Nas mesmas ruas onde caminham as histórias das aldeias de Portugal, Armando Jorge Reis deparou-se com os rostos que as protagonizam. Agora, são também as faces que dão vida ao projeto Portugal Rural. “Nestes últimos anos, calcorreei a região e fui colecionando pequenos fragmentos das vivências rurais para encontrar traços das tradições que servem de pilar para o património humano, cultural e paisagístico de Portugal”.

Há muito silêncio e passos parados. “Fui descobrindo a falta de sorrisos das crianças, a solidão de quem fica e não parte, as raízes que envelhecem e os tanques que já não se inundam de água límpida, que já não escorre pela vereda”, descreve Armando Jorge.

Continua a haver a esperança nos movimentos do sino, que embalam principalmente as aldeias de Barroso, porque “aqui ainda pulsa um Portugal genuíno, rico em tradições e costumes que deve ser divulgado” nesta região de Montalegre e Boticas. Armando Jorge Reis tem 54 anos e saiu das paisagens para os retratos, que eterniza pela fotografia rural. Insiste em enlaçá-la com as novas tecnologias, como pode verificar na sua página de Facebook.

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