando-lhe uma “manobra” para “branquear” processos judiciais em que membros do Governo estão indiciados.
O socialista desresponsabiliza o PS sobre o estado a que chegou a situação na Madeira, incluindo o chumbo do Orçamento regional. E diz que apostura de Albuquerque é “chantagista” por dizer que a madeira vai parar, mas tratam-se de “mentiras” e que as obras “só páram se o presidente do Governo mandar”.
Acusa o Governo regional de “instrumentalizar” o chumbo do Orçamento e pergunta aos madeirenses: “Em que terra querem viver?”
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Madeira "já estava no caos político", diz JPP
Rafael Nunes, do JPP, faz uma intervenção para apontar o dedo ao “discurso enganador” de Albuquerque sobre o “caos político” na Madeira. “Mas escondeu que a Madeira já estava no caos político desde que aterraram dois aviões com dezenas de inspetores da PJ”, diz ainda.
“A crise política e o chumbo do Orçamento tem apenas dois responsáveis: Miguel Albuquerque e o seu Executivo”, afirma. “O dinheiro dos madeirenses pode ter servido para alguns envelopes de dinheiro vivo que viajaram de um lado para o outro”, acusa ainda sobre as investigações em curso a membros do Governo.
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Governo Regional diz que a partir de janeiro será "a tempestade perfeita"
Pedido de esclarecimento da deputada Rubina Leal do PSD, para perguntar ao secretário regional da Educação pelo que o Governo pode decidir e aprovar em gestão. “Tem legitimidade política para aprovar alguma coisa?”
Jorge Carvalho responde que a situação “é mais complexa” porque a Região está sem Orçamento. “É a tempestade perfeita: há apenas duodécimos para serem geridos e um Governo limitado a processos de gestão quotidiana”, refere o governante. “O que vai acontecer não é o derrube do Governo, mas a criação de dificuldades à Região”, assegura.
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IL critica moção "nascida em Lisboa e comandada por Ventura", mas vota a favor
Termina a primeira ronda de perguntas e agora intervém o deputado da IL Nuno Morna. “Como chegámos ao ponto de estar a discutir uma moção de censura que não é nossa mas que nos é imposta por Lisboa”, atirando a responsabilidade da moção para André Ventura “um anti-autonomista”. Considera mesmo que a moção foi “nascida em Lisboa e comandada por Ventura”.
“O Chega é um projeto político tóxico”, diz o deputado da IL que diz que Ventura “não respeita a Madeira”. Depois vira-se para o PS, para dizer que na Madeira “é um partido fraco, sem estratégia, sem liderança”. “Este PS é um desastre político”, atira ainda, dizendo que “não é alternativa” na Madeira. Passa, por fim, ao ataque ao Governo que “envergonha” e “mina autonomia”.
“Do lado do Governo temos o caos e do lado da oposição temos a fraqueza”, acusa ainda o deputado da IL que termina a intervenção a dizer que a “autonomia não pode ser isto”. Ainda assim, vai votar a favor da moção de censura apresentada pelo Chega.
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PAN diz que "não há confiança política" no atual Governo Regional
Mónica Freitas, do PAN, pergunta a Albuquerque no que a Madeira é diferente de outros países onde os membros do Governo se demitem por processo de corrupção. Lembra que, no caso da Madeira, há “quatro secretários regionais indicados em processos de corrupção”.
Albuquerque responde dizendo que agora “qualquer denúncia anónima” pode dizer “enormidades” sobre qualquer pessoa e o Ministério Público tem de promover uma investigação. E que ou “uma pessoa é suspeita e não tem direitos ou é arguido e tem.” Neste momento, diz, “há uma utilização do fórum judicial para fazer política o que vai causar uma degradação acelerada da democracia”.
Mónica Freitas volta a intervir para nomear vários antigos membros do Governo que se demitiram e diz que “isso não colocou em causa a democracia” e que “a política não morreu nem parou”. “Mas teve de haver posição política, uma mudança e uma responsabilização” e que isto é “uma questão de confiança política”.
