Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Boa noite. Termina aqui o acompanhamento ao único debate entre os três candidatos à presidência do Sporting, transmitido pelo canal do clube.

    As eleições no clube estão agendadas para a próxima semana — sábado, dia 5 de março. Obrigado por ter estado connosco.

  • Terminou o debate

    Terminou o debate entre os candidatos à presidência do Sporting.

  • Ricardo Oliveira desconfia da promessa de Varandas: "Esta pode ser a última vez que o voto tem influência no futuro do futebol do Sporting"

    Ricardo Oliveira deixa agora a sua mensagem final: “Vim aqui foi para expor ideias, não foi para atacar as pessoas. Gostava de dizer aos sportinguistas que é preciso enterrar o machado de guerra. Esta visão não contempla ninguém em particular, apenas reforça a ideia de que desde que respeitem os princípios, valores e regras do clube, todos terão lugar no Sporting”.

    “O que gostava que todos entendessem é que, enquanto presidente, a minha opinião e a minha vontade não serão soberanas. Serão sempre os sócios a decidir o que é e para onde vai o Sporting. Comigo, estarão sempre abertas todas as portas que conduzam à união da família sportinguista e encerrados os caminhos que permitem a divisão, as quezílias e o clima de guerrilha que condiciona o sucesso do clube”, referiu.

    Prossegue, numa mensagem lida: “Defendo a maioria da SAD. O próximo mandato acaba precisamente em 2026, altura em que as VMOC convertem. Quero unir os sportinguistas, mesmo os que não concordam comigo. Não haverá pedidos de AG metidos na gaveta. Quero construir a cidade do desporto”.

    Termina assim: “A minha estratégia é aumentar as receitas e reforçar o investimento com critério para discutir a hegemonia nacional e ser competitivo internacionalmente. Aqueles que têm medo de abanar o barco, de que a mudança desestabilize uma equipa campeã, lembrem-se: o que prejudica o sucesso desportivo é a instabilidade financeira. Esta pode ser a última vez que o vosso voto tem influência no futuro do futebol do Sporting”:

  • Nuno Sousa cola Ricardo Oliveira a Varandas e defende ser "a real alternativa" de um Sporting "de base popular"

    Na sua intervenção final, Nuno Sousa diz ser “a única e real alternativa” a Frederico Varandas. “Onde está a união no final deste mandato? Quando a lista de Frederico Varandas nem se consegue manter face à anterior [há três anos e meio]… Porque não fez a apresentação da lista e não deu uma explicação aos sócios? O dr. João Sampaio, que era administrador da SAD, porque não é reconduzido? Porque saem Rogério Alves [MAG] e o juiz Baltazar Pinto [Conselho Fiscal e Disciplinar]? Além de várias saídas que foram acontecendo ao longo do seu mandato”.

    Nuno Sousa promete “um projeto competente” e pede aos sportinguistas: “Vão ao nosso site, às nossas redes sociais, vejam a nossa lista, o nosso programa e os nossos vídeos explicativos — sim, nós explicamos o nosso programa porque respeitamos os sócios”.

    “Temos várias pessoas capazes e competentes na nossa lista. Imaginem o que seríamos capazes de fazer se fossemos eleitos”; refere ainda.

    Acusa também Varandas de ter “problemas de visão ao perto”, na sequência de críticas feitas pelo presidente cessante a Pinto da Costa e ao FCP: “Lembra-se muito bem do que aconteceu há 40 anos e há 15, mas depois as escutas e tudo o que são processos mais recentes relativamente a outro clube parece que nunca tem nada a dizer. E Luís FIlipe Vieira e a sua gestão foram altamente lesivas do Sporting. Frederico Varandas sempre disse que iria dizer o que aconteceu no campeonato de 2015/2016 mas nunca chegou a dizer”.

    Sporting teve oportunidade de ouro para recorrer do processo e-Toupeira e decidiu não fazê-lo. Fica um bocadinho para trás o pilar da transparência, que dizia que era um pilar tão forte do seu mandato. A sua proposta não é a nova era, é o que prometeu em 2018 e não cumpriu”, acusa.

    A terminar, aponta: “Vimos várias vezes Ricardo Oliveira e Frederico Varandas em consonância. Quem quiser ter uma real alternativa, uma voz muito mais perto daquilo que é a base popular e eclética do Sporting, só tem uma coisa a fazer: no dia 5 de março, ir votar”.

  • Varandas na intervenção final: "Peço aos sportinguistas: dia 5 de março venham em massa ver o jogo e votar. Defendo um SCP dos sócios"

    Na sua intervenção final, Frederico Varandas diz: “Tenho 42 anos e hoje olho para estas gerações mais novas e gostava de ter crescido… gostava de ter sido criança durante estes últimos anos. Estes miúdos hoje veem um Sporting com valores, corajoso, vencedor”.

    De seguida, aponta: “Já falei aqui nos vários recordes: de números de sócios ativos, de receitas em merchandising, de receitas de quotização, de títulos no futebol, de títulos nas modalidades. Chegámos às 16 melhores equipas da Liga dos Campeões e este é o palco em que o Sporting tem de estar. O que peço aos sportinguistas é para dia 5 de março virem em massa ver o jogo e votarem, porque defendo um Sporting dos sócios”.

    Termina assim: “O Sporting será sempre o que os sócios quiserem. E peço para os sócios continuarem a cuidar do Sporting. Em momentos críticos, os sportinguistas sempre souberam cuidar do Sporting. Não peço para votarem em mim, peço que venham e votem em quem achem que pode cuidar melhor do Sporting. Se for eu, é uma honra”:

  • Varandas defende legado no futebol feminino e gestão nas modalidades

    Varandas volta a visar Nuno Sousa, que deixara críticas sobre a equipa principal de futebol feminino não jogar no Estádio José Alvalade: “Nos principais clubes de futebol feminino do mundo — Lyon, Chelsea, PSG —, ninguém joga no estádio principal. Não é por as mulheres serem ostracizadas, é porque o relvado não aguenta. É profundamente ignorante mas também fico contente que o problema de Nuno Sousa com o futebol seja o relvado. É ótimo, sinal que o Sporting está muito bem”.

    Defende ainda o seu legado nas modalidades de pavilhão e garante: receitas com inscrição nas restantes modalidades do clube quase duplicaram. Aponta ainda: “Tivemos duas medalhas olímpicas. Não acabámos com o gabinete olímpico, os atletas foram incorporados nas modalidades do Sporting. Não há atletas de primeira ou segunda, há modalidades do Sporting”. Alude ainda às vitórias europeias nas modalidades de pavilhão: as do seu mandato, diz, representam 30% da totalidade de conquistas internacionais na história do Sporting.

  • Nuno Sousa diz que Varandas recusou outros debates

    Nuno Sousa diz que Varandas recusou debater individualmente com os restantes candidatos e que recusou debater noutros meios de comunicação além da Sporting TV.

    Mostrou ainda uma declaração de rendimentos pessoal que diz estar disponível para publicar, acusando Frederico Varandas de ter prometido fazer o mesmo e não ter cumprido.

  • Ricardo Oliveira propõe "centro desportivo" para formação "de futebol e modalidades" em Oeiras ou Odivelas

    Ricardo Oliveira fala também do seu projeto da cidade do desporto, “que só pode ser em Oeiras ou Odivelas”. É “um centro onde gostava de pôr tudo o que é formação do Sporting: futebol e modalidades”.

    Depois de ser interrompido por Nuno Sousa, aponta: “Você tem um hábito belicista de falar”.

  • Varandas lembra ligação de Nuno Sousa a Bruno de Carvalho. Sobre Inácio: "Conheço como pessoa. Por respeito institucional, não vou comentar"

    Varandas volta ao passado e à gestão pré-Rúben Amorim, que é criticada pelos restantes candidatos: “Marcel Keizer [por ter vencido duas Taças] nos últimos 13 anos é o treinador de futebol mais bem sucedido do Sporting, a seguir a Rúben Amorim”. Nuno Sousa atira: “Nem por isso deixou de o despedir”.

