O crescimento de Mason desde os cinco até aos 18 anos de idade e a forma como lida com o divórcio dos pais. Quem se ficar pela sinopse ficará a pensar que “Boyhood – Momentos de uma Vida” é apenas mais um filme com uma história banal. Estará a perder um dos melhores filmes do ano, de acordo com a crítica internacional, e que demorou 12 anos a ser feito, sempre com o mesmo elenco.

Nos 12 anos que passam desde que Mason (Ellar Coltrane) é uma criança em idade pré-escolar até ao momento em que completa 18 anos, não há outros atores mais velhos para simular a passagem do tempo. Quem for ao cinema assistir a “Boyhood – Momentos de uma Vida” vai ver literalmente a vida das personagens a passar diante dos olhos. Uma dúzia de anos reduzida a menos de três horas.

Se a passagem real do tempo em relação à história faz lembrar a trilogia “Antes do Amanhecer”, “Antes do Anoitecer” e “Antes da Meia-Noite”, protagonizada por Ethan Hawke e Julie Delpy, a semelhança não é pura coincidência. Richard Linklater é o realizador de ambas as histórias, com a diferença de que “Boyhood” é um único filme. É isso que o torna inédito, mas não é o único trunfo.

Veja o trailer:

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Após o divórcio dos pais, interpretados por Patricia Arquette e Ethan Hawke, Mason vai-se adaptando às novas vidas e companheiros de ambos. A Vanity Fair destaca as interpretações do elenco e a forma como a vida passa naturalmente no ecrã, sem excessos de Richard Linklater. Os elogios sucedem-se de publicação em publicação. O britânico Guardian atribui-lhe a pontuação máxima e chama-lhe mesmo “um dos grandes filmes da década”. Pontuação máxima também no New York Times, que chama a “Boyhood” um modelo de realismo cinematográfico.

O filme estreou nos Estados Unidos a 11 de julho e chega a Portugal no dia 30 de outubro.

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Montagem do New York Times sobre o crescimento de Ellar Coltrane

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