Momentos-chave
- O "Sim" vence com 228 votos
- Varoufakis votou "Não"
- Começou a votação
- Tsipras: "Deixamos uma herança de democracia e dignidade à Europa"
- "Se o governo falhar, não haverá esperança para a Grécia", garante o líder dos Gregos Independentes
- Oposição vai votar a favor do acordo, mas rejeitam alianças com o Syriza
- Grécia vai receber 7 mil milhões de euros até chegar o terceiro resgate
- A violência chegou à Praça Syntagma
- Tsipras desafia "rebeldes" do Syriza a apresentarem propostas
- Bruxelas: Alívio da dívida só depois de governo demonstrar "empenho sério"
- Alemanha sugeriu notas de crédito (IOU) para financiar Grécia no curto prazo
- Sete mil milhões da UE para financiar Grécia até meados de Agosto
- Como vão votar os vários partidos (e as várias sensibilidades) do parlamento grego?
- Dia de levar o acordo a votos (um ponto de situação)
Histórico de atualizações
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Boa noite. Amanhã, o Eurogrupo reúne para dar os próximos passos no terceiro resgate à Grécia. Aguardam-se decisões sobre o empréstimo de urgência ao país. O sim do Parlamento grego foi o primeiro ato. Ainda há vários obstáculos a ultrapassar.
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O ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, uma das principais caras da oposição interna e que votou contra, assegura que ainda apoia o governo do Tsipras mas adianta que se demitirá se o primeiro-ministro lhe pedir.
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A contagem final dá 229 votos ao sim. 38 membros do Syrisa votaram não ou abstiveram-se. É uma vitória à boleia da oposição com um sabor amargo para o líder do governo grego. Uma fonte governamental citada pelo Guardian adianta que Tsipras não se demite, mas antecipa-se uma remodelação da equipa com a saída dos membros que votaram não ao acordo com os credores.
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Prior actions passed comfortably in Greek Parliament (229/300 Yes) but 38 SYRIZA MPs fail to support bill #Greece
— Nick Malkoutzis (@NickMalkoutzis) July 15, 2015
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Foi uma autêntica rebelião no seio do Syriza e do governo. 32 dos 64 votos no “Não” foram de deputados da maioria que sustenta Tsipras. As seis abstenções (“Present”) são igualmente de deputados do Syriza e dos Gregos Independentes.
Syriza has lost 40 MPs – 32 No – 6 present. Makes things very difficult for Tsipras. Has lost sizeable number from his party
— Helena Smith (@HelenaSmithGDN) July 15, 2015
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O "Sim" vence com 228 votos
228 deputados votaram “Sim”; 64 votaram “Não”; Abstenções foram 6.
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Varoufakis votou "Não"
Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças grego, votou “Não” ao acordo e foi aplaudido no Parlamento. Outros 14 deputados do Syriza votaram igualmente pela rejeição ao acordo com os credores europeus. Tsipras vai ter o acordo aprovado por larga maioria, mas o Syriza divide-se.
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O “Sim” segue em vantagem, com 60 votos, contra os 21 do “Não”. São 300 os deputados que vão votar; 162 são do Governo (149 do Syriza e 13 dos Gregos Independentes).
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Começou a votação
A votação nominal já começou no Parlamento grego. Em causa está a aprovação de um programa de reformas acordado com os credores e que resultará num terceiro resgate à Grecia.
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Começou o bate-boca no Parlamento. Vangelis Meimarakis, líder do partido Nova Democracia, acusa Alexis Tsipras: “Os bancos estão fechados porque os gregos votaram em vocês, nas vossas falsas promessas”. Em resposta, Tsipras garante que as medidas são “menos duras” que as apresentadas antes pela Nova Democracia. A votação está mais de uma hora e meia atrasada.
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"É inaceitável que se pretenda interferir nas decisões soberanas de um povo ou humilhar as instituições que democraticamente o representam"
— Sampaio da Nóvoa (@snap2016PR) July 15, 2015
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E por falar em alemães. O jornal popular Bild avança que o governo de Merkel ainda considera possível um cenário de saída da Grécia do euro.
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A diretora-geral do FMI tem a expectativa de que a Europa venha a aproximar-se das posições do fundo sobre a necessidade de um perdão para a dívida grega. “Tenho alguma esperança porque nas últimas horas tem havido um movimento favorável a uma reestruturação da dívida”, declarou Lagarde, numa entrevista à CNN International. O Fundo qualifica de insustentável a dívida grega, num relatório que saiu cá para fora esta semana, posição que poderá condicionar a sua participação num terceiro resgate.