    Varandas fala depois de Augusto Inácio: “Pelo respeito institucional ao passado de Augusto Inácio no Sporting, não vou tecer nenhum comentário. Conheço Augusto Inácio como pessoa como se calhar o Nuno não conhece. Por respeito institucional, não vou fazer nenhum comentário — porque gosto de preservar a imagem dos nossos atletas e dos nossos treinadores”.

    Varandas visa depois Nuno Sousa: diz ter ficado a conhecê-lo quando Sousa foi apresentar a Jaime Marta Soares uma lista de candidatura de Bruno de Carvalho, após a destituição do antigo presidente como sócio do clube: “Bastou para toda a gente o conhecer. Portanto, não vamos falar de desrespeito aos sócios”.

  • Nuno Sousa quer trazer Augusto Inácio de volta para o Sporting: "Será conselheiro do presidente e da administração da SAD"

    Nuno Sousa anuncia ainda “em primeira mão” que terá “um assessor”: “Será Augusto Inácio. Ajudará o presidente e a administração da SAD a fazer a condução da política desportiva e será conselheiro”.

    Os mais novos poderão já não ter lembrança, mas se hoje valorizamos Rúben Amorim também temos de valorizar Augusto Inácio. Em 99/00 foi Augusto Inácio quem pôs cobro a um longo jejum. O Sporting tem tratado mal Augusto Inácio, que foi jogador, treinador e dirigente do Sporting. E é sócio. A sua mãe faleceu há pouco tempo e nem as condolências o Sporting foi capaz de dar”, apontou.

    Inácio, recorde-se, chegou a ser dirigente de futebol do Sporting com Bruno de Carvalho como presidente do clube.

    Nas finanças, o candidato aponta: “Frederico Varandas não negou que o Sporting está em incumprimento com a banca. Vamos assumir que está”. Depois fala de aquisição de jogadores “com 50% do passe”: “Fazer um paradigma disto… imaginem o que era agora comprarmos uma casa, essa casa já ser comprada acima do valor do portal de referência, estarmos a pagar o empréstimo dessa casa e depois quando fossemos vender estávamos obrigados a pagar metade da venda ao antigo proprietário. Não faz sentido”.

    Refere ainda a noticiada compra de Rúben Vinagre por 10 milhões, por 50% do passe (abdicando o clube de 50% de uma futura transferência): “É completamente irracional”. Acusa ainda a direção de Frederico Varandas de “desrespeito pelos sócios”.

    No futebol, fala num diretor geral “que até se deveria sentar ao lado dos restantes administradores [da SAD], libertando o presidente de funções mais operacionais”.

  • Ricardo Oliveira: "Futebol do Sporting está bem. Mas está bem agora... Rúben Amorim não foi a 1ª escolha"

    Ricardo Oliveira visa Frederico Varandas: “Temos um Sporting vencedor, campeão. Frederico Varandas dizia que queria unir o Sporting e acho que não uniu — o Sporting continua altamente dividido. Não o conseguir quando o futebol e as modalidades estão tão bem…”.

    Aponta depois: “O futebol está bem. Mas está bem agora, esteve muito mal durante dois anos [antes de Rúben Amorim]”. E lembra: “Rúben Amorim não foi a primeira escolha de Frederico Varandas. Estava cá o Peseiro e apostou noutros [Keizer e Silas]. Rúben Amorim é um excelente treinador e farei tudo para o manter. Não é funcionário de Frederico Varandas, é um funcionário do Sporting”.

    Diz depois que vai ter “uma pessoa forte para o futebol, que vai coordenar o futebol profissional e o futebol formação”. Aponta: “O Sporting tem essa pessoa e se essa pessoa está a vencer com o treinador atual, não quero chegar e dizer que vai tudo embora. Hoje estão a demonstrar que estão a fazer um bom trabalho, fomos campeões nacionais e estamos na luta para voltarmos a ser campeões nacionais. Não quero vir fazer aqui uma política de terra queimada”.

