Histórico de atualizações
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E o debate chega mesmo ao fim, cumprindo o tempo estabelecido, com o Carlos Costa Neves, do PSD, a dizer que se o partido voltará ao plenário “se for necessário”.
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O tempo está a esgotar-se, o Governo já não tem mais minutos, e o debate encaminha-se para o final, sem mais avanços face àquilo que se sabia até aqui.
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PSD volta a questionar se houve furto, quando foi, como foi e o que desapareceu
Costa Neves, do PSD, volta à carga e questiona o ministro da Defesa: “Diga-nos o que ainda não nos disse: foi assalto ou simulação de assalto? Quando foi? Como foi? O que desapareceu? E de caminho identifique responsáveis e assuma responsabilidade política.”
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"O Governo fez, e fez o que devia ser feito"
O ministro acabou a sua intervenção, reafirmando que “o Governo fez, e fez o que devia ser feito e fez num período muito curto”, no que diz respeito ao furto de Tancos. No discurso que levava escrito, esta afirmação era antecedida daquilo que podia ser a resposta à pergunta tão insistentemente feita pela direita: “na sequência do furto de material militar em Tancos”, mas o ministro saltou essa parte, o terá acontecido por falta de tempo. De qualquer maneira, o governante iniciou o seu discurso falando em “furto de material militar”.
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Ministro fala em "furto" e recorda medidas já tomadas e aprovadas
O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, começou a sua intervenção referindo-se ao “furto de material militar nos Paióis Nacionais de Tancos” e lembrou que a investigação criminal está em segredo de justiça. Escusando-se a mais pormenores sobre esse ponto, seguiu para as medidas tomadas depois do desaparecimento do material: “foram reforçadas as medidas de segurança ativas e passivas nas instalações militares e procedeu-se à revisão das normas e dos procedimentos internos”.
O governante destacou ainda os investimentos já feitos: 1 milhão nos Paióis de Santa Margarida e 500 mil euros no âmbito da segurança em 16 unidades do Exército.
E continuou sublinhando outras medidas que vão ser adotadas, e que estão previstas no despacho por si assinado: um sistema de informação comum para controlo do material sensível; criação e reabilitação de vedações e meios de vídeovigilância e sistemas de formação transversal aos militares das Forças Armadas.
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CDS pede a ministro para sair. PS diz que não são aceitáveis os pedidos de demissão
João Rebelo, do CDS/PP, acusou o ministro da Defesa de prestar “declarações irresponsáveis e impróprias”, em entrevista ao DN e à TSF, e voltou a pedir a Azeredo Lopes para sair do Governo. “Saia, senhor ministro. Não espere pelas eleições ou pela próxima remodelação, saia pelo seu próprio pé”.
“O senhor ministro é hoje um ministro sem credibilidade, sem autoridade, e por isso sem capacidade para exercer o seu mandato”, afirmou o deputado centrista.
Já o Partido Socialista, pela voz de José Miguel Nogueira, defendeu que o “mais importante é o apuramento dos factos” e disse não ser “legítimo, nem aceitável que um debate político sobre um tema destes se faça, sobretudo, na praça pública, com pedidos de demissão e ataques sistemáticos ao Ministro da Defesa e às Chefias Militares, como temos vindo a assistir”.
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À semelhança do PCP e do BE, também o partido Os Verdes, pela voz de Heloísa Apolónia, veio criticar o ministro por ter feito declarações a um jornal. “No meio desta confusão toda e destas declarações que não têm ajudado nada, os portugueses, no mínimo, sentem-se com uma enorme falta de confiança”. “Os verdes também consideram que há esclarecimentos que devem ser hoje prestados pelo senhor ministro.”
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A vinda do ministro Azeredo Lopes deve-se ao PSD e ao CDS/PP, mas as inscrições para tomar a palavra teimam em não surgir.
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O BE não aceita que "a culpa morra mais uma vez solteira"
Do lado do PCP, que não se opôs à vinda do ministro ao Parlamento, o deputado Jorge Machado, criticou a “infeliz a opção do ministro em dar entrevistas antes de informar o Parlamento”, sobretudo com declarações que trouxeram mais dúvidas.
E João Vasconcelos disse que o Bloco de Esquerda “não aceita que a culpa morra mais uma vez solteira”. “O país não se pode limitar a assistir à exoneração e readmissão de cinco comandantes”. O deputado bloquista disse ainda que o partido “ficou deveras surpreendido com as declarações do senhor ministro de que no limite pode não ter havido furto nenhum”. Não terminou sem antes dizer que “se o Governo não tem estado bem, os partidos de direita ainda menos”.
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O debate arranca com o deputado social-democrata Sérgio Azevedo a questionar o ministro sobre se houve ou não roubo em Tancos. “Continuamos sem perceber se houve de facto um furto e o que se passou nas 24 horas seguintes”, questionou o deputado, levantando ainda outro tema, noticiado este fim de semana pelo Expresso: “Continuamos sem saber se é verdade ou não se ficou um ano na gaveta um despacho que mandava reforçar a segurança nos Paióis.”
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Pouco mais de dois meses depois do roubo de armamento em Tancos, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes está no Parlamento, a pedido do PSD e do CDS/PP, na sequência das declarações proferidas em entrevista ao DN/TSF.
O ministro disse que “no limite, pode não ter havido furto nenhum”. “Como não temos prova visual nem testemunhal, nem confissão, por absurdo podemos admitir que o material já não existisse e que tivesse sido anunciado… e isto não pode acontecer.”
As declarações suscitaram mais polémica. E no dia seguinte ao da publicação da entrevista, Azeredo Lopes afirmou na rede social Facebook que a frase corresponde a uma “reafirmação de respeito pela investigação criminal”.
Os Paiois Nacionais de Tancos foram assaltados no final de junho. Foram levadas granadas, lança-rocktes e explosivos, entre outro armamento de guerra que, segundo o general Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, teria um valor de compra de 34 mil euros. A investigação ao furto está a cargo da Polícia Judiciária e o processo corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, estando em causa suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional.