Momentos-chave
- Resumo do dia
- Dois detidos em prisão preventiva. Outro sai em liberdade
- Detido vizinho de Youness Abouyaaqoub, autor do ataque em Barcelona
- Novo balanço dos feridos
- Operação policial em curso em Vilafranca del Penedès
- Quatro suspeitos culpam imã pelo ataque
- Procuradoria pede prisão para todos os detidos
- Afinal, foi Driss quem alugou a carrinha. Pensava que era para fazer mudanças
- Terrorista confessa que a Sagrada Família era o alvo principal
- Procuradoria pede prisão para Chemlal
- Suspeitos já estão a ser ouvidos
- Mohamed Houli Chemal será o primeiro a ser ouvido
- Polícia investiga se Abouyaaquob teve ajuda
- Imã de Ripol teve ordem de expulsão de Espanha, mas nunca chegou a sair do país
- Terroristas de Cambrils estiveram em Paris
- Em Marrocos, detido homem que planeava ataque a embaixada espanhola em Rabat
- Quatro suspeitos detidos interrogados hoje em Madrid
- O dia da perseguição a Younes Abouyaaquob
Histórico de atualizações
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Resumo do dia
Cinco dias passaram desde os ataques terroristas em Barcelona e em Cambrils. Esta terça-feira ficou marcada pela audição dos quatro suspeitos detidos. A Procuradoria-Geral espanhola pediu que fosse aplicada pena de prisão aos quatro mas o juiz Fernando Andreu, que lidera as investigações aos ataques terroristas na Catalunha, não concordou:
- Driss Oukabir, irmão de Moussa Oukabir — um dos cinco terroristas abatidos em Cambrils — e Mohamed Houli Chemlal — terrorista ferido na casa em Alcanar — ficaram em prisão preventiva sem fiança;
- Mohamed Aallaa, irmão de Sadi Aallaa — outro terrorista abatido em Cambrils — ficou em liberdade condicional;
- Salah El Karib, detido em Ripoll, continuará detido por 72 horas sob custódia policial.
Ao longo do dia, novas informações foram descobertas, quer na sequência das investigações que ainda continuam em curso quer através de revelações feitas pelos suspeitos ouvidos:
- Mohamed Houli Chemlal confessou que a ideia inicial do atentado era atacar a Sagrada Família;
- Driss Oukabir admitiu que foi ele quem alugou a carrinha usada para o ataque porque pensava que seria usada para fazer mudanças — uma versão diferente daquela que tinha apresentado à polícia, no dia do ataque;
- Abdelbaki es Satty, o imã de Ripoll encontrado morto nos escombros da casa em Alcanar, torna-se cada vez mais central nas investigações: os quatro detidos apontaram o imã como o principal responsável pelos ataques. Foram encontrados, nos escombros da casa, bilhetes de avião em seu nome com destino a Bruxelas;
- Os suspeitos compraram facas e um machado minutos antes do ataque em Cambrils;
- O grupo jihadista tinha um segundo esconderijo além da casa em Alcanar: uma quinta abandonada na cidade de Riudecanyes;
- Os terroristas estavam a tentar fabricar peróxido de acetona — um explosivo usado pelo Estado Islâmico em ataques como os de Paris e Bruxelas.
- No final da tarde de terça-feira, a polícia da Catalunha invadiu uma casa em Vilafranca del Penedès. Não se conhecem os motivos da operação policial;
Três pessoas foram detidas, em Marrocos, por suspeitas de ligação aos atentados da Catalunha. Também foi feito um novo balanço dos feridos. Ainda estão 46 pessoas hospitalizadas em 13 hospitais da Catalunha. Das 41 pessoas hospitalizadas na sequência do ataque em Barcelona, sete estão em estado crítico e onze estão em estado grave. Das cinco hospitalizadas na sequência do ataque em Cambrils, duas estão em estado grave.
Terminamos o liveblog desta terça-feira. Obrigada por nos acompanhar.
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Terroristas estavam a fabricar em Alcanar explosivos usados nos ataques de Paris e Bruxelas
A polícia da Catalunha encontrou, durante a investigação na casa em Alcanar provas “suficientes” para concluir que os terroristas estavam a tentar fabricar peróxido de acetona — um explosivo também conhecido por TATP “comummente usado pelo Estado Islâmico nos seus ataques, como por exemplo, em Paris e Bruxelas “.
