Momentos-chave
- Terrorismo faz dezenas de vítimas. Acompanhe em direto
- Vítima seria patrão do suspeito
- Não há portugueses na fábrica
- Homem decapitado tinha ido entregar uma encomenda
- Manuel Valls diz que "terrorismo islâmico" atingiu a França outra vez
- Ponto de situação às 12h30
- Suspeito já tinha sido identificado em 2006 por radicalização
- Hollande admite que se trata de um ato terrorista
- Secção antiterrorista da Procuradoria-Geral da República francesa assume investigação
- Um suspeito detido, outro a monte
- Homem de 30 anos está a ser interrogado pela polícia
- Atentado terrorista em França
Histórico de atualizações
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Relembramos que as atualizações sobre o atentado em França estão, agora, a ser feitas neste liveblog, que acompanha a situação também no Kuwait e na Tunísia. Acabámos de publicar um ponto de situação sobre os três locais.
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Terrorismo faz dezenas de vítimas. Acompanhe em direto
Dados os acontecimentos desta sexta-feira, o Observador decidiu abrir um liveblog para acompanhar a situação em França, no Kuwait e na Tunísia, países onde três atentados provocaram dezenas de mortes. Pode acompanhar aqui.
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A Air Products, multinacional americana de produção de gases industriais, emitiu um comunicado onde se anuncia o reforço da segurança em todas as fábricas do grupo.
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Região de Rhône-Alpes em alerta máximo
François Hollande voltou a falar ao país e disse que o Conselho de Defesa decidiu ativar o alerta máximo na região de Rhone-Alpes, onde se situa a fábrica onde aconteceu este ato terrorista, durante três dias. O Presidente disse que a vítima, que morreu decapitada, era um homem de 50 anos e os dois feridos neste atentado são ligeiros.
As autoridades estão agora a averiguar se este crime teve cúmplices, reforçando a segurança naquela região do país, especialmente em locais públicos, estações de transportes e parques industriais. Hollande pediu aos franceses que se mantivessem “unidos” e que não duvidassem da capacidade que o país tem para se defender. “Vamos fazer o que for preciso para nos protegermos e, ao mesmo tempo, respeitar as liberdades de cada um”, disse o Presidente, garantindo que o país vai agir contra o terrorismo. Sobre o que aconteceu na Tunísia, Hollande disse que ainda não pode confirmar se houve ou não vítimas de nacionalidade francesa.
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A reunião do Conselho de Defesa francês já terminou e François Hollande está neste momento a falar aos jornalistas. Daqui a pouco, um resumo do que o presidente de França disse.
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Vítima seria patrão do suspeito
A agência AFP adianta que a vítima mortal, decapitada, seria o patrão do principal suspeito, Yassin Salhi. A agência terá tido também acesso às imagens de video vigilância que mostram que Salhi colocou primeiro a cabeça da vítima numa estaca, a seguir acionou as garrafas de gás que explodiram perto da fábrica e preparava-se para ativar mais garrafas de gás quando foi intercetado por bombeiros que tinham sido chamados aquando das primeiras explosões.
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Quem é Yassin Salhi, o principal suspeito deste ataque terrorista? Nasceu em março de 1980, tendo atualmente 35 anos. Vive em Saint-Priest, perto de Lyon, com a sua mulher e os seus três filhos. Trabalha a entregar encomendas pela região. Em 2006 foi identificado por radicalização, mas não tem qualquer cadastro. Em 2008, aquando um novo controlo das autoridades, Salhi não voltou a ser identificado como sendo potencialmente perigoso.
Os jornalistas à porta da sua casa falam com os vizinhos incrédulos, que dizem que a família muçulmana levava uma vida tranquila e discreta. Salhi era pouco visto pelos vizinhos porque se levantava cedo para ir trabalhar e regressava normalmente tarde.
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François Hollande expressou as suas condolências ao presidente tunisino por telefone e os dois prometeram continuar a lutar contra o terrorismo. Os dois países foram hoje atingidos por ataques terroristas, com um espaço de poucas horas entre si.
Le président @fhollande et le président tunisien Béji Caïd Essebsi ont exprimé leur solidarité face au terrorisme pic.twitter.com/MHm5PNHH1x
— Élysée (@Elysee) June 26, 2015
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O foto jornalista do Le Monde que ainda está junto à fábrica diz que a situação está calma, mas que ainda há bombeiros, soldados e veículos das autoridades a rodear a zona da explosão. As fábricas que operam nas imediações têm as portas fechadas e as medidas de segurança máxima estão a ser implementadas, com os protocolos de emergência ativados, embora os trabalhadores afirmem que não estão presos e têm liberdade de sair dos seus postos de trabalho como normalmente.
