Histórico de atualizações
  • O acompanhamento em direto do dia das eleições presidenciais termina por aqui. Amanhã continuaremos a dar-lhe a conhecer todas as informações sobre os candidatos. Até logo.

  • Edgar sem vergonha dos cravos vermelhos e apostado na erradicação da pobreza

    Edgar Silva desejou um chefe de Estado que não tenha vergonha de usar cravos vermelhos, símbolo do 25 de Abril, na lapela, num comício noturno dedicado ao problema da pobreza e necessidade da sua erradicação. Em Alpiarça, o membro do Comité Central do PCP foi brindado com um ramo das flores que marcaram a revolução que acabou com o Estado Novo e logo aproveitou a ocasião para transmitir à plateia que a sua candidatura tem essa marca distintiva, “escrita a letras de fogo na palma da mão” – “a liberdade, a democracia e Abril”.

    “É sempre gratificante receber flores, então cravos vermelhos mais enche o coração. Ainda mais importante do ponto de vista político é haver não só um candidato, mas eu estou em crer que há de haver um dia – e poderá não estar longe – em que havemos de ter na Presidência da República um Presidente que não se envergonhe dos cravos vermelhos, de ostentar os valores de Abril que tanto custaram a conquistar”, afirmou

  • Javalis, o sr Zé, o sr Luís e a sra Emília. Tudo junto para "Marcelinho" atacar adversários

    O Marcelinho, os javalis, o Zé povinho, as rifas, o senhor Zé, o senhor Luís, a senhora Emília. Tudo junto faz um comício imprevisível. Ou talvez não. Tudo junto faz a imagem de um candidato que quer mostrar que percebe o povo como os outros não percebem. E foi isso que fez esta noite em Almada com a ajuda do amigo de infância, Eduardo Barroso: vincar as diferenças para os adversários, sobretudo para Sampaio da Nóvoa. Da noite sai ainda a história em que Marcelo se chegou ao centro, uma história com barbas.

    Marcelo veste a pele de ex-comentador, de analista e de homem que durante anos respondeu a milhares de cartas de telespetadores. “Não estava a pensar ser candidato a Presidente”, disse. Mas agora é e quer contar histórias do tempo anterior para dizer que o que faz está a ser genuíno. Não é chegar a uma agência de marketing e dizer “invente lá uma maneira de ter afetos. Que eu, intelectual, passe a ter afetos para o Zé Povinho, para a sr António, o sr Zé, o sr Luís, a sr Emília. Ensine-me lá isso”, ironiza. “Parece que eu estava a violentar a democracia durante 15 anos. As pessoas queriam ouvir-me, mas eu não poderia falar, não fosse isso ser em meu benefício”.

    Nesta senda de mostrar normalidade e proximidade, Marcelo até conta que um senhor lhe falou dos problemas causados por javalis. “Normalmente um urbano e um suburbano não têm essa cultura do javali”, diz Marcelo a rir e a contar que “por acaso” ele até tem porque é presidente de uma Fundação que também teve problemas com javalis.

    Não é a primeira vez que Marcelo deixa indiretas a Sampaio da Nóvoa. E nesta noite nem foi o único. Antes de Marcelo Rebelo de Sousa falar, tinha subido ao palco Eduardo Barroso, o amigo de longa data para dizer que se há quem diga que votar em Marcelo é tirar uma rifa, então ele tirou uma: “E Marcelinho que diz a rifa? Que talvez não mereça a tua solidariedade, e às vezes irreverência e sentido de humor, inteligênica e experiência política”.

    Mas além da personalidade, o médico ainda lembrou uma história, durante as autárquicas de 1989, quando Marcelo chegou ao pé dele a dizer: “A minha costela liberal está a ir mais para a social-democracia – estás a ir da esquerda para a direita e eu da direita para a esquerda – qualquer dia cruzamo-nos”. A história era antiga, o propósito é recente, ou não andasse o candidato a tentar passar a ideia que é da esquerda da direita.

    Tudo para ajudar Marcelo Rebelo de Sousa a conquistar a Presidência da República, um “sonho” da mãe do candidato. “Finalmente o filho vai concretizar um sonho que ela sabia que ele merecia”, disse Barroso.

  • Sampaio da Nóvoa: "Recuso-me a perder tempo em ataques fraticidas"

    O dia ficou, uma vez mais, marcado por ataques da candidatura de Maria de Belém à de Sampaio da Nóvoa. Pela caravana SNAP, no entanto, no pasa nada. Esta noite, no comício que encerrou o dia no Cinema Charlot, em Setúbal, o candidato apenas se referiu brevemente ao tema… para dizer que não queria entrar nesta guerra.

