Histórico de atualizações
  • E pronto, por hoje é tudo. Este liveblog fica por aqui e a cobertura deste assunto continuará amanhã, segunda-feira.

    Obrigado por nos ter acompanhado desse lado. Dos que estão deste lado, os votos de uma boa noite!

  • Ponto de situação às 24h

    Dois dias depois dos atentados que abalaram Paris, eis um ponto de situação:

    — Ao início da noite de domingo, a França lançou uma grande ofensiva militar contra o Estado Islâmico na Síria. A cidade de Raqqa, considerada a capital do autoproclamado califado, foi fortemente bombardeada pela força aérea francesa, ajudada pelos Estados Unidos.

    — As atenções concentram-se na Bélgica, onde foram detidas sete pessoas.

    — Entre os detidos está um de três irmãos franceses, que as autoridades acreditam estar por trás dos atentados. Outro dos irmãos suicidou-se com explosivos na sexta-feira e o terceiro é neste momento o homem mais procurado da Europa: Salah Abdeslam.

    Este é Salah Abdeslam, um homem de 26 anos que as autoridades pensam ter alugado um Volkswagen Polo usado no ataque ao Bataclan:

    — As homenagens e manifestações de solidariedade multiplicam-se por todo o mundo. Em Paris, o epicentro é a Praça da República, onde um falso alarme de tiroteio provocou o pânico entre milhares de pessoas, que fugiram imediatamente. Pouco depois, a praça voltou a encher-se de gente.

    — Um dos terroristas identificados, Ismael Omar Mostefai, poderia ser filho de mãe portuguesa. A informação foi avançada pelo The New York Times, mas ainda não foi confirmada oficialmente.

  • Ministro polaco sugere que refugiados sírios formem exército e voltem para libertar país

    O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco defendeu neste domingo que as centenas de milhares de refugiados sírios que entram diariamente na Europa podem ser treinados para formar um exército e regressar para libertarem a sua terra Natal. Em declarações à televisão pública polaca, Witold Waszczykowski disse ainda que esta seria uma maneira de terem um trabalho remunerado, em vez de ficarem a “beber café na [icónica avenida de Berlim] Unter den Linden” ou de outras cidades europeias”.

    “Centenas de milhares de sírios chegaram recentemente à Europa. Podemos ajudá-los a formarem um exército”. afirmou. Witold Waszczykowski referiu também que “dezenas de milhares de homens jovens desembarcaram de barcos de borracha com um iPad na mão e em vez de pedirem comida ou bebida, perguntam onde podem carregar os telemóveis”.

    “Eles podem ir lutar para libertarem o seu país com a nossa ajuda”, disse o ministro, que toma posse nesta segunda-feira.

    Lusa

  • EUA ainda vão acolher dez mil refugiados

    O presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, irá manter o plano de acolher dez mil refugiados sírios em 2016, assegurou este domingo Ben Rhodes, assessor adjunto do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

    Em declarações à Fox News, Rhodes frisou que os EUA dispõem de “procedimentos de seleção muito rigorosos para esses refugiados”. “Há mulheres e crianças órfãs desta guerra na Síria, e creio que temos de contribuir, juntamente com os nossos aliados, para lhes dar refúgio”, acrescentou. 

    Um dos suspeitos dos ataques em Paris poderá ter chegado à capital francesa depois de ter atravessado a Sérvia e a Croácia como refugiado. Vários candidatos da oposição republicana criticaram o Governo de Obama por permitir a chegada de refugiados sírios. Donald Trump, candidato às presidenciais norte-americanas, também advertiu que expulsará todos os refugiados do país, caso chegue à Casa Branca.

    A 10 de setembro, Obama ordenou ao Governo que iniciasse os preparativos para acolher, pelo menos, dez mil refugiados sírios durante o novo ano fiscal, que começou a 1 de outubro e que termina a 30 de setembro de 2016. Esta decisão pretende ajudar a atenuar a crise migratória de refugiados que a Europa atualmente enfrenta.

    Lusa

  • Museus reabrem nesta segunda-feira

    Museus e outras atrações culturais de Paris vão reabrir ao público nesta segunda-feira à tarde, anunciou neste domingo a ministra que tutela a área, Fleur Pellerin. A hora de reabertura está marcada para as 13h00 de Paris, 12h00 em Lisboa, depois de em França se cumprir um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos atentados de sexta-feira, 13 de novembro, na capital gaulesa. Os cinemas também estiveram encerrados na sequência dos ataques terroristas, mas a maior parte abriu as portas neste domingo. 