  • Varandas promete clube com maioria da SAD: "Estamos a concluir o processo de recompra das VMOC"

    Varandas diz a Nuno Sousa que o Sporting “tem hoje o recorde de sócios pagantes de toda a sua história: mais de 90 mil sócios com quotas em dia. Batemos o recorde de quotização, era 8.8 milhões de euros, já vamos em 9 milhões e vamos fechar o ano com 10 milhões de quotização”.

    Aponta depois: “A gestão do Sporting é desportiva: assenta na formação e no recrutamento selecionado. Vamos a factos: em três anos e meio, o Sporting reduz custos, aumenta receitas operacionais, valoriza o ativo — o plantel do Sporting nunca valeu tanto como à data de hoje — e tem sucesso desportivo”.

    Sobre as VMOC: “Somos os três candidatos à presidência do Sporting, mas eles são apenas candidatos e eu sou presidente e presidente da administração da SAD. O que posso dizer é que há inúmera matéria que por responsabilidade, confidencialidade e deveres com o mercado e a CMVM que não posso dizer. O que posso dizer é que dividimos este assunto em duas fases: primeiro, garantir — e conseguimos isso em novembro de 2019 — o poder de recomprar as VMOC com desconto de 30 cêntimos. Estava alinhavado? Uma coisa é alinhavar, outra é a execução. E quando chegamos à execução, havia 47 milhões de euros de dívida bancária vencida. Esse problema tivemos de ser nós a resolver”.

    Agora, apontou, a fase é outra: “Estamos a concluir o processo de recompra das VMOC. Quero garantir e dar a tranquilidade aos sócios do Sporting: o Sporting irá recomprar as VMOC. Não posso revelar mais, se o Nuno e o Ricardo estivessem na minha posição saberiam o que estou a dizer. Essa fase está a ser concluída e a curto prazo poderemos dar excelentes notícias”.

  • Varandas visa investidores de Ricardo Oliveira: "Aquilo que diz não existe. A não ser que seja para comprar a SAD"

    Frederico Varandas fala dos investidores que Ricardo Oliveira prometeu apresentar: “Como é possível um investidor, que o Ricardo diz que tem, que não tem nenhum contrato de confidencialidade assinado connosco, que não sabe as contas detalhadas da Sporting SAD, garantirem-lhe juros baixos?”

    “Uma direção de um clube da dimensão do Sporting não pode contrair um financiamento de 200 milhões de euros por adjudicação direta, sem fazer um processo competitivo sério”, acrescenta Varandas, apontando: “Os sócios do Sporting já ouviram esta cantilena. Sabe tão bem como eu que não chega um investidor com um maço de notas na mão — leia-se, 200 milhões de euros — e empresta a taxas baixas sem ter um menor conhecimento das contas do Sporting. Isso não existe. A não ser que seja para comprar a SAD”.

  • Nuno Sousa e a reestruturação financeira: "Varandas quando chegou deitou fora todo o trabalho que estava preparado"

    Nuno Sousa visa Ricardo Oliveira: “O Ricardo confundiu uma coisa: não é a SAD que tem de recomprar as VMOC, é o clube. É um erro básico que cometeu aqui”.

    Questiona depois a “teoria do caos” lançada em 2018, depois da invasão à Academia de Alcochete: “Havia 40 milhões de dívidas a fornecedores, agora há 80. A situação não parece ter melhorado”.

    O candidato alude ainda ao aumento do preço das Gamebox’s (lugares anuais) e acusa o atual presidente de “elitização do Sporting”. Promete baixar esse preço: “Importa é encher o estádio”.