Albuquerque responde dizendo que em maio se submeteu a sufrágio e ganhou. E desafia a deputada do PAN a alterar o seu compromisso de votar a favor da censura.
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Albuquerque atira aos "moralistas" do Chega e aos que "engolem os elefantes todos" no PS
Fala o CDS, com a deputada Sara Madalena a perguntar a Albuquerque sobre os “motivos para esta moção de censura” quando o motivo já existia em maio, antes das eleições. Albuquerque responde ao aliado do Governo no Parlamento atirando a André Ventura e ao Chega.
“Houve uma situação que decorreu de forma péssima para Ventura no continente que foi a discussão do Orçamento” e isso, diz o presidente do Governo Regional, “afectou-lhe a imagem”. “Nunca mais vão ter 50 deputados na Assembleia da República”, garante atirando incoerências para cima do Chega, por ter um vice-presidente da Assembleia da República, Pacheco Amorim, a ter de explicar horas do motorista. “Não há nada como os moralistas serem apanhados pela sua própria moralidade”, atirou mesmo.
A deputada do CDS acrescenta ainda, em nova intervenção, críticas ao PS, que alinha com o esquerda. Albuquerque aproveita a deixa para dizer que “a única hipótese de sobrevivência política de Cafôfo é ter eleições”. E isto porque, diz, “os políticos à sua volta todos os dias dão entrevistas para lhe ocupar o lugar”. “Engolem os elefantes todos só para manterem o lugar”, acusa.
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JPP acusa: "O senhor é que vive agarrado ao poder, é um agarrado, não larga a imunidade"
Élvio Sousa diz que o Governo tem 45 milhões a transitar em duodécimos e que se até agora não lançou concurso do hospital foi porque andavam “entretidos” em “viagens a Miami e a Venezuela” e “em reuniões secretas na Quinta da Vigia para financiar o partido e a campanha eleitoral”.
“Quem está agarrado é o senhor, com unhas e dentes. O senhor é que vive agarrado ao poder, é um agarrado, não larga a imunidade. Está agarrado às negociatas do Orçamento porque o povo tem dúvidas se o quer para benefício do bem comum ou para os negócios dos seus amigos”.
Albuquerque responde a Élvio Sousa dizendo que “tem uma nova virtude: julga-se o Milton Friedman”, atira em relação às questões do JPP sobre o Orçamento. Mas diz que Sousa “não quer falar da situação de prejuízo” da reprovação do Orçamento e da aprovação da moção de censura. E desafia: “vamos ver nas urnas quem é que está mal”.
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JPP diz que Albuquerque "perdeu confiança do povo" e ouve que tem "ambição desmedida pelo poder"
Fala agora Élvio Sousa, do Juntos pelo Povo (JPP), que diz a Albuquerque e “aos eu batalhão de subsídio-dependentes” que os madeirenses já perderam a confiança no Governo regional e não quer que faça a gestão das contas públicas”. “Perdeu a confiança do povo”, conclui o deputado.
Miguel Albuquerque responde acusando: “Usa a mentira política com a mesma facilidade com que bebe água.” Recusa ser o “factor de instabilidade” e acusa Élvio Sousa de ter “uma ambição desmedida pelo poder”. E diz que as obras do Hospital da Madeira vão parar porque não se vai poder lançar concurso.
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PS diz que Albuquerque não tem condições para se candidatar, mas líder do Governo responde: "Não vai ter, vai ter de enfrentar outra vez"
O debate continua tenso entre Albuquerque e PS, sobretudo depois de Paulo Cafôfo deixar um “conselho de amigo” a Albuquerque: “Saia pelo seus pés.” Para o socialista, o atual presidente não tem condições para voltar a ser candidato ao Governo Regional.