“O que lhes temos dito (aos europeus) é que seja qual for a forma (…) é preciso encontrar uma forma de aliviar o fardo e permitir ao país demonstrar que a sua dívida pode regressar a uma trajetória viável”, desenvolveu Lagarde. Já depois de conhecido o relatório mais recente do FMI sobre a Grécia, a Comissão foi forçada a reconhecer que será necessário um alívio muito substancial da dívida grega.
No parlamento de Atenas, Tsipras comparou o alívio da dívida grega com o perdão recebido pela Alemanha após a segunda guerra mundial.
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A propósito do acordo, Tsipras não tem dúvidas de que o povo grego “compreende a diferença entre aqueles que combatem a injustiça e aqueles que se rendem à injustiça”, como que justificando o acordo que o próprio rubricou. Por outro lado, o primeiro-ministro assume que “não acredita” em muitas das medidas em cima da mesa, mas teve que escolher entre “aceitar o acordo ou um ‘default’ [incumprimento] desordenado”. Tsipras terminou o discurso aplaudido de pé pelos deputados do Syriza.
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Tsipras: "Deixamos uma herança de democracia e dignidade à Europa"
Alexis Tsipras, regressado ao Parlamento, fala aos deputados: “Lutámos pelo bem do nosso povo. Tivemos de enfrentar opositores muito poderosos, lutar pelo direito contra os poderes financeiros. Foi uma luta muito desigual. Deixamos uma herança de democracia e dignidade à Europa que não pode ser apagada”.
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"Se o governo falhar, não haverá esperança para a Grécia", garante o líder dos Gregos Independentes
O líder dos Gregos Independentes, partido que está coligado no Governo grego com o Syriza, chegou a ameaçar, nos último tempos, votar contra o acordo, mas já esta noite, citado pelo Guardian, garante que os deputados dos Gregos Independentes vão votar “contra a sua consciência”, a favor do acordo. Panos Kammenos alerta os deputados que “se o governo falhar, não haverá esperança para a Grécia e para a Europa”. Com o voto favorável da oposição ao acordo, o problema não será tanto o voto dos Gregos Independentes, mas a cisão que pode vir a acontecer na coligação de governo. Se Kammenos retirar o seu apoio a Tsipras e ao Syriza, o governo fica francamente fragilizado, apesar da aprovação do acordo.
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O jornal britânico Guardian adianta que Alexis Tsipras optou por se ausentar do debate, remetendo-se ao silêncio, para que a tensão no Parlamento grego não aumente. Mas a verdade é que já aumentou, e um visivelmente exaltado Evangelos Venizelos, ex-ministro das Finanças grego, acusou o Syriza de “vender ilusões”, e que o partido de Tsipras deve ser “responsabilizado” pelo acordo. O debate continua, e já lá vão 30 minutos para lá da meia-noite, o que é o mesmo que dizer que o compromisso do Syriza para com os credores, de aprovar no Parlamento, até final do dia 14 de julho, o acordo, se esgotou.
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Giorgos Stathakis, o ministro da Economia grego, garante que o acordo com os credores vai “estabilizar o setor bancário”. Quem também falou no Parlamento foi o porta-voz do Syriza, Nikos Filis, que considera que o acordo foi um “golpe” de Bruxelas, e que se o Governo do Syriza cair, será um “favor [que os deputados da oposição fazem] a Schauble e aos círculos conservadores da Europa”. A votação no Parlamento grego deve começar dentro de poucos minutos.
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Oposição vai votar a favor do acordo, mas rejeitam alianças com o Syriza
No Parlamento grego, a oposição já declarou a sua intenção de voto. O líder dos socialistas do PASOK, Fofi Gennimata, garante que o partido vai votar a favor do acordo alcançado com os parceiros europeus. Os conservadores da Nova Democracia e os centristas do To Potami, estes últimos pela voz do seu líder, Stavros Theodorakis, também vão votar favoravelmente o acordo. Todos os partidos da oposição, sem exceção, criticaram a ausência de Alexis Tsipras do debate e da votação. O To Potami, por seu lado, acrescentou ainda que rejeitará uma coligação com o Governo do Syriza caso haja uma cisão no seio do partido.
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O diário grego Kathimerini adianta que foram detidos mais de 30 manifestantes pela policia. A Praça Syntagma continua a encher-se de gente, a violência foi-se retraindo com o adiantado da hora, mas são, nesta altura, entre mil e duas mil pessoas à espera da votação no exterior.