    “Eu não vim para dividir”, disse Nóvoa logo nos primeiros momentos do discurso. “Eu venho para unir esforços por um Portugal mais justo, mais solidário”, sublinhou, alegando que não faz “campanha contra ninguém”. Porque, acrescentou, bicadas entre candidaturas de esquerda só ajudam Marcelo Rebelo de Sousa. “Não faço esse favor ao candidato apoiado pelos partidos da direita. Recuso-me a perder tempo em guerras fraticidas que nos afastariam do foco desta campanha”. E o foco é derrotar Marcelo. “Não me desvio um milímetro desta prioridade”, disse Nóvoa, que de seguida começou a disparar sobre o principal adversário.

    “Por onde andou Marcelo na defesa de um Estado soberano? Vi-o muito pouco nestes últimos anos”, comentou o candidato, referindo-se àquela que disse ser uma das suas bandeiras: a defesa da soberania nacional no quadro da União Europeia. Outra bandeira, o Estado social, também deu a Nóvoa o pretexto para voltar a atacar Marcelo. “O Estado social é o cimento da democracia, é o que nos une”, afirmou, antes de questionar: “Por onde andou Marcelo nos últimos anos” quando o assunto era defender o Serviço Nacional de Saúde e a escola públia? “Raramente o vimos. Antes pelo contrário, vimo-lo por vezes a aprovar e defender propostas que eram ruinosas para o Estado social”.

    Sampaio da Nóvoa considerou ainda que “o voto nesse candidato seria uma espécie de solução fast food. Está embalado, com rótulo e publicidade, mas conhece-se mal o que está lá dentro. E o pior vem depois: a comida sabe pior, faz pior e, a médio prazo, tem mesmo tudo para ser uma desgraça. A pressa é quase sempre má conselheira. A fast food não é a comida que defendo”.

  • Vítor Ramalho: Maria de Belém "está a demonstrar a sua debilidade"

    À entrada para o comício que encerra o dia de Sampaio da Nóvoa, em Setúbal, o socialista Vítor Ramalho comentou as palavras de Maria de Belém Roseira, que acusa o ex-reitor de estar a usar a máquina partidária (do PS) para fazer campanha e o PS de apoiar Nóvoa não oficialemente, quando ela é que é uma histórica do partido.

    Para Ramalho, que vai intervir no comício do Cinema Charlot, Maria de Belém “está a demonstrar a sua própria falibilidade e debilidade” com declarações deste tipo. “Isso não se diz”, considerou o socialista, que lembrou que o Presidente da República “é o único cargo unipessoal” previsto na Constituição e que, ao meter os partidos ao barulho, Belém revela desconhecimento. “É estranho, de uma pessoa que quer defender a Constituição, não conhecer a Constituição”, disse Ramalho.

    Maria de Belém disse igualmente, ontem, que Almeida Santos era “porventura o maior dos socialistas vivo”, o que causou a Ramalho alguma estranheza. “O maior socialista vivo é Mário Soares”, disse. “Penso que ela se esqueceu”.

    No comício desta noite vão discursar, além de Vítor Ramalho e Sampaio da Nóvoa, a número dois do PS, Ana Catarina Mendes, e o ministro adjunto, Eduardo Cabrita. Ambos recusaram prestar declarações aos jornalistas à entrada.

  • Paulo de Morais acusa adversários de falta de ideias

    Paulo de Morais acusou, em Torres Vedras, os restantes adversários às eleições de 24 janeiro de não terem ideias, aconselhando-os a apresentá-las, em vez de lhe apontarem o dedo por falar apenas de corrupção. “Há muitos adversários que dizem que eu só falo de corrupção. Mesmo que eu só falasse de corrupção, o que não é verdade, apesar de tudo falaria de mais um tema que os outros, que não falam de nenhum. E digam que outro tema mais importante do que a corrupção é que querem discutir”, disse Paulo de Morais à agência Lusa.

    Pelos seus adversários “estarem a milhas de distância das suas ideias”, a haver segunda volta, disse que “votaria em branco, porque não há nenhuma outra candidatura que tenha ideias que se aproximem, nem de perto, nem de longe, das causas que defende.

  • Edgar defende supressão das subvenções vitalícias nos cargos públicos

    Edgar Silva defendeu o fim de todas as subvenções vitalícias para titulares de cargos públicos, comentando o acórdão do Tribunal Constitucional (TC) que chumbou a norma que exige condição de recursos para aquele efeito. “Há aqui um aspeto importante, [o acórdão] vai ao encontro de uma intervenção pela qual nos temos pautado, contra tudo o que são essas pensões vitalícias, que é uma situação de um privilégio que em nada contribui para a dignificação do exercício dos cargos públicos”, afirmou o membro do Comité Central do PCP, à margem de uma “arruada”, em Queluz.

    Edgar Silva, salvaguardando ainda não ter estudado em profundidade o documento dos juízes do Palácio Ratton, exigiu “justiça” e que todos contribuam para “a credibilização dos cargos de representação política”, nomeadamente com a supressão daquelas subvenções vitalícias.

    Presidenciais: Edgar Silva em Queluz

  • “Estes são os 10 melhores candidatos do mundo”, diz Jorge Sequeira

    Jorge Sequeira disse que os 10 concorrentes às eleições de domingo são “os 10 melhores candidatos do mundo” e que “quem tivesse melhores que os trouxesse”. “Eu lembro-me que no futebol dizemos assim: ‘falta aquele jogador, falta o Guterres, falta não sei quê’. Os treinadores têm uma frase que eu acho muito interessante, [que é] ‘só faz falta quem cá está’. Estes são os 10 melhores candidatos do mundo, não só de Portugal, porque tiveram coragem de se atravessar. Depois podemos gostar mais de um ou de outro, mas isso é democracia. Viva a democracia”, disse Jorge Sequeira antes de uma visita ao Instituto Superior de Serviço Social do Porto.

    Momentos antes, em declarações aos jornalistas, o candidato presidencial afirmou que Portugal está numa fase em que “já não se pode brincar à caridadezinha, dar umas esmolas”, uma vez que “há muitas pessoas marginalizadas na sociedade, há pessoas com deficiência, há pessoas que, por vários motivos, acabaram por cair numa vida menos saudável e o terceiro setor é absolutamente vital”.

    Presidenciais: Jorge Sequeira visita Lar de Infância e Juventude Obra do Frei Gil

  • Maria de Belém. Grandes mobilizações têm dedo das "máquinas"

    Nova alfinetada e mais uma vez no mesmo alvo – embora sempre subentendido. Maria de Belém acredita que os “ajuntamentos de centenas e de milhares de pessoas” que se têm visto em algumas campanhas eleitorais são artificiais e têm o dedo das “máquinas” partidárias. “Todos nós sabemos” que “os ajuntamentos de centenas e de milhares significam muitas vezes máquinas por trás de que fazem junção de pessoas”.

    É só preciso juntar dois mais dois. Manuel Alegre falou em “batota” e garantiu que havia estruturas do PS a apoiar António Sampaio da Nóvoa. Vera Jardim fez o mesmo um dia depois. Esta segunda-feira, Maria de Belém disse o que nunca tinha dito: “era o que faltava ser mais importante apoiar independentes” do que militantes do PS. Entre os apoiantes da candidatura de Maria de Belém parece já não haver grandes dúvidas: Nóvoa tem a máquina socialista no terreno,

    Mesmo insistindo que não está preocupada com as campanhas dos adversários, Maria de Belém lá foi dizendo: “Todos sabemos que há cenarizações” assentes, normalmente em “grandes mobilizações” de pessoas que nem sequer são do local onde a ação de campanha a decorrer. Ora, se isso acontece, é porque esses candidatos “têm alguém que os ajude a fazer isso”.

    A ex-presidente do PS falava no final da visita à Cercig – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados. A campanha termina por hoje e segue agora para Lisboa.

  • Guerra entre adversários na campanha: "É desperdício estúpido de energia"

    Marcelo Rebelo de Sousa defendeu esta tarde que não vale a pena responder aos adversários ainda para mais depois de uma crise. O candidato presidencial está a falar com jovens sobre a participação a política:

    “A quatro dias do fim da campanha eleitoral, tenho de reconhecer que foi difícil passar este discurso no início: as pessoas queriam dividir o país em dois, queriam uma ‘boa guerra’. Isso não faz sentido para o país. É um desperdício de energia. À saída de uma crise, é um desperdício estúpido de energia“, disse.

    Na mesma conferência, Marcelo reforçou a ideia de que são precisos consensos de regime porque não é possível que o país ande neste “experimentalismo crónico”.

