Quando Neil Alden Armstrong, o primeiro homem a pisar a Lua, morreu de complicações cardíacas em agosto de 2012, a viúva, Carol Armstrong, doou objetos do escritório do marido de valor histórico e documental ao Smithsonian National Air & Space Museum e à Purdue University, na cidade de Lafayette, Estados Unidos, onde Armstrong estudou.
Alguns meses depois, voltou a contactar o museu Smithsonian. O motivo? Após vasculhar o armário de Neil, encontrou um saco branco cheio de pequenos objetos da missão espacial Apollo 11, entre eles a câmara de 16 milímetros utilizada para registar o momento em que o astronauta toca a superfície lunar.
Allan Needell, curador do Departamento de História Espacial do museu, relata a história no blog do museu, onde encontram-se atualmente os itens como parte da exposição “Outside the Spacecraft: 50 Years of Extra-Vehicular Activity“. “Não preciso dizer que, para um coleccionador de artefactos espaciais, é difícil imaginar qualquer coisa mais excitante do que isto”, comenta.
Nedell reuniu uma equipa de especialistas e confirmou que a origem dos objetos era do módulo lunar Eagle. “Até onde sabemos, Neil nunca comentou a existência destes itens e ninguém mais os viu desde que ele voltou da Lua”, comenta.
O objeto de maior valor encontrado no saco é a câmara de 16 milímetros que foi colocada na janela do Eagle para registar a aterragem e o momento em que Armstrong pisa a Lua.
Outro item identificado foi um tipo especial de saco chamado pelos astronautas de McDivitt Purse, utilizado para guardar pequenos equipamentos e transportá-los para fora do veículo espacial. Também foram encontradas as amarras de cintura que terão sido utilizadas para proteger os astronautas na sua caminhada de volta ao módulo espacial.
Apesar dos objetos encontrados por Carol Armstrong terem sido pensados para serem abandonados no espaço, foram intencionalmente preservados em alguma bolsa de armazenamento temporária e trazidos de volta à Terra, conforme transcrições em áudio da missão, explica Nedell.