  • Ministro do Interior quer fechar mesquitas radicais

    Numa entrevista ao canal de televisão France 2, Bernad Cazeneuve anunciou que estão a ser tomadas medidas para “dissolver as mesquitas” radicais, que apelam ao ódio. Segundo o ministro do Interior francês, o fecho de mesquitas será discutido muito em breve, em Conselho de Ministros.

    “Temos de continuar a viver”, disse Bernad Cazeneuve, frisando que os terroristas querem, através do medo, “impedir-nos de viver como temos feito, com o nosso modelo de civilização, com o nosso amor pela liberdade, pela cultura”.

  • A polícia já teve Salah Abdeslam, mas deixou-o ir-se embora

    A Associated Press descobriu que a polícia francesa já intercetou uma vez Salah Abdeslam, o suspeito em fuga que as autoridades creem estar envolvido nos atentados. Foi na noite de sexta-feira, quando Salah atravessou a fronteira de França para a Bélgica. Como a todos os outros condutores, foi mandado parar pela polícia, que só há poucas horas sabia que tinha sido ele a alugar um Volkswagen Polo usado no ataque ao Bataclan. Depois de verificarem o bilhete de identidade de Abdeslam, as autoridades deixaram-no ir embora.

  • Quem são as 129 vítimas de Paris?

    Entre as 129 vítimas dos atentados de Paris, há cristãos, muçulmanos, homens e mulheres. Uns estavam num concerto, outros num jogo de futebol ou num jantar entre amigos. São cidadãos de, pelo menos, 15 países. Leia mais sobre as suas histórias aqui.

  • Autoridades gregas identificam dono do passaporte encontrado no Estádio de França

    O dono do passaporte que foi encontrado junto ao corpo de um dos terroristas, perto do Estádio de França, já foi identificado. Trata-se de Ahmad Almohammad, um refugiado de 25 anos originário de Idlib, uma cidade do noroeste da Síria. Segundo o Ekathimerini, Almohammad foi identificado pelas autoridades gregas, que o tinham registado a 3 de outubro, altura em que chegou à Grécia.

    Apesar de o dono do passaporte ainda não ter sido oficialmente considerado um dos suspeitos, Yannis Mouzals, ministro grego da Migração, disse que as autoridades francesas suspeitam que Almohammad era um dos atacantes. Numa conferência de imprensa, Mouzals explicou que o homem de 25 anos terá chegado à ilha de Leros, na Grécia, juntamente com outros 198 refugiados, num barco vindo da Turquia

    Uma vez em Leros, Almohammad recebeu um documento que lhe permitia ficar na Grécia durante seis meses. Porém, a 7 de outubro, atravessou a fronteira da Macedónia com a Sérvia, onde “formalmente procurou asilo”. “Foi verificado que os seus dados pessoais correspondiam com aqueles da pessoa identificada na Grécia a 3 de outubro. A Interpol não emitiu nenhum mandato contra esta pessoa”, refere um comunicado emitido pelo Ministério do Interior sérvio.

    A 8 de outubro, foi registado no campo de refugiados de Opatovac, na Croácia. “Não havia nenhum registo policial e não havia nenhum motivo para o impedirmos”, disse à Reuters uma porta-voz do Ministério do Interior croata. A partir da Croácia, Almohammad atravessou a fronteira com a Hungria conseguindo chegar, depois, à Áustria

    Contactada pela agência noticiosa, o porta-voz do Ministério do Interior austríaco, Karl-Heinz Grundboeck, garantiu, porém, que a entrada do sírio na Áustria era apenas “especulação”.

  • Serviços secretos iraquianos avisaram que o Estado Islâmico ia fazer atentados

    Altos quadros dos serviços secretos iraquianos avisaram elementos da coligação liderada pelos Estados Unidos que combate o Estado Islâmico (EI), sobre a iminência de ataques pela organização terrorista, um dia antes dos atentados em Paris, revelou a Associated Press. A agência referiu que foi emitido um despacho pelo Iraque a avisar que o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, tinha ordenado ataques a países que estão envolvidos nas operações militares contra a organização no Iraque e na Síria, bem como ao Irão e à Rússia. A ofensiva do EI seria concretizada através de atentados à bomba nos dias seguintes.

