A exposição “Dissecação”, do artista português Alexandre Farto, que assina como Vhils, patente até 5 de outubro no Museu da Eletricidade em Lisboa já foi visitada por mais de 47 mil pessoas.

Num comunicado divulgado, além do número de visitantes da exposição, a Fundação EDP informou também que o horário da exposição será alargado, estando esta “aberta ao público até às 22:00 todas as sextas-feiras e sábados até à data do seu encerramento”. “Com este horário alargado, o Museu da Eletricidade dá resposta ao grande fluxo de visitantes que, em especial aos fins de semana, têm vindo conhecer o trabalho daquele que é reconhecido como um dos mais relevantes street artists a nível mundial. Mais de 47.000 pessoas já visitaram Dissecção, aberta ao público desde 5 de julho”, segundo o comunicado.

Alexandre Farto, de 27 anos, começou por pintar paredes com graffiti aos 13 anos. Esta exposição, como explicou à Lusa durante a fase de montagem, “tenta questionar a cidade”, através da revisitação de trabalhos mais antigos e de outros inéditos. Foi a escavar muros com retratos, que este jovem português captou a atenção do mundo. A técnica consiste em criar imagens, em paredes ou murais, através da remoção de camadas de materiais de construção, criando uma imagem em negativo.

Na mostra podem também ser visionados vídeos de projetos que Alexandre Farto desenvolveu em países como a China (em Xangai) e o Brasil (no Morro da Providência, no Rio de Janeiro), recorrendo à técnica da “escavação” de retratos na parede, mas não só. Ao longo do seu percurso, Vhils criou retratos em cartazes sobrepostos (retirados de muros de cidades), em madeira, em esferovite e em metal, com ajuda de, entre outros, martelos pneumáticos, explosões e ácidos.

Alexandre Farto, como afirmou à Lusa, pretende que “Dissecação” dê origem a uma “reflexão sobre a cidade, a maneira como está a crescer e a maneira como afeta a sociedade em geral”.

A exposição tem entrada gratuita.

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