    Quanto às finanças, apontou: “Tem de se encontrar um parceiro internacional”. Diz que Varandas “fala das coisas que correram bem” mas não “daquilo em que falhou”. Deixa ainda críticas relativas à gestão da reestruturação financeira de que o clube precisa: “Frederico Varandas quando chegou em 2018 deitou fora todo o trabalho que estava preparado [para a reestruturação financeira]. Poderia melhorar aquilo que estava mas não, decidiu deitar fora. Não vamos fazer isso, vamos ver se há caminho feito e tentar melhorá-lo. Se não houver caminho feito, teremos de arregaçar as mangas e ir em busca desse parceiro”

  • Ricardo Oliveira promete apresentar "investidores" que vão financiar o Sporting "com um juro a longo prazo"

    Ricardo Oliveira expressa depois preocupações quanto à capacidade de compra das VMOCS, necessária para manter o clube como acionista maioritário da SAD. “Temos de comprar VMOCS imediatamente. É preciso um financiamento e a reestruturação da dívida, é preciso haver alguém que acredite na direção do Sporting e financie o Sporting com um juro a longo prazo”.

    O moderador do debate pergunta-lhe se “tem investidores”, Ricardo Oliveira responde: “Claro que tenho investidores para isso. Não venho aqui…”. Esses investidores, promete, “serão apresentados” antes das eleições. “É preciso essa injeção de capital para reestruturarmos a dúvida, deixarmos de ter entidades que nos acusam de não pagarmos. O Sporting passa para fora uma imagem má e eu tenho a solução para isso”.

  • Ricardo Oliveira lembra contratações falhadas de Varandas e fala em "30 milhões atirados ao ar" antes de Rúben Amorim

    Ricardo Oliveira fala agora: “Ia pedir um bocadinho mais de calma aos meus colegas de debate. Estou aqui no meio… somos todos sportinguistas e temos todos de nos dar bem”.

    Lembra depois as contratações nos dois primeiros anos de mandato de Frederico Varandas, clarificando que era a essas que se referia quando mencionava a contratação de jogadores por preço inflacionado: “Estou a falar de um Doumbia, de um Tiago Ilori, de um Borja, de um Renan, de um Luiz Phellype, de um Sporar, de um Rosier, de um Rafael Camacho, de um Eduardo Henrique. Estes jogadores que esta direção comprou antes da chegada de Rúben Amorim… tenho aqui 30 milhões de euros atirados ao ar”.

    Refere ainda uma Assembleia Geral da SAD em que terá sido informado de que as receitas antecipadas seriam de “dois anos e muito” para acrescentar: “Se há uma situação nova não sou obrigado a saber. E esse é um dos defeitos que aponto a este Conselho Diretivo: não somos obrigados a adivinhar”. Aponta ainda, citando preocupações expressas no último relatório e contas da SAD: “Está a dizer-me que o Sporting está a fazer uma grande gestão financeira e não está”.

    Varandas responde: “Se for ver os relatórios e contas dos últimos anos do Sporting, todas as auditoras enumeram esse ponto como preocupação. É histórico da SAD”. Ricardo Oliveira queixa-se por sua vez de falta de informação aos acionistas e sócios sobre a situação do clube e as suas operações financeiras.

  • Nuno Sousa para Varandas: "Esquece-se da dívida a fornecedores, que era de 40 milhões e está no dobro"

    Nuno Sousa responde a Varandas: “Esquece-se da dívida a fornecedores, que era de 40 milhões de euros e está no dobro”.

    Varandas responde: “Cerca de 30 milhões de euros desse valor têm origem na pandemia. Não foi só o Sporting, é só olharem para as contas dos outros clubes”. Nuno Sousa responde: “A perda com a pandemia foi de 10 milhões de euros. Não é verdade o que está a dizer”.

  • Varandas detalha contas: "Conseguimos reduzir custos, aumentar receitas e ter sucesso desportivo"

    Frederico Varandas responde a Ricardo Oliveira: “Três anos de receitas antecipadas? Está errado. Está enganado. Quando tomámos posse o Sporting tinha cerca de dois anos de receita antecipada, agora ainda tem menos do que dois anos. Reduzimos”.