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Imã tinha comprado bilhetes de avião para Bruxelas
Vários documentos e a carteira do imã Abdelbaki Es Satty, possível líder da célula terrorista que planeou os ataques, foram encontrados entre os destroços da casa que explodiu em Alcanar. Entre os documentos estavam bilhetes de avião em seu nome com destino a Bruxelas.
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Havia um segundo esconderijo, além da casa em Alcanar
O grupo jihadista da Catalunha tinha um segundo esconderijo além da casa em Alcanar: uma quinta abandonada na cidade de Riudecanyes. Esta quinta está localizada a cerca de 14 quilómetros de Cambrils, onde houve a tentativa de um segundo ataque. A informação foi revelada pelo juiz Fernando Andreu, durante a audição dos quatro suspeitos, esta tarde.
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Suspeitos tinham comprado facas e um machado minutos antes do ataque em Cambrills
Os suspeitos dos ataques terroristas de Barcelona compraram facas e um machado minutos antes do segundo ataque, em Cambrills, que a policia conseguiu impedir. A informação foi avançada pela Associated Press que teve acesso a documentos do tribunal onde constam recibos da compra desses materiais.
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Dois detidos em prisão preventiva. Outro sai em liberdade
O juiz Fernando Andreu decretou prisão preventiva sem fiança para dois dos quatro detidos: Driss Oukabir, irmão de Moussa Oukabir — um dos cinco terroristas abatidos em Cambrils — e Mohamed Houli Chemlal — terrorista ferido na casa em Alcanar.
Mohamed Aallaa, irmão de Sadi Aallaa — outro terrorista abatido em Cambrils — fica em liberdade condicional já que as “provas existentes sobre a sua suposta colaboração com o grupo investigado não são suficientemente sólidas”. Salah El Karib, detido em Ripoll, continuará detido por 72 horas sob custódia policial.
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Imagens da operação policial em Vilafranca del Penedès
Circulam nas redes sociais várias fotografias da operação policial que decorre em Vilafranca del Penedès, onde a polícia da Catalunha invadiu uma casa que poderá estar relacionada com os ataques terroristas de Barcelona e Cambrils.
https://twitter.com/Rifecnom/status/900055561173168133
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Detido vizinho de Youness Abouyaaqoub, autor do ataque em Barcelona
Um vizinho de Youness Abouyaaqoub, o autor do ataque terrorista de Barcelona, foi detido esta terça-feira, em Casablanca, Marrocos, por suspeitas de ligação ao atentado.
De acordo com fontes do Ministério do Interior, citadas pela agência EFE, o homem viveu Ripoll — local onde foi detido Driss Oukabir, quem se acreditava ser um dos autores do ataque.
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Novo balanço dos feridos
Um novo balanço feito pelo Governo da Catalunha às 17h00 locais (16h00 em Lisboa) informa que ainda estão 46 pessoas hospitalizadas em 13 hospitais da Catalunha.
Das 41 pessoas hospitalizadas na sequência do ataque em Barcelona, sete estão em estado crítico e onze estão em estado grave. Das cinco hospitalizadas na sequência do ataque em Cambrils, duas estão em estado grave.
Nou balanç estat ferits atemptats #Barcelona i #Cambrils (17.00h) #NoTincPor @semgencat pic.twitter.com/WfuC7KOLcj
— Salut (@salutcat) August 22, 2017
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Operação policial em curso em Vilafranca del Penedès
A polícia da Catalunha invadiu esta tarde uma casa em Vilafranca del Penedès, a cerca de 15 quilómetros de Subirats — onde foi encontrado o autor do atentado Younes Abouyaaqoub. A operação policial está relacionada com os ataques terroristas de Barcelona e Cambrils.
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Polícia da Catalunha distinguida pelo Parlamento
O Parlamento da Catalunha distinguiu esta terça-fera a polícia catalã — os “Mossos” — com uma Medalha de Honra na categoria de ouro pelos serviços prestados e investigações levadas a cabo na sequência do ataque terrorista de Barcelona da passada quinta-feira. Os serviços de emergência e os polícias locais de Barcelona e Cambrils também foram distinguidos.
Aquí teniu l'acord de la Medalla d'Honor del #Parlament als Mossos d'Esquadra, serveis d'emergències i policies de #Barcelona i #Cambrils pic.twitter.com/wFPnsxibXg
— Parlament de Catalunya (@parlamentcat) August 22, 2017
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Vídeo mostra operação da polícia nas casas dos suspeitos
A polícia da Catalunha divulgou um vídeo onde mostra como foi a operação das buscas levadas a cabo nas residências em Ripoll, na noite dos atentados. A operação nas residências começou logo depois do atropelamento nas Ramblas e pretendia procurar pistas para identificar os responsáveis.
O vídeo mostra os vários membros da polícia a entrar nessas várias residências, ainda antes do (segundo) atentado em Cabrils, nessa mesma noite.
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Quatro suspeitos culpam imã pelo ataque
Os quatro detidos na sequência dos ataques terroristas da Catalunha apontaram Abdelbaki Es Satty, imã de uma mesquita em Ripoll, como o principal responsável pelos ataques da Catalunha. Os suspeitos revelaram ainda que imã tinha intenções de cometer um ataque suicida.
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Procuradoria pede prisão para todos os detidos
A Procuradoria-geral espanhola pediu prisão preventiva sem direito a fiança para os quatro suspeitos por integração em organização terrorista, assassinato, danos e posse de explosivos.
O juiz Fernando Andreu terminou os interrogatórios dos quatro detidos às 18 horas locais (17 horas em Portugal).
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Afinal, foi Driss quem alugou a carrinha. Pensava que era para fazer mudanças
Driss Oukabir, irmão de Moussa Oukabir — um dos cinco terroristas abatidos em Cambrils — contou uma versão diferente durante o interrogatório daquela que tinha apresentado à polícia da Catalunha. Driss admitiu que foi ele quem alugou a carrinha porque pensava que seria usada para fazer mudanças.
Quando prestou declarações à polícia da Catalunha, Driss revelou que o irmão Moussa Oukabir lhe tinha roubado os documentos para alugar a carrinha.
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Procuradoria também pede prisão para Dris Oukabir
A Procuradoria-Geral espanhola pediu, durante a audiência esta tarde, que também fosse aplicada prisão a Dris Oukabir, o segundo detido a ser ouvido pelo tribunal.
A Procuradoria já tinha pedido esta manhã que fosse aplicada prisão ao primeiro detido a ser ouvido, Mohamed Houli Chemlal.
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Barcelona vai rever medidas de segurança
A presidente da Câmara Municipal de Barcelona, Ada Colau, convocou para amanhã uma reunião para rever as medidas de segurança e os dispositivos de emergência que foram ativados desde os atentados de quinta-feira.
Na reunião vão estar presentes o ministro do interior, Joaquim Forn, o representante do governo central na região autónoma da Catalunha, Enric Millo, tal como outros responsáveis das diferentes forças de segurança e emergência da cidade envolvidas nas operações.
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Advogado de defesa pede liberdade condicional para Chemlal
Depois de Mohamed Houli Chemlal ser ouvido, o advogado de defesa pediu que o suspeito saísse em liberdade condicional.
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Terrorista confessa que a Sagrada Família era o alvo principal
Mohamed Houli Chemlal, o terrorista ferido na casa em Alcanar na noite anterior aos atentados de Barcelona, confessou hoje de manhã em tribunal que a ideia inicial do atentado era atacar a Sagrada Família, no centro de Barcelona, avança o jornal El Mundo.
O terrorista foi ouvido durante quase uma hora e 20 minutos e confirmou as suspeitas da polícia de como estava a ser planeado um atentado “de maior alcance”. Mohamed confessou ainda como eram fabricadas as bombas e como conseguiram os materiais para as produzir e identificou outros membros da célula jihadista que organizava o atentado.
A decisão do juiz Fernando Andreu, que conduz a investigação, será conhecida quando estiver concluída a audição de todos os detidos, que ainda prossegue no tribunal em Madrid. Há mais três suspeitos detidos que irão ser ouvidos pelo magistrado.
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Terrorista das Ramblas foi pedir ajuda a uma casa onde viviam marroquinos
Antes de ser abatido pela polícia catalã, o suspeito de ter conduzido a carrinha nas Ramblas de Barcelona, Younes Abouyaaqoub, tentou pedir ajuda a outros marroquinos, na zona de Subirats. Aproximou-se de uma casa onde até recentemente vivia uma família de marroquinos — que seriam conhecidos de Abouyaaqoub mas que já não ali moram. Assobiou, assobiou, ninguém veio à porta. O relato é feito por um vizinho que falou com o El País. Na altura, este vizinho chamou o 112, por ver a movimentação suspeita do homem que se acredita ter sido o autor material do atropelamento em massa.
E quem seria essa família? O vizinho não tem muitas informações. Além de um homem e uma mulher, havia uma filha de cerca de três anos — “desapareceram sem mais nem menos. Não sei nada sobre eles porque, sobretudo o homem, não falavam com ninguém”.