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  • E é por aqui que vos deixo. Os resultados ainda estão a ser contados, mas tudo indica que o VVD tenha vencido estas eleições, com o PVV a não cumprir as expectativas das sondagens mais otimistas para a extrema-direita. Agora, seguem-se tempos de negociações na Holanda. Vira aí uma “mega-geringonça”?

    Veremos. Dê para onde der, o Observador vai dando notícias.

    Obrigado por nos ter escolhido e boa noite!

  • Análise - Wilders perdeu as eleições e Rutte ganhou-as — mas com a vitória vem uma enorme dor de cabeça.

    Leia aqui uma análise mais detalhada (ainda que a quente) destas eleições. O título é uma espécie de resumo: Wilders perdeu as eleições e Rutte ganhou-as — mas com a vitória vem uma enorme dor de cabeça.

  • Para já, 36% dos votos já foram contados e os números das projeções estão mais ou menos em sintonia com o que eles sugerem:

    VVD-ALDE: 21.4%
    PVV-ENF 13%
    CDA-EPP 12.7%
    D66-ALDE 11.9%
    SP-LEFT 9.5%
    GL-G/EFA 9.1%

  • Aqui ficam os resultados oficiais, com apenas 10% dos votos contados:

  • Mark Rutte: "Depois do Brexit e das eleições dos EUA, o povo da Holanda disse não ao tipo de populismo errado"

    O primeiro-ministro da Holanda, que hoje voltou a levar o VVD à sua terceira vitória eleitoral consecutiva (depois de 2010 e 2012), acaba de falar. Logo ao início, dise que o dia de hoje foi um “festival da democracia, com filas a partir das urnas”. “Já não víamos isso há muito tempo”, acrescentou. Pois não, já que estas foram as eleições mais participadas dos últimos 31 anos.

    Numa menção óbvia a Geert Wilders e ao PVV, disse: “Depois do Brexit e das eleições dos EUA, o povo da Holanda disse não ao tipo de populismo errado”. “Nós queríamos manter o país seguro, estável e próspero. As pessoas ouviram essa mensagem”, acrescentou. E sublinhou: “A mensagem [que passou para dentro da Holanda será a da continuação do nosso percurso”.

    Mas a questão que agora se impõe é: qual é o esse percurso? Para já, não se sabe bem. Mas é certo que o VVD terá de contar com a ajuda de vários partidos para governar. Nessa senda, Rutte felicitou três partidos pelos seus resultados: o CDA (centro-direita), o D66 (centro) e o Groenlinks (esquerda ecologista). Não é por acaso que o fez: é que se estes quatro partidos chegarem a qualquer tipo de acordo, contarão com 85 deputados (isto, claro, fazendo fé nos números das projeções). Ou seja, uma soma que vai além dos 76 necessários para uma maioria no parlamento holandês.

    “Em campanha, é inevitável que as diferenças sejam destacadas e ampliadas. Mas agora nos próximos dias e semanas precisamos de nos juntar e de fazer um Governo estável”, adiantou. “Tudo para que os holandeses possam ter um Governo sólido nos próximos anos.”

  • Negociações para uma coligação? Antes disso, uma bebida, por favor

    O presidente do VVD, Halbe Zijlstra, acaba de dizer o seguinte: “Formar [um governo] vai ser um puzzle muito difícil… Antes, vou beber um copo”.

    Mas vai “beber um copo” porquê? Porque, apesar de ter perdido um quarto dos deputados, o seu partido venceu as eleições? Ou porque o que se vai seguir é tão complexo que só lá vai com um pouco de álcool no sangue? Parece que cada um pode interpretar as palavras do presidente do VVD como mais lhe aprouver.

  • Geert Wilders: "Rutte ainda não se livrou de mim!"

    Geert Wilders já reagiu no Twitter. Apesar de os resultados terem ficado aquém da expectativa que as sondagens lhe davam, o líder do PVV não está nada perto de admitir derrota. “Ganhámos deputados! Essa é a primeira vitória! Rutte ainda não se livrou de mim!”, escreveu.

  • Reação de Berlim: "São boas notícias"

    No Governo de Angela Merkel, mais especificamente no Ministério dos Negócios Estrangeiros, parece que se suspira de alívio com a derrota de Wilders. É pelo menos isso que se dá a entender com o tweet do MNE alemão: “Uma grande maioria de eleitores holandeses rejeitaram os populistas anti-Europa. São boas notícias. Precisamos de vocês para uma Europa forte”, lê-se nessa mensagem, que é dirigida ao MNE da Holanda.

  • A gestão da crise da Holanda com a Turquia ajudou a reeleger Rutte

    Ora aqui está um dado interessantíssimo da sondagem à boca da urna da Ipsos: 34% dos eleitores do VVD, de Mark Rutte, dizem que votaram nele por causa da reação que o primeiro-ministro teve à crise diplomática (que ainda está longe de acabar) entre a Holanda e a Turquia. Ao que parece, terão preferido a postura assertiva de Rutte à agressividade de Wilders. Além disso, 81% escolheram-no pela economia. Aqui, também Wilders deve sair a perder, já que o seu programa pouco ou nada falava da economia.

  • O futuro do Eurogrupo também se joga nas eleições da Holanda (especial)

    Entre os “e agora?” que se seguem a estas eleições, há um que cabe ao Eurogrupo, até agora liderado pelo ministro das Finanças da Holanda, Jeroen Dijsselbloem. Ora, Dijsselbloem pertence ao PvDA, o PS holandês, que hoje teve um derrota tão grande que é melhor não adjetivar: basta dizer que passou de 25 para 9 deputados, segundo as projeções, passando do 2º lugar de 2012 para 7º.

    Isso significará, quase de certeza, o fim de Jeroen Dijsselbloem no Eurogrupo. É que mesmo que o PvDA venha a fazer parte do próximo Governo, parece impossível reunir condições para, como 7º partido, voltar a ter o ministério mais importante do país. Podem ser boas notícias para De Guindos, o ministro das Finanças espanhol, que há muito tempo pisca o olho ao lugar cimeiro do Eurogrupo — e que até pode ter ajuda do Governo português para chegar lá.

    Para saber mais sobre este tema, leia este especial do Nuno Martins e da Rita Tavares: Futuro do Eurogrupo também se joga nas eleições da Holanda.

  • Geert Wilders: "Rutte ainda não se livrou de mim!"

    Geert Wilders já reagiu no Twitter. Apesar de os resultados terem ficado aquém da expectativa que as sondagens lhe davam, o líder do PVV não está nada perto de admitir derrota. “Ganhámos deputados! Essa é a primeira vitória! Rutte ainda não se livrou de mim!”, escreveu.

  • Como é que se diz "mega-geringonça" em holandês?

    Em Portugal fala-se da “geringonça”, mas é a na Holanda que as coisas vão ficar ainda mais complicadas. Na verdade, até faz lembrar a situação em Espanha, onde entre um bloco de direita e um bloco de esquerda, alguém teve de ceder. E, se alguém tiver que ceder na Holanda, provavelmente será a esquerda.

    Fixe este número: 76. São esses os deputados necessários para ter maioria em Haia.

    Para já, o bloco de centro-direita conta com 69 deputados — ou seja, a soma do VVS (31), do CDA (19) e do D66 (19). Ou seja, estão a 7 deputados da maioria.

    Uma solução (relativamente) simples e que daria força ao centro seria ir buscar os socialistas do PvDA, que têm 9 deputados — ou seja, ajudariam os 69 da direita a transformarem-se em 76. Mas não é líquido que os socialistas o queiram. Isto porque em 2012 tiveram 25 e, depois de se coligarem com a direita e de terem ficado associados ao seu programa de austeridade, afundaram até aos 9.

    Mas há outras cartas na mesa, como o Groenlinks, a esquerda ecologista, que sobe agora para os 16 deputados. Ideologicamente, as diferenças com a direita seriam várias. Mas há algo que têm em comum: são pró-UE. E isso, hoje em dia, não é de somenos.

  • Festa no centro de Amesterdão

    O Tiago Carrasco é o jornalista que está na Holanda a acompanhar as eleições para o Observador:

    Grande festa nas hostes do Groenlinks, que celebra no Melkweg, no centro de Amesterdão. O partido de esquerda cresceu até aos 16 deputados, mas os apoiantes festejam, além do bom resultado, a derrota de Wilders.

  • Participação eleitoral mais alta dos últimos 31 anos

    Segundo a sondagem à boca da urna da Ipsos, a participação eleitoral destas eleições foi claramente superior à das eleições de 2012. Nesse ano, 74,6% dos holandeses votaram. Agora, a Ipsos coloca o número nos 82%.

    Ou seja, estas são as eleições mais participadas desde 1986, em que 85,8% dos holandeses foram às urnas.