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Espanha vai ter uma reunião urgente da Comissão que coordena a luta do país vizinho contra o terrorismo. A reunião vai realizar-se às 16h.
#ÚLTIMAHORA Reunión de Urgencia de la Comisión de Seguimiento del Pacto de Estado contra el terrorismo yihadista | 16H en sede @interiorgob
— Ministerio del Interior (@interiorgob) June 26, 2015
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A mulher do principal suspeito do ataque, Yassim Salhi, também foi detida para interrogatório.
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Desde 1995 já houve pelo menos seis atentados em França relacionados com o extremismo islâmico. A confirmar-se, o desta manhã em Saint-Quentin-Fallavier será o sétimo.
- 25 de julho de 1995: uma bomba explode na estação de Saint-Michel, em Paris, vitimando nove pessoas e deixando outras 116 gravemente feridas. O ataque foi reivindicado por um grupo islamita argelino, que cometeu atentados noutros locais no mesmo dia.
- Novembro de 2011: primeira tentativa de ataque ao Charlie Hebdo
- Março de 2012: um homem entra numa escola judaica de Toulouse e mata sete pessoas. Será mais tarde abatido pela polícia. O terrorista tinha declarado ser um apoiante da Al-Qaeda.
- Outubro de 2012: depois de um ataque a um supermercado judaico em Estrasburgo, 12 pessoas ligadas ao jihadismo são detidas.
- Dezembro de 2014: um homem entra numa esquadra de polícia em Joue-les-Tours e fere três agentes com uma faca depois de gritar “Allahu Akbar” (Deus é grande). É abatido no local.
- Janeiro de 2015: ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, provocando a morte a 12 pessoas, entre jornalistas e cartoonistas. Os dois suspeitos do ataque são abatidos dois dias depois. Um ataque a um supermercado judaico no dia seguinte ao tiroteio no jornal também termina com a morte do principal suspeito e sequestrador. Tudo sobre estes acontecimentos podem ser relembrados aqui.
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François Hollande já chegou a Paris e o Conselho de Defesa deve começar daqui a meia hora.
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A rádio Europe 1 terá conseguido falar com a mulher do suspeito Yasmin Salhi, e esta disse que o seu marido trabalha numa transportadora, entregando encomendas na região. A mulher, visivelmente perturbada, disse que não acreditava que se tratasse do seu marido, já que, como acontece todos os dias, ele saiu para trabalhar normalmente.
A mulher disse ainda que são uma família de muçulmanos “normal”, com três filhos e que não havia qualquer tipo de extremismo em casa. Em direto, a mulher tenta ligar ao marido, mas vai parar ao voice mail. Oiça a conversa na íntegra:
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Não há portugueses na fábrica
O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou que não há portugueses na fábrica perto de Lyon, garantiu ao Observador o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.
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Manuel Valls também vai participar no Conselho de Defesa através do telefone. O primeiro-ministro vai voltar depois desta reunião a França, anulando a sua visita ao Equador.
Na reunião estará François Hollande, o ministro da Administração Interna – que tem acompanhado de perto os trabalhos de investigação -, o ministro da Defesa, a ministra da Justiça e o ministro dos Negócios Estrangeiros.
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A família do suspeito também já está a ser interrogada, avança o correspondente do Le Monde em Lyon.
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Homem decapitado tinha ido entregar uma encomenda
A vítima da decapitação já foi identificada. Segundo o Dauphiné Libéré, jornal local da região, trata-se do gerente de uma firma de transportes que tinha ido à Air Products entregar uma encomenda.
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Coincidência? A tipografia onde se edita o Charlie Hebdo fica em Saint-Quentin-Fallavier, localidade onde se deu o ataque à fábrica da Air Products esta manhã. Fica a menos de 500 metros de distância.
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Manuel Valls pediu às autoridades locais da região Rhone-Alpes para reforçarem a vigilância e segurança em todos os locais sensíveis, especialmente locais industriais.
#Isère:@manuelvalls ordonne aux préfets d'assurer une vigilance renforcée sur tous les sites sensibles en Rhône-Alpes pic.twitter.com/8U9OHWFdUd
— Gouvernement (@gouvernementFR) June 26, 2015