O presidente do Governo Regional levantou o tom para acusar “Cafôfo de “cobardia política total” e de querer que ele saia da liderança do PSD para abrir caminho ao PS: “Não vai ter, vai ter de me enfrentar outra vez.”
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"Não venha falar de ética porque ainda há muita coisa para apurar nos seus mandatos", diz Albuquerque a Cafôfo
Albuquerque responde a Cafôfo dizendo que “há anos anda a fazer acrobacia” e acusa-o de “não ter vergonha na cara”: “Não venha para aqui falar de ética porque ainda há muita coisa para apurar nos seus mandatos” na Câmara do Funchal, ameaça.
Desvaloriza a constituição de arguido que “é um direito e não um anátema sobre ninguém”.
Paulo Cafôfo responde dizendo que falta “sentido de Estado e de missão” a Albuquerque que “tem colocado interesses pessoais à frente dos dos madeirenses”. E que os crimes pelos quais está indiciado o presidente do Governo Regional “minam a credibilidade de todo o Governo e afectam o normal funcionamento das instituições”. Além disso, “a imunidade como conselheiro de Estado impede o cabal esclarecimento dos factos que está indiciado”.
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"Este Governo, para o PS, nunca teria tido um início", diz Cafôfo que acusa Albuquerque de "não ter ética"
Agora é a vez de Paulo Cafôfo, do PS, que diz que os socialistas não censura Albuquerque “só hoje” e que tem feito isso mesmo ao longo dos anos. “Temos sido coerentes, ao contrário do proponente da moção que procura um mea culpa ou um acto de contrição, mas não resulta já que o Chega deu a mão a Albuquerque como arguido”.
O Governo, diz, “para o PS nunca teria tido um início” e garante que o partido “sempre foi coerente”. E diz mesmo que Miguel Albuquerque “não tem ética”, o que provoca forte burburinho na sala onde decorre o debate na Assembleia Legislativa Regional.
Devolve a Albuquerque a acusação de ter sido quem mais impulsionou o Chega.
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"Topda a gente sabe que é igual não ter Orçamento, desde que não use o cérebro", diz Albuquerque
Miguel Albuquerque volta a intervir no debate para dizer que “a ânsia de poder é apenas o que está em equação” nesta moção de censura. E usa a ironia para atacar a oposição quando desdramatiza a inexistência de um orçamento regional no início do ano.
“Não ter orçamento toda a gente sabe que é igual, desde que não use o cérebro”, atira no Parlamento onde diz ver “um PS contestatário” e a “dar a mão aos populistas”.
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PSD diz que Chega avançou com moção na Madeira por imposição de Ventura
Agora Jaime Filipe, do PSD, que diz que existe “incómodo” em Miguel Castro do Chega neste debate, já que ninguém quer que o Governo caia, alega. “Como é que alguém adia a moção para votar o Orçamento e depois chumba o Orçamento?, questiona o deputado.
“Nasceu na Madeira esta vontade” de censurar o Governo ou foi “imposta”, questiona mais uma vez. “Miguel Castro sabe que a moção foi imposta”, acusa o deputado do PSD, sugerindo que o Chega da Madeira fez o que o líder do Chega nacional ordenou.
Miguel Albuquerque intervém logo de seguida para repetir que “ninguém percebe” como é que se pediu o adiamento a discussão da moção e se chumbou o orçamento na mesma. E garante que a situação prejudica madeirenses ao nível da economia: “Há uma tendência para a contenção que traz prejuízos imediatos na actividade económica e o aumento do desemprego”.
Além disso, diz, a moção “vai impedir” o Governo de lançar a terceira fase do Hospital da Madeira: “A obra vai parar no fim do primeiro semestre deste ano”. O mesmo para o centro de Saúde de Porto Santo já no início do ano.