  • O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa fez uma pausa na campanha esta tarde para ser júri num doutoramento. Saiu da Reitoria da Universidade de Lisboa apenas a dizer que a defesa foi “excepcional”, recusando ser um provocação a Sampaio da Nóvoa por em plena campanha ir à Reitoria.

    Depois, Marcelo dirigiu-se à Embaixada no Príncipe Real para um encontro com jovens.

  • Marisa avisa ‘troika’ que “não há mais por onde flexibilizar” no mercado laboral 

    A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, disse hoje acreditar que a recomendação da ‘troika’ relativa ao mercado laboral “esbarre na porta, porque não há mais por onde flexibilizar”.

    À margem de uma visita à Escola Básica de Lagos, em Vila Nova de Gaia, Marisa Matias foi questionada pelos jornalistas sobre notícias avançadas hoje que dão conta de 18 medidas defendidas pela ‘troika'(Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), cuja missão estará de volta a Lisboa a 27 de janeiro, numa terceira avaliação pós-programa de assistência económico-financeira.

    “Não há mais por onde flexibilizar, não é esse o caminho e, portanto, acredito profundamente que essa recomendação esbarre na porta, porque não há mais para flexibilizar. O que há é recuperar os direitos laborais que foram retirados, recuperar os direitos de contratação coletiva. Isso sim é o que há a fazer no país”, respondeu, quando questionada concretamente sobre a recomendação de flexibilização do mercado laboral.

    Lusa

  • Cavaco recusa dizer mais uma palavra sobre as eleições

    O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, afirmou hoje que não dirá “uma única palavra sobre a campanha eleitoral” para as eleições presidenciais, recusando mesmo pronunciar-se sobre o combate à abstenção.

    “Eu até aqui não disse uma única palavra sobre a campanha eleitoral que está a decorrer e vou manter essa posição até ao último dia”, afirmou Cavaco Silva aos jornalistas, à margem de uma inauguração de uma unidade fabril de equipamentos agrícolas, no concelho de Torres Vedras.

    Questionado sobre o combate à abstenção, o Chefe de Estado respondeu: “Quem sou eu para fazer um juízo sobre aquilo que está a ser feito em matéria de mobilização dos eleitores para votarem? Eu sei como é que fiz quando enfrentei o eleitorado, duas vezes, em 2006 e em 2011, mas os tempos são outros e eu não quero pronunciar-me sobre esses novos tempos”.

    Lusa

  • Edgar Silva vetará tudo quanto atentar contra trabalhadores

    Edgar Silva prometeu, caso venha a ocupar o cargo de chefe de Estado, vetar “tudo quanto atente contra direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores”, comentando notícias sobre exigências de flexibilização laboral exigidas pela “troika”. Em Alverca, à porta das Oficinas Gerais de Manutenção Aeronáutica (OGMA), para contactar com os funcionários, o membro do Comité Central do PCP reagia assim às anunciadas 18 medidas defendidas por Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional cuja missão estará de volta a Lisboa a 27 de janeiro, numa terceira avaliação pós-programa de assistência económico-financeira.

    “Tudo quanto procure vulnerabilizar vínculos de trabalho e atente contra direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e das trabalhadoras em Portugal não contará com o meu apoio e não hesitarei, se Presidente for e assim o povo o quiser, através do voto – em utilizar todos os poderes, inclusivamente o veto, para impedir que sejam usurpados direitos de quem trabalha em Portugal”, afirmou o deputado regional madeirense.

    Para o candidato apoiado pelos comunistas, “já chega de toda uma narrativa, como se agora se diz, de roubo de direitos, de assalto a salários e rendimentos de quem trabalha em Portugal”.

    Lusa

  • Marcelo: Ou a estabilidade ou a crise. PR não "é analista" nem "comentador"

    O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa defendeu-se hoje das críticas de que está a fazer uma campanha baseada apenas na mensagem do afeto e desenhou as características que deve ter o próximo Presidente da República. Num almoço com empresários, o candidato defendeu o papel da concertação social e de haver um Presidente da República próximo dos portugueses porque se isso não acontecer, poderá haver uma perpetuação da crise.

    “Vai ser um bocadinho como o que fazer um trabalho miudinho e difícil de composição de pessoas, de aproximação de pessoas, de manutenção de estabilidade, de promoção e consensos, de suscitar da coesão social, do clima menos dramático que seja possível, mais convivial e mais próximo que um Presidente possa protagonizar. É isso que é preciso. Pode ser popular, mas não é populista. É realista, sob pena de não ter sucesso, haver crise governamental, termos quebra de consenso” e um continuar da crise.