  • Novas projeções continuam a dar vitória a Mark Rutte

    Entretanto, às 21h30 (locais), que é como quem diz às 20h30 de Lisboa, saíram novas projeções. Os números estão iguais, sem tirar nem pôr. Como tal, remeto-vos para a análise (a quente) que fiz no post anterior.

  • Os resultados de 2012 comparados com as projeções de 2017 — e algumas conclusões a quente

    Algumas conclusões a quente: o VVD, do primeiro-ministro Mark Rutte, vence mas perde sensivelmente um quarto dos seus deputados; o PvDA, os socialistas que apoiam o governo, implodem; o CDA, o D66 e o Groenlinks podem passar a ter a influência que até agora lhes escapava e podem muito bem ser a chave para um futuro Governo; o PVV, que ficou em segundo lugar ex aequo com o CDA e o D66, ganha força mas não tanta quanto as sondagens lhe previam. Além disso, o parlamento passa de 11 para 13 partidos.

    Já agora, aqui fica a (extensa) legenda para acompanhar esta tabela.

    VVD (centro-direita) – 31
    PVV (extrema-direita)- 19
    D66 (centro) – 19
    CDA (centro-direita)- 19
    Groenlinks (esquerda ecologista)- 16
    SP (esquerda) – 14
    Partido Trabalhista (centro-esquerda) – 9
    CU (centro-direita) – 6
    PvdD (pró-animais) – 5
    50+ (pró-reformados) – 4
    Denk (pró-imigração) – 3
    SGP (direita) – 3
    FvD (direita) – 2

  • A queda em desgraça do PS holandês

    A fazer fé nas projeções, Geert Wilders não ganha as eleições. Mas não é ele o maior derrotado. Esse título cabe inteiramente ao Partido Trabalhista, de centro-esquerda, partido irmão do PS português e atualmente na coligação que está no poder com o centro-direita. Basta ver a queda vertiginosa de resultados, começando a contar em 1982 (30%) e 2017, onde pode ter ficado apenas nos 6%.

    Os números demonstram bem que algo se passa mal no PS holandês:

    1982: 30%
    1986: 33%
    1989: 32%
    1994: 24%
    1998: 29%
    2002: 15%
    2003: 27%
    2006: 21%
    2010: 20%
    2012: 25%
    2017: 6%

  • A queda em desgraça do PS holandês

    A fazer fé nas projeções, Geert Wilders não ganha as eleições. Mas não é ele o maior derrotado. Esse título cabe inteiramente ao Partido Trabalhista, de centro-esquerda, partido irmão do PS português e atualmente na coligação que está no poder com o centro-direita. Basta ver a queda vertiginosa de resultados, começando a contar em 1982 (30%) e 2017, onde pode ter ficado apenas nos 6%.

    Os números demonstram bem que algo se passa mal no PS holandês:

    1982: 30%
    1986: 33%
    1989: 32%
    1994: 24%
    1998: 29%
    2002: 15
    2003: 27
    2006: 21
    2010: 20
    2012: 25
    2017: 6

  • Projeção das 20h00: resultados completos

    As projeções que aqui mostramos são da Ipsos e têm uma boa reputação. Cá vai a lista, consoante o número de deputados previstos. Recorde-se que o parlamento holandês tem 15o lugares e para ter maioria são precisos 76 deputados.

    VVD (centro-direita) – 31
    PVV (extrema-direita)- 19
    D66 (centro) – 19
    CDA (centro-direita)- 19
    Groenlinks (esquerda ecologista)- 16
    SP (esquerda) – 14
    Partido Trabalhista (centro-esquerda) – 9
    CU (centro-direita) – 6
    PvdD (direita liberal) – 5
    50+ (pró-reformados) – 4
    Denk (pró-imigração) – 3
    SGP (direita) – 3
    FvD (direita) – 2

  • As projeções que aqui mostramos são da Ipsos e têm uma boa reputação. Cá vai a lista, consoante o número de deputados previstos. Recorde-se que o parlamento holandês tem 15o lugares e para ter maioria são precisos 76 deputados.

    VVD (centro-direita) – 31 deputados
    PVV (extrema-direita)- 19 deputados
    D66 (centro) – 19 deputados
    CDA (centro-direita)- 19 deputados
    Groenlinks (esquerda ecologista)- 16 deputados
    SP (esquerda) – 14 deputados
    Partido Trabalhista (centro-esquerda) – 9 deputados

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