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Chega diz que a narrativa do Orçamento "está gasta"
Miguel Castro, do Chega, responde a Albuquerque e diz que o discurso de Albuquerque “está gasto e não é válido” e que os madeirenses já perceberam que a economia cresceu e “que não é agora que a Madeira vai andar para trás”.
Pede um “Governo decente e transparente” para a Madeira que “não vai parar” por não ter um Orçamento ou por ir de novo a eleições. “A narrativa do Orçamento está gasta”, disse.
Na resposta, Albuquerque recorre à actriz Doris Day que “ficou virgem depois dos 40 anos. É o que me faz lembrar”, diz acusando o Chega de usar a pós-verdade porque não havia qualquer hipótese de discutir o Orçamento Regional tendo em conta que já havia uma moção de censura em carteira.
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Albuquerque: "Não nos intimidamos com calúnias e suspeições abjetas"
O presidente do Governo regional da Madeira diz que nenhum membro do Governo “praticou qualquer ilícito” e todos estão disponíveis para esclarecer a justiça. “Não nos intimidamos com calúnias e suspeições abjetas para a obtenção de fins políticos”, avisa Miguel Albuquerque.
“A denúncia anónima e a suspeição infundada é uma arma usada pelos populistas”, diz considerando que o Parlamento “não pode ser convertido numa instância judiciária a pretexto de caprichos políticos”.
Diz que nada mudou desde as eleições e acaba a dizer que “quem, por capricho ou por leviandade”, afeta a vida dos madeirenses “em breve vai perceber que há brincadeiras que não são admissíveis pelos nosso cidadãos”.
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Albuquerque diz que moção é "patética cena" e que Chega "é o maior aliado dos socialistas e da esquerda"
Agora é a vez de Miguel Albuquerque que começa por se referia à moção de censura como “uma patética cena” que é fruto de “uma aliança táctica entre o Chega e a esquerda”, apontando muito diretamente a André Ventura.
O presidente do Governo Regional da Madeira diz que o que prevalece neste debate “são as ambições desmedidas de certos protagonistas políticos derrotados nas urnas e que querem alcançar o poder na região a todo o custo”. E diz que o chega está “comandado a partir de Lisboa”, comportando-se como “uma servil bengala da esquerda”.
“Os sermões de Ventura não escondem que o Chega é o maior aliado dos socialistas e da esquerda” na Madeira e no continente e que “promove a instabilidade para esquerda singrar”.
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"Governo está moribundo" e oposição "é frouxa", diz Chega que se apresenta como "alternativa"
O deputado do Chega, Miguel castro, termina a intervenção a dizer que Governo “está moribundo, sem rumo” e diz que o Chega quer “construir uma Madeira diferente, onde o povo e não os interesses sejam o centro de todas as decisões”.
Chama “frouxa” e “incompetente” à oposição ao Governo. E apresenta-se como “alternativa” ao Governo Regional.
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"Madeira não pode ser refém da prepotência e arrogância de um governantes que se esconde atrás da imunidade"
O deputado do Chega continua, acusando os membros do Governo de abusarem dos poderes públicos, passando por várias áreas de governação, como a Saúde e a Habitação. “Os fundos da UE são dos e para os madeirenses, mas o Governo regional usa-os e abusa deles como se fossem seus”, acusa.
“Todos sabemos que a prioridade de Miguel Albuquerque é promover os lóbis dos amigos”, acusa agora dirigindo-se ao presidente do Governo Regional da Madeira. “Há um vazio absoluto na transparência” do Governo, acrescenta acusando o Governo de “ter algo a esconder”. E diz que a Madeira “não merece ser refém de uma elite que usa o poder para perpetuar os seis privilégios.”
Exige que todos os que ocupam cargos públicos “tenham ficha limpa” e diz que foi Miguel Albuquerque que recusou uma “remodelação profunda” do Governo, “agrarando-se ao poder comos e Madeira fosse propriedade sua. A Madeira não pode ser refém da prepotência e arrogância de um governantes que se esconde atrás da imunidade”.