    O documento enviado pelos serviços secretos iraquianos não continha pormenores sobre as datas ou os locais dos ataques do EI e um quadro dos serviços de segurança franceses afirmou à Associated Press que aquele tipo de comunicações aparece “a toda a hora” e “todos os dias”. Uma fonte dos serviços secretos norte-americanos garantiu não estar a par da receção de qualquer despacho sobre uma ameaça iminente enviado aos governos ocidentais, pelo menos com informação específica que tivesse permitido evitar os atentados perpetrados na capital francesa.

    Seis altos quadros dos serviços secretos iraquianos confirmaram a informação à Associated Press (AP), que obteve uma cópia do despacho. Quatro das fontes contactadas pela agência adiantaram que França foi avisada, especificamente, de um potencial ataque no território do país.

    “Recolhemos informação junto das nossas fontes primárias na organização terrorista Estado Islâmico sobre as ordens dadas pelo terrorista Abu Bakr al-Baghdadi para todos os membros da organização concretizarem um ataque que inclui todos os países da coligação, a que se somam o Irão e a Rússia, através de atentados à bomba, assassínios ou a tomada de reféns durante os próximos dias. Não temos, por enquanto, informação sobre a data e o local” das operações em causa, lê-se no texto do despacho iraquiano tal como é citado pela AP.

    Entre a informação prestada, os serviços secretos iraquianos alertaram que o planeamento dos atentados tinha sido realizado em Raqqa, na Síria, onde os autores dos ataques a Paris foram treinados especialmente para esta operação e com a intenção de serem enviados para França, onde uma célula local os iria acolher e ajudar a executar o plano. De acordo com o documento, estiveram envolvidas 24 pessoas nos atentados na capital francesa, entre 19 atacantes e cinco elementos encarregados da logística. 

  • Ataque na Síria feito em colaboração com forças norte-americanas

    O bombardeamento de pontos estratégicos na cidade de Raqqa, na Síria, foi realizado com a colaboração das forças norte-americanas, revelou o Ministério da Defesa francês. 

    Este domingo, a França levou a cabo um “bombardeamento massivo” de várias posições do Estado Islâmico no norte da Síria. De acordo com um comunicado emitido pelo Ministério da Defesa Francês, citado por vários órgãos de comunicação, foi destruído um centro de comandos, um posto de abastecimento e um campo de recrutamento jihadista. 

  • Brasil garante "paz absoluta" para os Jogos Olímpicos de 2016

    O governo brasileiro garantiu que os Jogos Olímpicos de 2016 vão decorrer em “paz absoluta”, apesar dos temores levantados pelos atentados terroristas em Paris, na sexta-feira. “O Brasil tornou-se num grande exemplo em [segurança no que diz respeito a] grandes eventos”, disse o secretário para os grandes eventos do Ministério da Justiça brasileiro, numa entrevista à rádio CBN, na qual recordou o mundial de futebol de 2014 e a visita do Papa, em 2013.

    Embora tenha reconhecido que “ninguém pode ficar indiferente” aos ataques de Paris, o responsável defendeu que o plano de segurança para o evento, que contará com a presença de 47 mil membros das forças de segurança e 28 mil militares, terá o dobro do número dos agentes dos Jogos Olímpicos de Londres, realizados em 2012. “Este é o nosso trabalho, a nossa missão — garantir uma atmosfera de absoluta segurança, absoluta paz”, referiu.

    Lusa

  • França bombardeia posições do Estado Islâmico na Síria

    A França bombardeou de “forma massiva” várias posições do Estado Islâmico na Síria, anunciou o Ministério da Defesa francês num comunicado. Ao todo, foram largadas 20 bombas sobre a zona de Raqqa, no norte do país. O ataque terá sido levado a cabo por uma frota de dez aviões franceses, refere o canal de televisão France 24.

    O bombardeamento teve como “primeiro objetivo” destruir um centro de comandos, um posto de abastecimento e um campo de recrutamento de jihadistas. “O segundo objetivo foi destruir um campo de treinos para terroristas”, refere o comunicado emitido pelo ministério, citado pelo Les Echoes.

  • G20 vai tomar medidas contra a “circulação crescente de terroristas estrangeiros”

    Os países do G20 anunciaram neste domingo no final de uma cimeira em Antalya, na Turquia, que vão tomar medidas contra a “circulação crescente de terroristas estrangeiros”, segundo um comunicado. Num comunicado a que a agência France Presse teve acesso, o grupo avança que essas medidas passarão pela “gestão das fronteiras” e o “reforço da segurança aérea”.

    Entre as medidas, os chefes de Estado e de Governo do G20 preveem “uma partilha de informações operacionais, a gestão de fronteiras para detetar movimentações, medidas preventivas, e uma resposta judiciária apropriada”.

    “Vamos trabalhar juntos para reforçar a segurança aérea internacional”, segundo o mesmo documento assinado pelos países mais industrializados do mundo, como a Alemanha, os Estados Unidos, a Itália, a França ou o Canadá.

    O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 132 mortos, entre os quais dois portugueses. De acordo com o último balanço feito pelos hospitais, 42 feridos continuavam hoje à tarde em vigilância intensiva em unidades de reanimação.

    Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.

    A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.

    Lusa

  • Bilal Hadfi é um dos bombistas-suicidas do Estádio de França

    Em entrevista à CNN, a senadora francesa Nathalie Goulet confirmou que Bilal Hadfi é um dos bombistas-suicidas que atacou o Estádio de França, na sexta-feira. Hadfi nasceu em 1995 e viveu na Bélgica.

    O jovem de 20 já tinha sido referido pelo Washington Post como um dos possíveis atacantes do estádio parisiense. De acordo com o jornal, Hadfi terá estado na Síria, onde terá lutado com o Estado Islâmico. 

  • O testemunho de uma sobrevivente do Bataclan. "Fingi estar morta durante mais de uma hora"

    Isobel Bowdery, 22 anos, parisiense, sobreviveu ao atentado no Bataclan. Este é o depoimento que partilhou na sua página de Facebook. Mais de 640 mil utilizadores daquela rede social já partilharam a história, na primeira pessoa, de Isobel. 

    “Tu nunca pensas que te vai acontecer a ti. Era apenas mais uma sexta-feira à noite num show de rock. A atmosfera era tão feliz e toda a gente estava a dançar e a sorrir.

    Quando os homens chegaram pela entrada da frente e começaram a disparar, ainda pensámos, ingenuamente, que fazia tudo parte do espectáculo. Não foi apenas um ataque terrorista, foi um massacre. Dezenas de pessoas foram mortas mesmo à minha frente. Poças de sangue encharcaram o chão. O choro de homens crescidos que seguravam os corpos mortos das suas namoradas atravessou a sala de concertos.

    Futuros destruídos, famílias de coração partido. Num instante.

    Chocada e sozinha, fingi estar morta durante mais de uma hora, deitada entre pessoas que conseguiam ver aqueles que lhes são queridos sem qualquer tipo de movimento. A suster a minha respiração, a tentar não me mexer, não chorar – não mostrando àqueles homens o medo que queriam ver. Tive uma sorte incrível em sobreviver. Mas muitos não sobreviveram. As pessoas que estavam ali, exactamente pela mesma razão que eu, para se divertirem numa sexta-feira à noite, estavam inocentes. Este mundo é cruel.

    Actos como este demonstram a depravação dos humanos e as imagens daqueles homens a circularem à nossa volta como abutres vai assombrar-me para o resto da vida. A forma como apontaram meticulosamente para abater pessoas na plateia, no centro da qual eu estava, sem nenhuma consideração pela vida humana. Não parecia real. Esperava que a qualquer momento alguém dissesse que era um pesadelo.

    Mas ser uma sobrevivente deste horror permite-me falar dos heróis. Para o homem que me tranquilizou e colocou a sua vida em perigo para tapar a minha cabeça enquanto eu chorava; para o casal que trocou palavras de amor e me fez acreditar que há bondade no mundo; para o polícia que conseguiu resgatar centenas de pessoas; para os estranhos que me levantaram da estrada e me consolaram durante 45 minutos, numa altura em que estava convencida de que o rapaz que amo estava morto; para o homem ferido que eu acreditei poder ser ele, e que quando viu que eu tinha percebido que ele não era o Amaury me consolou e me disse que ia ficar tudo bem, apesar de também ele estar completamente sozinho e com medo; para a mulher que abriu a porta de sua casa aos sobreviventes; para o amigo que me ofereceu abrigo e foi comprar-me roupas novas para que eu não tivesse de usar este top manchado de sangue; para todos os que enviaram mensagens de apoio – vocês fazem-me acreditar que este mundo pode ser melhor. Para não deixar que isto volte a acontecer.