    Em resposta aos adversários, principalmente a Sampaio da Nóvoa que o tem acusado de não ter discurso, Marcelo responde em dois atos:

    “O Presidente não é um analista, não é um comentador, é um protagonista cimeiro da vida portuguesa”, disse. Além disto ainda disse que muitos dos que falam da sua “mensagem de afeto” é porque “andam longe do país real” e mais próximos do “país teórico”.

  • Marcelo quer impostos estáveis e defende modelo económico entre o de Passos e os de Costa

    Marcelo Rebelo de Sousa quer encontrar a bissetriz entre o modelo económico base do anterior Governo e o de António Costa. E quer que o Executivo não ande a mexer na legislação a cada momento. Hoje, num almoço com empresários do comércio e dos serviços, Marcelo defendeu a “estabilidade fiscal” e a necessidade de um melhor financiamento das empresas.

    Para uma plateia de empresários, que representam 70% da população ativa empregada, o candidato presidencial falou para os principais problemas e, sendo social-democrata, defendeu um “modelo económico equilibrado”, entre o que fazia o anterior Governo e o atual. Marcelo começou por dizer que o Executivo anterior a apostou e bem nas “exportações”, mas que nesta altura “não se pode ignorar o mercado interno (…) Não se pode ignorar em termos económicos, de emprego e de sociabilidade, em termos de tecido social, de coesão social”, defendeu

    E voltou a insistir que o papel do Presidente da República não é o de se substituir ao do Governo, mas que defende um “modelo económico que possa fazer convergir a aposta na exportação com o papel permanente e insuperável do estímulo do consumo interno”. E porque defende Marcelo a aposta no consumo interna, criticada por muitos da sua área política? Diz Marcelo que essa aposta tem riscos mas “no momento em que as economias estão mais perto da deflação do que da inflação (…), num momento em que há que estimular o emprego, encontrar formas complementares, uma coisa e não apostar de forma exclusiva ou excessiva no consumo interno outra é esquecer a atividade que produz para consumo interno”, disse.

    A questão toma outros contornos políticos uma vez que a aposta no consumo interno, através da reposição de rendimentos que criam estímulo ao consumo, tem sido a aposta do Executivo de António Costa.

    Aos empresários da União de Associações do Comércio e Serviços e da Confederação do Comércio, em Lisboa, Marcelo defendeu ainda que “a estabilidade fiscal é muito importante”, como forma de garantir aos empresários “confiança” no futuro do país.

    Além disso, se Marcelo for eleito Presidente da República quer “conhecimento adequado, transparência, e eficácia dos fundos europeus”, porque “quanto mais tarde surgir a disponibilidade desses fundos, mais difícil é a saída da crise”.

    No leque dos desafios que o candidato elenca está ainda “necessidade de estabilidade do sistema financeiro e ainda uma “regulação” da concorrência adequada.

    Foi o primeiro discurso de Marcelo Rebelo de Sousa em que aborda vários temas da governação. Além de defender “consensos de regime” nas áreas da educação, saúde e Segurança Social, Marcelo desta vez falou ainda da “organização judiciária”.

  • Maria de Belém: "O PS não pode discriminar os seus militantes"

    Campanha aquece à esquerda com Maria de Belém a avisar o PS: “Não sou menos digna que um independente”.

  • Nóvoa defende extinção do cargo de Representante da República

    O candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa defendeu hoje, em Ponta Delgada, Açores, ser necessário um consenso sobre a eventual extinção do cargo de Representante da República para as regiões autónomas.

    “Tem havido um consenso na sociedade portuguesa em torno dessa evolução da autonomia, certamente que estarei muito atento a que esse consenso se possa concretizar também” nesta matéria, afirmou Sampaio da Nóvoa, ao ser questionado sobre a eventual extinção do cargo de Representante da República, após uma audiência com o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro.

    Assinalando que se trata de uma matéria de revisão constitucional, o candidato, cujo pai foi ministro da República para os Açores, assegurou que estará “muito confortável com a maneira como essa evolução se vier a dar, se ela se vier a dar”.

    À pergunta se entende que os poderes do Representante da República podiam ser exercidos pelo chefe de Estado, Sampaio da Nóvoa sustentou que um candidato a Presidente da República ou mesmo um chefe de Estado “não deve tecer considerações concretas, não deve assumir compromissos concretos sobre esse tema”.

    Lusa

  • Marcelo começa hoje com um almoço com empresários da Confederação do Comércio e com a União de Associações de Conercio e Serviços.

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