    E comenta: “Vem um treinador, Amorim? Veio… pegou no telefone e disse que queria vir para o Sporting”. Sobre contratação inflacionada de jogadores, responde: “Quando vejo o Manchester City, e fui ver os últimos cinco anos de contratações, vejo inúmeros jogadores acima de 30 milhões de euros que fracassaram. Fracassámos em contratações, vamos voltar a fracassar certamente. O que melhorou muito foi a taxa de acerto. Pagamos jogadores caros? Matheus Nunes, um milhão de euros? Talvez. Pote, 6,5 milhões de euros por 50% do passe? Ugarte, 6,5 milhões por 50% do passe? São alguns exemplos. Mas isso é subjetivo, para si pode ser caro, eu discordo”.

    Na área das finanças, diz ainda: “O Sporting em 2018 tinha cerca de 120 milhões de euros de necessidades de tesouraria imediatas, dos quais 47 milhões de euros em dívida bancária, 40 milhões de euros a clubes e fornecedores e tínhamos impostos do primeiro semestre em atraso — veja o ponto em que estava o clube.

    Tínhamos uma estrutura de custos altíssima, só na SAD 75 milhões de euros em custos com pessoal. No clube, acima de 13 milhões de euros em custos com pessoal. Conseguimos reduzir na SAD de 75 para 60 milhões em custos com pessoal, no clube de 13 milhões para 10 milhões. Tínhamos défice operacional estrutural acima de 30 milhões de euros, hoje estamos na ordem dos 10 milhões de euros”.

    “Tivemos de fazer um financiamento em março de 2019, de 65 milhões de euros. Conseguimos cumprir o fair-play financeiro a 31 de março. Conseguimos ao mesmo tempo reduzir custos, aumentar receitas e ter sucesso desportivo”, aponta ainda.

  • Nuno Sousa: "Sócios são do Sporting, não são 'deste Sporting'"

    Nuno Sousa aponta por sua vez: “Frederico Varandas gosta muito de utilizar ‘este Sporting’, ‘novo Sporting’, este tipo de expressões. Os sócios do Sporting são do Sporting, são de sempre, não são deste Sporting”.

    Marca depois diferenças para Ricardo Oliveira: “Perdeu uma grande oportunidade. Há cerca de dois anos fez um congresso mas escolheu a nosso ver um caminho errado: fez um fórum fechado com pessoas ditas notáveis e sem abrir aos sócios anónimos. O que me parece é que tem uma linha muito próxima de Frederico Varandas, embora dê um cuidado especial à gestão financeira”.

  • Ricardo Oliveira diz a Varandas que união de sportinguistas é em torno de Rúben Amorim, não do presidente

    Ricardo Oliveira responde a Varandas. Diz que “sócios do Sporting têm grande empatia com treinador e equipa de futebol” mas que é preciso avaliar mandato no global: “Os dois primeiros anos a nível de futebol e financeiramente foram um desastre. Era difícil, mas é o que os números dizem, é o que os relatórios dos auditores dizem”.

    Foram dois anos desastrosos. Havia manifestações no Estádio de Alvalade contra esses dois anos. Depois vem um treinador, Rúben Amorim, que dá uma volta disto e os sportinguistas unem-se à volta dele. Consegue conquistar um campeonato nacional que não era conquistado há 19 anos”, nota.

    Enumera depois defeitos de gestão que encontra no conselho diretivo de varandas: “Canibalização de receitas antecipadas: temos quase três anos de receitas antecipadas. A gestão financeira e os valores praticados nas suas transações, ou seja, o Sporting compra jogadores a preço alto, acima do que os sites da especialidade dizem — e vende abaixo. Os juros altos das operações financeiras do Sporting são uma razão de preocupação. Não conheci um rumo deste projeto enquanto esteve a ser praticado. E não conheço soluções concretas para os problemas do clube, nomeadamente as VMOC e as receitas do Sporting que são outro problema”

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