    Mas este texto é sobretudo para as 80 pessoas que foram assassinadas dentro da sala de concertos, que não tiveram sorte, que não puderam acordar hoje, e para os seus familiares e amigos que hoje sofrem. Lamento muito. Nada vai atenuar a dor.

    Sinto-me uma privilegiada por ter estado lá para os últimos suspiros dessas pessoas. E a acreditar genuinamente que me iria juntar a eles, prometo que os últimos pensamentos deles não foram para os animais que causaram tudo isto. Pensaram nas pessoas que amavam. Tal como eu, deitada no chão sobre o sangue de estranhos enquanto esperava que uma bala acabasse com a minha vida de meros 22 anos. Vi o rosto de cada pessoa que alguma vez amei e sussurrei ‘amo-te’. Uma e outra vez. Reflectindo sobre os pontos altos da minha vida. Desejando que aqueles que amo soubessem o quanto os amo, desejando que eles soubessem que, independentemente do que me acontecesse, eles deveriam continuar a acreditar na bondade das pessoas. Para não deixarem aqueles homens vencerem.

    Ontem à noite, a vida de muitos mudou para sempre e cabe-nos a nós ser melhores pessoas. Viver as vidas com que as vítimas inocentes desta tragédia sonharam, mas que infelizmente nunca vão poder cumprir.

    Descansem em paz, anjos. Nunca serão esquecidos.”

  • Parisienses voltam a reunir-se na Praça da República

    Os parisienses começaram, a pouco e pouco, a voltar à Praça da República onde, durante a tarde, m falso alarme levou à evacuação das várias dezenas de pessoas que se encontravam no local. 

  • O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, afirmou este domingo, à France 2, que os atentados de Paris foram planeados pelos líderes do autoproclamado Estado Islâmico (EI) na Síria, mas foi, mais tarde, na Bélgica, que se alinhavaram os detalhes e logística da chacina.

    Entretanto soube-se também que o luso-descendente (a mãe é portuguesa) Ismael Omar Mostefai, um dos atiradores do Bataclan, foi convertido ao radicalismo por um imam belga. Mais tarde, em meados de 2013, e durante vários meses, Mostefai foi treinado na Síria pelo EI. As autoridades belgas desconheciam este facto, pois o terrorista terá entrado no país através da Turquia e retornado à França em 2014.

  • Número de mortos permanece em 129

    O número de vítimas mortais dos atentados de sexta-feira permanece nos 129, esclareceram os hospitais parisienses. A contagem anterior, que apontava para 132 mortos, incluía três vítimas que já tinham sido contadas. 

    Das 415 pessoas que foram internadas, 218 já tiveram alta e 45 permanecem nos cuidados intensivos

  • Candidato à Presidência visita Paris

    Cândido Ferreira, candidato à Presidência da República, vai deslocar-se a Paris “com caráter de urgência” para falar com os emigrantes portugueses, “após os dramáticos atentados terroristas ali verificados”, anunciou este domingo em comunicado. O médico e ex-presidente da federação distrital de Leiria do PS, irá viajar na companhia da sua mulher e do seu mandatário nacional, Vítor Caio Roque. 

    Após a viagem, ainda sem data marcada, o candidato elaborará um relatório que será entregue às autoridades portuguesas “para os fins que melhor entenderem”. “O mandatário nacional de Cândido Ferreira já está a fazer contactos alargados com as diversas Associações da Comunidade Portuguesa de Paris para preparar visita”, refere o comunicado. 

    A Candidatura de Cândido Ferreira não se coibirá, no entanto, de tentar promover os pedidos e necessidades resultantes das diversas reuniões de trabalho” que serão realizadas durante a estadia do candidato em Paris. 

     

    Recordando que Paris é uma das cidades com maior número de emigrantes portugueses, o candidato criticou o atual Presidente da República, referindo que gostaria de ter visto Cavaco Silva a “tomar atitude idêntica”.

1 de 6