Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que o consumo crescente de bebidas energéticas pode vir a tornar-se num problema de saúde pública e recomenda a implementação de medidas restritivas ao valor máximo de cafeína, bem como limitações nas ações de marketing e vendas.

O estudo, conduzido pelo nutricionista português João Breda, esclarece que o principal risco para a saúde são os níveis demasiado elevados de cafeína encontrados nalgumas bebidas, cujos efeitos se revelam em vómitos, convulsões, alterações cardiovasculares e até na morte por falência cardíaca. Mas não só. As bebidas energéticas contêm outras substâncias cujos efeitos ainda estão por estudar em profundidade, tais como o guaraná e taurina. Este trabalho alerta também para o facto deste tipo de bebidas ser particularmente popular entre os jovens e estar fortemente associado ao consumo de álcool. Cerca de 70% dos jovens adultos entre os 18 e os 29 anos ingere as bebidas energéticas misturadas com as alcoólicas e o efeito é duplamente desfavorável, porque as bebidas energéticas “disfarçam” o efeito do álcool.

O Euromonitor relata que o consumo de bebidas energéticas em Portugal está abaixo da média europeia, mas aponta uma tendência de crescimento a acompanhar a recuperação económica. O estudo sublinha que o consumo destas bebidas pode tornar-se um problema de saúde pública porque afeta particularmente os jovens. O Guardian diz que a FSA (agência inglesa que regula os alimentos) emitiu regulação para a rotulagem específica a partir do final do ano com avisos de “não recomendado” para crianças, grávidas e mulheres a amamentar. Em novembro, a Lituânia será o primeiro país europeu a proibir o consumo destas bebidas a menores.

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